Tem sem dúvida o melhor genérico dos dez nomeados, com uma versão de Woody Guthrie sobre uns flocos de nuvens e uma terra lá em baixo, avistada de avião. Olhado de cima tudo é normal. Segue-se uma magnífica abertura que nos introduz directamente para o tema do filme: uma sequência de pessoas que acabam de ser despedidas a uma secretária. George Clooney é um despedidor profissional, faz disto modo de vida.
E também dá umas conferências de motivação. A sua motivação pessoal é acumular milhas. O ar enlatado dos aeroportos, o sushi congelado, os check-ins, os não lugares que são os quartos de hotéis impessoais fazem–no sentir-se em casa. A história de um homeless dos céus ou de yuppie on the road que agora se faz by air é a única originalidade deste filme, bastante convencional em termos narrativos e estilísticos. George Clooney faz aqui talvez o seu mais apatetado papel. Francamente, gostamos mais de o ver a tirar cafés e a contracenar, não com a deslavada Vera Farmiga, mas com o John Malkovich, lá num outro céu.