Para início de conversa, e antes de ir direta ao assunto que me indigna hoje, escreva-se já que na primeira sexta-feira de fevereiro se assinala o National Working Naked Day, que traduzido livremente para português, se pode chamar de dia nacional de trabalhar nu. Criado em 2010, por Lisa Kanarek, depois de ter deixado a sua empresa e começado um negócio a partir de casa, muito antes de a pandemia nos pôr a todos dentro de portas, numa catadupa de reuniões online, em que ninguém sabia bem como estávamos vestidos – ou em última análise, se estaríamos sequer com roupa -, em honra da liberdade e flexibilidade que o teletrabalho nos dá.
Não vou revelar qual o meu dress code, mas assumo que dedilho estas linhas na mesma secretária que arranjei em março de 2020, no dia em que me disseram para me afastar da Quinta da Fonte, em Paço d’Arcos, onde era a redação da Visão, e em que ainda hoje muitas vezes trabalho, em trajes poucos dignos de registo.