A Rough Trade, editora responsável pelo lançamento de Blackstar, o último álbum de David Bowie, irá doar os lucros obtidos durante todo o mês de janeiro com as vendas deste a uma instituição de pesquisa e combate ao cancro.
O anúncio foi feito através das redes sociais, com a Cancer Research UK a receber esse donativo especial.
Recorde-se que David Bowie, falecido na passada semana aos 69 anos, sofria da doença há já vários meses, existindo igualmente várias pistas em Blackstar que dão conta do estado de saúde do músico. A música Lazarus, que mostra o cantor deitado numa cama, de olhos vendados, é a mais óbvia, enquanto canta “Look up here, I’m in heaven” (“Olhem cá para cima, estou no céu”). O álbum, uma semana depois da sua morte, atingiu o topo da lista de vendas de música – algo nunca alcançado durante a vida do artista.
Lançado dois dias antes da sua morte, “Blackstar” atingiu este domingo o primeiro lugar no top de vendas nos Estados Unidos. Segundo a Billboard, que faz a compilação do top de vendas de álbuns nos EUA, venderam-se durante a última semana 181 mil unidades de “Blackstar”, permitindo-lhe assim destronar “25”, de Adele, que ocupava o lugar cimeiro há sete semanas.
Mas não foi só: mais nove álbuns reentraram no ‘top’ 200 da Billboard, com o “Best of Bowie” a chegar ao quarto lugar e o clássico “The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders From Mars” (1973) a ser o 21.º disco mais vendido nos EUA na última semana.
Também no Reino Unido “Blackstar” entrou diretamente para o primeiro lugar no top de vendas – um feito que no seu país natal já alcançara com “Lets Dance” (1983), “Tonight” (1984), “Black Tie White Noise” (1993) e “The Next Day” (2013).