O restaurante da Mealhada que foi ontem acusado, por um grupo de delegados do CDS, de ter cobrado a mais na conta da refeição, apresenta uma versão diferente da história. O dono do estabelecimento afirma que apenas foi cobrado o consumido (505 euros) e que o livro de reclamações foi disponibilizado ao líder do CDS de Faro, quando foi solicitado.
Um comentário feito na página do Facebook do CDS Agarve reportou uma situação descrita como um “assalto” por parte do restaurante “Meta dos Leitões”, quando 15 delegados do CDS pagaram uma conta que continha quatro refeições a mais do que as realizadas. A publicação citava o dono do restaurante, dizendo que este tinha identificado os clientes como membros do partido “desse governo que nos rouba” e por essa razão os roubava também para se defender. Para além disso, garantem que lhes foi negado o acesso ao livro de reclamações.
O dono do restaurante vem agora dizer que a conta estava correta e que, quando lhe foi pedido o livro de reclamações por parte de um dos membros do grupo, este foi disponibilizado. Como o individuo em causa não tinha o bilhete de identidade consigo, sendo a apresentação do documento obrigatória na elaboração de uma queixa, terá dito que o ia buscar ao carro, mas não voltou. O dono do restaurante garante ainda que as suas declarações foram deturpadas e o que realmente disse foi: “Já não basta o que me roubam, ainda querem que lhes pague o almoço?”.
José Pedro Caçorino, representante do CDS Faro, diz não ter sido feita qualquer participação às autoridades contra o estabelecimento. “Enquanto estrutura partidária nada nos move contra o senhor, nem contra o restaurante em particular”, esclarece.
O restaurante está até agradecido pelo despoletar desta polémica, que lhe deu mais visibilidade. Foi inclusive criada ontem uma página no Facebook com o nome “Eu vou comer à Meta dos Leitões”, que conta com mais de 2 mil gostos.