Os condutores do Reino Unido vão poder, em breve, utilizar funcionalidades de condução autónoma nas autoestradas do país, sob determinadas circunstâncias, agora que o governo se prepara para o aprovar. Nesta fase, as autoridades políticas preparam-se para dar luz verde à funcionalidade que mantém o carro na faixa de rodagem e a distância de segurança, mas apenas em situações onde o trânsito não é intenso e apenas a um máximo de 60 km/h.
O Departamento dos Transportes britânico confirmou a intenção de aprovar o uso de Alks (automated lane-keeping system), que monitoriza constantemente a velocidade de circulação e a distância para os outros veículos, como forma de reduzir a sinistralidade rodoviária com a diminuição de probabilidade de erro humano.
As normas aprovadas pelas Nações Unidas preveem a utilização deste tipo de funcionalidades em autoestrada, onde não há peões ou ciclistas e desde que o sistema possa ‘devolver’ o controlo ao condutor em dez segundos. A ministra britânica dos Transportes, Rachel Maclean, congratula-se com o “grande passo dado em direção ao uso seguro da condução autónoma”, lembrando que “temos de assegurar que esta nova tecnologia é implementada de forma segura e é por isso que estamos a recorrer a consultoria para saber que regras devem ser asseguradas”, cita o The Guardian.
Do lado das seguradoras, as empresas alertam que é necessário ainda bastante trabalho, quer por parte dos legisladores, quer por parte dos fabricantes “antes que qualquer veículo autónomo possa ser considerado seguro para circular nas estradas britânicas”, afirma Matthew Avery, da Thatcham Research. Estas organizações pedem ainda que os sistemas Alks não sejam apelidados de condução autónoma, para evitar confusão e mau uso da tecnologia.
Do lado da Society of Motor Manufacturers and Traders, a intenção do governo é recebida com contentamento: “tecnologias como o Alks vão abrir caminho a maiores níveis de automação no futuro – e estes avanços vão permitir explorar o potencial do Reino Unido para liderar o desenvolvimento e uso destas tecnologias, criando postos de trabalho e assegurando que as estradas se mantêm entre as mais seguras do planeta”.
A expetativa do governo é que este segmento represente 42 mil milhões de libras e empregue mais de 38 mil pessoas até 2035.