Há muitos festivais, cada vez mais, aliás, mas também haverá sempre Coura, um momento que, como quem já lá foi sabe, vai sempre muito além da música, apesar da reconhecida e habitual excelência do cartaz. Pode ser do cenário idílico, das pessoas, das memórias passadas, e futuras, ou simplesmente porque sim, mas a verdade é que “Coura é especial”, reconhece à VISÃO o fundador do festival, João Carvalho, que, em 1993, com outros filhos da terra, concretizou a utopia de tornar uma pequena e quase esquecida vila do interior minhoto sinónimo de (boa) música.
Passados 21 anos, assume, “o grande desafio é mesmo esse, continuar a fazer do Paredes de Coura aquilo que sempre foi, um festival de descoberta de boa música, no qual se juntam passado, presente e futuro sem qualquer tipo de complexos ou barreiras”. E, ao mesmo tempo, sublinha o organizador desde a primeira hora, “dar um pequeno contributo para melhorar o mundo, sobretudo num momento tão conturbado como o que vivemos”. Afinal, diz, “Coura sempre foi o festival da amabilidade, da solidariedade, do carinho e da ternura. Acima de tudo, é isso que pretendemos continuar a ser”.
Quanto à música, o cartaz fala por si, sendo porventura um dos mais apelativos, ecléticos e completos do ano. João Carvalho hesita, por isso, em destacar nomes, mas perante a insistência lá menciona os irlandeses Fontaines D.C., os australianos Glass Beams, os britânicos Idles e o americano André 3000, antigo membro dos Outkast, que segundo o promotor é o culpado por uma inédita corrida aos bilhetes para o primeiro dia de festival. “Sempre fomos um festival de passes, mas este ano estamos a vender muitos mais bilhetes diários devido a esse concerto”, admite.
De lembrar ainda que apesar de o festival ter início na próxima quarta, 14, a música começa a ouvir-se dias antes, nessa espécie de pré-festival que é o Sobe à Vila, a decorrer no centro de Paredes de Coura entre os dias 11 e 13.
Vodafone Paredes de Coura > Praia fluvial do Taboão > 14-17 ago, qua-sáb 17h > €60 (dia), €120 (passe)