Nos dois dias do Santa Casa Alfama, tudo começa no Largo do Chafariz de Dentro (bem à frente do Museu do Fado, cuja esplanada também é um dos espaços com espetáculos), logo pelas 16h30, com apresentações a cargo de várias casas de fado do bairro. Esse largo e o museu funcionam como ponto de encontro e núcleo central do festival, para onde tudo converge, mas, mais uma vez, o palco maior fica bem perto do Tejo, junto ao Terminal de Cruzeiros de Lisboa.
É aí que, nesta sexta, 29, se pode ver o espetáculo dos jovens Beatriz Felício e José Geadas (às 20h30), a homenagem a Hermínia Silva, por Anabela, FF, Filipa Cardoso e Lenita Gentil (21h45) e o concerto de Camané (23h). No sábado, 30, é a vez de Miguel Moura (20h), Teresa Salgueiro, com o lado mais fadista da ex-vocalista dos Madredeus (21h15) e Sara Correia, que em outubro lança disco novo, Liberdade (22h30).
Como em todas as anteriores dez edições, o festival junta intérpretes de várias gerações e estilos, com abordagens diferentes ao universo fadista. O pianista Júlio Resende (que em 2013 dedicou todo um disco, só com piano, aos fados de Amália) é uma das presenças mais surpreendentes (na Igreja de São Miguel, nesta sexta, às 21h). São duas as igrejas que recebem concertos no Santa Casa: a de São Miguel e, mais acima, com um belo miradouro à porta, a de Santo Estêvão (onde, no sábado, às 22h, fadistas do Porto também homenageiam Hermínia Silva).
O mais típico ambiente de Alfama sente-se especialmente nas suas coletividades e nos seus espaços culturais, como a Sociedade Boa União, o Grupo Sportivo Adicense e o Centro Cultural Dr. Magalhães Lima. A nova Lisboa insinua-se em palcos como o Memmo Alfama Hotel e o auditório da sede da sociedade Abreu Advogados, inaugurada em 2017 na Avenida Infante Dom Henrique.
Santa Casa Alfama > 29-30 set, sex-sáb > €30, €40 (passe dois dias) > Programação completa em santacasaalfama.com