É uma tradição que se retoma, esta de aproveitar as últimas noites de verão para celebrar, ao ar livre e ao som da música ao vivo, mais um aniversário do Centro Cultural Vila Flor (CCVF), o 17º, dando ao mesmo tempo início à nova temporada artística de um dos mais ousados projetos culturais do Norte do País. Para esta edição de “reencontro”, o Manta apostou num “alinhamento inteiramente nacional, marcado pela originalidade de quatro projetos que atravessam diversas estéticas e gerações”, como sublinha Rui Torrinha, diretor artístico do CCVF.
Assim, na primeira noite, sexta, 9, o festival arranca com o projeto musical Meta, concebido por Mariana Bragada, que, após ter participado nas residências do Westway LAB, está de regresso a Guimarães para apresentar algumas peças inéditas, inspiradas nas suas raízes transmontanas e nalgumas viagens realizadas pela América do Sul, nas quais cruza voz, loop station, caixa de ritmos e adufe, numa criativa ligação entre contemporaneidade e tradição. A seguir, entra em cena Rodrigo Leão, e o seu Cinema Project, que contará com a participação de um coro juvenil, para interpretar, sobretudo, o repertório dos três álbuns editados em 2020 e 2021 (O Método, Avis 2020 e Estranha Beleza da Vida).
No sábado, 10, e como já é habitual, a música começa a ouvir-se mais cedo, no jardim, logo pelas 15h30, com um espetáculo dedicado ao público mais jovem, a cargo dos Tranglomango. À noite, as mantas voltam a estender-se no relvado, primeiro para se ouvir Noiserv, que em 2020 editou Uma Palavra Começada por N, e depois para assistir à atuação conjunta de Sean Riley com The Legendary Tigerman que, a partir de uma viagem, inspirada na beat generation, cujo destino era Tânger mas acabou por ser o Sul de Espanha, escreveram um disco juntos, agora apresentado ao vivo.
Manta > Centro Cultural Vila Flor > Av. Dom Afonso Henriques, 701, Guimarães > T. 253 424 700 > 9-10 set, sex-sáb 21h30 > grátis