É nas pistas de dança dos clubes e não nos palcos que hoje se inventa grande parte do futuro da música. A par com o hip-hop, a eletrónica é o grande laboratório no qual são criadas e testadas as novas tendências musicais, não sendo portanto de estranhar a cada vez maior proximidade entre estes dois universos, numa espécie de big-bang criativo que volta a ter um dos seus epicentros na capital portuguesa, em mais uma edição, a segunda, do Lisboa Dance Festival. Durante dois dias, será muita a música a descobrir pelos diversos locais da LX Factory, onde o festival novamente se realiza. Ao todo, serão seis as salas, para receber os perto de 40 artistas e cerca de 20 horas de música, numa celebração máxima da música eletrónica nas suas mais variadas vertentes.
Uma das principais novidades deste ano é a inclusão do hostel The Dorm, onde terão lugar as sessões B2B, que consistem num duelo musical entre dois intervenientes. Na primeira noite destacam-se, entre outras, as contendas entre o rapper Sam the Kid e DJ Glue ou a que opõem os jornalistas Vítor Belanciano e Davide Pinheiro. Na seguinte haverá combates entre, por exemplo, os produtores Riot e Nuno Forte ou o radialista Pedro Ramos e o dj Mr Mitsuhirato. Outro local que este ano também se associa ao festival é a Livraria Ler Devagar, na qual a rádio Antena 3 terá uma sala de curadoria, dedicada à música eletrónica portuguesa, por onde irão passar artistas como Batida, DJ Glue, Rui Maia ou Holy Nothing.
Ainda no respeitante a curadorias, o espaço Zoot está reservado para Moullinex (na sexta, 10) e Branko (no sábado, 11), em representação, respetivamente, das editoras DiscoTexas e Enchufada, que este ano cumprem uma década de existência. Moullinex irá apresentar um longo set, com mais de oito horas e a presença de muitos convidados, enquanto Branko desenhou um programa de global club com a presença do italiano Clap Clap, do francês iZem e do português KKing Kong, além, claro, de si próprio.
O palco principal do festival, por onde vão passar os cabeças de cartaz da edição deste ano, ficará outra vez situado na Fábrica XL. Por lá passarão nomes como o alemão Marcel DettMann, a dupla inglesa Mount Kimbie ou o coletivo americano Hercules & Love Affair, três dos nomes que, durante estes dois dias, vão transformar Lisboa na capital mundial da música dança.
Em paralelo com os espetáculos, haverá também um mercado, situado na Fábrica L, onde terão lugar debates e conferências sobre temas como O Fenómeno do Hip-Hop ou Dominar as Redes Sociais, bem como diversas masterclasses sobre jjing, masterização ou sampling.
Lisboa Dance Festival > LX Factory > R. Rodrigues de Faria, 103, Lisboa > T. 21 314 3399 > 10-11 mar, sex-sáb 19h > €30 a €50 (passe)