Vão cada vez mais longe os tempos da pop redondinha dos Atomic Bees, a banda que na viragem do milénio deu a conhecer Rita Redshoes, na altura ainda Pereira. O nome pelo qual viria a ficar conhecida, inspirado pelo filme Feiticeiro de Oz e pela música Let’s Dance, de David Bowie, apenas surgiria em 2007, aquando da edição do disco de estreia a solo, Golden Era, que de imediato a transformou numa das meninas bonitas da nova pop portuguesa. “Agrada-me essa ideia de calçar os sapatos vermelhos, saltar para o palco e tudo se transformar”, explicava na altura, em entrevista à VISÃO.
Mas a menina cresceu e, entretanto, fez-se mulher, sob a forma de uma cantora, compositora, letrista e multi-instrumentista em plena maturidade musical, como o mais recente registo de originais, Her – editado no final do ano passado e no qual, pela primeira vez, canta em português – tão bem o comprova. Gravado em Berlim, sob a batuta do produtor australiano Victor Van Vugt (o mesmo de Murder Ballads, de Nick Cave), com arranjos de cordas de Knox Chandler (habitual colaborador de nomes como REM ou Depeche Mode), o quarto disco em nome próprio de Rita Redshoes evoca ambientes clássicos e cinematográficos, mas é, ao mesmo tempo, sublimemente pop.
É este singular universo musical que Rita Redshoes apresenta agora em palco, num ambicioso espetáculo em que surgirá acompanhada por um inédito quarteto de cordas.
Casa da Música > Av. da Boavista, 604-610, Porto > T. 22 012 0220 > 22 fev, qua 21h30 > €15 > Teatro Tivoli > Av. da Liberdade 182-188, Lisboa > T. 21 315 1050 > 23 fev, qui 21h30 > €10 a €20