No início da década de 90 do século XX, Jorge Palma era já há muito um nome de referência, reconhecido como um dos mais talentosos escritores de canções da música portuguesa. Depois de oito álbuns de originais editados em pouco mais de dez anos, era tempo de respirar fundo e olhar para trás. Na altura, o músico havia concluído o curso superior de piano no Conservatório e a ideia de pegar nalgumas das suas músicas mais emblemáticas, tocando-as apenas ao piano e despidas de qualquer arranjo, com o instrumento e a voz a serem captados em simultâneo, pareceu-lhe um bom modo de fazer esse balanço.
Foram 17 os temas escolhidos para serem interpretados ao vivo no estúdio de gravação, como se de um recital se tratasse, dando a canções como Estrela do Mar, Frágil, Bairro do Amor, Terra dos Sonhos ou Deixa-me Rir toda uma nova dimensão poética e artística, tornando- as, em definitivo, parte da memória coletiva de todos nós.
Editado em 1991, o álbum Só não era um registo de originais, mas também não era uma mera compilação. Foi, isso sim, um momento único de comunhão entre um artista e a sua obra, que, ainda hoje, é muito justamente considerado um dos melhores discos de sempre na história da música portuguesa. É esse momento único que Jorge Palma agora evoca, numa minidigressão nacional onde se vai apresentar, tal como então, apenas na companhia do seu piano, “num espetáculo ímpar, especial e intimista”, como o próprio o apresenta.
CCB > Pç. do Império, Lisboa > T. 21 361 2697 > 28-29 nov, seg-ter 21h > €20 a €40
Casa da Música > Av. da Boavista 604-610, Porto > T. 22 012 0220 > 1 e 3 dez, qui e sáb 21h30 > €30
Convento de São Francisco > Av. da Guarda Inglesa 3, Coimbra > T. 239 857 190 > 6 dez, ter 22h > €23 a €35
Teatro das Figuras > R. João de Brito Vargas, Faro > T. 289 888 100 > 10 dez, sáb 21h30 > €20, €25