
Sans Toi Ni Loi, com a atriz Sandrine Bonnaire, será um dos filmes exibidos no ciclo do Rivoli
O pretexto para a exibição de um ciclo de cinema dedicado a Agnès Varda é de louvar: a atribuição do título de Doutor Honoris Causa à cineasta belga, esta terça, 29, pela Universidade Lusófona do Porto. Aos 87 anos, Varda mantém-se ativa e marcará presença na sessão de abertura, às 22 horas, onde será exibido, em estreia nacional, a sua produção mais recente, a curta-metragem Les Trois Boutons (2015). “Uma velha gaiteira, uma realizadora que adora fazer filmes”, assim se descrevia no trailer do seu filme autobiográfico As Praias de Agnès (2008, vencedor do César para melhor documentário), que passará de seguida pela tela do auditório Manoel de Oliveira, no Teatro Municipal Rivoli.
O ciclo, com mais cinco sessões, permite uma leitura transversal da obra de Agnès Varda. Na quarta, 30, serão exibidos Cléo de 5 à 7 (1962) e Sans Toi Ni Loi (1985), dois dos seus filmes mais conhecidos; na quinta, 31, Jane B. Par Agnès V. (1987), um retrato de Jane Birkin entre o real e o imaginário, e Jacquot de Nantes (1991), uma homenagem póstuma ao realizador Jacques Demy (com quem foi casada quase três décadas); e, no último dia, sexta, 1, Quelques Veuves de Noirmoutier (2006), um documentário que dá voz aos sentimentos, histórias e memórias das viúvas da ilha que Varda adotou como segunda casa. A fotógrafa, argumentista, atriz, realizadora e artista visual, que acompanhou os primeiros passos da Nouvelle Vague, foi a primeira mulher cineasta a ser distinguida com uma Palma de Ouro honorária pelo Festival de Cinema de Cannes.
Teatro Municipal Rivoli > Pç. D. João I, Porto > T. 22 339 2201 > 29 mar-1 abr, ter 22h, qua-qui 18h30-22h, sex 18h30 > entrada livre

Imagem do documentário Quelques Veuves de Noirmoutier (2006)