Assume-se como um “defensor incansável” do Semba, um dos ritmos mais populares de Angola, que reinventou ao acrescentar-lhe uma vertente social e de protesto, com canções sobre o quotidiano angolano e referências a temas como a guerra civil ou a corrupção. Ao longo de mais de um quarto de século, a sua música acabou assim por funcionar como uma espécie de crónica do dia a dia angolano, com uma linguagem transparente e sem preconceitos. Nascido em Angola, Paulo Flores foi em Portugal, para onde veio com os pais, que passou a infância. Entre as muitas viagens a Luanda, onde se deslocava habitualmente para visitar os avós, começa a tomar contacto com a realidade do país natal, despertando em si o desejo de se tornar músico e contar, através das canções, tudo aquilo que via. Aos 16 anos, grava o primeiro disco, Kapuete Kamundanda, que marca a estreia do novo género musical kizomba. Desde então, conta com uma quinzena de discos em nome próprio, nos quais sempre assumiu uma faceta social e interventiva muito forte, que se tornou a sua imagem de marca também para além da música, enquanto Embaixador da Boa Vontade da ONU em Angola.
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