Há um pulsar latente, um som ritmado que anuncia um ataque iminente. Algumas pessoas sentem-no, outras não. Nos Alpes franceses, no instituto internacional de investigação para a radioastronomia, foi detetada uma frequência eletromagnética durante 23 horas e 56 minutos, uma rotação completa da Terra, explica uma astrónoma na sede da NATO, em Bruxelas. Este sinal vem no seguimento da descoberta, há dois anos, de um exoplaneta (situado fora do nosso sistema solar), onde poderá existir vida. Entretanto, o governo britânico alerta a população para que todos procurem um abrigo subterrâneo. Uma invasão alienígena do planeta Terra está prestes a acontecer. A ameaça torna-se cada vez mais plausível quando múltiplos objetos se aproximam, a mais de mil quilómetros por segundo.
Esta Guerra dos Mundos, criada por Howard Overman (Misfits), é uma produção europeia baseada na história intemporal do britânico H. G. Wells (1866-1946), mas cuja narrativa e cenários (agora em Inglaterra e em França) se distanciam do original. As personagens são pessoas comuns em circunstâncias que de normal nada têm. “Os alienígenas da série são quase metafóricos. Eles podem ser as mudanças climáticas, o apocalipse nuclear ou a imprevisibilidade da guerra – são todas essas coisas”, disse o ator Gabriel Byrne, em entrevista à revista Variety. Além de Byrne, são protagonistas as atrizes Elizabeth McGovern e Léa Drucker. Apesar de a obra de H. G. Wells ter tido uma primeira adaptação cinematográfica em 1953, a realização de Steven Spielberg, há 14 anos, é que perdura na memória do público. Em 1938, uma transmissão radiofónica na antena da norte-americana CBS interrompia a emissão para noticiar uma invasão alienígena. Era “só” o jovem Orson Welles a dramatizar, provavelmente, a primeira grande notícia falsa.
Guerra dos Mundos > Estreia 28 out, seg 21h40 > Fox