Há um ano e quatro meses, falar com a Siri sobre o final da primeira temporada de Westworld era uma realidade. A assistente pessoal da Apple, ativada pela voz, sabia as respostas sobre a série vencedora de quatro Emmy, em categorias técnicas. O que saberá ela sobre a segunda temporada? Experimente-se abordar a ideia de caos em que se transformará Westworld, o parque temático que recria o Velho Oeste americano – administrado pela Delos Corporation, empresa que desenvolve Inteligência Artificial –, a proporcionar aos visitantes as emoções com que estes sempre sonharam. Os Anfitriões mais não são do que robôs programados para serem imortais, que de tão parecidos com os humanos também se tornaram imprevisíveis. Em quem vão transformar-se, agora que têm a capacidade de mudar as coisas de que não gostam em si próprios?
Criada por Jonathan Nolan e Lisa Joy, com J.J. Abrams na produção executiva, Westworld é uma série baseada no filme com o mesmo nome de 1973, realizado por Michael Crichton. Ao contrário do original, a mostrar um parque temático com os mundos medieval e romano, além do western, o argumento da série segue noutra direção e introduz o mundo shogun, inspirado no período Edo (1603-1867). Ao gosto pessoal dos criadores, ambos fascinados pelo cinema japonês desde a infância, junta-se a necessidade de chegar a uma maior audiência, e um dos novos episódios será todo em japonês.
Mais do que ficção científica, Westworld fala de tecnologia e futuro. Em março, no festival South by Southwest, Nolan disse já estarmos a viver o apocalipse da Inteligência Artificial. “O erro é estar à espera do momento em que a Inteligência Artificial se vai tornar mais inteligente do que nós. Se formos negligentes como fomos com as redes sociais, estamos tramados.”
Westworld (T2) > estreia mundial 22 abr, dom 2h (madrugada de domingo para segunda-feira) > emissão seg 22h45