Os dias longos de verão convidam ao passeio e partir à descoberta da enigmática Ordem dos Templários é sempre uma boa opção. Entre lendas e superstições, há muito para descobrir e aprender nos diversos edifícios históricos que se encontram na zona do Médio Tejo, rica em construções militares pela sua centralidade, que consistia, e consiste, num importante fator estratégico. Eis cinco lugares de visita obrigatória.
1. Castelo de Almourol
Considerado um dos castelos portugueses mais emblemáticos, o Castelo de Almourol, datado do século XII, ergue-se no topo de uma pequena ilha escarpada, em pleno curso do rio Tejo, na freguesia de Praia do Ribatejo, concelho de Vila Nova da Barquinha. Representativo da memória templária, teve uma importante função defensiva pela sua localização, integrando a Linha do Tejo aquando da Reconquista Cristã e foi entregue aos templários pelos reis portugueses.
Além da beleza ímpar que um castelo no meio das águas de um rio proporciona, é possível visitar a ilha, o interior do castelo, a Torre de Menagem (caraterística da arquitetura templária) e as suas muralhas.
Até 30 de setembro, o Castelo de Almourol encontra-se aberto todos os dias, das 9h às 19 horas. O acesso é feito por barco, no cais existente junto do castelo, e tem o preço de €4, no qual se inclui a visita ao CITA – Centro de Interpretação Templário de Almourol. Castelo de Almourol > até 30 set, seg-dom 9h-19h > T. 249 712 094 / 96 262 5678 > jftancos@gmail.com > €4
2. Centro de Interpretação Templário de Almourol (CITA)
No edifício do Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha, o CITA é o primeiro dentro da sua génese em Portugal, dispondo de uma sala de exposição permanente, exposições temporárias e uma sala de projeção de filmes sobre o tema dos Templários. Existe ainda uma Biblioteca – Arquivo Templário, com um vasto conjunto de livros sobre a Ordem do Templo.
O Centro, inaugurado em 2018, permite compreender a interligação entre as estruturas do Castelo de Almourol e a história e lendas associadas a este monumento nacional. Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha > Lg. 1.º Dezembro, Vila Nova da Barquinha > T. 249 720 358 > cita@cm-vnbarquinha.pt > ter-sex 9h-12h30, 14h-17h30, sáb-dom 10h-13h, 15h-18h > 4€ (inclui visita ao Castelo de Almourol)
3. Convento de Cristo e Castelo de Tomar
No alto da freguesia de São João Baptista, em Tomar, a denominada Cidade Templária, ergue-se o Convento de Cristo, do qual faz também parte a Casa Templária e o Castelo de Tomar, pertencente à Linha do Tejo, tal como o Castelo de Almourol. O conjunto foi sede dos templários, tendo sido depois casa da Ordem de Cristo, organização que sucedeu em Portugal à Ordem do Templo aquando da sua extinção, graças à proteção dos monarcas portugueses.
O início da construção dá-se no século XII, tendo sofrido adaptações sucessivas ao longo dos séculos, o que lhe conferiu uma profusão de estilos arquitetónicos que predominaram em cada época, desde o Românico e Gótico ao Renascentista e Manuelino.
Com 54 mil m2 de área e classificado como Património Mundial pela Unesco em 1983, tem muito que visitar e conhecer neste espaço: a Charola, a Janela do Capítulo, os diversos claustros, em especial o Claustro de D. João III, a Torre de Menagem ou mesmo o Aqueduto do Convento, que conta com 6 quilómetros de extensão e 180 arcos. Convento de Cristo, Tomar > T. 249 315 089 > seg-dom 9h-18h30 (jun-set), 9h-17h30 (out-mai) > €6, estudantes e mais de 65 anos €3, crianças até 12 anos grátis, dom e feriados até 14h grátis > www.conventocristo.gov.pt
4. Igreja de Santa Maria do Olival
Numa ida a Tomar, vale a pena visitar também a Igreja de Santa Maria do Olival que, com a Ordem de Cristo, chegou a ser a igreja matriz de todas as paróquias portuguesas.
Panteão da Ordem do Templo desde o século XIII, a Igreja, erguida na margem esquerda do rio Nabão, guarda os túmulos de alguns mestres da ordem, incluindo o de Gualdim Pais, figura histórica da Ordem dos Templários e da cidade de Tomar.
A igreja, Monumento Nacional desde 1910, é um exemplo emblemático da arte gótica em Portugal, com o seu amplo interior de três naves definidas por arcos em ogiva e iluminadas por uma grande rosácea, elemento que se destaca da estrutura. R. Aquiles da Mota Lima, Tomar > ter-dom 10h-13h, 15h-19h (mai-set), 10h-13h, 14h-18h (out-abr) > grátis
5. Torre de Dornes
Um pouco mais para nordeste de Tomar, em Dornes, concelho de Ferreira do Zêzere, ergue-se a Torre de Dornes, mandada edificar por Gualdim Pais sob o que se pensa ter sido uma antiga torre romana.
Com um formato invulgar, pois possui cinco faces, a torre conserva ainda no seu interior algumas estelas funerárias dos templários. Na entrada, encontram-se esculpidos dois escudos, um dardo e uma lança. Mais tarde, com a perda da função defensiva, a Torre de Dornes assumiu uma função sineira. R. Nossa Senhora do Pranto, Dornes, Ferreira do Zêzere > aberto 24h > grátis