Participar numa cerimónia do chá, acompanhada e explicada por um monge budista chinês, observar um mestre a desenhar os carateres da caligrafia chinesa e aprender a escrever o próprio nome em chinês, ou assistir à Sinfonia de Dialetos com Música, pelo Coro da Universidade de Lisboa, são apenas três das muitas atividades gratuitas que compõem o programa do oitavo aniversário do Museu do Oriente, em Lisboa. “Fazemos oito anos, e o número oito, sobretudo na China, é muito auspicioso, por isso, decidimos compor um programa mais complexo do que é habitual”, explica João Amorim, responsável pelos serviços culturais do museu. A festa terá exatamente oito dias, a partir de domingo, 1, e até ao domingo seguinte, 8. “Será uma amostragem em compacto daquilo que costumam fazer mas também uma forma de renovar o interesse pela instituição”, resume João Amorim.
Às atividades regulares da agenda do museu foram acrescentadas novas iniciativas, fruto de parcerias com várias instituições. É o caso do ciclo de cinema japonês As Relações Humanas, que integra alguns filmes inéditos, projetados durante a semana, numa colaboração entre a Embaixada do Japão e a Japan Foundation, ou da exposição Riverine, Desenhos de Sajid Bin Doza, um conjunto de 25 desenhos e aguarelas que aborda temas relacionados com a cultura ribeirinha junto a três rios, o Tejo, o Padma e o Brahmaputra, e coorganizada pela Embaixada do Bangladesh. A diversidade e dinâmica do programa vai permitir aos visitantes descobrir ainda mais sobre as relações de Portugal com o Oriente, sobre a cultura, história e costumes de países como a Índia, a Tailândia, a Coreia ou o Bangladesh, e sobre o próprio Museu do Oriente. Haverá conferências e ainda visitas orientadas,em que será possível aceder às reservas do museu e descobrir algumas peças especiais. Experiências como as de vestir os trajes tradicionais chineses, coreanos ou indianos prometem fazer os participantes viajar para Oriente sem sair do museu. O número de lugares em todas as atividades é limitado e a participação requer levantamento prévio de bilhete, mas quem não o conseguir obter não deve desistir, já que, em ambos os domingos, 1 e 8, a entrada no museu é gratuita.
Uma festa a antecipar as novidades do último trimestre do ano, altura em que a exposição do segundo piso será totalmente remodelada, dando lugar a uma mostra sobre a Ópera Chinesa, e em que inaugura China Now, uma exposição temporária, com arte contemporânea chinesa.
Museu do Oriente > Av. Brasília, Doca de Alcântara (norte), Lisboa > T. 21 358 5200 > 1-8 mai > grátis