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Poucas bandas representam tão bem o atual caldo cultural brasileiro como este coletivo mineiro, que depois de quase uma década a correr mundo, deixando atrás de si um lastro de “Lixo Polifónico”, consegue voltar a reinventar-se ao sexto disco de originais, sem nunca perder o norte das suas origens musicais.
Já foram muitas as mudanças, estéticas e musicais, sofridas ao longo da carreira pela banda anteriormente conhecida como Graveola e o Lixo Polifônico – o nome é apenas mais uma. Foi precisamente essa capacidade de metamorfose que os elevou a figuras maiores da nova vaga de psicadelismo tropical, surgida nos últimos anos no Brasil. E este disco, como o título Camaleão Borboleta de imediato desvenda, é o corolário desse trajeto, misturando tropicalismo e MPB com indie rock ou ritmos tradicionais como o axé ou o carimbó. Tudo isto serve para embalar letras em que a poesia se mescla com as mais variadas reflexões sociais ou meras histórias do quotidiano, transformadas pelos Graveola num conjunto de canções perfeitas – como recentemente se comprovou no Festival Músicas do Mundo, em Sines, onde o público surpreendeu a banda, cantando do princípio ao fim alguns destes novos temas.