
Frente à Regua, aproveite-se a estadia no Vila Galé Douro para fazer um cruzeiro no rio, visitar as quintas produtoras de vinhos ou fazer um passeio de comboio
D.R.
1. Lamego: O Douro aos pés
Não faltam motivos para visitar o Alto Douro Vinhateiro – agora e sempre. A região demarcada mais antiga do mundo vale pela paisagem, mas também, claro, pelos vinhos, conhecidos aquém e além-fronteiras. Quem chega ao Vila Galé Douro, aberto desde maio de 2015, na outra margem da Régua, já em Cambres, Lamego, vai à procura desse “doiro sublimado” de que Miguel Torga falava. Se os dias forem de descanso, é possível encontrá-lo neste hotel com vista para o rio, com 38 quartos (30 standard e oito familiares), decorado com fotografias das vindimas e vinhas da região. O hotel possui piscina interior, spa (massagens a partir de €40) e um restaurante – chefiado por Miguel Santos onde a cozinha tradicional portuguesa combina com risotos (há 11 diferentes, como os de bacalhau, polvo com vinho tinto, alheira ou de queijo da Serra). O jacuzzi, na varanda exterior do hotel, só estará disponível a partir de maio. Estar mergulhado nas águas quentes, com o Douro em frente, será, garantem-nos, uma experiência inesquecível. Nesta altura do ano em que o rio ainda não é navegável – só o é entre março e novembro –, há, contudo, pequenos passeios de barco rabelo disponíveis junto ao cais do Pinhão. A visita aos 24 painéis de azulejos da Estação do Pinhão fará parte de qualquer roteiro da região. E, obviamente, a viagem às quintas, como a do Bonfim, a da Pacheca ou a das Carvalhas, vendo as vinhas e provando os vinhos de outras colheitas. Se se preferir percorrer a região de uma forma mais calma, a Go on Bike aluga bicicletas (€20/meio dia, €30/dia) e promove visitas guiadas (a partir €45). Nesta região, não faltam cenários para fotografar, como o Miradouro de São Leonardo de Galafura, situado a 18 km da Régua, na estrada para Vila Real. Se se quiser melhorar a experiência, é levar um cesto de piquenique e brindar a esta paisagem orgulhosamente nossa.
Guia de Viagem
DORMIR
Vila Galé Douro
Lugar dos Varais, Cambres, Lamego > T. 254 780 700 > quatro duplo (desde €100), familiar (dois adultos, duas crianças) a partir €130
COMER
(por Manuel Gonçalves da Silva, crítico gastronómico da VISÃO Se7e)
A Repentina
O cabrito assado em forno a lenha com batata e arroz, vitela assada ou leite-creme são os pratos regionais mais conhecidos. R. da Mó, Lugar da Mó, Poiares, Peso da Régua > T. 254 906 145 > ter-dom 12h30-15h, 19h30-22h > €20
VER
Museu de Lamego
No ano em que se assinala o seu centenário, o museu tem várias iniciativas previstas, como um Jantar Monástico, inspirado no cereal mais importante da história: o milho. Lgo. Camões, Lamego > T. 254 600 230 > seg-dom 10h-18h > €3, bilhete família 50% desconto
COMPRAR
Loja do Museu do Douro
Vinhos e azeites da Região Demarcada do Douro, amêndoas de Figueira de Castelo Rodrigo, sabonetes das águas termais das Caldas de Aregos, compotas e joias em filigrana. R. Marquês de Pombal, Peso da Régua > T. 254 310 193 > seg-dom 10h-18h
2. Ponte de Lima: Com as memórias de outros tempos

A Mercearia da Vila fica no centro histórico de Ponte de Lima
D.R.
Já não é um segredo bem guardado, o desta casa de três andares, onde outrora funcionou uma das mercearias com maior clientela da vila mais antiga de Portugal, e onde os peregrinos carimbavam o passaporte a caminho de Santiago de Compostela. É como parar no tempo, com as memórias do antigamente e o conforto dos dias modernos. Há cinco anos, quando Rodrigo de Melo, professor de Matemática, 61 anos, reabriu a antiga casa dos avós e dos pais como turismo de habitação, não imaginava que o projeto seria tão acarinhado como tem sido. E com todo o mérito. Dele, da mulher, Cândida, dos filhos, e da designer Madalena Martins, a quem foi entregue a recuperação do mobiliário e, até, o desenho de marcadores e menus a lembrarem os antigos livros de fiado. Os seis quartos têm nome de alguns dos produtos mais vendidos na mercearia de outros tempos: sabão amarelo, pimentão vermelhão, chocolate, chá verde, canela e açúcar. Este último (o maior), situado no último piso, decorado de branco, é doce, tão doce, como o açúcar, pois. Basta abrir a janela e olhar o rio Lima, atravessar a ponte romana ou deambular pelas ruas da vila para fazermos as pazes com a vida. Se não houver romarias por aqui, que é coisa que não falta ao Minho, pegue-se na bicicleta e siga-se por uma das muitas ecovias, desde o centro histórico à Paisagem Protegida das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro de Arcos, onde existem mais de 500 espécies identificadas de mamíferos a aves como o chapim-real ou a alvéola-branca.
É com todo este espírito que, dos quartos da Mercearia da Vila, descemos para o pequeno-almoço, servido na antiga mercearia, onde se mantiveram os armários, o balcão e os cartazes antigos. São tantos (e tão bons) os mimos que chegam à mesa – compotas e iogurtes caseiros, queijo fresco, sumos naturais, bolos à fatia (o de espinafres ou agrião tem uma legião de fãs) – que nos apetece ficar por ali, como em casa das avós. Rodrigo de Melo confessa o orgulho em ter recuperado a memória da casa da família. E as suas também. Afinal, era ao balcão da mercearia que passava os dias a ajudar os pais e, quem sabe, terá sido ali que se treinou nas contas de somar e subtrair que o levaram a seguir a carreira de professor de Matemática.
Guia de viagem
Dormir
Mercearia da Vila
R. Cardeal Saraiva, 34, Ponte de Lima > T. 258 753 562/96 610 7856 > €55 a €70
Comer
(por Manuel Gonçalves da Silva, crítico gastronómico da VISÃO Se7e)
Convento da Gula
Situado perto da ponte medieval, serve cozinha minhota: arroz de sarrabulho, broinha de bacalhau e lampreia (aos domingos, até abril). R. do Rosário, 6, Ponte de Lima > T. 258 749 055 > seg, qua-dom 12h-14h30, 19h-22h > €20
Ver
Museu do Brinquedo Português
Viagem por 100 anos da História do País através dos brinquedos (do século XIX até 1986). Até 15 de abril está patente a mostra Brinquedos Mágicos – A Marca Arlo, com as caixas de construção da antiga fábrica do Porto. Lgo. da Alegria, 4, Ponte de Lima > T. 258 240 210 > ter-dom 10h-12h30, 14h-18h > €3 (menores de seis anos grátis), €6 (bilhete família)
Comprar
Loja da Maria
O Minho pode ser levado através da Maria de Ponte – uma boneca em cerâmica – em magnéticos, bolsas ou t-shirts. R. da Abadia, 1, Ponte de Lima > seg-sex 9h-12h30, 14h30-19h
Quando ir
Festival Internacional de Jardins
A 13ª edição abre as portas a 26 de maio, com o tema Jardim das Descobertas.

Marcos Borga
3. Mértola: Uma vila-museu
Estamos no Parque Natural do Vale do Guadiana, à beira-rio, na vila-museu de Mértola. As águas do Guadiana correm mesmo ali ao lado do Hotel Museu, pontuadas aqui e acolá por caiaques ou barcos de recreio. Estas atividades náuticas estão disponíveis por marcação na receção do hotel, e nem é preciso ser hóspede para usufruir do serviço. O mesmo se passa com o museu de 100 metros quadrados que o hotel tem e que mostra as ruínas de um bairro islâmico e de um armazém romano, e cerca de 40 peças arqueológicas. Estes vestígios, encontrados durante a construção e que quase impediram a obra, são uma atração. “Quando os clientes chegam cá, ficam muito surpreendidos”, diz a responsável, Maria Paula Palma. Quem ficar hospedado neste três estrelas, com 24 quartos, poderá acordar com esta vista para o Guadiana ou para o castelo e muralha da vila. Também poderá usufruir da esplanada para tomar um gin ou uma aguardente de São Barnabé, e, a partir daqui, avançar Mértola adentro. Junto ao hotel, existem umas escadas que levam os visitantes até à zona histórica.
O rio fica para trás, mas nunca se perde de vista. Pelas ruas íngremes de pedra gasta, descobrem-se miradouros, o casario branco e a paisagem vista lá do alto do castelo. Cruzamo-nos com restaurantes de comida tradicional alentejana, artesãs a trabalhar em teares antigos, de onde saem as mantas tradicionais. De visita obrigatória é o Museu de Mértola. Constituído por 11 núcleos, dispersos pela vila e zona envolvente, conduz-nos numa viagem ao passado, com paragens numa Basílica Paleocristã, nas ruínas de uma habitação romana, no castelo e numa das maiores coleções de arte islâmica do País. Inaugurado há seis anos, durante uma das edições do Festival Islâmico de Mértola, o Hotel Museu e toda a sua história cruza-se com a história de Mértola e com o trabalho arqueológico que tem vindo a ser feito ao longo dos anos. E que transformou esta vila-museu à beira-rio.

Guia de viagem
Dormir
Hotel Museu
R. Dr. Afonso Costa, 112, Mértola > T. 91 340 2033 > a partir €55 > museu: 11h-16h (se não estiver hospedado), grátis
Comer
(por Manuel Gonçalves da Silva, crítico gastronómico da VISÃO Se7e)
O Brasileiro
Na ementa destacam–se os pratos de caça, como o estufadinho de javali ou a açorda de perdiz, mas também há migas de túberas ou de ovas de saboga e grelhados de porco alentejano. Cerro de S. Luís, Mértola > T. 286 612 660 > seg-dom 12h-15, 19h-22h > €15
Ver
Pulo do Lobo
É a maior queda de água a sul do País e fica a cerca de 20 quilómetros de Mértola.
Aldeia da Mina de São Domingos
Visitas guiadas ao antigo complexo mineiro, que dão a conhecer o bairro operário (marcação prévia pelo T. 286 647 534).
Comprar
Mantas tradicionais
Têm motivos decorativos inspirados nas tradições berberes e são feitas artesanalmente com lã de ovelha campaniça. Cooperativa Oficina de Tecelagem > R. da Igreja, 35, Mértola > T. 286 612 036 > seg–sex 9h-13h, 14h-17h, sáb-dom 9h15-12h30, 14h-17h15
Quando ir
Feira do Mel, Queijo e Pão
28-30 abr
Festival Islâmico de Mértola
18-21 mai

Em Sobreiras Altas, perto de Grândola, fica A Serenada, uma propriedade convertida em enoturismo
Fernando Marques
4. Grândola: A ver praias e cabos
Ao fim de dois quilómetros de terra batida e já na entrada da herdade, vê-se a vinha, o olival e o montado de sobro. Só depois se dá de caras com a casa principal e as duas suítes do enoturismo A Serenada, em Sobreiras Altas, perto de Grândola. Apetece parar e, com todo o vagar alentejano, contemplar a vista. “É o nosso cartão de visita”, diz Telma Pereira, a responsável por receber os hóspedes n’A Serenada, propriedade que, no verão de 2013, Jacinta Sobral e Manuel Rodrigues da Silva converteram ao enoturismo.
Voltemos, porém, costas à vista para dar atenção aos quatro quartos duplos e às duas suítes que funcionam em casas separadas (equipadas com salamandra e uma pequena cozinha de apoio) e que têm nomes de castas. No quarto Touriga Nacional, por exemplo, duas barricas de madeira servem de mesa de cabeceira; no Verdelho, a cortiça surge bem evidenciada na cabeceira da cama e, na Suite Ramisco, o destaque vai para o azulejo português na parede. Espreitem-se, em seguida, as áreas comuns deste enoturismo, no qual se realizam provas e jantares vínicos. Na sala da lareira onde são servidas as refeições (mediante reserva), podem saborear-se bochechas de porco estufadas em vinho tinto, frango do campo com pimentos, bacalhau assado no forno. Durante a digestão, nada melhor do que folhear um dos muitos livros da biblioteca, jogar uma partida de cartas ou de dominó, esticar as pernas num passeio pela vinha velha. É daqui que saem as uvas para o Serras de Grândola Cepas Cinquentenárias. Perto da piscina, um dos lugares mais procurados no verão nestes 23 hectares, é um bom poiso para simplesmente beber um copo e não fazer mais nada. Ou, em alternativa, dar um passeio até à Praia da Aberta Nova, a 13 quilómetros, e à aldeia da Comporta, nos limites da Reserva Natural do Estuário do Sado, conhecida pelos seus areais, águas límpidas, bares de praia e restaurantes de peixe.
Guia de viagem
Dormir
A Serenada Enoturismo
Outeiro do André, Sobreiras Altas, Grândola > T. 269 498 014 > a partir de €80 (quarto duplo twin standard), €95 (twin superior) e €105 (com vista panorâmica), €120 (suíte com varanda panorâmica)
Comer
(por Manuel Gonçalves da Silva, crítico gastronómico da Visão Se7e)
A Talha
Migas de espargos e carne de alguidar, ensopado de borrego e javali com castanhas são os pratos mais procurados neste restaurante de cozinha alentejana. R. D. Nuno Álvares Pereira, Centro Comercial O Lagar, Grândola > T. 269 086 942 > ter-sáb 12h-15h, 19h22h, dom 12h-15h > €17
Ver
Centro da Ciência Viva da Lousal
A reconstituição da Mina do Lousal em funcionamento, desde o final do século XIX até 1988. Av. Frédéric Velge, Grândola > T. 269 750 520 > ter-dom 10h-18h > a partir de €10 bilhete família (dois adultos e um número indefinido de crianças)

O boutique hotel Luz Houses, perto de Fátima, tem 15 quartos decorados com madeira natural e cores pastel
Fernando Pereira
5. Ourém: Um lugar de fé
Apesar do Santuário, a região oferece mais atrações a crentes e a não crentes. A 15 quilómetros de Fátima, por exemplo, são deslumbrantes os 600 metros visitáveis das Grutas de Mira Daire, as maiores do País. Para quando o passeio vai longo, e o corpo pede um sítio para carregar baterias, existe o boutique hotel Luz Houses – que na verdade mais parece uma aldeia. Lá dentro, descobre-se um curral de ovelhas, uma ermida, uma cisterna e, para quando o calor vier, uma piscina. Antes de se espreitarem os restantes segredos do jardim, com carvalhos, oliveiras e azinheiras, primeira paragem na Casa Mãe. É nela que se reúnem as áreas comuns e, nomeadamente, a receção e a mercearia, onde é possível comprar sapatos da marca Labuta, vinhos, azeites e loiças típicas da região. Lá perto, no honesty bar, quem se serve é o próprio cliente, como se estivesse em casa. Os copos, as garrafas, o gelo e as especiarias estão à disposição. Existe ainda uma sala de estar com lareira e um restaurante para refeições ligeiras: omeletas (€3,50), saladas (de laranja com cebola, azeite e vinagre balsâmico €3,50) e tábuas rústicas com queijos e enchidos (€17). No total, a Luz House possui 15 quartos, fazendo-se a decoração com mobiliário em madeira natural, cimento afagado, cores pastel, cestas de verga, mosquiteiros em renda e um sem-número de pormenores. De regresso ao jardim, atente-se na gruta natural transformada em sala de massagens. Numa região cheia de hotéis, restaurantes e lojas de recordações religiosas, o Luz Houses é, por assim dizer, um pequeno santuário de bem-estar. E quando a energia estiver de volta aos níveis habituais, sugere-se uma voltinha no kartódromo Fun Park, ali bem perto, na aldeia vizinha de Boleiros. Para acelerar.
Guia de viagem
Dormir
Luz Houses
R. Principal, 78, Moimento, Fátima > T. 249 532 275 > a partir de €98,90 (quarto duplo superior)
Comer
(por Manuel Gonçalves da Silva, crítico gastronómico da VISÃO Se7e)
Tia Alice
O arroz de pato, chanfana, vitela com batata assada no forno a lenha, bacalhau gratinado com molho branco são pratos célebres. R. do Adro, 152, Fátima > T. 249 531 737 > ter-sáb 12h-15h, 19h30-21h30, dom 12h-15h > €35
Ver
Centro de Interpretação da Batalha de Aljubarrota
A Batalha de Aljubarrota (1385) é aqui descrita com todos os detalhes, tirando partido das novas tecnologias. O centro inclui também descobertas arqueológicas e um parque de engenhos medieval. Av. D. Nuno Álvares Pereira, 120, São Jorge, Calvaria de Cima, Porto de Mós > T. 244 480 060 > ter-dom 10h-18h30 > €7, €3,50 (6-12 anos), grátis (<5 anos)
Comprar
A Rosa Albardeira
A loja vende produtos regionais como mel, azeite e queijos da serra D’Aire, compotas e Ginjinha d’ Castelo de Ourém. R. 13 de maio, Mercado de Fátima, lj. 13, Fátima > T. 249 102 932 > seg 14h30- -18h30, ter-sáb 9h30- -13h, 14h30-18h30
Quando ir
Feira de Maio
O calendário ainda não está fechado, mas do final de abril até ao fim de maio, decorre a maior festa anual de Leiria.

Com 23 quartos, a Amazigh Guest House, à entrada de Vale da Telha, a cinco minutos de carro das praias de Monte Clérigo e Arrifana
D.R.
7. Aljezur: Entre a serra e o mar
É lá de cima, do castelo, último reduto mouro na conquista do Algarve no século XIII, que se tem a melhor vista da vila de Aljezur. O casario que serpenteia encosta abaixo, a imensa várzea fértil onde se mantém a tradição do cultivo de frescas hortas, da batata-doce e do amendoim, a Igreja Nova e, a recortar o horizonte, a serra de Monchique. Para poente fica o vale de D. Sancho, onde em tempos se cultivou o arroz, e por onde passa a ribeira até chegar ao mar, na Praia da Amoreira. A paisagem marca de resto toda esta costa, chamada de Vicentina e protegida pelo parque natural, feita também de altas falésias onde se aninham areais selvagens e o mar traz ondas boas para surfar.
João Carvalho, 47 anos, conhece bem estas paragens, ainda do tempo em que vinha de férias com os amigos e a prancha por companhia. Há sete anos abriu o Amazigh Hostel, no centro de Aljezur, e, em junho passado, a Amazigh Guest House, à entrada de Vale da Telha, a cinco minutos de carro das praias de Monte Clérigo e Arrifana. “Era uma antiga albergaria que estava fechada”, conta, “o que implicou algumas obras e a reformulação do espaço”. Com 23 quartos, todos com casa de banho, apostou-se numa decoração simples, em tons claros e com madeiras, pedras, boias de pesca e outros materiais encontrados nas praias. Lá fora, o jardim é grande, com zonas de estar e descansar, e, enquanto não chega o tempo dos mergulhos na piscina (são duas – uma para adultos, outra para crianças), pode sempre jogar–se uma partida no court de ténis. Isso ou dar uma bela caminhada por um dos trilhos da Rota Vicentina, que correm junto à costa. O “golfe desta região”, como lhe chama João Carvalho, “que, fora da época alta, atrai sobretudo estrangeiros, mas que os portugueses começam a descobrir”.

D.R.
Guia de viagem
Dormir
Amazigh Guest House
Urb. Oceano, Lote 10, Vale da Telha > T. 282 995 149, 96 242 4632 > a partir de €59
Comer
(por Manuel Gonçalves da Silva, crítico gastronómico da VISÃO Se7e)
III Geração
Mudou de nome, porque o senhor Ivo já lá não está, mas ficou na família com a mesma cozinha simples e agradável, à base de marisco, peixe fresco e batata-doce. R. 25 de Abril (EN 120), Aljezur > T. 282 998 534 > ter-dom 12h-15h, 18h-22h > €17
Sítio do Rio
A caminho da praia, já nas dunas, oferece a boa cozinha regional, em que predominam os peixes (sargos, douradas e robalos, grelhados a preceito) e mariscos da costa. Outras especialidades são o arroz de peixe e a caldeirada. Estr. da Praia da Bordeira, Carrapateira > T. 282 973 119 > seg, qua-dom 12h-22h > €18
Ver
Museu do Mar e da Terra da Carrapateira
R. do Pescador, Carrapateira > T. 282 970 000 > ter-sáb 10h-13h, 13h30-17h > €2,66, €1,06 (13-17 anos), grátis crianças até 12 anos
Comprar
Mercearia da Ponte
Batata-doce da variedade Lira, pão cozido em forno de lenha, amendoim torrado e manteiga de amendoim ou pastéis de batata-doce. R. 25 de Abril, 94-96, Aljezur > T. 282 998 044 > seg-dom 8h-20h
Quando ir
Festival Lavrar o Mar
O projeto da coreógrafa Madalena Victorino e do encenador Giacomo Scalisi termina em maio com um grande festival, a durar duas semanas, com exposições, espetáculos na natureza, performances e instalações. Aljezur e Monchique > 19-28 mai