1. Cantê
A vontade de estarem cada vez mais presentes em todas as versões da mulher levou as sócias da Cantê, Mariana Delgado, Rita Soares e Francisca Pereira, a criar, em setembro de 2022, uma linha de desporto a que deram o nome de Move by Cantê. “Com a evolução da marca, percebemos que, mais do que criar submarcas, fazia sentido ter peças Cantê que fossem preenchendo essas necessidades.” Por isso, já neste ano, deixam cair o Move, mas continuam a promover um estilo de vida ativo, incluindo peças versáteis, que sirvam tanto para desporto como para alguém que gosta de estar confortável no dia a dia. “Somos adeptas do equilíbrio do corpo e da mente, isso é uma preocupação constante”, explica Mariana Delgado. O universo mais desportivo da Cantê faz-se de vários conjuntos versáteis e intercambiáveis, há peças com brilho, em color block e outras com conjugações de cores improváveis, tal como as usadas no swimwear. Há ainda calções largos e tops, numa versão mais homewear, tops que suportam bem o peito, calças e calções-ciclista ideais para treinar, e ainda t-shirts e calções de malha fluida. A partir de março, com o primeiro lançamento de verão, chegam novas peças. cantelisboa.com > R. Garrett, 19, Lisboa > R. Gonçalves Zarco, 2A, Lisboa > Amoreiras Shopping Center, Av. Engenheiro Duarte Pacheco, piso 1, Praça Central, Lisboa > NorteShopping, R. Sara Afonso, piso 1, Porto
2. Piiiton
Foi o padel, quando ainda não era modalidade da moda, que juntou Viviane Rocha, Piu Pinto Basto e Inês Sarrail, fundadoras da Piiiton. “Conhecemo-nos em 2015, num grupo que jogava em Cascais, e fomos criando afinidade até ficarmos amigas”, contam. O projeto chegou mais tarde, depois de terem transformado torneios aborrecidos em acontecimentos desportivos mais glamorosos e com a equipa que formaram, a Confraria, a necessitar de um equipamento à altura. Viviane não gostava de ver as duplas de jogadoras vestidas com roupa de cores diferentes, e o que havia não lhes enchia o olho. “Começámos por criar dois kits para nós, um de treino e outro de jogo, mas, assim que começámos a usá-los nos torneios, perguntaram-nos de que marca era e onde tínhamos comprado.” Com a procura, nasceu, no final do ano passado, a Piiiton. Fabricadas no Norte de Portugal e desenhadas e testadas pelas sócias/jogadoras, que fizeram saias com calções por baixo, ligeiramente mais compridos, e tops que seguram o peito sem grandes estruturas, as peças vestem todos os corpos, numa malha de qualidade e feita para durar. “Queríamos um equipamento mais sofisticado e feminino, com algum glamour, com o qual possamos transitar para fora do campo com um ar arranjado.” As primeiras peças (vestidos, saias, calções e tops) foram pensadas para o padel, mas já estão disponíveis bodies para o beach ténis e leggings e tops de ginástica. “Inspiramo-nos no ténis vintage, com as riscas e os decotes em V”, contam. A ideia é seguirem para outras modalidades, como o golfe. Por enquanto, vendem-se no site da marca, mas em breve estarão disponíveis em algumas lojas. piiiton.com
3. Barrio Santo
Produzida em Portugal na empresa têxtil Tetribérica, na Trofa, vai para mais de dez anos, a marca de roupa desportiva e confortável tem apostado cada vez mais na sustentabilidade. Desde 2021 que as peças da coleção homem e mulher são tingidas através de matérias-primas orgânicas, livres de compostos sintéticos ou químicos, obtidas a partir do desperdício alimentar. O reaproveitamento do bagaço da azeitona (a marca é detentora do azeite Acushla) é um dos exemplos usados para o tingimento, bem como as cascas de cebola, flor de alkanna e casca de noz. Das coleções Genderless (sem género) às mais desportivas Waistless (tops, calções, leggings, a partir de €24,99) e BS Natural Dyeing: hoodies, sweats, calções, t-shirts (a partir de €54,90) com o reaproveitamento do desperdício das malhas da indústria têxtil, tudo é feito em algodão orgânico ou em poliéster reciclado. E a preocupação com o planeta não fica por aqui: todas as peças levam uma etiqueta biodegradável com sementes de camomila, que podem ser plantadas diretamente num vaso ou na terra. Uma espécie de fechar de ciclo. barriosanto.com > À venda na Fábrica do Azeite > R. Ferreira Borges, 73, Porto
4. Spry
Quando lançaram a primeira coleção da Spry, em março de 2018, tinham coleções pequenas e quantidades reduzidas. “Fomos aumentando conforme a procura”, explica Rita Varela, 45 anos, que, juntamente com a irmã Inês, de 42, gere esta marca de vestuário feminino desportivo. Tudo começou quando Inês foi viver para o Brasil e reparou que lá as roupas de desporto tinham cores vibrantes e texturas diferentes. “Já tínhamos o sentido estético, mas faltava-nos aprender a técnica. A partir das nossas ideias, encontrámos nas fábricas em Braga e Vila Nova de Famalicão pessoas que conseguem orientar e finalizar o que temos em mente”, explica Rita, formada em Ciências Farmacêuticas, que, tal como a irmã, licenciada em Engenharia, faz desporto com frequência. Das leggings (€80) aos bras (€60, com diferentes suportes), calções (a partir de €50), t-shirts (a partir de €50), sweatshirts (a partir de €80) e casacos (a partir de €80), a maioria das peças é feita com fibras recicladas e orgânicas. “São pensadas para todo o tipo de desporto. Até testámos a sua resistência no boxe, mas estão mais vocacionadas para a área do wellness, como o pilates e o ioga”, frisa. spry.pt > À venda em hotéis, de norte a sul de Portugal > Four Seasons Hotel Ritz (Lisboa), Hotel Quinta da Comporta (Carvalhal), Herdade da Cortesia Hotel (Avis), Hotel Praia do Canal (Aljezur), Hotel Casa Mãe (Lagos), Hotel Vila Vita Parc (Porches), Six Senses Douro Valley (Samodães, Lamego)
5. Azco
Jogadoras de padel há dois anos, Cátia Azevedo, gestora financeira numa empresa de desporto, e Ana Costa, técnica de radiologia, lamentavam encontrar no mercado “roupa muito básica” para a prática desta modalidade desportiva. Em dezembro último, lançaram a primeira coleção da marca Azco – o nome combina as iniciais das duas mentoras –, que inclui saias (€40), tops, sweats (a partir de €25) e meias (€6), confecionados em algodão num atelier de costureiras em Vila Nova de Famalicão. “São peças bonitas, confortáveis, adaptáveis ao desporto e sensuais. É o que procuram as mulheres que jogam padel”, resume Cátia Azevedo, 31 anos. A Azco, sublinham, pretende ser “uma ode à feminilidade no desporto, celebrando a liberdade de movimento”. A saia-calção Aurora, por exemplo, tem um bolso para guardar as bolas de padel. Mais adiante, hão de lançar calções e um vestido. Por enquanto, a marca está disponível apenas através do Instagram, mas a loja online já está a ser planeada. instagram.com/azco_sportswear
6. Evolution
“Celebrar cada corpo na sua beleza autêntica” é o objetivo da marca lançada em dezembro de 2022, por David Miguéis, 35 anos. No seu trabalho como personal trainer em Lisboa, foi-se apercebendo da “dificuldade de os alunos mais obesos arranjarem roupa para treinar”. Com a ajuda da amiga Valentina Filipe, que desenhou as peças das duas coleções Loungewear e Effortless, a Evolution nasceu com leggings, t-shirts, calções e hoodies (a partir de €30), com tamanhos do XS ao XXL. “Cada corpo tem a sua própria história, as suas curvas, a sua singularidade, e cada um deve ser celebrado e não apenas aceite”, reforça. Todas as peças, para homem e mulher, são produzidas em Portugal, a partir de fibras recicladas. ev-activewear.com
7. Latitid
Fernanda Santos, 62 anos, diretora de produção, Inês Fonseca, 38, responsável pelas vendas, e Marta Fonseca, 35, diretora criativa, são as proprietárias da Latitid, marca criada há 11 anos, especializada em roupa de praia, que estendeu a sua oferta ao vestuário desportivo, em outubro de 2022. “A ideia de explorar este mercado surgiu para quebrar a sazonalidade da marca. Esta escolha permitiu-nos manter o nosso conceito e design, testando novos lançamentos fora de época”, explicam. O objetivo era criar peças de algodão orgânico, modal e poliamida. À venda estão calças (€66), calções (€55), t-shirts (dos €36 aos €38) e camisolas (dos €79 aos €86), que podem ser usadas de várias formas e em várias ocasiões, incluindo desporto. Em fevereiro, juntam-se os tops, leggings e cycling shorts. “Valorizamos a versatilidade e encorajamos todos a expressarem o seu estilo, independentemente do género”, rematam as fundadoras da Latitid. latitid.com > lojas na Embaixada (Pç. do Príncipe Real, 26), em Lisboa, na Esplanada do Castelo, 107, Porto, e durante o verão, entre junho e setembro, na loja pop-up na Comporta
8. Hey Harper
Em 2018, Catarina Oliveira desafiou o mercado da joalharia com o lançamento de uma coleção de joias à prova de água a preços acessíveis. O negócio desdobrou-se e, no ano passado, apostou na área da moda com o lançamento da linha Athleisure. Composta por dez peças, a primeira coleção inclui macacão, leggings, tops e calção feitos em poliamida, poliéster e elastano. “São como um complemento às joias e foram desenhadas para serem usadas tanto no ginásio como fora dele, a qualquer hora do dia”, explica Maria Almeida, das relações-públicas da marca. Fabricadas no Porto, num tecido altamente elástico, sem costuras e de secagem rápida, vestem qualquer tipo de corpo. “Queremos que as mulheres se sintam confiantes ao usar as nossas peças e que a liberdade de movimentos seja total.” heyharper.com
9. Hanken
Roupa sem costuras, resistente e intemporal. Estes são os principais atributos das peças da Hanken, marca portuguesa de activewear para homem e mulher, criada em 2020, por Maria Hansen, 30 anos, e Pedro Stürken, 29. “Antes de abrirmos a loja online e de lançarmos a primeira coleção, fizemos trabalho de pesquisa, mas, como também praticamos muito desporto, conseguimos perceber o que faltava e o que fazia mais sentido nesta área”, explica Pedro Stürken. Começaram por criar peças sem costuras (seamless), como leggings, bras, crop tops, bike shorts, porque não há qualquer desperdício nos tecidos. “Usamos o fio italiano q-nova, de grande qualidade.” Mas não ficaram por aqui e, mais tarde, acrescentaram a coleção tech, com costuras, como t-shirts e casacos feitos com materiais reciclados, como poliamida. “A nossa maior preocupação é escolher materiais que tenham o menor impacto no meio ambiente”, justifica. A coleção aposta em linhas clássicas – não existem padrões – e em cores lisas, para que possam ser usadas agora ou daqui a cinco anos. Todas as peças são produzidas em Portugal, na zona de Barcelos. O preço varia entre os €42 (bra) e os €180 (casaco soft shell para homem). hankenactive.com > À venda nas lojas The Fitting Room (Lisboa e Porto), hotel Sublime Comporta Country Retreat & Spa (Comporta)
10. Nutch
Foi durante a pandemia que Margarida Trindade, 30 anos, gestora de categoria na Sonae, decidiu lançar uma marca de roupa desportiva. “Na altura, o retalho teve muita pressão. Precisava de criar alguma coisa para desanuviar. As pessoas praticavam cada vez mais desporto e não havia muitas marcas portuguesas de activewear sustentável”, conta sobre a Nutch, que lançou em janeiro de 2021. Formada em Economia, Margarida sempre teve o bichinho das artes e, por isso, é ela mesma que desenha as peças (calções, leggings e tops, a partir de €29), juntamente com as quatro costureiras num atelier em Lisboa. Uma das preocupações é a sustentabilidade, daí que todas as peças sejam feitas com 78% de nylon reciclado, a maioria do qual provém de desperdício de redes de pesca. Outra particularidade da Nutch são as cores: lilás, terracota e verde-tropa foram as últimas a juntarem-se aos azuis, verdes e vermelhos. nutch-brand.com
11. Susana Gateira
“Na década de 1990, não havia designers de moda na área do vestuário desportivo”, recorda Susana Gateira, hoje com 59 anos, fundadora da empresa com o seu nome, aberta em 1997, em parceria com o irmão Rui, 53 anos. Com a prática de aeróbica, aos 18 anos, começou a fazer as próprias roupas, como bodies, caneleiras e calças, que eram cobiçadas pelas amigas. “Posso dizer que tudo começou com uma brincadeira que foi crescendo”, explica. Do design, aliado ao conforto e à qualidade, lema da marca, fabricada em Ílhavo, resultam peças intemporais, feitas de fibras sintéticas. “As novidades que vamos introduzindo referem-se às cores, às fibras usadas, que estão sempre a inovar, assim como modelos recentes, que seguem as tendências da moda”, acrescenta. Para usar, há leggings (€20 a €50), crop tops (€10 a €30), sweatshirts (€25 a €50) e túnicas (€10 a €30) e, para homem, calções e t-shirts. Atualmente, fecharam as lojas (chegaram a ter 13) e dedicam-se apenas às vendas online. susanagateirashop.com