O duo é um dos formatos mais populares do jazz e foi a partir desse legado que os irmãos Eduardo e Carlos Lala avançaram para o Duetos da Sé. O primeiro é músico profissional e o segundo chef. “Queríamos juntar a música à degustação e a ideia dos duetos surgiu como uma forma de diferenciação”, explica Eduardo.
Um conceito que se estende do palco, onde todos os concertos são em formato duo (nesta noite atuavam Christina Quest e Iris Sarai), à ementa “com pratos e petiscos também criados a partir da ideia de dueto”, como o bacalhau com crosta de azeitonas e broa ou a morcela com maçã caramelizada.
Abriram no final de abril do ano passado e a programação musical, centrada no jazz, mas aberta a outros estilos, arrancou em maio, com um concerto de Selma Uamusse que, por coincidência, na noite desta reportagem jantava com a sua banda no restaurante.
“Os músicos adoraram a ideia dos duetos, porque lhes permite apresentarem-se de uma forma mais exposta e intimista. Muitos até adaptam o seu reportório para tocarem cá”, revela Eduardo, para quem este formato tem ainda a vantagem de possibilitar “cruzamentos improváveis”, como o que juntou o rapper Chullage ao músico de jazz Pedro Castanheira. Em fevereiro, a 7, 8 e 9, é a vez de Fernando Tordo aqui atuar, em dueto com o pianista António Palma.
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