Investigadores da Universidade Johns Hopkins, EUA, juntamente com várias instituições europeias, analisaram 17 estudos já publicados e que incluíam um total de quase 227 mil participantes de vários países, seguidos, em média, durante sete anos, para tentar apurar o número mínimo de passos diários para reduzir o risco de morte por qualquer causa e por doenças cardiovasculares.
O estudo, publicado esta quarta-feira no Jornal Europeu de Cardiologia Preventiva, permitiu perceber que andar, pelo menos, cerca de 4 mil passos (as contas dos investigadores através do modelo que usaram fizeram-nos chegar ao número preciso de 3,967) por dia reduz o risco de morte por qualquer causa, enquanto andar cerca de 2.300 passos por dia reduz o risco de morte devido a uma doença cardiovascular. Isto não significa que andar mais do que o recomendado não faz diferença, pelo contrário, quanto mais movimento melhor. Adicionar 500 a 1000 passos diários pode ter um efeito significativo: Andar mais 500 passos por dia é associado uma redução de 7% nas mortes por causas cardiovasculares e andar 1000 passos extra pode reduzir 15% a probabilidade de morte de qualquer doença. Entre dados analisados estavam os de pessoas que chegavam a ultrapassar os 20 mil passos e nem assim os investigadores conseguiram detetar um limite máximo acima do qual já não haja benefícios para a saúde.
Os mais beneficiados em termos da redução do risco de morte, concluiu esta análise, são os jovens adultos. Pessoas com menos de 60 anos que andam entre 7 mil a 13 mil passos diminuem o risco de morte de qualquer doença em 49 por cento. As de 60 anos ou mais diminuem o risco em 42% se andarem entre 6 a 10 mil passos por dia, sugere o estudo. “A mensagem principal é que devemos dar o máximo de passos possível e devemos começar o mais cedo possível a fim de obter os maiores benefícios para a saúde”, resume Maciej Banach, autor principal do estudo e professor de cardiologia da Universidade de Medicina de Lodz, na Polónia.