Um novo estudo, publicado esta segunda-feira, dá conta de que os pacientes que tiveram de ser internados têm uma maior probabilidade de ficar com danos nos pulmões, rins e um em cada oito com uma inflamação no coração.
De 28 a 60 dias após a alta, os pacientes acompanhados pelos investigadores realizaram uma série de exames e análises. Mais tarde, estes foram comparados com os de um grupo de controlo de 29 pessoas com idade, sexo, etnia e fatores de risco cardiovascular semelhantes, mas que nunca tinham tido Covid.
Em comparação, os que foram hospitalizados mostraram várias alterações nos resultados dos exames de imagiologia ao coração, pulmões e rins. Além disso, cerca de 13%, ou um em cada oito, dos internados por Covid foram considerados como muito propensos a ter miocardite.
Os resultados também revelam que os que tinham sido hospitalizados tinham maior probabilidade de ter sintomas consistentes com Covid prolongada.
“Estas descobertas estão relacionadas com sintomas persistentes e à provável necessidade de haver um acompanhamento de saúde contínuo até um ano depois”, relata Colin Berry, da Universidade de Glasgow, principal autor do estudo.
Este estudo envolveu três hospitais no oeste da Escócia, obtendo os resultados de 159 pessoas hospitalizadas com Covid entre maio de 2020 e março de 2021.