Foi divulgado um parecer técnico – com base em artigos científicos e documentos normativos das entidades sanitárias nacionais e internacionais – sobre a vacinação em idade pediátrica. Segundo o último relatório diário, a vacina contra a covid-19 só atingiu 301 mil crianças entre os cinco e os 11 anos, número que fica aquém dos 50% do universo total.
O fim-de-semana de 5 e 6 de fevereiro voltará a estar reservado aos mais novos, para primeiras e segundas tomas. Se ainda tem dúvidas em relação ao que fazer, vamos analisar o documento oficial por partes.
Antes ainda, fique com este número em mente, divulgado pelo americano CDC (Centro de Controlo e Prevenção de Doenças): foram registados 11 casos de miocardite em 8.700.000 (quase nove milhões) de vacinas administradas entre os 5 e os 11 anos e todas foram ligeiras e transitórias.
- Este parecer do Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares, da DGS, conclui que vacinação contra a Covid-19 em crianças “é segura e eficaz”.
- A miocardite, uma inflamação do músculo cardíaco tida como um dos possíveis efeitos colaterais da vacina em idade pediatrica, é muito rara a seguir à inoculação. Quando acontece, é geralmente ligeira e com rápida recuperação, segundo os especialistas.
- A miocardite por infeção com SARS-CoV-2 é 60 vezes mais frequente do que após a vacina. Mais, nestes casos os sintomas podem ser graves, gerar complicações e sequelas a curto prazo.
- As causas da miocardite em contexto de Covid-19 ainda são desconhecidas, embora se avance com a possibilidade, sem que esteja ainda provada, de ocorrerem “quando o sistema imune do próprio doente, em resposta à infeção, agride o coração“.
- Ainda se investigam quais as razões que levam a que essas miocardites se verifiquem mais frequentemente entre rapazes jovens, após a puberdade.
- Também se desconhece se existirão complicações ou sequelas a longo prazo dessas miocardites por infeção.
- “Não se conhece mortalidade diretamente relacionada com a vacina”, lê-se no parecer.
- Os peritos afirmam que a vacinação mostrou que é eficaz na prevenção da doença grave e na mortalidade e que os efeitos secundários adversos “são raros e pouco significativos”. (em adolescentes vacinados, a possibilidade de ter síndrome inflamatória multissistémica após infeção baixa em 91%).