No passado sábado, 12 de setembro, a empresa farmacêutica multinacional americana Pfizer anunciou que quer ter 44 mil participantes na Fase 3 dos testes da vacina de combate à Covid-19, e não so 30 mil pensados inicialmente, de modo a incluir mais indivíduos de diversas etnias.
Num comunicado publicado no seu site, a empresa Pfizer apresentou à FDA (Food and Drug Administration), dos Estados Unidos, uma proposta sobre expandir os testes da vacina de modo a abranger um maior número de pessoas. Se a FDA aprovar o pedido, as empresas poderão reunir um número mais significativo de dados acerca da segurança e eficácia da vacina estudada, permitindo diversificar o grupo de indivíduos submetidos.
Albert Bourla, diretor-executivo da Pfizer afirmou, em entrevista ao canal televisivo CBS, que tem de haver um esforço para reunir uma população de estudo da vacina o mais diversificada possível. Isto porque a Covid-19 tem vindo a causar impactos significativos na saúde dos indivíduos pertencentes, particularmente, às minorias étnicas. Mas Bourla relembra que, no entanto, os números dos participantes submetidos aos testes da vacina até são significativos: “na verdade, temos uma população em que apenas 60% são caucasianos e 40% são, aproximadamente, minorias”, disse.
Bourla disse, ainda, à CBS que há “uma boa hipótese” de saber, já no próximo mês de outubro, se a vacina da Pfizer é funcional. Mas, quando questionado se as pessoas teriam que esperar até 2021 para ter acesso à vacina, Bourla disse que não sabia ao certo quanto tempo poderia levar até à sua aprovação.
Atualmente estão a ser testadas 35 vacinas em humanos. Oito delas já se encontram na fase final dos testes clínicos, incluindo a Pfizer e uma vacina candidata da AstraZeneca e da Universidade de Oxford, que anunciou que os testes seriam retomados no Reino Unido após terem sido interrompidos devido ao aparecimento de uma doença inexplicável num dos voluntários, na semana passada.