Passaram apenas 24 horas sobre a notícia daquele que terá sido o primeiro caso de reinfeção e, agora surgem mais dois. No primeiro, um cidadão natural de Hong Kong, de 33 anos, voltou a dar positivo quatro meses depois de ter sido dado como curado e após ter regressado de uma viagem a Espanha. Agora foi a vez da Holanda e da Bélgica reportarem casos de reinfeção, um em cada páis.
No caso holandês, segundo informações da virologista Marion Koopmans, trata-se de um idoso com o sistema imunitário fragilizado que contraiu novamente a doença. A especialista não deu, contudo, muita informação sobre o caso, já que é necessário investigar se existem outros.
“Todas as infeções por SARS-CoV-2 [nome deste coronavírus] têm uma impressão digital diferente, um código genético. As pessoas podem possuir vestígios do vírus durante muito tempo após o contágio e ocasionalmente expelir algum material genético do vírus”, explicou. Acrescentou, também, que os casos de reinfeção estão de acordo com as “expetativas científicas”, apenas faltava provar a sua existência.
Na Bélgica, foi o assessor de saúde pública governamental, Marc Van Ranst, que confirmou a reinfeção de uma mulher que já havia estado com Covid-19 e, três meses depois, testou novamente positivo. A investigação revelou que se trata de uma estirpe diferente do vírus que antes a tinha infetado. O assessor frisou que esta “não é uma boa notícia” dado que esperava que o intervalo entre a possibilidade de novas infeções fosse maior.
Depois de ser conhecido o primeiro caso, em Hong Kong, a Organização Mundial de Saúde referiu que as reinfeções são muito raras.
*com LUSA