A situação em Itália é dramática. “As autoridades, a protecção civil, passam com altifalantes a avisar a população para não sair de casa por causa do coronavírus. Ou, pelo menos, sair o mínimo possível. Quem anda a pé, na rua, é sujeito a controlo por parte das autoridades que só deixam seguir quem tiver a autocerficação, o documento que permite a deslocação”. O relato é feito por Marco Olivotto, um italiano que vive na Veneto, em Itália. Está fechado em casa com a filha e a mulher grávida desde o início do mês de março.
Itália está toda de quarentena desde que a propagação da COVID -19 se descontrolou. Neste momento, ao dia de hoje há mais de 15 mil infetados e mais de 1000 mortos. Só hoje, dia 12, surgiram 2651 novos casos.
Os funerais só com familiares próximos e os casamentos foram todos cancelados. “Nem o meu pai posso ir visitar à aldeia ao lado”, conta Marco. “Os idosos estão cheios de medo porque os hospitais não têm espaço. Os médicos têm que escolher quem tratam”, conta. Nas zonas em que ainda é permitido circular, só se pode andar no máximo duas pessoas por carro. A partir das 18h ninguém, mas ninguém, pode sair de casa. “A maioria das pessoas já percebeu que tm de cumprir as medidas de proteção. Não é só para se proteger a si, mas também todos os outros, assegura.
“Só se pode fazer compras no concelho de residência e a comida disponível são só bens de primeira necessidade. Os funerais só com familiares próximos e os casamentos foram todos cancelados. “Nem o meu pai posso ir visitar à aldeia ao lado”, conta.