É inevitável: o medo do desconhecido faz o nosso coração bater mais forte. E cientistas da Universidade de Wolverhampton, no Reino Unido, confirmaram isto mesmo ao submeter um grupo de participantes a uma série de experiências emocionantes como o salto de paraquedas num ambiente fechado e um primeiro encontro romântico enquanto usavam monitores de frequência cardíaca para medir as variações de pulso.
Os investigadores descobriram que a média de batimentos cardíacos dos participantes nas duas circunstâncias era quase idêntica – 111 batimentos por minuto nos que faziam queda livre e 106 durante o primeiro encontro.
Para complementar o estudo, foi pedido a 2 mil adultos no Reino Unido que respondessem a um questionário. Mais da metade dos inquiridos (54%) disse considerar ir a um primeiro encontro uma experiência emocionante, mas apenas um em cada seis gosta desta adrenalina. Um terço dos britânicos respondeu ponderar não comparecer ou abandonar um encontro por causa do nervosismo e 45% gaguejaram ou perderam o fio à meada.
Os rostos também denunciam: um em cada três participantes revelaram ter ficado vermelhos de vergonha. Os resultados do inquérito revelam, no entanto, que o nervosismo, não parece assim tão mal ao parceiro: 78% dos britânicos disseram achar isso atrante durante o primeiro encontro.
“Ao vivermos uma experiência nervosa, os nossos corpos geralmente têm uma reação de ‘luta ou fuga’, que faz aumentar rapidamente a frequência cardíaca devido à adrenalina. Quando a emoção inicial passa, as frequências começam a estabilizar e é quando temos hipótese de desfrutar e melhorar as nossas habilidades de paraquedismo e até de namoro”, explica Martin Khechara, professor de Ciências Biomédicas da Universidade de Wolverhampton.