De acordo com um novo estudo, o nosso relógio biológico pode ter alguma influência. O estudo, conduzido por investigadores do Brigham and Women’s Hospital em Boston, nos Estados Unidos, teve como principal objetivo analisar a relação entre o tempo de consumo de alimentos com a hora do relógio e o ritmo circadiano.
A equipa de investigadores analisou 110 estudantes universitários com idades compreendidas entre os 18 e os 22 anos, sendo que 60% era do sexo masculino. Num estudo transversal de trinta dias, os investigadores documentaram o sono e os comportamentos circadianos das rotinas diárias regulares dos participantes. Através de uma aplicação de telemóvel, registaram toda a ingestão de alimentos de cada estudante nas suas rotinas diárias, durante sete dias consecutivos. A composição corporal e o tempo de liberação de melatonina, conhecida como a “hormona do sono”, foram avaliados num laboratório.
Os investigadores descobriram que o mais importante é esperar algumas horas depois de comer antes de ir para a cama de forma a que o corpo tenha tempo de fazer a digestão. Os participantes com percentagens de gordura corporal elevadas consumiram a maioria das suas calorias aproximadamente uma hora mais perto do momento de início da liberação de melatonina, do que os participantes com percentagens de gordura corporal mais baixas.
“Descobrimos que o momento da ingestão de alimentos em relação ao início da melatonina, um marcador do início do sono, está associado a uma maior percentagem de gordura corporal e IMC (Índice de Massa Corporal), e não associado à hora do dia, quantidade ou composição da ingestão alimentar” disse Andrew McHill, autor do estudo.