Uma equipa de investigadores da Universidade de Zurique comparou os crânios de auroques (uma espécie de bovino selvagem extinta) com os de vacas modernas e chegou à conclusão de que, quanto mais domesticada é a vaca, mais pequeno é o seu cérebro. O estudo foi publicado no início deste mês na revista Proceedings of the Royal Society B.
Foram analisados 13 crânios de auroques, que se acredita que sejam os antepassados das vacas, encontrados ao longo dos anos. Depois, analisaram 317 crânios de vacas domesticadas modernas, de 71 raças diferentes. Conseguiram calcular o tamanho dos cérebros através de medições. No fim, repararam que, em média, os cérebros das vacas domesticadas eram 26% mais pequenos que os dos seus antepassados.
Os investigadores também concluíram que, no grupo das vacas domesticadas, as que contactam mais com os humanos (por exemplo, as vacas leiteiras) são as que têm os cérebros mais pequenos. As espécies criadas para as touradas, que crescem longe das pessoas, têm os cérebros maiores, quase do mesmo tamanho do que os dos auroques.
Já se tinha chegado à conclusão que a domesticação de animais tende a reduzir o tamanho dos seus cérebros. Pode observar-se esse fenómeno em cães, gatos, porcos, ovelhas e cavalos. Todos tinham crânios mais pequenos que os seus antepassados. Neste estudo, a ideia era entender se o mesmo acontecia com as vacas domesticadas.