É inevitável comparar Saca a um verdadeiro descobridor português no que toca ao surf mundial. Obstinado, lutador, incansável e outros tantos adjectivos, usados por familiares e amigos, descrevem o porquê de se ter tornado o menino-maravilha da modalidade.
Começou a “apanhar ondas” aos 11 anos e, dois anos depois, entrava no recém-criado Campeonato Nacional de Esperanças, numa altura em que a modalidade ganhou fulgor.
Depressa se apercebeu de que é no mar que quer viver e, aos 16 anos, conhece o seu mentor, amigo e actual agente José Seabra com quem se treina e prepara o ataque às provas internacionais. Foi vice-campeão mundial Pró Júnior, em 2000, e, nesse ano, lançou-se no circuito de qualificação da Associação de Surfistas Profissionais, que organiza o mundial da modalidade, o WCT.
Em 2005 e 2006, levou a Ericeira ao rubro, vencendo em casa. Mesmo assim, porém, falhou a entrada no mundial. O ano passado foi de glória tornou-se o primeiro português da história a competir no WCT e, numa exibição histórica, na Indonésia, bateu o seu ídolo, Kelly Slatter, que o considerou “um surfista que não se pode subestimar “. Este ano figura a meio da tabela dos melhores do planeta e mantém o seu objectivo de se tornar campeão do mundo.