Drones que inspecionam subestações elétricas ou que detetam pontos de perda de calor de edifícios. Inteligência Artificial que identifica falhas de segurança dos trabalhadores. Hidrogénio em pó. Robôs reparadores de pás de aerogeradores. Equipamento que captura dióxido de carbono. Película protetora de postes elétricos, contra frio, calor e fogo. Umas ideias parecem ficção científica. Outras são estranhas e complexas. Outras ainda soam extraordinariamente simples, pelo menos à superfície. Todas têm uma coisa comum: propõem soluções para problemas na área da energia, que de alguma forma ajudem a impulsionar a eletrificação e a transição energética para fontes renováveis.
É aqui, no Palácio da Imprensa, no centro de Madrid, onde decorre a oitava edição do Free Electrons, que 29 startups vão tentar convencer sete utilities a investir nas suas propostas. Entre elas, encontra-se a EDP, que este ano é a anfitriã do evento. “No ano passado, o mundo investiu €1,8 biliões neste processo, mas ainda temos de investir 4 ou 5 biliões para conseguirmos chegar à neutralidade carbónica”, diz António Coutinho, CEO da EDP Inovação, a quem coube abrir o Free Electrons. “É um desafio demasiado grande para qualquer empresa. Temos de utilizar a inteligência, a criatividade para resolvermos este problema, que é de todos. É por isso que procuramos pelo mundo as melhores soluções que podem ajudar neste desafio.”