Entre as más notícias dadas pelo biólogo Emanuel Gonçalves, administrador da Fundação Oceano Azul, na sua intervenção, este sábado, 24, no VISÃO Fest Verde, talvez esta baste, tão alarmante é: apenas 13% do oceano (que representa 90% do volume do planeta) “está intacto”. Isto é, o restante já sofreu alterações perniciosas devidas às agressões económicas e poluentes, sendo que estamos a falar do “sistema de suporte da vida no planeta”, como lembrou o reconhecido especialista mundial na matéria.
Apenas 13% do oceano “está intacto” – ou seja, ainda não sofreu agressões poluentes, alerta o biólogo
Mas se há “cada vez menos recursos e vida” no oceano, e apesar de todos os segredos que ele ainda guarda, o biólogo salientou que basta a aplicação de duas soluções em conjunto para reverter o caminho em direção ao abismo. “Descarbonizar já, e de forma acelerada, a nossa economia”, e “reconstruir os ecossistemas marinhos”, resumiu-as Emanuel Gonçalves, que mergulha há 37 anos.
É esta a “boa notícia”, diz o administrador da Fundação Oceano Azul: “Sabemos como fazê-lo.” E, ao clichê do “país pequeno e periférico”, respondeu que somos um “gigante oceânico” e que “Portugal pode ser o campeão da proteção marinha”.
Como exemplo do que a ciência sabe, para que o poder político tome “boas decisões”, referiu a criação de 150 mil km2 de áreas marinhas protegidas nos Açores. Mas o biólogo também mencionou a importância de “cidadãos mais informados e capacitados para agir”. À laia de quem diz que a apatia geral ainda é demasiada, perante a alarmante e contínua destruição do oceano.
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