Fizemos uma loucura! No aniversário do Carlo, com a ajuda de presentes monetários que chegaram de Itália e Portugal, fomos ao mítico Blue Hole!.
Foi um dos dias mais bem passados desta viagem. Depois de cerca de 2 horas a viajar em mar alto, começámos a ver o mar das Caraíbas a tornar-se cada vez mais azul e cristalino. Os corais, os peixes e os outros animais marinhos eram facilmente observáveis do barco. Quando chegámos ao tão esperado Blue Hole, nadámos cerca de 30 minutos no interior do anel. Mais uma vez, vimos espécies tropicais maravilhosas.
Partimos para o segundo ponto onde iríamos nadar, o barco deixou-nos ao largo de uma ilha magnífica, Half Moon Caye, e nadámos até chegar à praia. Aí, caminhámos até a um miradouro e subindo a uma plataforma de observação de aves, tivemos uma visão soberba para as copas das árvores onde se encontram centenas de aves marinhas de várias espécies.
Almoçámos o prato típico do Belize: arroz de feijão, galinha assada e salada. Saímos desta ilha que parecia saída de um sonho e partimos para o terceiro e último ponto de snorkeling, um jardim de corais povoado por milhares de peixes multicolores.
Na viagem de volta para Caye Caulker sentíamo-nos a levitar, não cabíamos em nós de felicidade. De tal forma que saímos do barco sem os chinelos e sem pagar a viagem… só nos lembrámos quando o barco já ia longe. No dia seguinte pagámos a dívida.
Não ficámos dois dias em Caye Caulker como inicialmente prevíamos, mas sim dez dias. Encantámo-nos com a ilha, o mar e os seus simpáticos habitantes. Fomos até convidados pelo dono da cabana onde estávamos alojados para participar no jantar de aniversário – composto por arroz de feijão e galinha – da sua esposa.
Saímos desta ilha com destino a Hopkins, localizado na costa sul do Belize. Aí iríamos encontrar duas pessoas muito especiais, os tios da Vanessa, pois eles decidiram celebrar o seu décimo aniversário de casamento na nossa companhia. Encontrámo-los no sítio previsto, à hora combinada. Fizeram uma longa viagem desde os Estados Unidos até Hopkins, com uma série de escalas e com direito a um curto voo de avioneta de Belize City até Dangriga. Contaram-nos que foi uma grande aventura, porque a avioneta em que viajaram muito antiga e não tinha espaço para todos os passageiros nem para as bagagens.
Durante cinco dias tivemos a atenção da família. Na sua companhia conhecemos Hopkins, uma pequeníssima vila piscatória composta essencialmente por uma rua principal ladeada de casinhas pequenas. Um destino simpático, para este tipo de encontro.
Num dos dias fizemos um passeio de lancha por um mangal, para ver a fauna e a flora típica daquele lugar. Vimos crocodilos, tartarugas, morcegos, iguanas, e variadíssimas espécies de aves, inclusive a ave nacional, o tucano.
Para celebrar o aniversário de casamento fomos fazer snorkeling em três pontos diferentes ao largo de Hopkins, na companhia de um local. Apesar de o Sol não nos ter brindado com a sua presença, foi possivelmente um dos melhores lugares onde nadámos. Vimos inúmeras espécies marinhas que ainda não tínhamos encontrado. No final do dia, o tio Zé preparou uma surpresa. Proporcionou a todos um romântico jantar à luz das velas na praia. Uma noite bem passada, bem regada com vinho português, onde a conversa não faltou. Sem dúvida, uma refeição memorável para os quatro.
No dia seguinte, visitámos ainda uma reserva natural – Cockscomb Basin Wildlife Santuary. Com uma área de cerca de 39 mil hectares e localizada a poucos quilómetros da vila de Hopkins, este santuário é o habitat ideal para várias espécies de fauna e flora do Belize. Nesta reserva residem jaguares que, infelizmente, não se quiseram mostrar, mas ainda assim passámos uma agradável manhã a caminhar naquele biótopo tão rico em biodiversidade e pontuado por várias cascatas.
Antes dos tios partirem, fomos visitar uma outra vila piscatória , Placência, localizada a sul de Hopkins. Este é um lugar tranquilo com uma bonita praia e o típico mar azul das Caraíbas. Almoçámos neste simpático lugar, onde a maioria dos habitantes vive da pesca, turismo e da venda de artesanato.
Depois de cinco dias bem passados com muito mimo dos tios, tinha chegado a altura de os deixar. As despedidas nunca são felizes, mas estávamos muito contentes por terem tido a coragem de vir até ao Belize para celebrarem uma data tão especial connosco e por terem participado na nossa aventura.
Eles partiram para os EUA e nós, nesse mesmo dia, deixámos o Belize e entrámos na indescritível Guatemala.