Rapidamente entendemos que Caye Caulker era uma ilha muito pequena, mas deslumbrante. O mar seduziu-nos imediatamente, num rápido mergulho vimos dezenas de espécies de peixes. Ficámos tão fascinados que fomos comprar uns óculos que dividíamos entre os dois para praticar snorkeling na praia.
Aturdidos com o cenário procurámos saber quanto seria praticar o “verdadeiro snorkeling” ao largo, na barreira de coral. Por sorte, conseguimos um barco para nos levar a observar manatins no habitat natural e a dois pontos especiais para nadar. Este passeio custou-nos cerca de 80 euros (um arrombo no orçamento), mas revelou-se uma experiência inolvidável.
Primeiro partimos para ver os tão ansiados manatins; este simpático mamífero que vive nas ilhas de mangal é muito tímido, por este motivo só vimos um exemplar. Ainda assim foi uma sorte encontrá-lo.
Depois almoçámos numa ilha muito pequena com meia dúzia de habitantes, ilha Saint George. Aqui conhecemos um simpático menino que nos mostrou os seus vastíssimos conhecimentos em biologia marinha e levou-nos ao mega aquário que tinha na sua casa. Uma sala enorme (com cerca de 30 aquários) com diversas espécies marinhas que habitam o mar das Caraíbas; este pequeno génio com um incrível dom da palavra, ofereceu-nos exaustivas explicações sobre cada animal.
Partimos então para a barreira de coral, rapidamente pusemos as barbatanas e os óculos e pulámos para a água. Foi a primeira vez que nadámos num lugar assim. Quase perdemos o fôlego perante tantas espécies de peixes tropicais e jardins de coral intocáveis. Nadar num lugar assim, faz-nos parecer que estamos a voar sobre um outro mundo. O dia estava cinza e fresco, a água não estava muito quente, mas ainda assim não tínhamos vontade de sair daquele lugar.
Partimos absolutamente deslumbrados para o segundo ponto onde iríamos fazer snorkeling , assim que entrámos na água chegaram dezenas de raias enormes (algumas com mais de um metro de largura), animais magníficos, de um azul lindíssimo. Chegavam tão perto de nós que as sentíamos a roçar as nossas pernas.
Chegámos a Caye Cualker e celebrámos esta experiencia com um jantar de lagosta, o alimento mais famosa da ilha. A pesca à lagosta é a fonte de rendimento de quase todos os habitantes da ilha. É muito boa e barata (um bom prato custa cerca de 6 euros).
Uma noite, enquanto caminhávamos, encontrámos o James, o senhor que nos tinha indicado a cabana. Convidou-nos amavelmente para jantarmos em sua casa uma lagosta de caril preparada por ele. Além desta iguaria, preparou-nos também fruta-pão frita (como batatas fritas), uma entrada maravilhosa!
Contávamos ficar nesta ilha apenas dois dias, mas como o aniversário do Carlo estava próximo resolvemos ficar mais uns dias para tornar o seu trigésimo aniversário inesquecível. Para essa ocasião começámos a ponderar uma visita ao ex-líbris do Belize, o famoso Blue Hole.
Os preços para esta viagem eram brutais, 200 euros. No entanto tudo o que víamos e ouvíamos sobre essa reserva marinha empurrava-nos para fazermos esta loucura.