O Ministério Público (MP) já arquivou 13 das 20 denúncias de abusos sexuais nas estruturas ligadas à Igreja Católica portuguesa que foram enviadas pelo Grupo Vita, segundo uma informação enviada hoje pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

De acordo com a PGR, duas denúncias “chegaram muito recentemente e serão, agora, remetidas às competentes estruturas” do MP.

Já nas outras 18 denúncias, duas foram arquivadas de imediato devido à prescrição do respetivo processo-crime, enquanto 16 levaram à abertura de inquéritos.

Dos inquéritos instaurados, cinco encontram-se em investigação e onze foram arquivados, esclarece a PGR.

Tal como nas outras duas denúncias que foram logo arquivadas, a prescrição do procedimento criminal esteve na base do arquivamento de nove dos restantes 11 inquéritos.

Já nos outros dois inquéritos arquivados esteve em causa a inadmissibilidade legal do processo — não havia queixa da vítima e esta era já maior de idade — e a insuficiência de indícios de crime.

JGO // FPA

Luis Rubiales, que também está a ser investigado pelo beijo forçado que deu à futebolista Jenni Hermoso, após a conquista do Mundial de 2023, terá de comparecer no Tribunal de Majadahonda, cidade dos arredores de Madrid, numa sessão que decorrerá à porta fechada.

O antigo presidente da RFEF, de 46 anos, que foi detido na semana passada — e mais tarde libertado -, à chegada a Espanha, proveniente da República Dominicana, está indiciado dos crimes de corrupção, branqueamento de capitais, gestão danosa e organização criminosa.

As autoridades judiciais investigam alegadas ilegalidades cometidas durante os cinco anos em que Rubiales liderou o organismo federativo, entre 2018 e 2023, concentrando a atenção no negócio da deslocalização da Supertaça espanhola para a Arábia Saudita, estimado em 40 milhões de euros anuais.

O negócio foi intermediado pela Kosmos, empresa do ex-futebolista internacional espanhol Gerard Piqué, que, tal como o ex-presidente da RFEF, defendeu a legalidade do processo, após terem sido publicados na comunicação social excertos de conversas telefónicas entre ambos, nas quais eram mencionadas comissões de milhões de euros.

RPC // MO

O autor de “Chico Fininho” e “Porto Covo” é a mais recente confirmação para o cartaz da Queima das Fitas de Coimbra deste ano, que irá decorrer na Praça da Canção, entre 24 de maio e 01 de junho, anunciou hoje a organização, em nota de imprensa enviada à agência Lusa.

O músico irá atuar no Dia do Antigo Estudante na Queima das Fitas, que procura promover um convívio entre antigos alunos da Universidade de Coimbra na Praça da Canção, assegurando também uma recolha de donativos para o Fundo de Ação Social António Luís Gomes para apoios extraordinários a estudantes em situações socioeconómicas vulneráveis.

Naquele dia, também irão atuar na Queima das Fitas a ‘boysband’ portuguesa Excesso, que fez carreira entre 1997 e 2002.

Também já confirmados para o palco principal da Queima estão Slow J, rapper português que lançou em 2023 “Afro Fado” (30 de maio), Mike Towers, músico porto-riquenho com carreira no trap latino (27 de maio), e o cantor que aborda a música de tradição cigana Nininho Vaz Maia (25 de maio).

No palco da Praça da Canção, também designado de “Queimódromo” durante a festa dos estudantes, irá marcar presença o rapper e compositor brasileiro Matuê, num cartaz que conta com vários nomes do hip-hop e rap português para além de Slow J, como é o caso de Dillaz, ProfJam ou Lon3r Johny.

Para o cartaz deste ano, está ainda confirmada a presença de uma banda de tributo aos Linkin Park, a artista cabo-verdiana Soraia Ramos e a banda brasileira de pagode Menos é Mais.

Em 2023, a organização da Queima das Fitas aumentou a capacidade máxima de lotação do recinto de 20 mil para 25 mil pessoas.

Os bilhetes pontuais podem ser adquiridos na plataforma digital BOL.

JGA // SSS

“O alargamento da infraestrutura de treino será feito em duas fases”, lê-se num comunicado.

Assim, “no curto prazo, aos dois simuladores de voo (Airbus A320 e A330) já existentes juntar-se-á um novo simulador do Airbus A320”, sendo que, “num segundo momento, poderão ser instalados mais quatro simuladores, dependendo de parcerias com entidades terceiras, para um total de sete, concretizando a ambição de criar na freguesia de São Domingos de Rana, em Cascais, um polo universitário e de formação profissional na aviação com a importante presença da Academia TAP”.

De acordo com a nota, “além dos novos simuladores, serão criados espaços de formação para Técnicos de Manutenção de Aeronaves e Pessoal Navegante de Cabina”, sendo que “a parceria estipula ainda a reserva de espaço para instalações onde a TAP Manutenção e Engenharia poderá vir a desenvolver várias atividades, incluindo manutenção de motores”.

A companhia aérea detalhou que “será ainda disponibilizado um espaço para manutenção da frota Embraer 190/195 da PGA (Portugália Airlines)” reforçando a sua capacidade de manutenção.

Entretanto, a IFA – International Flight Academy, empresa de formação aeronáutica em Portugal, quer mais informações sobre este acordo.

O diretor executivo da IFA, José Madeira, considera “fundamental que seja partilhado” o protocolo ou memorando de entendimento “assinado entre a autarquia e a TAP”, citando “duas razões que podem comprometer a aparente bondade do projeto agora iniciado”, segundo uma nota.

“O conhecimento dos exatos termos do protocolo permitirá entender que tipo de formação a TAP irá prestar no AMC [Aeródromo Municipal de Cascais] e que condições a empresa terá para essa formação. Se forem formações internas à TAP vemos a situação com bons olhos”, indicou.

“Se forem formações externas a alunos iniciais, a CMC [Câmara Municipal de Cascais] poderá estar a dar condições preferenciais a uma empresa que poderão configurar concorrência desleal, dado que no aeródromo de Cascais existem outras empresas que se dedicam à mesma atividade de formação, pagando à CMC, como é o caso da IFA, todo e qualquer serviço que seja necessário para a sua atividade”, denunciou.

Além disso, referiu, “a necessidade de conhecer os termos do acordo entre a CMC e a TAP é ainda reforçada” para que haja a garantia de que “não se repetirá o absurdo que sucedeu quando se neutralizou no passado um hangar em espaço Ar para albergar dois simuladores da TAP”.

A empresa irá assim “solicitar à autarquia de Cascais a disponibilização do documento que reflete o acordo entre a CMC e a TAP, referido esta terça-feira pelo presidente Carlos Carreiras em reunião camarária e que foi alvo de um comunicado assinado por ambas as partes”.

 

ALN // EA

“O secretário-geral da ONU, António Guterres, fez-me chegar uma carta em que me diz que, se não houver um acontecimento internacional extraordinário, que terá todo o gosto de presidir à cerimónia de inauguração deste museu”, anunciou o presidente da Câmara de Carregal do Sal, Paulo Catalino Ferraz.

O presidente da Câmara de Carregal do Sal, no distrito de Viseu, confirmou também que a inauguração acontecerá em 19 de julho, dia do aniversário do nascimento de Aristides de Sousa Mendes (1885).

“Tivemos uma tarefa muito difícil, que era conseguir finalizar as obras físicas e o lado museológico a tempo de abrir para o aniversário. Mas conseguimos e já temos a confirmação e a garantia de que vai ser mesmo em 19 de julho”, afirmou.

Paulo Catalino Ferraz assumiu que será um “dia muito importante” para o concelho e que espera contar, igualmente, “com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa e outras entidades nacionais e de outros países, onde esteve o cônsul”.

“Também os jardins, que contávamos abrir mais tarde, serão inaugurados nesse dia e vamos conseguir inaugurar os dois espaços no mesmo dia e isso deixa-nos muito felizes e é uma justa homenagem a Aristides de Sousa Mendes”, realçou o autarca.

O dia 19 será ainda marcado pela atuação da Orquestra Clássica do Centro, nos jardins da Casa do Passal, que “contará também com a presença de muitas vozes como solistas e, algumas, de projeção nacional”.

Na véspera, dia 18 de julho, na receção à família de Aristides de Sousa Mendes e aos descendentes dos refugiados, a Contracanto apresentará o musical que fez em homenagem ao diplomata, “Aristides”.

O presidente disse que a partir do dia 20 o museu estará aberto ao público e, “está já a ser trabalhado com os agrupamentos das escolas a visita dos alunos ao museu para conhecerem e aprenderem com o exemplo” do cônsul natural de Cabanas de Viriato, em Carregal do Sal.

“A ideia é trabalhar esta iniciativa com todos os agrupamentos do país e também com escolas das cidades por onde passou o nosso cônsul, nomeadamente as europeias, como de França e do Luxemburgo, tendo em conta que é muito mais difícil conseguir isso com cidades do Brasil ou do Canadá”, acrescentou.

O museu, que terá uma exposição permanente e duas salas para exposições temporárias, ira acolher “uma ou duas vezes por ano mostras de museus das cidades por onde passou Aristides [de Sousa Mendes], assim como ligadas à temática do holocausto”.

Sobre a direção do novo museu, Paulo Catalino Ferraz não quis revelar, “uma vez que a pessoa ainda tem ligações profissionais a outra instituição, mas é alguém com muito boa reputação na área da museologia”.

A inauguração coincide com as festas do concelho, que, este ano, regressam “ao modelo antigo de nove dias”, ou seja, entre 14 e 22 de julho.

IYN // SSS

“Não há bilhetes” para nenhuma ilha e “não se sabe” quando voltará a haver, é a indicação dada a quem tenta reservar um voo ao balcão no aeroporto internacional da capital, Praia, acrescentando que as últimas viagens foram feitas no sábado.

A informação surge após vários meses de constrangimentos nos voos, com cancelamentos e atrasos, por falta de aviões.

No final de fevereiro, face aos problemas e às queixas da população, a companhia estatal Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV), dedicada aos voos internacionais, alugou aviões à Air Senegal e começou a operar entre as ilhas.

Na altura, a entrada no mercado interno foi anunciada como “complementar” à Bestfly, mas agora acaba por ser a única operação doméstica no arquipélago e através da qual é possível comprar bilhetes na Internet.

Por seu lado, no portal na Internet para Cabo Verde, a empresa angolana Bestfly deixou de publicar os horários de voos, com um aviso: “Estamos a reprogramar os nossos voos, tendo em conta a entrada em linha dos nossos aviões, que estão em manutenção”.

A companhia diz que está também a ajustar “os slots [vagas]”, de acordo com “a abertura dos aeroportos da Praia e do Sal, devido a obras”.

A TACV já anunciou, entretanto, um reforço de operação para servir as festas anuais da ilha do Fogo, no final de abril.

A Lusa tem tentado obter mais esclarecimentos por parte da Bestfly e das autoridades cabo-verdianas, mas sem resposta.

A 26 de fevereiro, um dia antes de a TACV entrar nos voos interilhas, a companhia angolana Bestfly lamentou, em comunicado, “os desafios que a operação da TICV [Transportes Interilhas de Cabo Verde, designação oficial] tem verificado”.

Na altura, disse que havia previsão de “estabilizar as operações até meados de junho”, sem mais detalhes.

Na mesma altura, o ministro do Turismo e Transportes, Carlos Santos, reconheceu os “solavancos” que têm acontecido nos transportes [aéreos] interilhas, justificando-se com a “crescente” procura turística, mas também pela “fraca capacidade” da Bestfly.

“Notamos que há esse desencontro entre a oferta e a procura, por isso, o Governo já deu luz verde a uma proposta de reforço da oferta dos voos interilhas apresentada pela TACV, para permitir uma maior disponibilidade para todas as ilhas e facilitar a conetividade”, sustentou o governante.

LFO/ROZS //JMC

Palavras-chave:

No grupo Ocidental o aviso amarelo estará ativo já a partir das 20:00 locais (21:00 em Lisboa) de hoje e as 02:00 de quarta-feira.

No caso das ilhas do grupo Central (Terceira, São Jorge, Pico, Graciosa e Faial), o aviso amarelo está válido entre as 11:00 e as 20:00 de quarta-feira.

O aviso amarelo, o menos grave de uma escala de três, é emitido pelo IPMA sempre que existe uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

APE // VAM

Palavras-chave:

No relatório divulgado hoje sobre perspetivas económicas e orçamentais, a instituição presidida por Nazaré da Costa Cabral apontou entre os riscos internos para as previsões, na sequência da nova composição do parlamento, “a eventual falta de acordo entre os diversos grupos parlamentares quanto à aprovação da legislação referente aos marcos e metas estabelecidos” no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O Conselho das Finanças Públicas (CFP) considera que “a não aprovação desta legislação poderá pôr em causa o desembolso de algumas verbas programadas ao abrigo do PRR”, penalizando o investimento, bem como a trajetória projetada para o produto real.

Num cenário de políticas invariantes, a instituição prevê uma desaceleração do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,3% em 2023 para 1,6% em 2024, a que se segue uma recuperação para 1,9% em 2025, 2,1% em 2026, seguida de uma taxa de 2% em 2027 e 2028.

Aponta ainda para uma continuidade de excedentes orçamentais até 2028, ainda que menores do que o verificado em 2023, de 0,5% do PIB em 2024, de 0,6% em 2025, de 0,1% em 2026 e de 0,8% em 2027 e 2028.

Entre os riscos elenca ainda a persistência da taxa de inflação em valores acima do objetivo de médio prazo e um novo aumento do preço das matérias-primas energéticas e disrupção das cadeias de distribuição globais devido a uma eventual escalada dos conflitos no Médio Oriente e na Ucrânia, bem como a manutenção de um ritmo de crescimento da economia chinesa abaixo do esperado.

Em sentido contrário, destaca como riscos ascendentes para o cenário macroeconómico uma redução da taxa de inflação mais célere do que a projetada, a diminuição das tensões geopolíticas, uma recuperação da economia chinesa a um ritmo superior ao previsto e ganhos de produtividade adicionais resultantes da redução dos constrangimentos nas cadeias de abastecimento e no comércio mundial.

AAT // JNM

Palavras-chave:

Em conferência de imprensa para apresentação do programa, o diretor do FITEI, Gonçalo Amorim, explicou que nesta edição, subordinada ao tema “Trauma, Bravura e Fantasmagorias”, serão também assinalados os 50 anos do 25 de Abril, citando como um dos exemplos, o espetáculo de abertura do festival, “Luta Armada”, da companhia Hotel Europa, que sobe ao palco do Teatro do Campo Alegre, no Porto, nos dias 15 e 16 de maio.

Esta peça, uma coprodução com o FITEI, “continua a investigação da companhia sobre o passado recente, analisando os projetos políticos que recorreram a ações de violência como assaltos a bancos, colocação de bombas e sabotagens, entre outros, como forma de luta em Portugal, na segunda metade do século XX”.

Uma das novidades deste ano é a passagem pelo Coliseu do Porto (18 maio) com uma criação do Teatro O Bando e da Companhia Olga Roriz, em parceria com a Banda Sinfónica Portuguesa, “Irmã Palestina — 1001 Noites”, que “procura as verdades que se escondem nas ficções e as ilusões que enevoam a realidade”.

A 16 e 17 de maio, o FITEI recebe, no Grande Auditório do Rivoli, em estreia nacional, o espetáculo “Stabat Mater”, da brasileira Janaína Leite.

Nas mesmas datas, mas no Teatro Nacional São João, Fran Nunëz, do Centro Dramático Galego, sobe ao palco com o espetáculo “Manuela Rey Is In Da House”, “uma espécie de regresso triunfal ‘post-mortem’ da atriz, poetisa, líder sindical e lenda Manuela Rey aos palcos”, referiu Gonçalo Amorim.

No Teatro Municipal Constantino Nery, em Matosinhos, a artista chilena Ana Luz Ormazábal estreia “Maria Isabel”, a personagem central desta obra, que conta e recorda uma investigação que “nunca viu a luz do dia”.

“Esta médica chilena, prisioneira em Tres Álamos, enquanto membro do Movimento de Izquierda Revolucionaria (MIR), escreveu um manifesto feminista, juntamente com outras militantes, que abordava uma história discriminatória das mulheres num partido revolucionário”, contou o diretor do FITEI.

A partir do texto homónimo de Marguerite Duras, cinco intérpretes da companhia de Viseu ArDemente embarcam em “O Navio Night”, uma história “sobre linguagem, sobre imagens, sobre escuridão e sobre desejo”, que se apresenta a 16 e 17 de maio no Campo Alegre.

O Teatro do Frio apresenta “Trajetória”, uma performance audiovisual que emerge da recolha de sons e imagens, tecendo uma linha imaginária através dos trilhos percorridos em bicicleta por Rodrigo Malvar (sonoplasta e performance) e Gonçalo Mota (cineasta e antropólogo) durante as expedições do projeto de pesquisa Gyrovagus.

Esta é uma estreia e coprodução FITEI que passa por três salas distintas — Central Elétrica (16 maio), Teatro Municipal da Matosinhos (17 maio) e pelo Teatro Municipal Sá de Miranda, em Viana do Castelo (19 maio).

Nos dias 17, 18 e 19 de maio, Jorge Andrade, da Mala Voadora, apresenta no espaço da companhia no Porto “Old Cock”, escrito por Robert Schenkkan, a história de um Galo de Barcelos que ganha vida e procura respostas perante o ditador Salazar, que o manteve um símbolo nacionalista durante 40 anos.

Nos dias 18 e 19 de maio, mas no Teatro Carlos Alberto, Ivo Alexandre, regressa ao universo burlesco e cómico de Ionesco com “Amédée ou como Desembaraçar-se”.

A segunda semana do festival arranca com “One Night at de Golden Bar”, de Alberto Cortez, a 21 e 22 de maio, no pequeno Auditório do Rivoli.

“A Possibilidade da Ternura”, uma estreia nacional (23 maio, no Rivoli) da companhia chilena La Re-Sentida materializa uma história performativa que partilha experiências e testemunhos de adolescentes, entre os 13 e os 17 anos.

“Sem Palavras”, da Companhia Brasileira de Teatro, chega ao Teatro Nacional São João a 24 e 25 de maio.

Paralelamente às peças, decorrerão, entre outras iniciativas, ações de formação com a participação dos artistas que passam pela cidade, no FITEI Aberto, com festas abertas ao público no clube popular dos Guindais e o FITEI Pró, com encontros entre programadores e artistas, mesas redondas e ‘showcases’.

PM // TDI

“Respeito muito todo o sistema e todos os partidos do sistema, mas há partidos que são os moderados do sistema, e, portanto, esses partidos devem dialogar exatamente porque os extremos são perigosos, os extremos à direita e os extremos à esquerda”, disse Carlos Moedas, questionado pelos jornalistas, à margem da 2.ª edição do Foro La Toja – Vínculo Atlântico, que hoje decorreu em Lisboa.

Carlos Moedas afirmou que é preciso ter em conta os “perigos dos extremos”, que “normalmente são os que não querem dialogar, à esquerda e à direita”, mas “destruir o sistema”.

“Eu penso que os partidos do centro não querem destruir o sistema, querem trabalhar com o sistema, e é muito importante para as pessoas, porque os extremos hoje, à esquerda e à direita, aquilo que querem é destruir o sistema, destruir de maneiras diferentes, obviamente, com ideias diferentes, com as quais não concordo, nem de um lado, nem de outro”, sublinhou.

Sobre a carta enviada na segunda-feira pelo líder do PS, Pedro Nuno Santos, ao primeiro-ministro do Governo da AD (Aliança Democrática, coligação pré-eleitoral que juntou PSD, CDS-PP e PPM), Luís Montenegro, na qual o secretário-geral socialista mostra abertura para negociar um acordo que, em 60 dias, resolva a situação de certos grupos profissionais da administração pública, Carlos Moedas considerou que “o diálogo é sempre um bom sinal”.

“Aquilo que eu vi até agora é que também temos um primeiro-ministro que está aberto ao diálogo, e é muito bom sinal uma carta trocada, mas eu penso que não é com cartas que se resolvem as situações”, disse.

Moedas sublinhou, contudo, que não quer dar conselhos, porque não é conselheiro, mas presidente da Câmara de Lisboa, onde governa em minoria.

“Na Câmara de Lisboa esse diálogo, como sabemos, é feito com todos os partidos à volta da mesa, mas obviamente com o Partido Socialista, que é o maior partido da oposição. É com ele que eu também dialogo todos os dias e que trabalho todos os dias”, acrescentou.

O autarca apelou à responsabilidade de quem governa e destacou que também “é importante a responsabilidade da oposição, neste caso obviamente do Partido Socialista”, porque “todos os portugueses querem estabilidade”.

A 2ª edição do Foro La Toja – Vínculo Atlântico, promovida pelo Grupo Hotusa e Fundación La Toja, que hoje decorreu em Lisboa, pretende ser um espaço de diálogo, reflexão e defesa da democracia liberal, e este ano abordou a transição para a democracia de Portugal e Espanha, com o apoio da Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril.

RCS // VAM