Um homem de 34 anos foi detido na Madeira por suspeitas da prática do crime de pornografia infantil, informou hoje a Polícia Judiciária (PJ).

Na nota é referido que o homem foi detido em flagrante delito e que foram apreendidas numa busca domiciliária, “nos equipamentos informáticos utilizados pelo arguido, centenas de ficheiros de imagem e vídeo compatíveis com conteúdos relativos a pornografia infantil”.

Na origem da detenção esteve a denúncia da mãe de uma menor com 14 anos, que indicou que o detido utilizava um perfil falso, mantinha conversas com a filha e pedia o envio de fotos e vídeos “com o propósito de obter conteúdos de cariz sexual”, adianta a PJ.

O Departamento de Investigação Criminal da Madeira da Polícia Judiciária prossegue a investigação do caso, que pode permitir identificar outras vítimas.

O detido vai ser ouvido num primeiro interrogatório para aplicação de medidas de coação.

AMB // ROC

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A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) adiantou em comunicado que a reunião foi marcada para a próxima sexta-feira às 11:00.

Contactado pela agência Lusa, o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Nuno Rodrigues, adiantou que o sindicato foi convocado para o mesmo dia, mas a reunião está marcada para as 10:00.

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, adiantou na quinta-feira que já tinha contactado os sindicatos médicos e dos enfermeiros para iniciarem negociações.

Ressalvando que não iria fazer nenhum comentário sobre os cadernos de encargos dos sindicatos, a governante disse apenas que vai conversar e ouvir as estruturas sindicados e perceber os seus argumentos.

“O diálogo é feito nas duas vias, portanto, é muito importante ouvir os sindicatos, perceber que nos trazem com certeza informações do terreno daquilo que vivem os profissionais e é para isso que aqui estamos, para integrar aquilo que são as suas sugestões”, rematou.

HN // SB

A TSMC está a expandir a produção de chips para fábricas localizadas em países como Alemanha, Japão e EUA, alargando-se para lá das fronteiras de Taiwan também como forma de dar resposta à elevada procura por estes componentes. Agora, o diretor executivo da empresa confirma que a tecnológica vai cobrar uma taxa adicional aos clientes que exijam chips que sejam fabricados fora de Taiwan.

“Temos algum tipo de custo mais elevado no estrangeiro e, mais recentemente, com a inflação e a eletricidade. Esperamos que os nossos clientes partilhem algum desse custo connosco e já iniciamos as conversas nesse sentido”, confirmou C. C. Wei, o diretor executivo da TSMC, numa conversa com os analistas e investidores.

A empresa, recorde-se, já se ‘queixou’ várias vezes que construir fábricas na Alemanha, no Japão e nos EUA tem custos mais elevados do que criar fábricas em Taiwan e até teve de adiar o início de produção nos EUA devido a negociações com os sindicatos locais e ao atraso de instalação de algumas ferramentas.

Apesar de não haver confirmação oficial de quanto poderá ser a taxa adicional para produção fora de Taiwan, há alguns relatos de que o fabrico de chips nos EUA é 20 a 30% superior ao custo de fabrico em Taiwan, conta o Tom’s Hardware. O objetivo da TSMC é transferir parte deste custo para o cliente para poder manter a margem de lucro bruta nos 53%.

“Num mundo de globalização fragmentada, o custo vai ser mais alto para todos, incluindo para a TSMC, para os clientes, para os rivais e para toda a indústria de semicondutores. Planeamos gerir e minimizar esta diferença de custos ao, primeiro, estrategicamente definir o preço para refletir o valor da flexibilidade geográfica; segundo, trabalhar próximo do governo para assegurar o seu apoio; terceiro, tirar partido da nossa vantagem fundamental com a liderança da tecnologia de manufatura e com a manufatura de grande escala, algo com que nenhum outro fabricante consegue rivalizar”, sintetizou Wei.

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José Carlos Rolo justificou a intenção com a necessidade de evitar a acumulação de veículos na baixa de Albufeira que ocorre durante os meses de maior afluência de turismo ao concelho, e que dificultam o fruimento do trânsito na cidade.

Segundo o autarca, a proposta “ainda não está bem definida”, mas o objetivo é evitar a largada e tomada de passageiros na baixa da cidade dos transportes individuais de passageiros em veículo descaracterizado (TVDE).

A medida poderá vir a ser aprovada em sessão de Câmara até ao início da época balnear no concelho, a 15 de maio, acrescentou José Carlos Rolo.

“Estou a ponderar se há de ser dia 01 de maio ou dia 15 de maio, que é quando começa a época balnear”, estimou o presidente da Câmara de Albufeira, uma das 16 que pertencem ao distrito de Faro.

A intenção é “evitar a aglomeração de viaturas na largada e tomada de passageiros” na baixa da cidade, argumentou, recordando que legalmente os veículos com licença TVDE “não podem largar nem tomar passageiros na via pública”.

“Tem que se arranjar alternativas para que se possa circular e não sejam criados os entraves que costuma haver quando há ali muito trânsito, a partir de maio e até setembro”, justificou ainda o autarca, cujo concelho concentra cerca de metade da oferta hoteleira da região.

José Carlos Rolo reconheceu que, durante o verão e nas épocas de maior afluência turística ao Algarve e a Albufeira, há uma “quantidade grande de viaturas” na baixa da cidade, onde é habitual ver “muitos, bastantes até”, veículos TVDE a operar.

“Faz uma grande concentração de viaturas e não é bom para o trânsito, porque não flui”, afirmou, frisando que a legislação permite que veículos TVDE de outras zonas do país possam trabalhar no Algarve e em Albufeira.

Muitos condutores de veículos TVDE acabam por se deslocar para o Algarve durante o verão ou períodos de maior afluência, como a Páscoa, e exercer a atividade na região, incrementando o volume de veículos a largar e tomar passageiros na baixa de Albufeira e a provocar demoras e dificuldades na circulação do trânsito.

Os táxis têm, em contraponto, “regras completamente diferentes” e isso cria uma “diferenciação entre uns e outros”, à qual os municípios são alheios, porque se trata de uma competência do Governo central e das suas estruturas, sublinhou o autarca, considerando que a atividade torna-se, assim, “mais fácil” para os TVDE.

“Enquanto um táxi tem que estar cingido ao contingente concelhio, municipal, tem de concorrer a um concurso público que seja aberto, os TVDE não. Os TVDE vêm de qualquer zona do país e trabalham em qualquer ponto do país, têm uma liberdade completamente diferente. Não estou a dizer se é bom ou mau, é diferente, completamente diferente”, considerou.

A Câmara de Albufeira pondera por isso, “regular o trânsito” na zona da baixa, numa “experiência” que será definida na proposta que o autarca estima poder levar a sessão camarária para aprovação a tempo de entrar em vigor em maio.

MHC // MAD

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O lema “leveza em movimento” tem feito parte da da série de computadores portáteis LG Gram desde a sua criação. A conjugação entre design fino e ultraleve, com uma bateria de longa duração, faz com que estes portáteis se destaquem pela portabilidade, ideais para quem viaja com frequência, especialmente em trabalho.

A nova linha de portáteis LG Gram conta com processadores das séries Intel Core Ultra 7 e Ultra 5 e com armazenamento SSD NVMe PCIe 4.0. Os portáteis contam ainda com painéis IPS e a promessa de uma boa luminosidade.

Todos os portáteis LG gram 2024 estão equipados com uma câmara Full-HD integrada para videochamadas e videoconferências, assim como uma grande variedade de software fáceis de usar, como o LG Glance da Mirametrix e funções habilitadas para Inteligência Artificial, como a aplicação LG Gram Link.

A aplicação LG Gram Link pretende criar um ecossistema da família LG, aumentando a compatibilidade e simplificando a partilha de arquivos, transferências de fotos e a partilha de ecrã entre o LG Gram e os dispositivos com diferentes sistemas operativos tais como Windows, Android e iOS. A aplicação categoriza ainda fotos armazenadas no portátil, e simplifica pesquisas de imagens através da identificação de palavras-chave.

É possível ter um ecossistema de dispositivos interligados com o portátil, como smartphones, tablets, teclados e ratos, oferecendo aos utilizadores níveis otimizados de conectividade.

O portátil mais avançado desta gama é o LG gram Pro de 16 polegadas com um processador Intel Core Ultra 7, um SSD NVMe PCle 4.0 e uma placa gráfica NVIDIA GeForce RTX 3050. Este novo portátil também conta com o Intel AI Boost, a unidade de processamento neural (NPU) da Intel que têm a capacidade de gerir cargas de trabalho de IA mesmo sem uma conexão à rede.

“Desde o nascimento dos LG gram, temos vindo a expandir as séries ano após ano, disponibilizando dispositivos portáteis com características únicas no mercado e uma performance poderosa que proporcionam uma experiência premium ao utilizador”, afirma Patrícia Castelo, gestora de marketing da LG Portugal.

Os novos LG gram chegam brevemente às lojas portuguesas, com os preços a variar entre os 1549 euros e os 2399 euros.

As assembleias de voto em cerca de 100 círculos eleitorais em mais de 20 estados do país abriram por volta das 07:00 (03:00 em Lisboa), disse a Comissão Eleitoral da Índia.

O partido nacionalista hindu Bharatiya Janata (BJP) do primeiro-ministro, Narendra Modi, procura um terceiro mandato nestas eleições gerais.

Modi pediu aos eleitores para “exercerem o direito de voto em número recorde”, em especial os jovens e os que votam pela primeira vez.

“Cada voto conta e cada voto é importante”, escreveu na rede social X (antigo Twitter).

Por seu lado, o Congresso, principal partido da oposição na Índia, pediu à população para pôr fim ao “ódio e à injustiça”, numa mensagem divulgada também na X.

“O voto pode pôr fim à inflação, ao desemprego, ao ódio e à injustiça”, disse, deixando um apelo: “Certifica-te de que votas”.

CAD // EJ

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Quem acompanha o fenómeno desportivo, nomeadamente o futebol, tem a obrigação de saber que o jogo só acaba quando soa o apito final. Mas também tem obrigação de saber que há alturas em que, mesmo existindo hipóteses meramente matemáticas, há realidades que são, como se costuma dizer, fatais como o destino. E restam muito poucas dúvidas, pelo menos no que ao futebol diz respeito, de que este vai ser mais um ano do leão. Mesmo que alguns não queiram admitir já – seja por respeito à competição, só para não dar azar ou por ainda terem uma réstia de esperança – o grande vencedor desta época vai ser, com quase toda a certeza, o Sporting Clube de Portugal. E não apenas o clube, mas os dois homens que dão rosto e cujo desempenho justifica o sucesso: Rúben Amorim e Frederico Varandas.

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Uma TV é a escolha mais habitual, mas quem procura montar um ‘home theater’ em casa tem num projetor uma alternativa muito válida. É o caso do Hisense Laser Cinema PL1SE, que é de curta distância e recorre a um laser azul para projetar imagens em 4K a uma dimensão que pode atingir as 120 polegadas.

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O tamanho e peso da caixa já eram indicadores claros: este não é um projetor ‘maneirinho’. O PL1SE pesa mais de 8 kg e tem uma pegada considerável. Por outro lado, tem uma qualidade de construção premium, com destaque para o metal no chassis que é tão agradável à vista como ao toque. As linhas são minimalistas, o que é uma garantia de que, à partida, se enquadrará bem em salas com diferentes tipos de decoração.

Não há botões (apenas um muito discreto para ligar/desligar), pelo que a interação com este Hisense fica a cargo do comando fornecido. Ambas as laterais e a traseira possuem saídas de ar, sendo que demos conta que o lado esquerdo atinge uma temperatura elevada. Destaque-se ainda a presença de dois sensores de proteção ocular, que fazem com que a fonte de luz se desligue temporariamente após uma contagem decrescente de 5 segundos para proteger os olhos de quem se aproxima demasiado do projetor. A funcionalidade tem de ser ativada nas definições e é particularmente útil para combater a curiosidade natural das crianças.

Na lateral direita, além do já mencionado mui discreto botão de energia, está uma porta USB 2.0. De resto, toda a conetividade fica localizada na traseira. Há muito para explorar neste campo, até porque além das portas físicas – onde sobressaem as (apenas) duas HDMI e a Ethernet –, há Wi-Fi, Bluetooth e suporte para Apple AirPlay 2 e Home Kit para poder partilhar conteúdos (fotografias, vídeos e streams) diretamente no Hisense Laser Cinema PL1SE a partir de um iPhone ou iPad. Refira-se ainda que não é fornecido qualquer cabo. Tendo em conta o preço pedido, achamos que um cabo HDMI seria simpático.

Começar com o pé… errado

É inegável: o PL1SE causa um forte impacto assim que o ligamos. Até os gatos que estavam a dormir ficaram estupefactos a olhar para a imagem de 120 polegadas que começou a ser projetada na parede. A primeira impressão sai reforçada por termos sido imediatamente brindados com um vídeo de elevada resolução dedicado ao Mundial de seleções que se avizinha (a Hisense tem apostado no patrocínio das principais competições futebolísticas do planeta). Finalizado o vídeo, começámos a configurar a rede Wi-Fi, mas, no final, ficámos sem imagem e todos os botões do comando deixaram de funcionar (exceto o de desligar). Reiniciámos o PSL1SE e o problema de não conseguirmos aceder a qualquer opção persistiu. Demos várias voltas até confirmar que estava ativado o Modo Loja, que fazia percorrer o vídeo de futebol em ‘loop’ e só permitia aceder às definições numa curta janela de tempo para proceder a alterações. Qual agente de uma equipa de Missão Impossível a lidar com uma tarefa cronometrada, lá acabámos por conseguir sair do Modo Loja e trazer o projetor para a normalidade, avançando para a configuração ‘normal’ – o processo é exatamente igual ao de uma Smart TV.

Além do software, a configuração de um projetor também implica ajustes a nível de posicionamento. Algo que é especialmente notório no PL1 com a sua tecnologia Ultra Short Throw, pois a distância a que é colocado da parede tem um impacto direto na dimensão do ecrã que terá à disposição. Vamos a exemplos práticos: se desejar uma área de exibição de 80 polegadas, este Home Cinema precisa de ficar colocado a 22 centímetros da superfície que receberá a projeção; se preferir 100 polegadas, então opte por uma distância de 38 centímetros; e para as 120 polegadas, deverá ter 43 centímetros de espaço.

A parte final da configuração prende-se com o acerto da imagem projetada para os casos em que está torta, inclinada ou descentrada. Pode começar por proceder a ajustes físicos através da rotação

do projetor para garantir que o fundo da imagem fica paralelo ao ecrã. Pode também recorrer a uma chave inglesa (embora até seja possível fazê-lo apenas com as mãos) para rodar os pés niveladores do projetor e ganhar altura. Quando tudo estiver no ponto, pode encaixar os dois blocos em C fornecidos para garantir que o projetor não sai da posição. É igualmente possível ir às definições do Home Cinema e fazer calibrações manuais (mexer com o cursor do comando nas zonas afetadas). Por fim, pode preferir a correção geométrica automática. Para tal, precisará de ter o projetor e um dispositivo móvel ligados à mesma rede wireless, ler o código QR que é apresentado nas definições e fotografar o padrão de grelha que surge. Depois basta seguir os passos indicados. Mais simples do que pode parecer nesta explicação.

O bom
– 4K em 120 polegadas… Como não gostar?!
– Imersão no entretenimento não é só imagem. A Hisense fez um bom trabalho no áudio

O mau
– Gosta de ter uma sala recheada de luz? Então esqueça o conceito de projetor
– Acertar na calibração perfeita requer paciência

E o vilão
– Ui, um corpo imponente… Este menino não passa despercebido
– Por este preço consegue comprar um televisor OLED de 55”. Perde em tamanho, mas ganha em qualidade de imagem

Resolução refinada e som em alta

O Hisense Laser Cinema PL1SE recorre à tecnologia laser X-Fusion como fonte de luz e ficámos particularmente impressionados com os conteúdos em 4K. Nesta resolução (a base é 1920×1080, mas o processo ótico que faz ‘crescer’ o número de pixéis é muito eficaz), e perante um ecrã com uma dimensão tão generosa, conseguimos destrinçar um grau de detalhe pouco habitual neste tipo de equipamentos. Também há muito brilho à disposição (2100 ANSI lúmenes), sendo que é fulcral ter a divisão escurecida para usufruir da melhor qualidade de imagem. Por exemplo, durante o dia, numa sala com muita luz natural, os resultados não impressionam. E também sentimos que falta contraste, já que os pretos não conseguem ser muito profundos. Mas a presença de Dolby Vision HDR ajuda a minimizar a questão, já que contribui para a otimização dinâmica das cores.

De resto, tal como em qualquer Smart TV da Hisense, é possível alternar entre diferentes modos de imagem – Dinâmico ou Desporto, por exemplo. Entre as várias opções, destacamos particularmente o FilmMaker, que proporciona uma experiência mais cinematográfica ao apresentar uma calibração próxima da idealizada pelo realizador.

O trabalho feito pela Hisense a nível de áudio merece ser elogiado. Há um total de 30 W à disposição e a presença de Dolby Atmos contribui decisivamente para uma experiência mais imersiva. O intervalo dinâmico é, claramente, acima da média para um projetor. Contudo, o PL1SE também faz algum ruído quando está em funcionamento.

Hisense Laser Cinema PL1SE: Manutenção assegurada

Se está preocupado com a longevidade do PL1SE, a Hisense pretende descansá-lo ao anunciar que a fonte de luz aguenta uma reprodução de qualidade de 25 mil horas. Segundo as contas da fabricante, isto será suficiente para ver mais de 10 mil filmes ou mais de 18 anos se assistir a conteúdos todos os dias durante 4 horas.

Para assegurar que a qualidade se mantém ao longo dos anos, a marca chinesa oferece um kit de manutenção, que é composto por dois pares de luvas (que nem um mordomo do século passado…), um pincel e uma ferramenta de ar comprimido. Um detalhe que valorizamos.

Tal como numa Smart TV

Como já aludimos, o software do PL1SE é idêntico ao de uma Smart TV da Hisense. Isto significa que conta com Vidaa U6 como sistema operativo. Temos vindo a gabar a evolução do Vidaa e atualmente a interface é parecida com a de uma Google TV (não é uma crítica, porque achamos que estamos a caminhar para uma homogeneização global das diferentes interfaces). Temos, portanto, definições em cima e atalhos mais abaixo, seguidos de recomendações. Precisará de registar uma conta para usufruir de todas as funcionalidades e importa salientar que a app HBO Max continua ausente da loja de aplicações. Um pormenor para alguns utilizadores, mas um fator potencialmente eliminatório para quem é subscritor desta plataforma de streaming e está a ponderar avançar para a aquisição deste projetor.

Tendo em conta a ausência de botões físicos no Hisense Laser Cinema PL1SE, o comando é fulcral. E é um equipamento bojudo, principalmente na zona das pilhas (leva duas AA). Mas mais do que o formato, foi a falta de adaptação ao mercado nacional dos botões de atalho no topo que nos incomodou. Botões dedicados para as apps de NBA, Deezer ou Plex, para citar alguns exemplos, parecem-nos desnecessários e acabam por retirar alguma elegância ao comando. Mas esta também já é uma queixa antiga, pois deparamo-nos com a mesma questão nos televisores da Hisense que temos testado ao longo dos anos.

Tome Nota
Hisense Laser Cinema PL1SE | €1799,99
hisense.pt

Imagem Muito Bom
Som Muito Bom
Conectividade Bom
Software Bom

Características Tamanho do ecrã: 80 – 120 polegadas * Resolução: 3840×2160 * HDR10, HLG, Dolby Vision * Contraste: 3000:1 * Cores: 1,07 mil milhões * Brilho: 2100 ANSI lúmenes * Vida útil anunciada da fonte de luz: 25.000 horas * Áudio: 2x 15 W, Dolby Atmos * HDMI 2.1, HDMI 2.0 eARC, USB 3.0, USB 2.0, saídas de áudio digital e analógico * LAN, Wi-Fi, Bluetooth 5.0 * Sistema operativo: Vidaa U6 * 531x120x335 mm * 8,5 kg

Desempenho: 4,5
Características: 4
Qualidade/preço: 3,5

Global: 4

Seis dias depois do ataque sem precedentes do Irão em território israelita, o que parece ser a resposta, apesar de Telavive ainda não ter feito comentários. Os media internacionais dão conta de explosões junto a uma base militar no centro no Irão, que inclui instalações nucleares.

Segundo a Agência Internacional da Energia Atómica das Nações Unidas, com sede em Viena, as explosões não danificaram essas instalações.

 Até ao momento nenhum funcionário iraniano reconheceu diretamente a possibilidade de danos enquanto os militares israelitas não comentaram as explosões.

 As autoridades dos Estados Unidos recusaram-se a comentar, mas as cadeias de televisão norte-americanas, citando autoridades dos Estados Unidos não identificadas, disseram que Israel tinha realizado o ataque.

De acordo com a Associated Presse, o Irão disparou as defesas aéreas localizadas perto de uma base aérea e de uma instalação nuclear na cidade de Isfahan (centro do Irão), depois de terem sido avistados ‘drones’, o que suscitou o receio de um ataque israelita em retaliação ao ataque sem precedentes de Teerão com drones e mísseis no passado fim de semana.

O jornal norte-americano New York Times cita funcionários israelitas, não identificados, que reivindicam o ataque, que ocorre no dia do 85.º aniversário do líder supremo iraniano, Ayatollah Ali Khamenei.

Entretanto, a embaixada norte-americana em Israel ordenou aos seus funcionários e familiares que limitassem as deslocações no país, horas depois das explosões registadas no Irão e atribuídas a Israel.

com Lusa

O Paulo tinha aquele inchaço no pescoço há um par de semanas. Quando lhe perguntávamos o que era, Não é nada, está a desaparecer. A segurança com que o afirmava e o correr escangalhado das nossas vidas distraíam-nos de o inchaço se manter inalterado e da ameaça que o estrago da simetria do pescoço podia constituir. Até que, numa saída à noite com amigos, um deles, que é médico, Tens de ir ver isso. Passados dias, num fim de tarde, o resultado dos exames apresentou-se implacável: linfoma. Cancro é um cancro. O estrondo de um meteoro que não esmaga, mas cava o mundo em volta. E agora? Por onde seguir? O que fazer da alegria? Para legenda de um desenho que fez na segunda classe, o Paulo ditou à professora, A alegria é dar gritos de cowboy em campos pintados de amarelo. Não sei de mais ninguém que mostre, de forma tão despudorada, dominar os segredos todos da alegria. Quem não conhece o Paulo surpreende-se, ou assusta-se até, com as gargalhadas bravias com que espanta tristezas e contrariedades, e que tornam ainda mais desgrenhados os caracóis do seu cabelo grande.

O Paulo é companheiro da minha irmã há três décadas e o irmão que a vida me deu. É a solidez do afeto e não a meia dúzia de linhas mortas numa repartição do registo civil que fazem do Paulo e de mim família. Já passámos por altos e baixos, amores e desencontros, nascimentos e mortes, contentamentos e mágoas, encantos e desesperos, e tudo foi cimento a argamassar o nosso amor incondicional, imperfeito.

Nesse fim de tarde, a doença era uma lâmina afiada sobre as nossas cabeças. Os três sentados, o Paulo, a minha irmã e eu, na esplanada de um pequeno e manhoso café perto do hospital. Raso, o sol acentuava a fealdade do plástico da esplanada Sumol, mirrando as sandes que havíamos pedido. Lá dentro, conversas paradas de homens ao balcão, cascas de tremoços, copos com restos de espuma de cerveja. O Paulo mantinha-se calado, a minha irmã capitulava e recapitulava o que já sabíamos, vasculhava esperança, não fosse o silêncio engolir-nos. Eu, sem conseguir travá-la nem ajudá-la. Em mim, o medo é mudo. Este medo.

Sei exatamente a primeira vez que ouvi falar de cancro. Ainda tinha dificuldade em acompanhar a rapidez das legendas de Love Story, na matiné do cinema África, a que fui com a minha irmã. Não que ela me tivesse querido levar. Pelo contrário, fizera tudo para ir sozinha, qual é a adolescente que quer ser vista pelo seu grupo de amigos com uma irmã cinco anos mais nova? Ainda por cima de roupas iguais, mandadas fazer na costureira pela minha mãe. A minha irmã alta e magra, eu baixota e rechonchuda, ridiculamente vestidas com o mesmo modelo e tecido, um espalhafatoso conjunto de saia e colete vermelhos, camisa de folhos brancos. À saída do cinema, eu era a única das raparigas que não estava a chorar. Além de não ter ficado interessada na história de amor da Jenny e do Oliver, não percebera porque é que ela morria no final. Morrer era coisa de velhos ou resultado de acidentes de carro graves. Não sabia que existiam doenças que os médicos não conseguiam tratar, Porque é que ela morreu?, perguntei à minha irmã e às amigas. Cancro, atirou a Anita, quem apanha um tem meio ano de vida no máximo.

– Apanha-se como?

– Ninguém sabe. São caroços que aparecem pelo corpo e que não param de crescer.

Fiquei aterrorizada. Passei a vistoriar obsessivamente o meu corpo e a entrar em pânico com cada anomalia cutânea que me aparecia. Atormentava-me não poder fazer o mesmo em relação aos corpos do meu pai, da minha mãe, da minha irmã: e se, a qualquer momento, a contagem decrescente dos seis meses para a morte começasse? Felizmente, o cansaço derrotou-me. Seja! A exaustão faz-nos aceitar o inaceitável. Já que a morte é insidiosa, que chegue quando lhe apetecer.

Quase meio século depois, na esplanada do café manhoso, eu tentava desencravar a minha cabeça, seguindo os saltinhos de um pardal que escolhia migalhas do chão. Julguei ouvir o Paulo,

– Quando eu morrer batam em latas, rompam aos saltos e aos pinotes.

Afinal, ele continuava calado. Os olhos mais arredondados do que nunca.

– Vou a Fátima. Vais ficar bom, Paulo, e eu vou a Fátima,

disse sem perceber bem o que disse.

Sinto-me bem em Fátima. Quase tudo é feio, lá. E não apenas o que os olhos veem. O feio é o belo apressado. O tempo encarregar-se-á de corrigi-lo.

Tenho fé. A loucura solitária é triste, a coletiva é salvadora. E não há loucura maior do que a da lucidez omnisciente. Chamem-Lhe Deus ou outra coisa qualquer, as trincheiras da Ciência nunca O conquistarão. É-me mais simples chamar-Lhe Deus. Mais amoroso, também. Aprendi-O assim, e não quis gastar-me a procurá-Lo noutro sítio. Minto. Procuro-O também aqui. Nas palavras. No princípio era o verbo. Apagar tudo. Apagar-me. Regressar ao princípio. Escutá-Lo. Falar-Lhe. Imagino-O um gigante sentado num banquinho à minha espera.

Pouco tempo depois daquele fim de tarde, o Paulo começou a quimioterapia. Entretanto, não teve outro remédio senão perder o terror que tinha de ser picado por agulhas. O corpo dele foi cedendo, emagreceu, perdeu o cabelo, nauseou-se, cansou-se ao longo das sessões de quimioterapia, mas resistiu, resistiu, resistiu. Os médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares do Instituto Português Oncologia foram inexcedivelmente competentes. Viva o Serviço Nacional de Saúde!

Fui há poucos dias a Fátima. A minha irmã quis ir comigo. Desta vez, nenhuma de nós se teria importado se nos vestíssemos de igual. À noite, juntámo-nos à procissão das velas. Milhares de pessoas a entoarem cânticos. Cada peregrino carregava uma chama que se debatia, incapaz de se soltar do pavio. Quando o Santuário ficou em silêncio, a minha irmã e eu sentámo-nos na Capelinha das Aparições. O ar frio, vibrante, como se se fosse quebrar e…

No dia seguinte, no regresso, campos e campos amarelos a perder de vista.

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