De acordo com o diretor regional de Lisboa da Polícia Judiciária (PJ), os três jovens suspeitos de violar uma jovem de 16 anos em Loures, Lisboa, podem “ser considerados ‘influencers'” e possuem “um público já muito significativo”. “E foi precisamente no âmbito desse poder de influência que têm junto de públicos mais jovens que veio a ocorrer esta situação”, disse João Oliveira, acrescentando que os três suspeitos têm “uma atividade muitíssimo relevante” nas redes sociais.

A vítima seguia os suspeitos nas redes sociais e terá começado a ter contacto com os mesmos virtualmente, vindo depois a marcar um encontro presencial. No encontro, os três jovens “em contexto grupal constrangeram a vítima a práticas sexuais e filmaram os atos, contra a sua vontade, divulgando-os nas redes sociais”, explica um comunicado da PJ.

Os três suspeitos foram detidos esta segunda-feira em Loures, mas acabaram por ser libertados após o primeiro interrogatório judicial e encontram-se agora sujeitos às medidas de coação de apresentações periódicas semanais. Estão também proibidos de contactar a vítima.

O caso ocorreu em fevereiro, próximo da residência da vítima, e a investigação teve origem numa denúncia feita pelo Hospital Beatriz Ângelo à Polícia de Segurança Pública (PSP). 

Depois de lançar, na semana passada, o Huawei Watch D2, a marca chinesa não abranda e já apresentou mais um dispositivo wearable: a Huawei Band 10, que promete dar aos utilizadores novas funcionalidades dedicadas ao bem-estar e ao desempenho desportivo no segmento das pulseiras de baixo custo. Com um design ergonómico, esta pulseira inteligente já está à venda em retalhistas selecionados e na Huawei Store, destacando-se pelo ecrã AMOLED, bateria de longa duração e um conjunto abrangente de ferramentas de monitorização da saúde e do treino físico.

Design compacto e conforto para o dia a dia

A Huawei Band 10 foi desenvolvida para proporcionar conforto ao longo do dia, apresentando apenas 8,99 mm de espessura e um peso de apenas 14 gramas. Além disso, as braceletes de fluoroelastómero foram desenvolvidas para garantir um ajuste confortável, ideal para uso prolongado. O dispositivo está disponível em seis cores – verde, azul, violeta, rosa, branco e preto –, permitindo uma personalização ao gosto do utilizador. Apesar do tamanho reduzido, o ecrã AMOLED tem 1,47 polegadas e uma resolução de 194×368 píxeis.

Monitorização do sono e bem-estar

A nova smartband da Huawei aposta na saúde e no bem-estar dos utilizadores, incluindo funcionalidades avançadas para a gestão do sono. O sistema de análise do descanso monitoriza a duração e a qualidade do sono, fornecendo recomendações personalizadas com base nos padrões do utilizador. Inclui ainda alertas para a hora de deitar e exercícios de relaxamento, ajudando a criar um ambiente propício a uma noite tranquila.

Além da análise do sono, a Huawei Band 10 apresenta funcionalidades para a gestão do stress, incluindo exercícios de respiração e momentos de pausa. A smartband mede também o ritmo cardíaco, os níveis de oxigénio no sangue e disponibiliza um acompanhamento do ciclo menstrual. Através da aplicação Huawei Health, para smartphones, é possível partilhar os dados com familiares, promovendo um acompanhamento mais atento do bem-estar de cada utilizador.

Desempenho desportivo com 100 modos de treino

Para os entusiastas do desporto, a Huawei Band 10 disponibiliza 100 modos de treino, incluindo corrida, ciclismo, natação e outras modalidades, permitindo uma análise detalhada do desempenho. A monitorização da condição física com recurso a Inteligência Artificial ajuda os utilizadores a definir e atingir metas de treino. No caso da natação, a pulseira inteligente regista métricas como a contagem de voltas e a eficiência das braçadas, permitindo um acompanhamento preciso da evolução do atleta.

A pulseira inteligente monitoriza 100 modos de treino

Com um carregamento rápido de 45 minutos, a Huawei Band 10 garante até 14 dias de autonomia, podemos ler no comunicado de imprensa. O dispositivo é compatível com sistemas Android e iOS.

Preço e campanha promocional

A Huawei Band 10 está disponível com um preço de lançamento de 39 euros até 7 de abril. A marca lançou ainda uma campanha especial que oferece 20 euros de desconto na compra de uma segunda unidade e 29 euros de desconto na aquisição dos auriculares Huawei FreeBuds SE 3.

O cancro é a principal causa de morte em pessoas com menos de 70 anos em 27 países europeus, incluindo a Comunidade Europeia, a Noruega e a Islândia. Em 2022 o número de novos casos de cancro na Europa ultrapassou os 3,4 milhões, a par de cerca de 1,6 milhões de mortes resultantes de cancro. Estima-se que estes números da incidência e da mortalidade por cancro aumentem de forma gradual até 2040.

Um estudo recente promovido pela Comissão Europeia e realizado pela Agência Internacional da Investigação do Cancro (IARC) em colaboração com o Centro Médico Universitário de Roterdão (Erasmus MC) revelou, para além da estatística descrita anteriormente, a existência de desigualdades socioeconómicas que impactam quer a incidência quer a mortalidade causada por cancro. Este estudo, que infelizmente não incluiu Portugal nem a Alemanha (desconhecemos as razões), foi realizado em países distribuídos geograficamente pelo continente europeu, a saber: Norte (Suécia, Finlândia, Noruega, Dinamarca), de Leste/Bálticos (Estónia, Hungria, Lituânia, Eslovénia, Polónia e República Checa) e do Oeste e Sul (França, Itália, Espanha, Bélgica e Áustria).

Um menor nível educacional, ou seja, grupos socioeconómicos mais desfavorecidos, se correlaciona fortemente com maior incidência de certos cancros e uma maior mortalidade associada a todos os cancros

As principais conclusões do estudo indicam que um menor nível educacional, ou seja, grupos socioeconómicos mais desfavorecidos, se correlaciona fortemente com maior incidência de certos cancros e uma maior mortalidade associada a todos os cancros. Estes dados são observados principalmente nos países dos grupos do Norte e do Leste Europeu, onde um menor nível educacional é indicativo de incidência de vários tipos de cancro e maior mortalidade associada (esta correlação é especialmente evidente nas mulheres nos países do Norte e do Leste europeu, ao passo que nos homens essa relação é observada essencialmente nos países de Leste).

É importante saber que estas desigualdades se verificam para quaisquer tipos de cancro. A diferença na incidência geral de todos os cancros chega a ser mais do dobro no grupo socioeconómico mais desfavorecido, o que é revelador da importância dos dados do estudo.

No estudo, maior foco é dado aos cancros que se pode prevenir/evitar. Um caso paradigmático é o cancro do pulmão, onde a maior incidência e mortalidade se verifica por maior exposição ao principal fator de risco e não a diferenças no acesso a diagnóstico ou tratamentos adequados. Os grupos socioeconómicos com menor nível educacional habitualmente consomem mais tabaco e, consequentemente, apresentam maior incidência e maior mortalidade. Isto verifica-se em homens e mulheres.

No caso do cancro do colo do útero, os rastreios, que permitem detetar lesões pré-malignas que podem ser removidas ou tratadas, evitando o aparecimento de cancro, são extraordinariamente eficazes na redução da incidência e consequentemente da mortalidade associada. Para este caso de cancro em particular há que referir a importância do acesso generalizado à vacinação contra o vírus do papiloma humano (hpv), com eficácia comprovada na redução da incidência. Não surpreende, assim, que países onde o rastreio e a vacinação contra o hpv apresentem uma boa cobertura populacional apresentem menor incidência e menor desigualdade entre os diferentes grupos socioeconómicos (são bons exemplos destas práticas a Finlândia e Itália, que apresentam menor mortalidade e menor desigualdade).

A este estudo promovido pela Comissão Europeia, poderíamos acrescentar dados recentemente divulgados pela Associação Americana de Investigação do Cancro (AACR), essencialmente confirmando a correlação encontrada nas populações europeias entre níveis socioeconómicos baixos, maior incidência de cancro e maior mortalidade associada. Os dados americanos detalham ainda a existência de desigualdades raciais (entre grupos étnicos) no acesso a programas de rastreio e a tratamentos inovadores (este último dado resulta da menor inclusão de determinados grupos étnicos em ensaios com novos fármacos), bem como a maior incidência de certos cancros em pessoas de determinadas etnias.

O acesso a rastreios, diagnósticos e tratamentos adequados para um determinado cancro deveria ser universal, para garantir o menor sofrimento e a melhor solução a qualquer pessoa. Ao identificarmos desigualdades podemos concentrar a nossa atenção e o nosso esforço para a sua resolução, ao mesmo tempo que podemos elaborar questões científicas que visem colmatar áreas de prevenção, investigação e tratamentos que estejam menos exploradas.

Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

Depois de um mês de março marcado por muita chuva, também abril deverá ser um mês de valores de precipitação acima dos normais, indicam as previsões de Alfredo Graça, editor-chefe da Meteored Portugal.

De acordo com o especialista, o mês de abril é, geralmente, o sexto mais chuvoso do ano no continente e costuma apresentar valores de precipitação inferiores aos de março, mas superiores aos registados em fevereiro. Nos distritos de Viana do Castelo, Braga e Porto, por exemplo, a precipitação média total é geralmente superior a 100 mm. No entanto, os mapas de referência da Meterored preveem que este ano, possa vir a ocorrer mais precipitação – acima no normal – em diversas regiões, sobretudo no Norte e Centro – destacando-se alguns distritos como Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real, Viseu, Aveiro, Coimbra, Guarda e Castelo Branco – com uma anomalia de precipitação positiva de 10 a 20 mm.

Apesar da chuva, as temperaturas deverão ser ligeiramente superiores ao habitual, estando prevista uma anomalia térmica positiva com uma temperatura média de 14º C em Portugal continental. O aumento deverá fazer-se sentir especialmente nos distritos de Castelo Branco e Portalegre e em todas as regiões situadas a norte do rio Mondego. Por norma, os valores de temperatura máxima costumam variam, nesta época do ano, entre os 13º C (Guarda) e 17º C (Vila Real), 18 e 19º C (Litoral Norte) e 20º C na Área Metropolitana de Lisboa, Lezíria do Tejo, Baixo Alentejo e Faro. 

Também em algumas ilhas dos Açores e quase todo o arquipélago da Madeira poderão vir a registar temperaturas acima da média. Para as restantes regiões não estão previstos desvios da temperatura.

O abaixo-assinado ainda corre, mas a Iniciativa dos Comuns já recolheu 200 assinaturas de pessoas que não são militantes do PCP nem do PEV, mas subscrevem um manifesto de apoio à CDU contra “a cassete neoliberal”.

“Não falta quem hoje nos imponha a cassete de que a riqueza é criada por unicórnios, que o emprego é uma benesse concedida pelos patrões e que a liberdade está em podermos ser explorados por empresas de aplicativos. Contra esta narrativa, preferimos fazer eco de uma cassete alternativa: a repartição da riqueza entre o capital e quem a produz é uma questão política decisiva na construção da igualdade”, lê-se no texto, que é assinado por figuras do ativismo, como Flávio Almada e a ex-militante bloquista Rita Silva, do jornalismo como Vítor Belanciano, da economia como João Rodrigues, ou da música como os rappers Valete e Xullaji.

“No próximo dia 18 de maio, assumiremos um compromisso com a esperança em tempos que são difíceis. Apelamos a um voto certo e seguro contra as desigualdades económicas e o neoliberalismo, contra todas as derivas militaristas e seus efeitos humanitários e ambientais nefastos”, escrevem estes independentes, alguns dos quais chegaram a ser militantes comunistas e se afastaram do partido na época da Renovação Comunista.

As críticas à esquerda que apoia o rearmamento

Num texto muito crítico da opção de rearmamento determinada pela União Europeia e dos partidos de esquerda que a subscrevem, como o PS e o Livre, os subscritores do manifesto “Os dias levantados” questionam a democraticidade da imposição do investimento em armas, que não encontra sustentação nos tratados europeus.

“Pretendendo “rearmar-se” com mais 800 mil milhões de euros, a União Europeia chega mesmo a abdicar das regras orçamentais que impõe a quem defende maior investimento no Estado social. Demonstra-se assim de forma trágica a razão do PCP e dos movimentos anti-austeridade quando afirmavam, em oposição à política da Troika, que há sempre dinheiro para aquilo que alguns querem”, lê-se no texto daqueles que encontram na CDU um força para se opor ao que muitos consideram ser uma imposição sem alternativa.

“Diante dos que querem fazer da economia de guerra mais um pretexto para fragilizar o Estado social, estamos certos de que os deputados da CDU nunca serão complacentes”, defendem, dizendo não compreender “quem, à esquerda, entenda que o rearmamento é parte da solução e não do problema”. 

E para defenderem a importância de uma coligação onde está O Partido dos Verdes (agora sem representação parlamentar), argumentam que “as alterações climáticas não são dissociáveis da história do capitalismo” e que este é o voto que melhor responde aos anseios ambientalistas. “Como diz o slogan: fim do mundo, fim do mês, a mesma luta”.

A recolha de assinaturas ainda decorre no site da Iniciativa dos Comuns. A apresentação do abaixo-assinado será feita no dia 26 de abril.

Nos últimos tempos, a Inteligência Artificial tem estado no centro das atenções, e com razão. Estamos a falar de uma das tecnologias mais transformadoras de sempre, com o potencial de revolucionar setores inteiros e aumentar drasticamente a competitividade das empresas. Mas a verdade é que, em Portugal, esta revolução ainda anda a passo lento.

Os números falam por si. Segundo a Deloitte e a Eurostat, Portugal está entre os países da União Europeia com menor taxa de adoção de IA – apenas 35% das empresas, de acordo com a Strand Partners. E porquê? A resposta não é simples, mas há alguns fatores que explicam esta resistência.

Por um lado, existe ainda uma grande lacuna em literacia digital. Muitas empresas desconhecem as aplicações práticas da IA no seu setor e acabam por vê-la como algo complexo ou inacessível – um luxo reservado às grandes multinacionais. Outras, mais tradicionais, encaram esta tecnologia com desconfiança, receando que venha a desestabilizar o status quo.

Apesar de os custos estarem a baixar, a implementação da IA continua a exigir um investimento inicial significativo. Isto torna-se um entrave para muitas PME, que, além de terem menos margem financeira, nem sempre conseguem perceber o real retorno da tecnologia a médio e longo prazo. E depois há outro problema incontornável: a falta de talento especializado. O país precisa urgentemente de mais engenheiros de machine learning, cientistas de dados e outros especialistas que dominem esta área. Sem eles, muitas empresas não têm capacidade para desenvolver soluções internamente e acabam por depender de fornecedores externos, mais dispendiosos para o dia a dia das empresas de pequena e média dimensão, que optam pelo custo de oportunidade de deixar a IA à porta.

Mas nem tudo são más notícias, o futuro parece brilhante para a IA em terras lusas, já que Portugal apresenta alguns casos de sucesso nacionais. Empresas como a SoundParticles (software developer de som 3D), a Lovys (plataforma de seguros 100% digital), a Glartek (software developer de realidade aumentada para a indústria), a BHOUT (startup que combina tecnologia e a prática de boxe) e a SPEAK (plataforma que conecta migrantes e locais através da língua e cultura) integraram a IA no seu ADN desde o primeiro dia. Para estas empresas com sede em Leiria, a Inteligência Artificial é mais do que uma ferramenta adicional – é o motor do seu modelo de negócio. E os resultados estão à vista: cresceram, inovaram e mostraram que a IA não é só para as multinacionais, dando o exemplo a quem quer vir a seguir. Por outro lado, as ferramentas de IA generativa, com a sua simplicidade, vão entrando no dia-a-dia das empresas, sejam pequenas, médias ou grandes, permitindo aumentar a produtividade de trabalhadores em muitas tarefas.

Ainda assim, a responsabilidade de impulsionar esta mudança não pode recair apenas sobre as empresas e startups. O Estado e as instituições académicas precisam de entrar em campo com incentivos fiscais, políticas públicas e um forte investimento na investigação e formação de talento.

A Inteligência Artificial já não é uma tecnologia do futuro – é uma realidade do presente. E Portugal tem tudo para se destacar nesta área, para além de Leiria. Mas, para isso, não podemos continuar a andar a passo de caracol. É hora de acelerar.

A notícia de que a Câmara de Lisboa se prepara para abater os jacarandás da Avenida 5 de Outubro caiu como uma bomba e gerou um movimento que levou mais de 48 mil pessoas a assinar uma petição para impedir a remoção das árvores durante a construção de um parque de estacionamento. A indignação provocada pelo anúncio do corte de 22 árvores levou o presidente Carlos Moedas a dar uma entrevista à SIC Notícias na qual garantia que a decisão tinha sido tomada pelo executivo de Fernando Medina. “A questão é que aquele projeto foi aprovado muito antes de eu chegar. É um projeto que não tem que ver com este executivo da Câmara, que esse sim previa abater 75 [jacarandás]”, disse Moedas à SIC. Mas a VISÃO teve acesso a um parecer da Câmara que mostra que os serviços propunham a alteração do projeto do parque de estacionamento para manter as árvores.

O parecer foi emitido pela Direção Municipal de Ambiente, Estrutura Verde, Clima e Energia da Câmara Municipal de Lisboa (CML) a 14 de março de 2019. Nesse “Relatório de Avaliação Visual de Arvoredo Envolvido no Projeto da Unidade de Execução de Entrecampos” foram alvo de uma vistoria todas 132 as árvores implicadas na construção do parque de estacionamento previsto para a zona e dado um parecer final sobre a necessidade de rever a obra por forma a manter todos os exemplares que, na esmagadora maioria, estavam em boas condições fitossanitárias ou apenas a precisar de poda.

“Propõe-se que este projeto seja revisto, de modo a manter estes exemplares arbóreos intocáveis, quer ao nível do seu raizame, quer ao nível da copa”, lê-se nas conclusões do documento a que a VISÃO teve acesso.

A técnica que assina o relatório nota que “a proximidade de implantação do parque de estacionamento subterrâneo ao alinhamento do arvoredo da Avenida 5 de Outubro, irá causar danos irreversíveis às árvores por afetar uma parte importante do seu sistema radicular”, ao todo seriam afetados – caso o projeto não fosse alterado – “cerca de 91 árvores de grande porte”.

Ora, como recorda este relatório, “de acordo com o Regulamento Municipal do Arvoredo de Lisboa não são permitidos quaisquer trabalhos na zona de proteção do sistema radicular, considerada esta como a superfície do solo que corresponde à área de projeção da copa das árvores”. E é com base nesse regulamento que os serviços propõem que se mude o projeto do parque de estacionamento, salvaguardando todas as 132 árvores, incluindo, claro, os jacarandás que existem na avenida.

De resto, os jacarandás merecem uma nota positiva no que toca ao seu estado. “Todos os Jacaranda mimosifolia da Avenida 5 de Outubro foram podados no ano passado pela Junta de Freguesia das Avenidas Novas”, lê-se.

Só o presidente da CML poderia autorizar abate

Quem poderia decidir o contrário e manter o projeto, transplantando as árvores? Segundo este relatório, só o presidente da Câmara de Lisboa.

“A remoção de exemplares arbóreos em bom estado (abate ou transplante) terá que ser sempre submetida a autorização do Exmo. Sr. Presidente da CML, de acordo com a Despacho n.o 60/P/2012, publicado no Boletim Municipal N.o 963, de 02 de Agosto de 2012, objecto de concretização pelo Despacho no 95/P/2016, publicado no Boletim Municipal N.o 1176, de 01 de Setembro de 2016”, frisa o documento, notando que caso isso seja decidido pelo Presidente “as operações de transplante, podas do arvoredo a transplantar e a manter, assim como, a rega das árvores transplantadas, devem ser incluídas no caderno de encargos da obra”.

A VISÃO contactou o gabinete de Carlos Moedas para pedir o documento em que consta a aprovação do projeto pelo anterior executivo, comprovando dessa forma o que Moedas disse na SIC Notícias. Contudo e até à hora de publicação desta notícia, não recebeu qualquer resposta.

“Decisão de abate não pode ser justificada inventando o que nunca existiu”, diz PCP

“À Câmara de Lisboa exige-se rigor e verdade. Questionado pelos vereadores do PCP sobre qual o plano original que previa o corte de todas as árvores, Carlos Moedas não responde. E não responde porque esse plano verdadeiramente não existe. Houve certamente outras versões para a intervenção ali programada. Nenhuma previa o corte de todas as árvores. A decisão de cortar árvores não pode ser justificada inventando algo que nunca foi considerado”, escreveu nas redes sociais o vereador do PCP, João Ferreira, comentando uma publicação da CML na qual se defendia que “a Avenida 5 de Outubro vai ficar mais verde e com mais árvores”.

CML diz que quer salvar árvores e destaca doação de promotor privado

“Não queremos perda de identidade e o jacarandá é a nossa identidade. No nosso executivo salvamos jacarandás e é essa a mensagem de hoje. Estamos a salvar jacarandás”, disse a vereadora do Urbanismo Joana Almeida, numa conferência de imprensa convocada sobre o tema.

 De acordo com Joana Almeida, “este executivo fez uma exigência ao promotor, a Fidelidade, no sentido de salvar mais jacarandás” e “o projeto foi alterado para salvar mais jacarandás”.

Segundo as informações que avançou, esse plano prevê que passem a existir 69 jacarandás onde hoje estão 75. De acordo com a vereadora, o atual plano da CML prevê que 30 dos 75 jacarandás que existem serão mantidos, 25 abatidos e 20 transplantados. Dos 69 que ficarão no local, 30 já lá existem e 39 serão plantados de novo.

Joana Almeida justificou esta decisão de abate com o facto de essas árvores apresentarem lesões, cavidades, um “apodrecimento avançado” ou estarem demasiado inclinadas. Algo que não se verificava em 2019, segundo o levantamento dos serviços da CML a que a VISÃO teve acesso, que inclui fotografias de cada uma das árvores e uma descrição do seu estado fitossanitário.

“Dramaticamente, estes jacarandás são muito afectados por manobras de estacionamento”, justificou nessa conferência de imprensa Catarina Freitas, directora municipal dos Espaços Verdes, de acordo com o jornal Público.

Em causa está a construção de um parque de estacionamento com 400 lugares, concessionado pela CML à empresa Fidelidade Property Europe, que deverá estar em funcionamento em 2027.

Joana Almeida anunciou, aliás, que a Fidelidade “pagou” como compensação “mais de 200 jacarandás” para serem distribuídos pela cidade, incluindo os 39 que serão plantados na 5 de Outubro.

Cientistas da Universidade de Nianjing, na China, criaram um aparelho eletroquímico que tem o potencial de dividir diretamente dióxido de carbono em oxigénio e carbono, sem serem precisas condições extremas de pressão e de temperatura como noutros métodos de separação. A descoberta pode abrir caminho a métodos de produção de oxigénio em ambientes adversos como em Marte.

“Se a fonte de energia necessária vier de fontes renováveis, este método abre caminho para a neutralidade carbónica. Ao mesmo tempo, é um método prático e controlável para a produção e O2 [oxigénio] a partir de CO2 [dióxido de carbono] com um potencial vasto de aplicação – desde a exploração de Marte e o fornecimento de oxigénio para fatos espaciais até suporte de vida subaquático, máscaras de respiração, purificação de ar interior e tratamento de resíduos industriais”, afirmam os investigadores em comunicado citado pelo Interesting Engineering.

O novo método usa lítio como intermediário da reação que gera oxigénio a partir do dióxido de carbono. O aparelho criado tem um cátodo de gás com um catalisador à nanoescala feito de ruténio, cobalto e lítio metálico. Quando o dióxido de carbono é introduzido no cátodo, passa por uma redução de dois estágios possibilitada pelo lítio e depois passa por um processo de oxidação eletrocatalítica, no qual o óxido de lítio é convertido em iões de lítio, libertando-se oxigénio gasoso como subproduto. O processo gera até 98,6% de oxigénio, valor inclusive superior ao conseguido pelas plantas com o processo de fotossíntese.

O método foi testado com sucesso com dióxido de carbono puro, mas também com um leque alargado de gases misturados, como os que são produzidos pela indústria ou mesmo o que se encontrará em Marte. A fina atmosfera do planeta ‘vermelho’ é composta por CO2 com uma pressão menos de 1% da que se sente na Terra. A equipa não revelou estimativas para a quantidade de oxigénio gerada em condições semelhantes às de Marte.

O estudo completo pode ser consultado no Angewandte Chemie.

As chaves de segurança Titan estão agora disponíveis em 22 países, incluindo Portugal. Estes aparelhos funcionam como uma segunda camada de proteção, depois da palavra-chave, e ajudam a evitar phising e a afastar todas as pessoas que não devem ter acesso às suas contas online, incluindo o Gmail.

Para usar este método, o utilizador só precisa de inserir a chave na porta USB do computador ou aproximar a chave do seu aparelho com NFC. Quando surgir o pedido de verificação de identidade, basta tocar no botão da chave. As chaves são de utilização fácil, compatíveis com muitos aparelhos e serviços, uma vez que assentam no protocolo FIDO2.

Na publicação na qual revela a chegada a dez novos países, a Google explica que a chave pode ser adquirida na Google Store e em Portugal custa 35 euros.

A nova versão do jogo de luta Fatal Fury vai ter um motivo de interesse especial para os portugueses e os amantes do futebol: Cristiano Ronaldo vai ser uma das personagens com que podemos ir a combate. O teaser já tinha sido feito há uns tempos e surge agora o vídeo no qual a produtora SNK confirma que Cristiano Ronaldo vai uma personagem usável para combater com os outros lutadores.

Embora possa parecer um cruzamento de universos um pouco estranho, é fácil de perceber se tivermos em conta que a SNK é detida pelo príncipe Mohammed bin Salman, através da fundação sem fins lucrativos MiSK, e que Ronaldo joga atualmente no Al-Nassr da Arábia Saudita, onde reforçou o estatuto de celebridade, explica o Polygon.

Sobre a jogabilidade não há ainda muitos pormenores, mas muitos dos movimentos de combate que vemos Ronaldo fazer no vídeo já divulgado baseiam-se em pontapés e numa bola, marcando a ligação do jogador ao desporto onde se eternizou.

Fatal Fury: City of the Wolves é a primeira novidade da saga em quase 25 anos. Como companheiros de luta, Ronaldo vai ter Andy Board, Mai Shiranui, Joe Higashi e outros crossovers como Chun-Li e Ken Masters da série Street FIghter. O jogo vai ser lançado a 24 de abril para PS4, PS5, Xbox Series X/S e PC.