A antiga Procuradora-Geral da República, Joana Marques Vidal, faleceu esta terça-feira no Hospital de São João no Porto, onde já estava internada há semanas. Marques Vidal tinha sido diagnosticada com cancro há já algum tempo e ficou em coma induzido na sequência de complicações causadas por uma cirurgia.

O corpo de Joana Marques Vidal vai estar em câmara ardente esta quarta-feira, a partir das 14h até às 22h na freguesa de Pedaçães, no concelho de Águeda.

As cerimónias fúnebres serão em Aveiro, cidade onde a ex-procuradora-geral da República será cremada.

“A Justiça precisa de uma transição digital inclusiva e abrangente” – Joana Marques Vidal foi uma das figuras convidadas a apresentar a sua proposta para melhorar Portugal, na rubrica “Ideias com VISÃO”. Recorde aqui o vídeo.

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A gestão de talento no setor de IT em Portugal tornou-se um desafio complexo e essencial para o crescimento sustentável das empresas. Atualmente, cerca de 185.000 profissionais trabalham no setor de IT em Portugal, mas a escassez de pessoas qualificadas é uma realidade incontornável. Esta escassez contribui para uma situação de quase pleno emprego, onde a procura por profissionais supera largamente a oferta disponível.

A verdade é que nos últimos 10 anos , o mercado de IT em Portugal teve um crescimento 76%, consolidando-se como um dos setores mais dinâmicos e promissores da economia nacional. Globalmente, o setor de IT é um dos mais atrativos para se trabalhar, refletindo tendências mundiais de digitalização e inovação. No entanto, em Portugal, houve uma descida notável na atratividade do setor, que caiu do primeiro lugar em 2021 para a sexta posição em 2023. Esta mudança sugere a necessidade de reavaliar as estratégias de retenção e atração de talentos, garantindo que Portugal continue a ser um destino competitivo para profissionais de IT.

Falo de pleno emprego, de crescimento e da importância do setor para a competitividade do país… chegar às pessoas certas, com as qualificações necessárias é determinante para o setor e um dos principais desafios que enfrentamos. Os mais recentes resultados do Randstad Employer Brand Research referem que cada vez mais estes profissionais valorizam uma combinação de fatores que passa por drivers como salário, equilíbrio entre vida profissional e pessoal, ambiente de trabalho, progressão de carreira e segurança no emprego.

As empresas que investirem em programas de formação contínua e adotarem políticas de gestão de pessoas centradas na flexibilidade estarão melhor posicionadas para atrair e reter os melhores talentos, assegurando assim a sua competitividade e sucesso a longo prazo

João Salvador Oliveira, Associate Director Digital Randstad Portugal

São estes os fatores determinantes para a retenção de talentos num mercado onde a oferta de profissionais é limitada e a competição entre empresas é intensa. Mas mais ainda, é crucial oferecer condições de trabalho flexíveis, que abrangem horários, locais de trabalho, teletrabalho e planos de carreira ajustados às necessidades individuais dos colaboradores.

Vejo desafios mas também oportunidades para o futuro do setor. E aqui falo sobretudo do tema da inteligência artificial, em que segundo o estudo da Randstad sobre o impacto da IA no mercado de trabalho, estima-se que 64% das funções no setor serão automatizáveis devido aos avanços na área. Em Portugal, o setor de IT é o segundo com maior potencial de automatização, o que significa que muitas funções atuais poderão ser substituídas ou profundamente alteradas pela tecnologia. Contudo, o setor também lidera na criação de novas funções e tem um elevado potencial de aumento de produtividade. E aqui garantir que os programas de upskilling e reskilling fazem parte das estratégias das empresas, é também determinante, já que permite que os colaboradores adquiram novas competências e se mantenham atualizados com as últimas tendências tecnológicas.

A gestão de talento no setor de IT em Portugal enfrenta desafios consideráveis, mas também apresenta oportunidades significativas. O crescimento rápido do setor, a transformação tecnológica e a necessidade de adaptação constante exigem uma abordagem estratégica e flexível. As empresas que investirem em programas de formação contínua e adotarem políticas de gestão de pessoas centradas na flexibilidade estarão melhor posicionadas para atrair e reter os melhores talentos, assegurando assim a sua competitividade e sucesso a longo prazo. Em última análise, a capacidade de inovar na gestão de talento será um factor diferenciador crucial no cenário altamente competitivo do setor de IT.

Camelo

Para suportar o calor, os camelos bebem muita água − às vezes 10 litros de uma vez − e têm um sistema respiratório «especial», que os ajuda a respirar menos ar.

Lebre

As suas longas orelhas ajudam-na a proteger-se do calor: as áreas sem pelo têm muitos vasos sanguíneos, o que permite perder calor rapidamente.

Raposa-da-areia

Sabes porque tem as «almofadinhas» das patas cobertas de pelo? Para não se queimar no solo desértico escaldante.

Avestruz

Retira moléculas 
de água das raízes e de outros alimentos que come, por isso, se for necessário, pode ficar dias sem beber nada. E as asas, que chegam a atingir 2 metros, protegem o corpo 
do calor!

Tardígrado

Também conhecido como urso-de–água, é o animal mais resistente do planeta, apesar de ser microscópico. Consegue resistir a temperaturas superiores a 150O graus centígrados e inferiores a 270O!

Papagaio noturno

Para suportar as altas temperaturas do verão australiano, tem uma técnica infalível: durante o dia mantém-se imóvel, escondido na folhagem, e só à noite é ativo.

Formiga prateada

Graças aos pelos prateados que a cobrem, consegue refletir os raios solares e arrefecer o corpo. E funciona: imagina só que suporta uma temperatura corporal de 53Oº C.

Cascavel-de-chifres

Como habita em áreas desérticas dos EUA, onde o solo até escalda, aprendeu a andar de lado e de forma a que só alguns pontos do corpo toquem no chão ao mesmo tempo. Esperta, hein?!

Iguana-do-deserto

Mesmo durante o dia, quando a temperatura é mais alta, é visto a passear, ao contrário dos seus vizinhos. Quando o calor é excessivo, procura um buraco e esconde-se.

Burro selvagem africano

Consegue (sobre)viver ao calor africano, graças às orelhas grandes, que dispersam o calor, bebendo muita água e deslocando-se de forma inteligente – só corre quando é necessário.

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A Procuradora-geral da República, Lucília Gago, deu, esta segunda-feira, uma entrevista à RTP, quebrando o silêncio sobre os casos mais polémicos que envolvem o Ministério Público. Nesta, revelou ter ficado agastada com Marcelo Rebelo de Sousa e “perplexa” com a ministra da Justiça. Um dia depois começam a surgir as reações às declarações de Lucília Gago.

Desde logo, questionado pela Lusa, o gabinete do Ministério da Justiça assegurou que “não vai haver nenhuma reação” de Rita Alarcão Júdice. Na recente entrevista ao Observador, Rita Alarcão Júdice disse que era preciso mudar algo no MP para reforçar a credibilidade e que um “novo procurador-geral tem de pôr ordem na casa” e revelar capacidade de gestão e de liderança.

O presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais, António Marçal, acusou a procuradora-geral da República de “sacudir a água do capote” para os oficiais de justiça em processos mediáticos que geraram críticas ao MP.

Já o antigo ministro, Fernando Negrão, considera que “mais valia” que Lucília Gago tivesse ficado calada, ouvido ontem à noite na RTP3.

Na Assembleia da Republica, um por um, foram várias declarações feitas pelos elementos dos partidos sobre a entrevista:

O líder parlamentar do CDS-PP, Paulo Núncio, requer mais esclarecimentos ao país, pedindo que diga quem são as pessoas que acusa de orquestrar uma campanha contra o Ministério Público. “Eu acho que as palavras da ministra foram interpretadas de uma forma exagerada. O que quis dizer é que se vai iniciar uma nova fase”.

A IL reforça que é importante ouvir a ministra no Parlamento. Rui Rocha considera que só se coloca ordem “numa casa que está desordenada” e acrescenta que “todos nós percebemos o que a ministra quis dizer”.

Fabian Figueiredo, do BE, diz estar insatisfeito com as explicações da Procura Geral da República. “Preocupa-nos a forma lisonjeira com que a Procuradora tratou vários assuntos e várias matérias que para nós são fundamentais”. “Ser escutado durante quatro anos são histórias que ouvimos do passado de estados policiais, isso não pode acontecer e ser naturalizado numa democracia”.

O PCP, em nome de António Filipe, referiu que é a entrevista é “a sua opinião” [da Procuradora] e que não a vão criticar, garantindo que Lucília Gago terá oportunidade de esclarecer as declarações no Parlamento. “Esta entrevista não anula a audição parlamentar”.

Paulo Maucho do Livre também pede esclarecimentos: “Ainda se justifica mais a audição que foi pedida à Procuradora aqui no Parlamento”. “A PGR terá de explicar, deixou pontas soltas”, garantindo que o que o partido quer é realçar que esteve órgão deve ser autónomo e independente, “sem influências”.

André Ventura, do Chega, afirma que uma das mensagens que ficou patente foi quando “a procuradora refere que existe uma campanha orquestrada com o MP”, significando isto, segundo o mesmo, que “os próprios membros do MP, com a Sra. Procuradora à cabeça, sentiram, a um determinado momento, que o poder político se juntou, ou pelo menos articulou, para causar pressão e dano, para procurar condicionar a justiça”. Para o Chega ficou, assim, ficou esclarecido o parágrafo sobre o primeiro-ministro no comunicado de 7 de novembro sobre a Operação Influencer.

O líder do partido explicou ainda que a lei é igual para todos e que se alguém é primeiro-ministro ou não, o “MP não pode ou pode abrir um inquérito, tem de abrir um inquérito (…) não era uma questão de opção, tinha de abrir”. Ventura mencionou ainda que a mensagem principal da entrevista é que “ninguém está acima da lei em Portugal”.

O cartão de convite para visitar o HD 189733b já não era muito apelativo: temperaturas extremas, tempestades mortais de vidro e ventos que sopram a mais de oito mil quilómetros por hora. Agora, as leituras de dados do Telescópio Espacial James Webb revelam a presença de sulfureto de hidrogénio na atmosfera, uma molécula que lhe causa um cheiro semelhante a ovos podres.

Este exoplaneta tem 1,13 vezes o tamanho e a massa do nosso conhecido Júpiter, foi descoberto em 2005 e está a 65 anos-luz da Terra, na constelação Vulpecula. O HD 189773b orbita a sua estrela a 4,8 milhões de quilómetros de distância, cerca de 3% da distância entre a Terra e o Sol, noticia o Space.com.

Guangwei Fu, astrofísico no John Hopkins, conta que “o sulfureto de hidrogénio é uma molécula que não sabíamos estar ali. Prevíamos que sim, e sabemos que existe em Júpiter, mas não tínhamos confirmado a sua existência fora do Sistema Solar. (…) Não estamos à procura de vida neste planeta, porque é demasiado quente, mas encontrar o sulfureto de hidrogénio é um passo importante para encontrar esta molécula noutros planetas e ter mais entendimento sobre como se formam diferentes tipos de planetas”.

Os investigadores conseguiram ainda determinar as fontes de oxigénio e carbono no planeta, ao encontrar água, dióxido de carbono e monóxido de carbono ali.

A proximidade com a sua estrela significa que a órbita é completa em 2,2 dias terrestres e que a temperatura ali ronda os 927 graus centígrados, suficiente para derreter chumbo. A ligação à estrela é fixa, o que significa que um dos lados está sempre virado para a estrela e é bombardeado com radiação e o outro está sempre no lado oposto, sendo sempre de noite. Os ventos a mais de 8000 km/h sopram o vento para o lado noturno onde arrefece, condensa e forma tempestades de vidro que depois passam para o lado mais quente.

Ao contrário do que se esperava, o exoplaneta não tem grandes concentrações de metano. Por outro lado, a equipa quis avaliar as concentrações de metais ali, ou seja, de elementos mais pesados do que o hidrogénio e o hélio. “Este planeta com massa semelhante a Júpiter está bastante próximo da Terra e foi muito bem estudado. Agora temos esta medida para mostrar que as concentrações de metal são um ponto de partida importante para perceber como a composição de um planeta varia com a sua massa e raio”, afirma Fu.

Leia o estudo publicado pela equipa na Nature.

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A Comissão Europeia propôs oficialmente, esta terça-feira, ao Conselho da UE, a abertura de procedimentos por défice excessivo contra Bélgica, França, Itália, Hungria, Malta, Polónia e Eslováquia.

“O próximo passo é o Conselho decidir sobre a existência de um défice excessivo nestes Estados-membros e, na sequência de uma proposta da Comissão no âmbito do pacote de outono do Semestre Europeu, adotar a sua recomendação sobre a trajetória de ajustamento e o prazo para pôr termo à situação de défice excessivo”, explica Bruxelas.

No pacote da primavera do Semestre Europeu, divulgado em meados de junho, a Comissão Europeia anunciou que Portugal deixou de registar desequilíbrios macroeconómicos – destacando os “progressos significativos na redução das vulnerabilidades relacionadas com a elevada dívida privada, pública e externa, que deverá continuar a diminuir” – depois de ter chegado a registar défice excessivo e ter recebido vários avisos de Bruxelas.

Um recente estudo realizado por uma equipa de investigadores da Universidade da Carolina do Norte concluiu que a adição de uma nova cor aos semáforos de trânsito poderá trazer melhorias a determinados aspetos da condução, nomeadamente ao reduzir significativamente os congestionamentos rodoviários. Segundo simulações computacionais realizadas pelos investigadores, a existência de uma quarta cor – cuja tonalidade o estudo assumiu como branca – utilizada especificamente com a presença de veículos autónomos – ou seja, sem condutor – serviria para sinalizar esses veículos bem como melhorar o tempo de deslocação, eficiência e a segurança rodoviária de todos os condutores.

“O conceito de fase branca incorpora um novo sinal de trânsito, para que os condutores humanos saibam o que devem fazer. As luzes brancas dirão aos condutores humanos para seguirem simplesmente o carro que está à sua frente”, explicou Ali Hajbabaie, líder do estudo, ao jornal britânico Metro.

Os cientistas envolvidos no estudo acreditam que o novo sistema de semáforo, com recurso à inteligência artificial, poderá ajudar a evitar vários engarrafamentos e grandes volumes de trânsito ao permitir que sejam os próprios veículos autónomos a determinar as suas rotas de forma mais eficiente e menos dispendiosa.

O novo sistema de trânsito exige ainda que ocorra comunicação entre os próprios veículos autónomos, bem como a comunicação desses carros com as infraestruturas de tráfego, ou seja, os semáforos. Desse modo, a nova cor do sistema de semáforos só seria ativada através da acumulação de um determinado número de veículos automatizados perto de um cruzamento ou engarrafamento. “Este estudo pressupõe um ambiente totalmente conectado em que todos os veículos partilham a sua velocidade e localização atuais com um controlador central sem qualquer atraso ou falha de comunicação”, pode ler-se no estudo.

Segundo simulações desenvolvidas pela equipa, o novo sistema de semáforos resultará numa redução de cerca de 3% do tempo despendido num engarrafamento com cerca de 10% destes veículos nas estradas. Já com a presença de cerca de 30% de carros sem condutor, estes atrasos podem ser reduzidos em quase 10%. “Se, no futuro, assistirmos a uma adoção quase universal dos veículos autónomos, os nossos modelos sugerem que os atrasos nos cruzamentos diminuirão em mais de 25%”, referiu Hajbabaie.

O novo estudo pretende acompanhar a evolução recente dos automóveis que vão adquirindo funcionalidades que os vão tornando cada vez mais autónomos. O aumento do número de carros automatizados têm levantado questões relativas à alteração das regras de trânsito e sinalização.

As conclusões do estudo foram publicadas sob a forma de artigo na revista científica Computer-Aided Civil and Infrastructure Engineering.

O trabalho de Hajbabaie pretende acompanhar a evolução dos automóveis à medida que estes vão adquirindo funcionalidades cada vez mais automatizadas. O aumento do número de veículos com maior grau de independência da intervenção humana tem levantado questões relativas à alteração das regras de trânsito e sinalização e despoletado estudos científicos que analisam novas possibilidades de circulação nas estradas.

Também na universidade do Michigan têm sido realizadas simulações que tentam prever os efeitos de chegada de carros com mais autonomia ao sugerir alterações aos sistemas de semáforos. Através de um programa-piloto realizado na cidade de Birmingham, os investigadores utilizaram dados de velocidade e localização de veículos da empresa de automóveis General Motors, em tempo real, para alterar o tempo de funcionamento dos semáforos da cidade e suavizar os congestionamentos de trânsito. Ao todo, o ajuste de tempo, feito a 34 semáforos da cidade, ajudou a reduzir os engarrafamentos. “A vantagem disto é que não é preciso fazer nada à infraestrutura. Os dados não vêm da infraestrutura. Vêm das empresas automóveis”, explicou Liu. O estudo, publicado em fevereiro deste ano, está disponível na revista científica Nature Communications