O tempo menos quente deu oportunidade aos bombeiros para respirarem e descansarem, ainda que tenham muito trabalho pela frente.
Os incêndios no concelho de Castro Daire, no distrito de Viseu, eram, esta manhã, os únicos incêndios em curso e por dominar em Portugal continental, disse à Lusa fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Sete pessoas morreram e 161 ficaram feridas devido aos incêndios que atingem desde domingo sobretudo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga, Viseu e Coimbra, e que destruíram dezenas de casas.
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 121 mil hectares, de acordo com o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro já arderam mais de 100 mil hectares, 83% da área ardida em todo o território nacional.
O Governo declarou a situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias e sexta-feira dia de luto nacional.
Uma equipa de investigadores guardou todo o genoma humano num ‘cristal de memória 5D’ para, em caso de extinção da humanidade, poder passar essa informação para quem quer que apareça depois, mesmo que só surjam após milhões de anos.
Este material é identificado como o mais resistente enquanto meio de armazenamento de dados. Uma nanoestrutura de disco de vidro desenvolvida em 2014 pela equipa liderada pelo professor Peter Kazansky, na Universidade de Southampton, consegue armazenar 360 terabytes de informação e mantê-la estável durante 300 quintiliões de anos e só reduz esse tempo de vida para 13,8 mil milhões de anos (a idade atual do universo) se for aquecido a 190 graus centígrados. Além de sobreviver em temperaturas extremas, este material consegue resistir a forças de até 10 toneladas por centímetro quadrado e a exposições prolongadas à radiação cósmica. Todas estas características tornam este material o indicado para guardar informação sensível e que tenha de resistir durante muito tempo.
É aqui que entra a ideia de codificar os três mil milhões de caracteres do genoma humano e colocá-los num destes discos que sobreviva à extinção da humanidade. A equipa usou lasers ultra-rápidos para escrever o ADN nos vazios que o disco ostentava e que tinham até 20 nanómetros de largura, avança o website Popular Science.
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A vantagem desta abordagem face a outras de guardar informação é que o cristal pôde ser gravado em cinco dimensões em vez de 2D como o papel ou fita: duas dimensões óticas e três coordenadas espaciais, no que é descrito tecnicamente como 5D.
O disco contém as instruções sobre como pode ser usado, ilustrações de seres humanos femininos e masculinos, descrições de elementos universais como oxigénio, carbono e nitrogénio, a estrutura molecular do ADN e outros dados necessários para recriar artificialmente uma pessoa.
Kazansky explica que “sabemos a partir do trabalho de outros que o material genético de organismos simples pode ser sintetizado e usado numa célula existente para criar um espécime vivo viável em laboratório. O cristal de memória 5D abre novas possibilidades para outros investigadores construirem um repositório alargado de informação de genoma a partir do qual organismos complexos como plantas e animais possam ser restaurados, se a ciência futura o permitir”.
O cristal 5D está atualmente guardado no arquivo Memory of Mankind, na Áustria.
“Já anunciámos que encaramos a entrega de [helicópteros] Kamov à Ucrânia como uma medida hostil em relação ao nosso país, medida que faz parte da caminhada dócil e inconsciente de Portugal e de outros países da União Europeia pela trajectória desenhada por Washington”, afirmou a representante oficial da diplomacia russa, Maria Zakharova.
Quando questionada pela agência Lusa sobre o envio para a Ucrânia de seis helicópteros médios Kamov Ka-32A11B portugueses para apoiar Kiev na luta contra a invasão russa, iniciada em fevereiro de 2022, a porta-voz não hesitou: “Como toda a gente sabe, temos boa memória, apesar de não sermos vingativos.
Em vídeo-conferência à margem do IV Fórum Eurosiático de Mulheres, Zakharova adiantou que “medidas de retaliação serão estudadas em sigilo” e que “toda a gente” ficará a saber quando a Rússia começar a aplicá-las.
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Com o mote “Do resíduo ao recurso: Circularidade e reciclagem no setor dos plásticos”, o segundo painel das ESG Talks, em Leiria, juntou Amaro Reis – CEO da SACOS 88 e Presidente da Associação portuguesa da Indústria de Plásticos (APIP) – e Ricardo Pereira – CEO da Sirplaste e vice-presidente da reciclagem na mesma associação – para debater os atuais desafios do setor do Plástico e sustentabilidade com a moderação Margarida Vaqueiro Lopes, subdiretora da VISÃO. As ESG Talks são uma iniciativa promovida pelo novo banco, pela VISÃO e pela EXAME, em parceria com a PwC – que irá percorrer o País desde Sul até Norte.
Amaro Reis – CEO da SACOS 88 e Presidente da Associação Portuguesa da Indústria e Plásticos – foi o primeiro interveniente do debate referindo-se ao plástico como uma das “maiores invenções do século”. Para o empresário, os problemas que envolvem o plástico – muitas vezes considerado um produto “vilão” quando se fala em ambiente e sustentabilidade – estão, na verdade, do lado dos consumidores. “Não é um problema de material, é um problema de consumo”, disse. Ou seja, como se utiliza e o que se faz com ele, nomeadamente a seguir à utilização.
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Amaro Reis (esquerda) e Ricardo Pereira (direita). Foto: José Carlos Carvalho
De acordo com Amaro Reis, há muito tempo que a indústria considera o fim de vida do produto e o toma as precauções necessárias para que seja mais fácil de destruir, através do reaproveitamento da matéria ou eliminação da mesma. Atualmente, muitas medidas impostas para a diminuição do consumo de plástico vieram, na verdade, dificultar o “fim de vida” dos produtos. Reis deu o exemplo dos copos de café descartáveis, outrora feitos em plástico, e que passaram a ser fabricados em papel. Se antes era possível reciclar ou destruir completamente o produto após a sua utilização, hoje, a sua nova composição – com uma fina camada isolante de plástico – não permite que sejam reciclados, acabando por ser enviados para aterro e com mais consequências para o ambiente.
“Nós só conseguimos promover a indústria do plástico se conseguirmos promover boas práticas”, começou por dizer. “Temos de ter consciência que vivemos num mundo consumista. O consumidor tem de estar informado e por isso a cadeia tem de o ajudar a tomar as melhores decisões”, acrescentou.
ESG Talks no Instituto Politécnico de Leiria
19 Setembro 2024
Foto: José Carlos Carvalho
Já Ricardo Pereira – CEO da Sirplaste e vice-presidente da reciclagem na APIP – defende que, no final, o que conta acaba por ser o lucro e a sobrevivência das empresas. Para Pereira existe atualmente uma guerra entres os materiais – plástico, vidro e papel – para determinadas aplicações em produtos, e nem sempre existe uma adequação dos materiais. “Nós hoje temos muita desinformação e há muita coisa criada por marketing para fazer crer aos consumidores que têm uma atitude mais correta, mas acabam por enganá-los”, explicou.
Para o Presidente da APIP, Amaro Reis, os plásticos, não são um problema de material, mas de consumo, e é importante que a sociedade aprenda a viver com eles e a reciclá-los. “Cabe a nós indústria – associações, universidade, consumidores e ONGs – trabalharmos sem fundamentalismos para podermos dizer: se o desempenho deste produto é melhor em plástico, fica em plástico”, acrescentou.
Para concluir, Reis designou a facilidade e preço do produto, o trabalho com a comunidade académica e a desmistificação do tema como as três prioridades para tornar plástico num “aliado” à transição energética. “O plástico é um bom material e tem as suas aplicações, mas enquanto sociedade temos de lhe dar o uso correto”, concluiu Ricardo Pereira.
O Tribunal de Família e Menores de Vila Franca de Xira decidiu internar num centro educativo o menor que, na passada terça-feira, esfaqueou seis colegas na Escola Básica da Azambuja – a medida de coação mais gravosa para atos tipificados como crimes, praticados por crianças entre os 12 e os 16 anos.
Recorde-se que o ataque foi cometido por uma criança de 12 anos, no primeiro dia de aulas naquele estabelecimento (as aulas não tinham tido início na véspera porque, no fim-de-semana anterior, a escola tinha sido vandalizada). O menor – aluno do 7.º ano – tinha ido almoçar a casa naquele dia, trazendo consigo uma faca de cozinha e um colete antibalas, que pertence ao pai. Ao início da tarde, atacou com a faca quem consigo se cruzou, ferindo seis colegas.
Cinco crianças receberam tratamento no Hospital de Vila Franca de Xira, com ferimentos nos braço. No caso mais grave, uma menina com feridas no tórax teve de ser transportada para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa. Recebeu alta clínica ao início da tarde desta quinta-feira.
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De acordo com a edição do Expresso desta sexta-feira, a investigação apurou que o autor do ataque andava há algum tempo a pesquisar sites de ideologia nazi. “O estudante estava claramente num processo de se deixar influenciar pelo ideário nazi com informação que se encontra facilmente na internet em fontes abertas. Mas não tem maturidade suficiente para processar as leituras que fazia, havendo uma margem de perigo para uma criança as distorcer”, refere, o semanário, a partir de uma fonte próxima do processo.
A transição energética e a transformação de recursos serviram de tema para a primeira discussão da última conferência das ESG Talks no Instituto Politécnico de Leiria, esta quinta-feira, tendo como foco os setores dos Plásticos, Moldes e Cerâmicas. Esta foi a terceira conferência da terceira edição das ESG Talks – iniciativa promovida pelo novo banco, pela VISÃO e pela EXAME, em parceria com a PwC – que irá percorrer o País desde Sul até Norte.
O primeiro painel teve como convidados Luís Febra – CEO do grupo SOCEM -, Nazanin Sabet – Gestora de sustentabilidade do grupo MCS Portugal – e Paulo Ferreira Administrador de PFR Gas Solutions – e contou com a moderação de Tiago Freire, diretor da EXAME. O debate, que começou centrado no retorno da transição energética, teve início com intervenção de Luís Febras que defendeu que as ESG são uma estratégia incorporada na empresa SOCEM há já vários anos, através do reaproveitamento das matérias-primas e de uma política de “minimalismo”. “Já há uma consciência global para o reaproveitamento das matérias. Nós reintegramos 89 % de tudo o que entra na nossa organização, portanto damos um destino aos resíduos”, refere.
Para o empresário, as ESG são também uma questão cultural e humana. “Para nós cuidar do ambiente sempre trouxe retorno, que nem sempre é económico. As pessoas que trabalham na nossa organização sentem-se bem no ambiente em que vivem, o que se reflete na taxa de rotatividade das pessoas. E isso, só por si só, já é retorno”, explicou.
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ESG Talks no Instituto Politécnico de Leiria
19 Setembro 2024
Foto: José Carlos Carvalho
Uma ideia complementada por Paulo Ferreira, que defendeu que nenhum investimento tem retorno imediato. De acordo com Ferreira, atualmente, os empresários das diferentes indústrias e setores enfrentam duas escolhas: aproveitar agora os incentivos à mudança energética ou lidar com as consequências mais tarde. “Podemos não fazer nada porque não temos um retorno imediato ou podemos – e a minha visão é – devemos, aproveitar as oportunidades que existem em termos de apoios. Temos de jogar em antecipação. As dificuldades são imensas, mas é preciso começar a fazer o trabalho hoje”, referiu.
Para Ferreira, a transição energética envolve também todas as tecnologias e energias. “A necessidade de energias limpas é – e vai ser – tão grande que a minha visão é que não vamos ter uma solução que vai resolver tudo, todas as soluções vão ser precisas”, acrescentou.
Nazanin Sabet, Gestora de sustentabilidade do grupo MCS Portugal. Foto: José Carlos Carvalho
Já Nazanin Sabet – gestora de sustentabilidade do grupo MCS Portugal, que explora recursos minerais para a cerâmica – abordou a extração de matérias-primas, referindo que “não há nada totalmente sustentável na extração de matérias-primas”. Para Sabet, as ESG não são uma questão de “compliance” – o conjunto de regras e normas legais que uma empresa deve seguir – mas uma escolha de caminhos adotado pelos empresários para as suas empresas e do que é mais importate para a empresa.
Por outro lado, esta é também uma questão que, na sua visão, pode ser “injusta” uma vez que, por um lado, os consumidores são cada vez mais encorajados a procurar produtos sustentáveis e amigos do ambiente e, por outro, as leis impostas às empresas para seguir com a extração e produção sustentável levam ao aumento dos preços nos mercados. Uma questão, segundo Sabet, que devia ter mais atenção por parte dos políticos.
Também Febras defendeu a ideia de que “nada é sustentável”, sendo as ESG uma questão de reduzir ao mínimo a pegada criada e dar um aspeto humano ao processo.
Para concluir o primeiro painel, Paulo Ferreira expressou que é preciso mais tempo para a transição energética. “Quando falamos de transição enérgica não falamos em dois dias e meio. Os apoios existem, o que falta é que os processos sejam mais ágeis. E falta nós empresários e investidores olharmos mais para frente, não ter medo do risco”, concluiu.
A Comissão Europeia iniciou os procedimentos para garantir que a Apple cumpre rapidamente com os requisitos de interoperabilidade estipulados no novo Regulamento dos Mercados Digitais (DMA). A empresa da ‘maçã’ faz parte da lista de gatekeepers, tendo um dos maiores e mais importantes papéis da indústria para garantir que o DMA está a funcionar como previsto. Agora, a Comissão explica que o Regulamento lhe confere o direito para “adotar uma decisão especificando as medidas que um gatekeeper tem de implementar para garantir cumprimento efetivo”.
A Apple vai ter seis meses para implementar as recomendações que venham da Comissão. Um dos vetores a ser trabalhado é a conectividade do iOS em aparelhos como smartwatches, auscultadores e dispositivos de realidade virtual, avança o Engadget. A Comissão pretende definir como a Apple tem de garantir a interoperabilidade, para que fabricantes de outras marcas possam criar os seus produtos e proporcionar uma experiência integrada. A Apple vai receber instruções sobre como providenciar essa interoperabilidade eficiente e como tem de permitir que aparelhos de outras marcas emparelhem facilmente com os iPhone e recebam notificações.
A comissária Margrehte Vestager afirma em comunicado que “é a primeira vez que usamos especificações do DMA para guiar a Apple para ter um cumprimento efetivo das suas obrigações de interoperabilidade através do diálogo construtivo. Estamos focados em assegurar mercados digitais abertos e justos. A interoperabilidade efetiva, por exemplo entre smartphones e os seus sistemas operativos, tem um papel importante nisto. Este processo vai fornecer instruções claras para os programadores, terceiros e Apple”.
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Em junho, a Comissão identificou que a Apple não cumpria o DMA por não permitir que programadores publicitassem as suas formas alternativas de pagamento dentro das aplicações. Desde então, a Apple implementou algumas modificações, abriu o iOS e o iPadOS para lojas de aplicações de terceiros, concedeu acesso à tecnologia NFC e refreou o lançamento europeu de novas funcionalidades que não respeitam o DMA como o Apple Intelligence, ou as funcionalidades iPhone Mirroring no Mac e SharePlay Screen Sharing.