Entre mergulhos com o campeão olímpico da natação Michael Phelps e danças com a equipa de ginastica americana, o artista norte-americano Snoop Dogg está a encantar as redes sociais com a sua presença nos Jogos Olímpicos de Paris. O rapper, de 52 anos, é um dos enviados especiais da estação de televisão norte-americana NBC para a cobertura dos eventos em que se participam atletas dos Estados Unidos e tem protagonizado alguns momentos virais nos Jogos de Paris. Esta já é a segunda edição dos Jogos em que Snoop trabalha enquanto correspondente olímpico, com a sua estreia nos Jogos de Tóquio, em 2020.

Mas, fora do ar, o autor do êxito “Drop It Like It’s Hot” tem partilhado nas suas redes sociais algumas dos melhores momentos que tem experienciado na maior competição desportiva do mundo. Entre vídeos onde se mostra a alimentar os cavalos olímpicos das provas equestres a fotografias com atletas medalhados, sempre com a hashtag #FollowTheDogg, o rapper tem tomado nas redes sociais de assalto e feito as delícias dos internautas. “Cresci a ver os Jogos Olímpicos e estou entusiasmado por ver os atletas a trazerem o seu melhor para Paris. É uma celebração da habilidade, da dedicação e da busca pela grandeza”, referiu, em comunicado, antes do início das olimpíadas. “Vamos ter algumas competições fantásticas e, claro, vou trazer o estilo Snoop à mistura. Vão ser os Jogos Olímpicos mais épicos de sempre”, acrescentou. Neste artigo mostramos-lhe alguns dos melhores momentos do artista Snoop Dogg nos Jogos Olímpicos de Paris.

A carregar a tocha olímpica

Carregar a tocha olímpica não é para qualquer um. É uma honra que se encontra reservada para os melhores de sempre – ou GOAT´s, como se diz na gíria do desporto. O rapper, de 52 anos, fez parte da cerimónia de abertura das olimpíadas ao levar a chama olímpica na última parte do percurso. O artista destacou-se facilmente entre a multidão não apenas pela sua altura – 1,80m – mas pelos passos de Crip Walk, um dos seus movimentos de dança característicos.

“Vejo isto como uma honra prestigiante e algo que respeito verdadeiramente. Nunca tinha sonhado em algo como isto. Vou comportar-me da melhor maneira. Vou estar no meu melhor fisicamente. Vou respirar devagar, andar depressa e segurar a tocha com um sorriso na cara, porque tenho consciência do prestígio desta prova”, referiu em entrevista à revista Rolling Stone, em julho deste ano.

Na piscina, com o campeão da natação Michael Phelps

Como parte do seu objetivo de experimentar vários desportos, Snoop Dogg alinhou numa pequena corrida contra o campeão – agora reformado – da natação Michael Phelps. Numa piscina, de calções de banho e touca de natação (com “Phelps” na frente), Snoop Dogg brincou com a situação. “Um brinde à família Phelps e à equipa que me vai dar oxigénio neste momento”, ouve-se dizer no vídeo.

Com a equipa de ginástica

Presente nas bancadas enquanto a equipa americana de ginástica se preparava para entrar em prova, Snoop Dogg animou as bancadas com uma pequena dança que fez rir a plateia e as atletas – incluindo a medalhista Simone Biles – que se juntaram à coreografia. O momento, captado pelas televisões, tornou-se viral nas redes sociais.

Mais tarde, já depois da prova de Biles, as reações de Snoop Dogg à sua prestação voltaram a tornar-se um motivo de conversa, com vários “memes” a circularem entre internautas e a serem considerado um dos melhores momentos de Snoop Dogg em Paris.

Na pista de atletismo, no tapete de judo e num duelos de esgrima

Na pista de atletismo, vestido com uma camisola de homenagem a Kobe Bryant – a estrela do basquetebol americano que morreu num acidente de avião em 2020 – o artista correu contra os velocistas olímpicos Ato Bolden e Wallace Spearman, e, surpreendentemente, saiu vencedor…

Já na esgrima, protegido com uma máscara com a bandeira dos Estados Unidos e muito humor à mistura, os seus seguidores puderam acompanhar o rapper a aprender sobre o desporto com o esgrimista norte-americano Miles Chamley-Watson.

Ao lado de Martha Stewart a assistir às provas equestres

Vestidos a rigor, como se de verdadeiros cavaleiros se tratassem, Snoop Dogg assistiu às provas equestres de dressage sentado ao lado de uma outra estrela americana, Martha Stewart, também enviada especial a Paris. Embora Snoop Dogg já tivesse admitido anteriormente ter medo de cavalos, antes da prova olímpica, a dupla partilhou um pequeno vídeo na rede social Instagram onde se mostram, lado a lado, a conhecer e alimentar alguns dos cavalos que fazem parte da competição. “Gosto das tranças dele. Não consigo esquecer-me delas. Vou usar esse penteado. O cabelo deles é excecional”, ouve-se no vídeo.

Vestido a rigor

De fatos equestres a camisolas com a cara dos atletas, o estilo de Snoop Dogg nos Jogos Olímpicos tem também despertado o interesse dos espectadores. Conhecido pelo seu estilo, o rapper tem surpreendido nesta edição das olimpíadas pelo seu vestuário, planeado pela sua estilista Talia Coles. Frequentemente visto a utilizar alguma peça de roupa com a bandeira americana, Snoop Dogg tem também homenageado várias figuras do desporto – de Kobe Bryant, a Simone Biles e Coco Gauff – ao utilizar camisolas com a sua cara estampada. “Pensei que alguns destes atletas iriam adorar ver a sua cara no meu peito a representá-los. Sabem, como os super-heróis. O Super-Homem tem o ‘S’ no peito, eu tenho estes atletas no meu peito”, referiu.

Snoop a “bisbilhotar” no Louvre

Parte da missão de Snoop Dogg enquanto enviado especial é precisamente dar a conhecer a quem o acompanha algumas curiosidades da cidade que recebeu este ano os Jogos Olímpicos. Um destes momentos passou por uma visita guiada a um dos museus mais famosos do mundo, o Louvre, em Paris. Com um título que faz referência ao seu nome artístico, “snooping around” – em inglês a palavra “snoop” significa bisbilhotar ou espiar – o rapper deu a conhecer aos seus – quase – 89 milhões de seguidores algumas das obras de arte presentes no museu. “Já alguma vez viram a Noite no Museu? [uma referência ao filme de 2006, dirigido por Shawn Levy]. Bem, esta noite vamos entrar no museu com o Snoop Dogg, e nós vamos andar a bisbilhotar”, explicou.

Um dos pontos altos da visita foi o famoso quadro de Leonardo da Vinci, A Gioconda. “Acabei de descobrir que sou o irmão gémeo da Mona Lisa, sou o Tony Lisa”, refere o artista no vídeo, enquanto anda se move entre os lados da sala, de forma a comprovar se os olhos do quadro realmente o “seguem” no espaço.

A aprender a festejar em espanhol

Outro melhores momentos de Snoop Dogg em Paris surgiu durante um jogos de futebol. Ao lado do comentador desportivo Andrés Cantor, durante o intervalo dos quartos de final de futebol feminino entre os EUA e o Japão, o rapper e Cantor protagonizaram mais um momento que muito circulou pela internet. Após referir que aquele era o primeiro jogo da modalidade olímpica, no feminino, a que assistia, Snoop Dogg pediu a Cantor para lhe mostrar como se celebra um jogo em espanhol. Snoop foi ainda presenteado por Cantor com uma camisola personalizada da equipa americana.

O momento em que Snoop Dogg conhece um bulldog

Por fim, um dos melhores momentos momentos de Snoop Dogg em Paris surgiu numa entrevista. “Snoop with a little French dog!” – ou, em português, “Snoop conhece um pequeno cão francês” – foi um dos vídeos mais divertidos partilhado na sua conta pessoal de Instagram. Com o desejo de conhece a raça francesa buldogue, o momento em que Snoop conheceu Pierre – uma homenagem ao designer de moda francês Pierre Cardin – já conta com mais de centenas de milhares de gostos.

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Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, órgão executivo colegial representativo deste município, o maior do País, que tem por primordial missão definir e executar políticas que promovam o desenvolvimento do concelho, vem, uma vez mais, mostrar a sua preocupação, afirmando, ontem, no Diário de Notícias, a falta de esquadras e a ausência de polícias nas ruas.

Este comentário vem no rol de muitos outros, em que autarcas, um pouco por todo o País, expressam o seu desagrado e a sua inquietação pela falta de policiamento e pelo sentimento de insegurança que paira nos seus munícipes. Veja-se, por exemplo, a realidade da movida do Porto.

Não pretendo criticar tais comentários de ilustres figuras deste país, nem tão pouco contrariar esse sentimento e perceção de insegurança, até porque é real e está aos olhos de todos, mesmo daqueles que não querem ver, tenho-o dito inúmeras vezes, sempre que me surge oportunidade, mesmo quando o assunto em discussão não é esse.

A ASPP/PSP, há cerca de dois anos, enviou uma missiva a quase uma centena de autarcas, com o intuito de “despertar consciências”, apelando para que não cedessem à constante propaganda dos governos, quando, face a realidades complexas e exigentes na segurança interna, face à escassez de efetivo que implicava o encerramento de esquadras, os governos apresentavam roulotes dando-lhes o pomposo nome de “esquadras móveis”, entre outras medidas “engraçadas” mas que, postas em prática, se tornavam e tornam disparatadas, inconsequentes e irresponsáveis.

Missiva essa que, na altura, levou a Associação Nacional de Municípios Portugueses a responder à ASPP/PSP de forma agressiva e um tanto ou quanto ofensiva, presumo que, por não ter entendido o seu propósito, ou, por influência direta do governo de então, que por coincidência (ou talvez não) “vestia” a mesma cor partidária, fazendo a ANMP o papel de “advogado do diabo”, tentando defender o indefensável.

Tenho dito, a ASPP/PSP tem afirmado, que hoje, as dinâmicas sociais estão diferentes, o serviço policial está mais complexo, arriscado e exigente, as missões alargaram e os recursos, esses, alguns escasseiam, outros não existem, em virtude dos sucessivos governos não terem investido em setores básicos do Estado e, consequentemente, não capitalizando a segurança interna.

No meu/nosso entender, há, objetivamente, fatores responsáveis por este quadro que Carlos Moedas e muitos outros autarcas retratam. Selecionamos três:

– A falta de atratividade da instituição, que se traduz em falta de candidatos, o que compromete não só as necessidades operacionais, como atropela o direito à saída para a pré-aposentação, atingindo, com isso, o seu efetivo, pois bloqueia a mobilidade e envelhece o mesmo. Falta de atratividade que advém essencialmente dos baixos salários praticados na PSP e nas fracas condições de trabalho, principalmente no que à mobilidade diz respeito.

– A ausência de uma reestruturação da PSP, uma medida política necessária num quadro de mudanças relevantes e recentes a todos os níveis. O que a PSP faz, o que tem de fazer e o que não deve fazer, se deve continuar a responder a todas as solicitações com a existência de tantos outros atores na segurança interna, se os comandos de polícia serão todos iguais em termos de organização, face à diversidade da dimensão das cidades, entre tantas outras questões. Ou seja, capacitar, do ponto de vista da sua organização, a PSP para fazer o que tem e deve ser feito.

– Falta de investimento, em concreto, na valorização dos seus efetivos e do estatuto da lnstituição, e nos recursos necessários, para assim poder responder a todas as necessidades, que a cada dia que passa são imensas – veja-se o impacto da reestruturação do SEF entre outras.

Caso não exista coragem política para proceder às necessárias alterações, assistiremos ao adiar da resolução dos problemas, à capitalização de uma perigosa agenda populista sobre a segurança do País, e mais grave, assistiremos ainda mais ao aumento da insegurança, nas suas variáveis [real e percecionada], pois sabemos que as esquadras estão desfalcadas, os serviços estão limitados, os polícias têm constantemente cortes de folgas e trabalho suplementar, as fronteiras e estrangeiros não têm pessoal suficiente para cumprir essa missão, entre tantos outros.

O atual governo deu um primeiro passo para alterar [se assim o entender], o atual estado da situação, contando com quem perceciona a ação sindical com responsabilidade, na celebração do acordo sobre o suplemento de condição policial, o qual [acordo] consagra a discussão das tabelas remuneratórias e carreiras já para daqui a meia dúzia de meses.

Deve o Governo, junto de quem seriamente e responsavelmente aborda estas questões sensíveis e complexas, discutir a real construção de dignificação das carreiras, para se partir para a necessária reestruturação da PSP, num xadrez exigente e urgente.

Não o fazer, será, uma vez mais, evidenciar irresponsabilidade política, será protelar a resolução dos problemas e promover agendas populistas e oportunismos bacocos, em torno de questões sérias, como é a segurança dos nossos concidadãos, a defesa da paz e tranquilidade públicas.

Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

Derek Drummond, de 58 anos, foi condenado, esta quarta-feira, a três anos de prisão por participar nos distúrbios de 30 de julho em Southport, na Inglaterra, que se seguiram à morte de três meninas na sequência de um ataque com uma faca a um centro comunitário para crianças e grávidas na cidade de Southport, em Inglaterra, levado a cabo por um jovem de 17 anos. Uma das meninas tinha nacionalidade portuguesa.

O agora condenado pelo Tribunal de Magistrados de Liverpool, Drummond, tem 14 condenações anteriores, incluindo várias por violência, e admitiu ter participado no motim e de ter agredido um agente da polícia na cidade de Merseyside .

Segundo o The Guardian, Drummond insultou Thomas Ball durante o motim nos arredores da mesquita de Southport e foi visto a atirar tijolos contra a polícia como parte de uma rebelião, na qual mais de 50 policias ficaram feridos.

O mesmo tribunal decidiu ainda penas de prisão para Declan Geiran, de 29 anos – condenado a 30 meses – e Liam Riley, 40 anos – condenado a 20 meses de prisão por também participar nos motins. As decisões surgem depois de o Governo britânico ter prometido que os manifestantes seriam rapidamente julgados e que receberiam “todo o peso da lei”.

“Aqueles que deliberadamente se envolvem em tal desordem, causando ferimentos, danos e medo às comunidades, serão inevitavelmente punidos com sentenças destinadas a dissuadir outros de realizar atividades semelhantes”, disse o juiz Andrew Menary KC.

“A verdadeira dor coletiva dos residentes de Southport foi efetivamente sequestrada por este comportamento insensível”, acrescentou Menary, referindo-se ao ataque à mesquita, lê-se.

Numa nova investigação, emails, documentos internos e chats do Slack mostram que a Nvidia está a usar grandes quantidades de vídeos obtidos online sem permissão para treinar os seus sistemas de Inteligência Artificial. Estes documentos, a que o website 404 Media teve acesso, mostram funcionários a questionar se estas práticas seriam legais e os seus responsáveis diretos a confirmarem que têm a autorização dos mais altos cargos da Nvidia.

O projeto, com o nome interno Cosmos, envolve obter vídeos da Netflix, do YouTube e de outras fontes para treinar o gerador de mundos 3D Omniverse e outros produtos digitais. Com o Cosmos, a empresa pretende criar um modelo fundacional de vídeo que “simule transporte de luz, física e inteligência num único sítio para impulsionar várias aplicações críticas para a Nvidia”.

Num canal do Slack, lê-se que os funcionários da Nvidia usam um programa de código aberto especializado para descarregar vídeos do YouTube, em conjunto com máquinas virtuais que mudam os endereços de IP periodicamente para evitar serem bloqueados pela plataforma de vídeos. Os gestores de projeto discutem a utilização de 20 a 30 máquinas virtuais nos Amazon Web Services para descarregar 80 anos de vídeos por dia.

“Respeitamos os direitos de todos os criadores de conteúdos e estamos confiantes de que os nossos modelos e esforços de investigação cumprem a letra e o espírito da lei”, afimou um porta-voz da Nvidia ao 404 Media.

“As leis de copyright protegem as expressões particulares, mas não os factos, ideias, dados ou informação. Qualquer um é livre para aprender factos, ideias ou informação a partir de outra fonte e usá-los para criar as suas próprias expressões. O uso justo também protege a possibilidade de usar um trabalho para um fim transformativo, como o treino de modelos”, justifica a empresa.

Quando confrontado com este uso da Nvidia, um porta-voz da Google, dona do YouTube, remeteu para “comentários anteriores”, referindo-se a um artigo assinado pelo CEO Neal Mohan em abril de 2024 onde defendia que o uso de vídeos do YouTube pela OpenAI para treinar o Sora, o gerador de vídeos com IA, é uma “clara violação” dos termos de uso da plataforma.

Os portugueses Vasco Vilaça e Melanie Santos desenvolveram nos últimos dias sintomas de infeção gastrointestinal, informou esta quarta-feira o Comité Olímpico de Portugal. De acordo com o site do Comité, Vasco Vilaça tem sintomas mais agudos do que Melanie Santos, embora ambos estejam estáveis.

“O Comité Olímpico de Portugal (COP) informa, através da sua Direção de Medicina Desportiva, que o atleta Vasco Vilaça desenvolveu, nas últimas horas, sintomas compatíveis com infeção gastrointestinal no decorrer da sua estadia nos Jogos Olímpicos Paris2024”, lê-se.

O organismo garante que “todas as medidas estão a ser tomadas por parte da equipa de saúde COP, para a monitorização e prover, na Aldeia Olímpica, o tratamento conservador devido ao atleta”.

Segundo o COP, “a World Triathlon, federação internacional da modalidade, garantiu, nos dias de competição de triatlo, que a avaliação da qualidade da água cumpria com os regulamentos definidos”.

“Não obstante o cumprimento dos limites de segurança exigidos, a presença de alguns dos parâmetros avaliados comporta um risco de infeção neste contexto ambiental”, lê-se ainda.

Os níveis de poluição nas águas do rio Sena travou os treinos e a prova masculina de triatlo dos Jogos Olímpicos de Paris do passado dia 31. Após o gasto de mais de mil milhões de euros para tornar o rio seguro para as provas olímpicas, a chuva e as bactérias – especialmente a E. coli – parecem ser os motivos para (a pouca) qualidade da água.

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A Figure, startup especializada em robótica e que conta com o apoio da OpenAI, apresentou a segunda geração do seu robô humanoide bípede, o F.02. Este novo modelo foi construído com base num exoesqueleto com cablagem integrada e consegue gerar 50 Nm de torque ao nível dos ombros e 150 Nm na anca e no joelho. Embora o F.02 esteja a ser usado para realizar tarefas repetitivas numa fábrica, a Figure prevê que os robôs concebidos para funcionarem como mordomos pessoais podem estar perto fazer a sua estreia.

No F.02 há seis câmaras RGB em torno da cabeça que garantem uma visão de 360 graus, a bateria de 2,25 kWh é capaz de proporcionar uma autonomia de até 20 horas e as mãos produzem força equivalente à humana e apresentam 16 graus de liberdade, noticia o Digital Trends.

Veja o robô F.02 no vídeo

Para permitir uma comunicação mais direta com os humanos, há um microfone e colunas integradas, sendo que o robô usa modelos de Inteligência Artificial desenvolvidos em conjunto com a OpenAI. O robô recorre também a um modelo de linguagem visual, semelhante ao Gemini, para perceber melhor os sinais visuais e agir com base nessa informação.

A Figure já tinha o Figure 01, o modelo anterior, em testes na fábrica da BMW na Carolina do Sul, onde estão empregadas 11 mil pessoas. Nesta fase, as tarefas passam muito por mover caixas de peças de um lado para outro na fábrica e espera-se que dentro de dois anos comecem a trabalhar com mais operações no armazém.

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Desde a infância, sonhei com um futuro melhor, apesar das dificuldades daquele tempo. No meu caso, enquanto regava os campos ou enquanto esperava, deitado sobre os sacos de arroz, sonhava que os moinhos da minha querida aldeia de Ul, em Oliveira de Azeméis, fizessem o seu trabalho enquanto eu sonhava com um futuro melhor. Mas, mais do que sonhar, eu queria fazer.

Em frente à nossa casa, existia uma pequena sapataria e eu, sempre que podia, lá ia apreciar a sua arte e, por vezes, com o consentimento do Ti Zé Tremoceiro, pegar na turquês, na sovela e na agulha. Durante muito tempo, acreditei que poderia ser essa a minha profissão e o meu futuro.

Quis o destino levar-me para uma indústria que estava ainda a nascer: os moldes. Fui o primeiro funcionário da Moldoplástico. Tinha 14 anos e, tal como na oficina do sapateiro, aprendi cada detalhe com os artistas de topo da indústria do vidro, que aplicavam agora o seu conhecimento nos moldes para plástico.

Ainda antes de eu atingir os 18 anos, fundámos a Simoldes numa pequena oficina com 80 metros quadrados. Éramos quatro colaboradores. Vivíamos tempos de pioneirismo porque tudo era novo. Aliás, foi essa incerteza, vivida nos meus primeiros tempos, que moldou a minha forma de pensar até aos dias de hoje: arriscar, empreender e, fundamentalmente, fazer diferente e sempre melhor.

Na minha vida, nunca procurei navegar à vista. Procurei ver sempre para lá do horizonte. Nem sempre correu bem, corri imensos riscos. Mas nunca me conformei e não desisti quando algo não correu bem. Da mesma forma que não sosseguei quando tive sucesso. O sucesso pode ser o pior inimigo do progresso. Para mim, o sucesso serve apenas para ganhar fôlego para encarar com determinação as crises que hão de vir.

Em 1963, mudámos para a primeira fábrica. Passámos de 80 para 800 metros quadrados e 20 pessoas. Ao longo de mais de seis décadas de trabalho, tivemos a felicidade de enfrentar muitos problemas. Uns mais globais, outros mais caseiros. Mas todos interessantes porque nos deram a oportunidade de fazer diferente, de corrigir o rumo, de investir e de arriscar. Nesses momentos, sempre segui o meu instinto, suportado na ideia de que “as crises não duram para sempre” e que “a seguir à tormenta vem a bonança”. Não abdicando de uma serena ponderação e reflexão, muitas vezes as minhas decisões foram no sentido oposto dos conselhos que recebia, e resolvi arriscar: arriscar criando melhores instalações, investindo permanentemente em tecnologia e apostando em mercados desconhecidos. Mas, mais importante do que tudo isso, investindo nas pessoas.

Eu quis sempre os melhores a trabalhar comigo. Formámos imensos profissionais e ajudámos as instituições de ensino a fazer mais e melhor. Se há algo que aprendi logo quando comecei a trabalhar na dureza da bancada de moldes foi que só fazendo bem podemos competir e vencer no mercado.

No Grupo Simoldes, o nosso lema é: “Juntos fazemos melhor.” Foi esse espírito que fez a Simoldes sair da oficina de 80 metros quadrados e estar hoje espalhada pelos quatro cantos do mundo, com cerca de sete mil colaboradores. Com a humildade e simplicidade que sempre pautaram a minha vida, continuo ainda a querer fazer sempre mais e melhor, mas não sou mais importante do que os outros. Eu sou apenas uma peça da engrenagem.

Trabalho publicado originalmente na edição de maio de 2024 da Exame