Pedro Nuno Santos quis falar ao País antes de falar na Comissão Política Nacional, apanhando de surpresa até alguns dos seus mais próximos dentro do PS. Falou antes do Congresso do PSD e anunciou uma abstenção na generalidade e na votação final global do Orçamento do Estado, depois de um ataque cerrado ao Governo e à sua direita, sublinhando que o PS viabiliza o documento não em resultado de qualquer negociação mas sim porque o partido entende que não faz sentido voltar a eleições pouco mais de meio ano depois do Governo ter tomado posse e quando as sondagens não revelam que a ida às urnas possa ter um resultado muito diferente.
Pedro Nuno Santos fez mesmo questão de relembrar o esforço feito pelo PS para negociar com o Governo, vincando que, apesar das cedências, a AD não respeitou as linhas vermelhas dos socialistas. Ou seja, não há acordo entre os dois principais partidos e esse é um argumento usado pelo líder do PS para vincar que este voto não abre caminho a um bloco central.
“É neste momento um governo isolado. Está sozinho, mais minoritário que nunca e absolutamente dependente do maior partido da oposição”, afirmou Pedro Nuno, lembrando a forma como ficou clara a incapacidade da AD de formar uma maioria com a sua direita.
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“O PS parte, portanto, para a discussão do orçamento do estado na Assembleia da República sem um compromisso com o governo”, frisou, explicando que o compromisso não é por isso com a AD, mas com os portugueses.
As duas razões de Pedro Nuno
Pedro Nuno quer que esta abstenção não seja lida como um acordo com o Governo, mas apenas como consequência de duas situações. “Em primeiro lugar, que passaram apenas sete meses sobre as últimas eleições legislativas; Em segundo lugar, um eventual chumbo do orçamento poderia conduzir o País e os portugueses para as terceiras eleições legislativas em menos de três anos, sem que se perspetive que delas resultasse uma maioria estável”, argumentou.
“É por estas duas razões, e apenas por estas duas razões, que tomei a decisão de propor à Comissão Política Nacional do Partido Socialista a abstenção na votação do orçamento do estado para 2025”, disse o líder socialista.
Pedro Nuno Santos assegurou que o PS parte para a discussão na especialidade com “liberdade”, mas voltou a garantir que o PS não contribuirá para alterar o saldo orçamental previsto no documento.
Uma lição Pedro Nuno parece ter aprendido: em declarações aos jornalistas afirmou que não se irá pronunciar sobre o Orçamento do ano que vem até ele dar entrada no Parlamento, pressupondo-se que está fora de questão uma negociação nos termos em que aconteceu este ano.
Agora, Pedro Nuno Santos prepara-se para virar a página e quer o partido concertado nos Estados Gerais. Resta saber como vai conduzir a oposição depois de uma abstenção violenta que foi de má memória para o PS no tempo de António José Seguro.
Numa época tão polarizada como a que vivemos, a chamada 9ª arte pode ser um remédio democrático capaz de aliviar as tensões sociais? A questão daria pano para muitas pranchas de banda desenhada, mas Cristina Valente, diretora da Amadora BD, responde à VISÃO com a síntese de um bom cartoon: “Este é um festival inclusivo, que é de todos para todos.”
De regresso ao Parque da Liberdade, com extensões à Galeria Municipal Artur Bual, Casa Roque Gameiro, e Bedeteca da Amadora, a 35ª edição do Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora 2024 assenta papéis até 27 de outubro. O tema deste ano? Humanidade. E os ‘bonecos’, diga-se, sabem tudo sobre este assunto.
Contemple-se, por exemplo, um dos mais famosos desenhos do argentino Quino (1932-2020) dedicados à menina contestatária de franja e dedo em riste: Mafalda, sentada numa cadeira e de semblante preocupado, tira a temperatura ao planeta Terra, doente e cheio de ligaduras… E Mafalda, uma inconformista de 60 anos, a exposição comissariada por Maria José Pereira, é um dos destaques da programação deste ano e vai falar a várias gerações de leitores que conhecem as manias (detesta sopa, gosta dos Beatles, faz perguntas incómodas aos pais, tem uma tartaruga chamada Burocracia…) e idealismos (faz discursos aos povos do mundo, acha que “política” é um palavrão, é amiga de uma pequena Liberdade…) desta personagem, publicada pela primeira vez no semanário argentino Primera Plana, a 29 de setembro de 1964, antes de ganhar fama mundial.
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Missão social, questões fracturantes, inclusão, liberdade, colonialismo, racismo estrutural, emigração, memória, acessibilidade, são questões que atravessam as 15 exposições patentes neste Amadora BD – e esta atenção ao mundo, sublinha Catarina Valente, não é uma novidade no percurso longo do festival: “A programação do Amadora BD esteve sempre consciente da missão social que tem junto dos seus públicos muito diversificados. É também, recorde-se, uma iniciativa organizada por uma câmara municipal, havendo uma constante preocupação com a democratização da cultura, e havendo uma relação direta com a comunidade. Nomeadamente, o festival promove concursos de banda desenhada abertos aos vários públicos. E promove os prémios mais antigos da banda desenhada nacional [os vencedores desta edição serão conhecidos já no próximo domingo]”.
Foto: Carlos M. Almeida/LUSA
A diretora do Amadora BD destaca também a atenção à inclusividade em 2024, havendo um novo plano de acessibilidade aos espaços no festival, comunicação mais acessível (nomeadamente através das folhas de sala multiformato), ou a apresentação da chamada “primeira exposição sensorial inclusiva”, dedicada ao superherói Daredevil, que explora os sentidos da audição e do tato. O personagem cego, criado há 60 anos pelos norte-americanos Alex Maleev e Joe Rubinstein – desenhadores que também marcarão presença na Amadora – e conhecido como Demolidor pelos leitores portugueses, advogado que se transforma em justiceiro nocturno nas ruas de Hell’s Kitchen, em Nova Iorque, é, sublinha, o único personagem com uma deficiência no universo autoral da Marvel.
Agenda cheia
Mas a 35 ª edição do Amadora BD vai mais além: os 50 anos do 25 de Abril não foram esquecidos, e são evocados, especialmente nas exposições 25 Mulheres de Raquel Costa (Bedeteca da Amadora), que ficciona histórias femininas no Portugal pós-revolucionário dos anos 1970; Assim Vai o Mundo, Cristina!, da ilustradora Cristina Sampaio que vai buscar a influência de Mafalda para o título de cartoons que esmiuçam o mundo; ou O Plural de Abril em Nuno Saraiva (Galeria Municipal Artur Bual), uma mostra de ilustrações editoriais, posters, cartazes, cartoons e bandas desenhadas de um autor militante e sempre atento à política nacional.
Sintonizado com as preocupações atuais, o brasileiro Marcelo D’Salete (nascido em 1979) apresenta em Quilombo, herança e resistências, uma série de trabalhos em que explora os temas do racismo, colonialismo e exclusão, patentes em livros seus como De Noite Luz (2008) ou Mukanda Tiodora (2023) que tem edição portuguesa anunciada para breve.
Foto: Carlos M. Almeida/LUSA
Por sua vez, o franco-canadiano Mikael marca presença no Amadora BD com Trilogia de Nova Iorque, uma panorâmica sobre a vida dos imigrantes – perspetiva acutilante se se pensar nas eleições americanas de novembro. Outra emigração, a portuguesa em terras de França, explora-se na exposição Edgar de Mathieu Sapin, narrativa da epopeia anónima do sogro do desenhador.
Também o francês Christian Lax faz uma digressão pelas sociedades marcadas pelo obscurantismo, traçando um retrato duro do século entre os alpes, os EUA e o Afeganistão, na exposição Universidade das Cabras.
Fértil em datas redondas, o Amadora BD tem este ano a exposição 25 anos de Naruto: O Caminho do Ninja, dedicada à criação de Masashi Kishimoto, lançada em formato manga em 1999 e adaptada a anime em 2002 – um fenómeno de popularidade.
Foto: Carlos M. Almeida/LUSA
Entre outras exposição, ainda a destacar duas descobertas na 35 ª edição do festival: Elevada Nota Artística – 80 anos de cartoons n’A Bola, exposição que desencanta tiras humorísticas, cartoons e bandas desenhadas originais dos anos 1950 a 1980, publicadas no jornal e agora apresentadas pela primeira vez ao grande público; ou (Re)conhecer Guida Ottolini (1915-1992): Uma ilustradora da ‘tribo dos pincéis’, comissariada por Sandra Leandro, que revela obra da artista, terceira geração da família Roque Gameiro, que fez banda desenhada e foi ilustradora em publicações como Eva, Portugal Feminino, Tic-Tac….
Das paredes para as mesas: nesta 35ª edição do Amadora BD estarão presentes mais de uma dezena de autores de banda desenhada, muitos destes a lançarem as edições portuguesas das obras. É o caso da holandesa Aimée de Jongh, que apresenta a sua adaptação para BD do clássico O Deus das Moscas, de Wiliam Goulding; da sul-coreana Keum Suk Gendry-Kim que traz o livro Grass [Erva]; e de Mathieu Sapin, Marcelo D’Salete, Christian Lax, Mikael, Alex Maleey e Joe Rubinstein. Desenhos e vozes do mundo, sobre o mundo.
35º Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora – Amadora BD > Parque da Liberdade (Antigo Ski Skate Amadora Park), Galeria Municipal Artur Bual, Bedeteca da Amadora e Casa Roque Gameiro > até 27 out, seg-qui 10h-20h, sex, sáb-dom 10h-21h > €6, €2 (12-18 anos, estudantes e maiores de 65 anos), grátis até 12 anos
“O assassino em massa Yahya Sinouar, responsável pelo massacre e atrocidades de 7 de outubro, foi eliminado pelos soldados [das forças israelitas]”, anunciou esta quinta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros, Israel Katz, numa declaração à imprensa.
Antes desta confirmação, circularam informações que davam conta daa elevada probabilidade de um dos mortos resultantes de uma operação de rotina do exército israelita, na quarta-feira na Faixa de Gaza, ser Yahya Sinouar, embora ainda sujeito a testes ADN.
O alto dirigente do Hamas tinha ascendido à liderança do grupo palestiniano após a morte de Ismail Haniyeh, num ataque israelita em Teerão no final de julho.
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As nossas memórias costumam ser seletivas. As da mulher que passou metade da vida a posar para as câmaras conseguem ser muito mais. Melania, título da autobiografia da eslovena nascida há 54 anos em Novo Mesto (então parte da Jugoslávia), foi para as livrarias a 8 de outubro, mas a autora, nas semanas anteriores, recorreu às redes sociais para promover a obra e criar enormes expectativas.
Em primeiro lugar, por vir dizer aos seus 7,4 milhões de seguidores que era a favor da interrupção voluntária da gravidez, ao arrepio do que defende o marido, o Partido Republicano e o Supremo Tribunal (que concedeu aos estados o direito de legislar como lhes apraz, acabando com uma prerrogativa que vigorou entre 1972 e 2022): “É imperativo garantir que as mulheres tenham autonomia para decidir se querem ter filhos, com base nas suas convicções, livres de qualquer intervenção ou pressão por parte do Governo.”
Diva Uma das produções fotográficas de que Melania mais se orgulha decorreu, em 2000, no avião de Trump
Será esta declaração um subversivo apelo às eleitoras conservadoras para votarem em Kamala Harris e não em Donald Trump, nas presidenciais de 5 de novembro? O que parece uma “declaração bombástica”, como a definiu o diário britânico The Guardian, converteu-se num mero rodapé no livro de 182 páginas, que Alexandra Jacobs, do New York Times, descreve como “menos confessional do que um curriculum vitae, notável por tudo o que deixa de fora”. Um exercício narcísico-literário em que, como sublinhou Monica Hesse no Washington Post, ficamos todos a saber que o casal Trump “está muito bem um para o outro”: “Nunca tive qualquer dúvida sobre as minhas capacidades e tive sempre a certeza de que seria bem-sucedida no que escolhesse”, diz a “escritora” que, aos cinco anos, já experimentava as roupas infantis criadas pela mãe, costureira e empregada fabril, e os carros que o pai, ex-mecânico e motorista, vendia no principal stand de Sevnica, uma pacata cidade do antigo império austro-húngaro.
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A DAMA DO CAVIAR
A antiga modelo que Donald Trump conheceu, em 1998, no Kit Kat Club, em Nova Iorque ‒ após trabalhar e desfilar em Roma, Turim e Paris ‒, tem múltiplos talentos e grande confiança em tudo o que faz. “Já desenvolvemos muitos produtos: o Fluid Day Serum, o Luxe Night com vitaminas A e E, um bálsamo de limpeza, um creme esfoliante; todos com preços que vão dos 50 aos 150 dólares. Nas minhas reuniões com químicos, descobri as propriedades rejuvenescedoras do caviar.”
A segunda primeira-dama na história dos EUA a nascer no estrangeiro ‒ antes dela, só Louisa Adams, no século XIX, natural de Londres e mulher do 6º Presidente (John Quincy Adams) ‒ usa e abusa de alguns adjetivos para se referir aos cosméticos, às joias e aos adereços de Natal que comercializa no seu site ou em canais de telecompras: “Lindos”, “fantásticos”, “perfeitos”. Melania admite ter uma conceção mercantilista e iconoclasta do cargo que ocupou entre 2017 e 2021.
Concorrência literária
Livros de Melania Trump e Bob Woodward têm publicação quase simultânea
Se o objetivo da antiga primeira-dama dos EUA era ser autora de um best-seller, enganou-se e teve um péssimo sentido de oportunidade. Na mesma semana em que o seu livro foi colocado à venda, o New York Times, a CNN e a Foreign Policy começaram a divulgar extratos da mais recente obra de Bob Woodward. O jornalista que deu a conhecer o escândalo Watergate (com Carl Bernstein) já recebeu muitos mais prémios do que as investigações e biografias presidenciais (12 no total, três delas sobre George W. Bush e outras tantas sobre Trump) que assinou no último meio século. Melania, cujas críticas não têm sido meigas, dificilmente poderia competir com War (Guerra), em que o velho repórter (81 anos) retrata com detalhe as crises diplomáticas da Administração de Joe Biden (da humilhante retirada do Afeganistão à escalada nuclear com a Rússia devido à invasão da Ucrânia). Mas não só. Woodward revela também que Donald Trump, após sair da Casa Branca, em janeiro de 2021, terá falado “umas sete vezes com Vladimir Putin” e que, no início da pandemia, no ano anterior, enviou para Moscovo kits anti-Covid-19 para satisfazer o Presidente russo. Steven Cheung, o diretor de comunicação de Trump, acusa Woodward de ter “inventado tudo” e de sofrer de um “demencial síndrome de desequilíbrio trumpiano”. Compreende-se. Além das comprometedoras histórias de bastidores, que podem violar a legislação federal (como a Logan Act), o veterano jornalista diz que o marido de Melania “não tem perfil para liderar os EUA”.
A generalidade da crítica alega que esta biografia faz um “branqueamento total” da presidência Trump. Ignora os problemas de Donald com a justiça ‒ claro que, em 18 capítulos, nem uma linha sobre denúncias sexuais, o caso Stormy Daniels ou a indemnização que ele teve de pagar à escritora Elizabeth Jean Carroll. Justifica o assalto ao Capitólio, a 6 de janeiro de 2021, como uma consequência direta da conspiração que permitiu a vitória de Joe Biden: “Até hoje, os americanos ainda têm dúvidas sobre o que aconteceu nas eleições. Não sou a única a questionar os resultados.” A pandemia, o movimento #MeToo e o racismo não merecem destaque e as polémicas migratórias que a terão levado a usar um casaco com a expressão “I really don’t care, do u?” eram culpa do “negativismo” e das “narrativas distorcidas” dos órgãos de comunicação social. Neste último assunto, ela faz questão, uma vez mais, de sublinhar a postura magnânima do casal. “O Governo não deveria afastar as crianças das suas famílias (…). Isto tem de acabar”, terá dito ao marido, que anuiu e assinou um decreto executivo a suspender a detenção dos menores não acompanhados que entraram clandestinamente em território norte-americano.
De acordo com a antiga manequim, a imprensa e as televisões são injustas e implacáveis com o clã Trump. É inadmissível que tenham reproduzido a tese da comediante Rosie O’Donnel ‒ sobre o alegado autismo de Barron Trump, único filho de Melania e Donald ‒, motivo pelo qual, no final do mandato, proclamou a luta contra o ciberassédio, uma das suas prioridades e também, escreve no livro, por “vivermos tempos muito perigosos no que ao jornalismo diz respeito”.
AMANTE DO DINHEIRO
Para Stephanie Winston Wolkoff, antiga conselheira da ex-primeira-dama, o lançamento desta autobiografia tem um objetivo claro: ”[Melania quer] Capitalizar os momentos que lhe restam antes do escrutínio de novembro. Ela deixará de ter valor se deixar de ser uma potencial First Lady”. Ora Donald Trump, caso perca para Kamala Harris, já admitiu que, em 2028, rejeita uma nova candidatura à presidência. No depoimento que prestou à Associated Press, Wolkoff dá a entender que tudo se resume a dinheiro. Apesar da campanha eleitoral já ir longa, Melania só em duas ocasiões marcou presença. Em abril, cobrou 237 mil euros num encontro de apoiantes republicanos e, em julho, aceitou ir à convenção do partido do elefante, em Milwaukee, no Wisconsin (um dos sete estados que pode decidir quem será o próximo inquilino da Casa Branca), mas recusou discursar e repetir a triste figura de 2016 (quando plagiou Michelle Obama). Desde então, o seu tempo é dedicado a produzir conteúdos que promovam o livro, descartando ainda uma entrevista à CNN pelo facto do canal não estar disposto a pagar-lhe 250 mil euros.
Com o livro de Melania, escreveu Monica Hesse no Washington Post, ficamos todos a saber que o casal Trump “está muito bem um para o outro”
Afinal de contas estamos perante alguém que alega saber o que custa a vida e que renegociou o seu contrato de casamento, após a vitória de Donald Trump sobre Hillary Clinton. Ela não admite tê-lo feito, mas, em contrapartida, relata a conversa que teve com o marido, na madrugada de 9 de novembro de 2016, antes de cada um rumar ao respetivo quarto, no triplex da Trump Tower, em Manhattan: “Parabéns!, disse eu. ‘Que grande feito. Todas aquelas outras pessoas… e tu ganhaste. És o Presidente dos Estados Unidos.’ E tu és a primeira-dama’, respondeu ele. ‘Boa sorte!’ Observei-o, por momentos, fiquei hesitante sobre o que dissera. Boa sorte? Percebi que ele não estava preocupado, estava orgulhoso e confiante de que eu saberia lidar com o futuro. (…) O Donald sempre manifestou uma grande confiança em mim ‒ como mulher, como mãe, como confidente, como conselheira.”
A terceira mulher do homem que “mija água gelada” ‒ a expressão é de Roy Cohn, amigo e advogado de Donald Trump, após ter sido um dos colaboradores do senador Joseph McCarthy na caça às bruxas (comunistas), nos anos 50 ‒ sabe muito bem tratar de si. Mal conheceu o mulherengo empresário nova-iorquino, Melania conseguiu ser capa de tudo quanto era revista ‒ quase sempre em biquíni ou a fazer de Bond girl. Numa entrevista à Tatler admitiu que as “mulheres nunca são demasiado ricas, nem demasiado magras”, orgulhando-se de ter feito um belo casamento e do marido dizer que ela era uma “jovem Sofia Loren”. Na passada semana, na New Yorker, Naomi Fry condensou o conto de fadas numa simples expressão: “Pobre Melania!”
As rivais da ex-primeira-dama
As mulheres que mais influenciam – ou influenciaram – Donald Trump
Foto: EPA/SEBASTIEN NOGIER
Ivana A primeira A antiga modelo checoslovaca casou com o empresário nova-iorquino em 1977 e tiveram três filhos: Donald Jr., Ivanka e Eric. Partilharam futilidades, misérias e sucessos mediáticos, antes e depois de se separarem em 1990. Faleceu na sequência de uma queda no seu apartamento, em Manhattan, há dois anos, e foi sepultada no mausoléu do campo de golfe do magnata, em Nova Jérsia – por razões fiscais, claro.
Foto: EPA/JIM LO SCALZO
Lara A desinformadora A nora preferida do ex-Presidente, casada com Eric Trump, é uma especialista em comunicação e redes sociais, razão pela qual chegou a ser nomeada porta-voz da campanha de reeleição, em 2020, e se tornou dirigente de topo do Partido Republicano, em março. Antiga professora de ginástica e produtora de TV, já se especula que pode vir a ser nomeada para um alto cargo numa futura administração Trump.
Foto: EPA/MIKE NELSON
Stormy A stripper A vedeta de cinema para adultos manteve um caso com Donald Trump, em 2006, quando Melania estava grávida de Barron Trump. Os problemas entre Stephanie Gregory (o seu nome verdadeiro) e o ex-Presidente começaram quando ele entrou na corrida para a Casa Branca e quis depois comprar o silêncio da atriz por 130 mil dólares. Em maio, a justiça deu como provado que Trump cometeu 34 crimes para abafar o affair.
Foto: EPA/STRINGER
Ivanka A preferida A filha mais velha de Donald Trump sempre teve uma relação privilegiada com o progenitor. Além dos cargos executivos e de topo que ocupou na holding familiar, foi logo nomeada conselheira estratégica do 45º Presidente e também diretora do departamento de Iniciativas Económicas e Empreendedorismo da Casa Branca. O seu marido Jared Kushner foi também assessor e o mentor de vários acordos com Israel e as monarquias do Golfo.
Tiffany A mal-amada A filha de Donald Trump e Marla Maples, tímida e discreta, tem vindo a ganhar protagonismo mediático. Esteve sempre ao lado do pai desde o primeiro mandato, mas nunca lhe foi dado qualquer reconhecimento ou cargo, como sucedeu com Ivanka. Agora, a sua gravidez – é casada com um milionário nigeriano-libanês – torna-se um assunto eleitoral para o candidato presidencial, interessado em conquistar mais eleitores afro-americanos e de origem árabe.
Foto: EPA/PHIL MCCARTEN
Marla A vingadora Modelo, atriz e apresentadora de programas de rádio e TV, Marla Maples começou a namorar com Trump na segunda metade dos anos 80. Casaram em dezembro de 1993, dois meses depois do nascimento de Tiffany, a filha de ambos. As polémicas e as traições – para se vingar, entre outros episódios, ela envolveu-se com um segurança – ditaram o divórcio no final do século XX.
Laura A conspiracionista Assume-se como “jornalista de investigação”, tem 31 anos e perdeu uma dúzia de quilos para melhorar a imagem em nome do homem ao qual promete “dedicar a vida”, como afirmou ao Washington Post. Trump diz que a influenciadora Laura Loomer é um “espírito livre” e permite que ela o acompanhe no seu avião e seja presença assídua nos comícios e em Mar-a-Lago. As más-línguas dizem que o ex-Presidente encontrou a sua “alma-gémea”, a mulher que inventou que os imigrantes andam a comer gatos e cães, no Ohio, e que a Casa Branca “vai cheirar a caril” se Kamala Harris vencer a 5 de novembro.
Foto: EPA/Chip Somodevilla / POOL
Kimberley A estratega Filha de uma porto-riquenha e de um irlandês, esta antiga jurista, procuradora, modelo e vedeta da Fox News é a atual companheira de Donald Jr. – o seu primeiro casamento foi com o democrata Gavin Newsom, o governador da Califórnia. Peça incontornável na estratégia política do sogro, em particular na angariação de fundos.
O Tribunal Constitucional (TC) impugnou a eleição dos órgãos nacionais do Chega, na V Convenção do partido. A decisão põe em causa a legalidade da presidência de André Ventura.
A informação foi avançada, esta quinta-feira, pela SIC Notícias, que teve acesso ao acórdão da decisão dos juízes do Palácio Ratton (assinada por quatro juízes conselheiros, com um voto contra). De acordo com a notícia, o TC decidiu invalidar a eleição dos órgãos nacionais do partido “por violação das regras estatuárias”.
No acórdão de 10 de outubro, o TC dá razão à militante Fernanda Marques Lopes, ao “julgar procedente” a ação de impugnação e, em consequência, declarando “inválida a eleição dos órgãos nacionais na V Convenção Nacional do partido Chega, ocorrida nos dias 27, 28 e 29 de janeiro de 2023”.
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Este é mais um capítulo da novela entre Constitucional e Chega – e o quarto chumbo do TC ao partido. O primeiro surgiu em 2021, quando os juízes consideraram nulas as alterações dos estatutos no Congresso de Évora, realizado em 2020, uma vez que esse ponto não constava da ordem dos trabalhos da reunião; o segundo chumbo ocorreu na Convenção de Viseu, que teve lugar em 2021, após o TC ter considerado uma significativa concentração de poderes do líder do partido; o terceiro remontava a julho de 2023, depois de o tribunal ter declarado inválida a convocatória para a Convenção de Santarém.
André Ventura vai reagir a esta decisão com uma declaração a partir das 16h30 desta quinta-feira. Antes, o presidente do Chega já tinha afirmado que o partido é alvo de “perseguição política” do TC. ““Nunca vi um partido cujas convenções fossem todas invalidadas (…) Estamos perante a maior perseguição a um partido político desde o 25 de Abril“, chegou a dizer. O presidente do Chega admitiu mesmo a possibilidade de levar o caso ao Tribunal de Justiça da União Europeia, por considerar existir a tentativa de uma “ilegalização [do partido] na secretaria”.
Nos últimos anos, a inteligência artificial (IA) tem sido uma constante em discussões sobre inovação e o futuro do trabalho. No entanto, existe uma perceção errada sobre o seu impacto e é muitas vezes pintada como uma ameaça que roubará empregos e tornará a vida humana irrelevante. Esta visão apocalíptica, embora comum, é, para já, equivocada. Na verdade, a IA não é uma ameaça à vida moderna, mas sim uma ferramenta poderosa que, se bem utilizada, pode melhorar significativamente o quotidiano das pessoas e criar novas oportunidades em diversos setores. Ignorar ou temer a IA é o verdadeiro risco.
É comum ouvir em várias faixas etárias e até profissionais, comentários como: “não uso, já experimentei o ChatGTP [em regra não se acerta no nome] e aquilo não deu grande resultado” ou “Uso o ChatGPT para escrever e-mails e pouco mais” ou ainda “É melhor não saber, senão ainda sou substituído”. Estes comportamentos são mais usuais do que se possa pensar. São os novos resistentes, como foram os nossos pais em relação aos telemóveis e hoje já quase todos fazem videochamadas e usam apps.
Mas nesta tecnologia há um grande diferencial em relação a tudo o resto que se chama: RAPIDEZ. Estima-se que se estejam a realizar 10.000 plataformas por dia alicerçadas em IA. Estar atualizado sobre o que está a sair à data de hoje para o mercado é praticamente impossível. Acontece que uma dessas aplicações pode fazer literalmente a diferença na nossa forma de trabalhar e estar à frente da concorrência. Acompanhar todas as novidades é um dos segredos para tirar partido desta revolução.
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E sim, há mais vida para além do ChatGPT, basta pesquisar sobre a área que quiser e vai encontrar uma ferramenta que vai de encontro à sua necessidade. E se não a encontrou provavelmente amanhã já a vai descobrir.
Antes de falarmos sobre os benefícios futuros da IA, é importante entender que ela já faz parte do nosso quotidiano. Quando se usa o Google Maps para fugir ao trânsito, a IA está a otimizar a sua rota. Quando consulta a Siri ou a Alexa para obter informações, está a utilizar assistentes virtuais baseados em IA. Plataformas de streaming, como a Netflix ou Spotify, também usam IA para recomendar conteúdos baseados nas suas preferências. Até os bancos já adotaram o uso de algoritmos para detetar fraudes em tempo real. Esses exemplos mostram que a IA não é uma tecnologia distante — ela já está profundamente integrada no nosso dia a dia, ainda que muitas vezes de forma invisível.
A IA está a tornar-se uma ferramenta indispensável para simplificar tarefas rotineiras e economizar o seu tempo. Ferramentas de automação, como o Google Assistant, ajudam os utilizadores a gerir as suas agendas, enviar mensagens e até a fazer compras online, economizando horas, que são sempre preciosas, no seu dia a dia. Nas empresas, sistemas de IA estão a ser usados para analisar dados de maneira eficiente, otimizando processos que antes exigiam trabalho manual e muito tempo. Chatbots, por exemplo, já são capazes de resolver questões de atendimento ao cliente de forma eficiente e praticamente impercetível, reduzindo o tempo de espera e aumentando a satisfação do cliente.
Um dos pontos mais controversos sobre a IA é o seu impacto no mercado de trabalho. Sim, alguns empregos irão desaparecer. Mas o que raramente é discutido é como, ao mesmo tempo, a IA está a criar novas profissões e a reinventar funções. Por exemplo, a automação industrial, que muitos temiam, não eliminou empregos, mas sim criou uma procura crescente por técnicos em robótica, programadores e especialistas em manutenção de sistemas automatizados.
Este tipo de ferramentas potencia a atividade de cada um, não só libertando mais tempo para outras tarefas, mas também para sermos mais produtivos. E isso é algo de que ninguém vai querer abrir mão. Em vez de temer a inteligência artificial, importa potenciar a nossa inteligência natural através da primeira.
Para aqueles que ainda acreditam que a IA só destrói empregos, vale a pena olhar para o exemplo de como a internet transformou o mercado de trabalho há algumas décadas. Naquela altura, havia medo generalizado de que a automação e a tecnologia digital resultariam em desemprego em massa. No entanto, o que vimos foi o surgimento de setores inteiramente novos, como o comércio eletrónico, o desenvolvimento de software, a criação de conteúdo digital e muitas outras áreas que nem sequer existiam antes. A IA segue o mesmo caminho.
Um dos setores que mais beneficiará da IA é a saúde. Através da análise de grandes volumes de dados, algoritmos podem ajudar a diagnosticar doenças de forma mais precisa e antecipada do que os métodos tradicionais. Sistemas de IA também podem monitorizar pacientes remotamente, detetando sinais de agravamento das condições de saúde e gerar alertas para o médico, antes que o problema se agrave. Isso permite uma abordagem mais pro-ativa, em vez de reativa, à saúde.
Se pensarmos em desigualdades entre nações, vejo na IA uma oportunidade para diminuir essas assimetrias, já que esta tecnologia vai permitir, que de uma forma mais fácil e sem tantos investimentos, se consigam alcançar objetivos que até agora eram inatingíveis para países com fraco desenvolvimento. A formação atempada e a vontade política para acelerar processos será por isso determinante.
O importante é perceber que a IA não é uma tendência passageira. É uma realidade que já está a transformar o mundo em que vivemos e continuará a moldar o futuro. O medo do desconhecido é compreensível, mas ignorar os benefícios potenciais da IA é negligente. Ela pode libertar-nos de tarefas repetitivas, melhorar a nossa saúde, educação, e criar novas oportunidades de emprego. O maior risco que enfrentamos hoje não é a IA, mas a resistência que podemos ter a ela e acharmos que não é suficientemente rápida para ultrapassar quem a ignora.
Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.
A Wiimer anunciou esta semana o lançamento de uma nova iniciativa de responsabilidade social corporativa, chamada Dots of Change. A iniciativa tem como objetivo apoiar Entidades da Economia Social e Organizações Não Governamentais (ONG) voltadas para a proteção ambiental que muitas vezes enfrentam dificuldades em aceder aos recursos e conhecimentos necessários para explorar o potencial dos dados e da Inteligência Artificial.
As organizações interessadas são convidadas a submeter projetos que abordem desafios operacionais ou estratégicos da sua atividade. Os projetos selecionados serão implementados pela equipa da Wiimer de forma pro bono. As áreas de atuação podem incluir, entre outras, a automatização de processos, previsão de tendências, mapeamento de impacto e apoio à tomada de decisões estratégicas.
“Com o Dots of Change, a Wiimer coloca ao serviço destas organizações aquilo que melhor sabe fazer”, afirma Francisca Almeida, Diretora Corporativa da Wiimer, em comunicado de imprensa. “Escolhemos deliberadamente uma iniciativa que reflete a nossa atividade principal aplicando a nossa experiência em inteligência artificial e ciência de dados para ajudar organizações a maximizar o seu impacto social e ambiental”.
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“Conhecemos bem o potencial transformador dos dados e queremos que o Dots of Change seja uma força motriz de mudança positiva, alinhada com os nossos valores”, conclui Francisca Almeida. As candidaturas serão avaliadas por um júri presidido por Conceição Zagalo, ex-executiva da IBM e fundadora do GRACE – Empresas Responsáveis.
As candidaturas para o Dots of Change já estão abertas e podem ser submetidas através do site da Wiimer até 20 de novembro.
A primeira vez que o encontrei terá sido logo após a pandemia, em Barcelona, quando a Friedrich Naumman Foundation me convidou para fazer uma palestra sobre as mulheres na diáspora.
O tema genérico era a forma como os países do Sul encaravam e tratavam a vaga migratória que crescia a cada dia que passava.
O projeto evoluiu e outros momentos foram acontecendo tendo por base sempre uma temática que nos ligava duma forma muito especial dentro do grupo de peritos: os menores que chegavam não acompanhados à Europa e o seu destino, trabalho que nos levou ao seu país natal, Líbano.
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Parece ter sido ontem mesmo e já lá vai mais dum ano…
Ibrahim é (até não ter certezas será no presente que o irei mencionar) um cientista social. Daqueles a sério, dos que vão ao terreno, dos que falam com as pessoas, dos que não aceitam ser asséticos, dos que tocam nas pessoas e lhes sorriem, dos que são objetivos q.b., para serem cientistas e empáticos o suficiente para não deixarem de ser totalmente humanos.
Os seus trabalhos, quer em torno das sondagens políticas quer no que à questão da migração dizem respeito, são variados e profundamente fundamentados com números, estatísticas, metodologias, estudos de casos… tudo o que se pede a um académico. Mas por entre a secura dos números vazia que brotasse sempre uma flor para ninguém se esquecesse que se tratava de seres humanos.
Como diz o povo, ao pé dele ninguém consegue estar triste. Ama a vida e não o esconde. Com uma história sempre na ponta da língua (e se tem e sabe histórias e História) anima qualquer reunião formal ou qualquer encontro informal.
Foi ele que me alertou para situação da fronteira síria onde estariam a ser formados meninos soldados à base de kaptagon, a droga sintética fabricada em pequenas aldeias fronteiriças e que confere uma força sobre-humana e uma desinibição animalesca.
A sua voz não era a mesma. Tinha um trago amargo, um vazio emocional que não era dele. Afiançou-me que estava bem e agradeceu-me e à minha família pelo cuidado e preocupação. Pediu-me que não esquecêssemos o Líbano
“ – Acredita, não precisamos de exércitos de máquinas. Já estão a ser criados exércitos de monstros”, dizia-me.
E estabelecíamos estratégias, fazíamos planos, discutíamos coomo terminar com este horror humano.
Falámos horas sobre o que será destas crianças nascidas e criadas em campos de refugiados, no meio da lei do mais forte.
Falámos e agora este silêncio….
E nem de propósito eis que o telemóvel apita com uma mensagem.
Depois de três dias, um novo assessment sobre o Líbano assinado por Ibrahim Jouharim.
Não consigo descrever o alívio e a alegria de ver aqueles gráficos, aquela análise… O meu amigo estava vivo e foi como se de repente a guerra tivesse acabado.
As novas tecnologias permitiram que o ouvisse e a dor voltou.
A sua voz não era a mesma. Tinha um trago amargo, um vazio emocional que não era dele. Afiançou-me que estava bem e agradeceu-me e à minha família pelo cuidado e preocupação. Pediu-me que não esquecêssemos o Líbano, o belo Líbano.
Como se pudéssemos…
E despedimo-nos com um desanimo. Mútuo.
O sangue derramado naqueles dias de silêncio tinham tido, certamente, um nome para ele. E, quando tal acontece, a guerra torna-se bem mais real.
Yallah a todos os que sofrem uma guerra que tem nomes gravados na dor,
Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.
A Sonos apresentou a Arc Ultra, uma soundbar premium que se destaca pela inclusão da tecnologia de transdutores Sound Motion. De acordo com a marca, a soundbar promete melhorar a experiência sonora em casa, proporcionando graves intensos e uma experiência envolvente de áudio espacial 9.1.4. Além da nova barra de som, a Sonos apresentou também o Sub 4, um subwoofer que conta com um design renovado e componentes melhorados.
O formato curvo é desenvolvido para televisores de grandes dimensões
Em comunicado, a Sonos detalha que a Arc Ultra é uma reimaginação da sua soundbar mais vendida, agora com um design “elegante e mais sofisticado”. A barra de som está equipada com 14 drivers, incluindo um woofer Sound Motion e tweeters com guias de onda, para um palco sonoro mais imersivo. A nova tecnologia permite também a redução do tamanho dos transdutores, proporcionando graves mais profundos e uma experiência de som superior, afirma a Sonos.
Experiência Cinemática
Para uma experiência sonora “digna de estúdio”, a marca apostou em colaborações com produtores de cinema, otimizando a Arc Ultra para conteúdos Dolby Atmos. A nova arquitetura de canal central foi concebida para maximizar a clareza vocal, permitindo que os utilizadores escolham o nível de clareza de diálogo desejado através da aplicação Sonos. Em termos de conectividade, o modelo tem suporte a Bluetooth, HDMI, ARC, Apple AirPlay 2, e WiFi 6. Existe ainda um painel tátil incorporado para diversos comandos, sendo que também é possível o controlo por voz através da assistente Alexa da Amazon.
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A soundbar disponibiliza diversas possibilidades de conectividade
Ao todo, a soundbar pesa 5,9 kg e estará disponível nas cores preto e branco. Com um design curvo, a Arc Ultra foi desenvolvida para complementar televisões de grandes dimensões e está equipada com uma grelha que permite que o som se propague em todas as direções. A pensar na sustentabilidade, a Sonos destaca o uso de materiais recicláveis, assim como a redução do consumo de energia em inatividade em até 20%.
O novo subwoofer Sub 4
O Sub 4, por sua vez, chega com woofers duplos personalizados para graves mais profundos e dinâmicos. Com um design escultural, o Sub 4 pode ser colocado em diferentes orientações, adaptando-se a qualquer espaço, afirma a marca.
Segundo a Sonos, os woofers duplos personalizados permitem sentir “cada batida de forma intensa”. Já o seu design interno, virado para dentro, cria um efeito de cancelamento de força que ajuda a minimizar a distorção.
O Sub 4 permite a utilização de dois dispositivos em simultâneo
O Sub 4 destaca-se ainda pela maior capacidade de processamento e memória, além de novos rádios WiFi que melhoram a conectividade e de uma redução de quase 50% no consumo de energia em inatividade.
Para uma experiência de cinema em casa mais imersiva, o Sub 4 pode ser emparelhado com a Arc Ultra, a Arc ou a Beam, sendo também compatível com as versões anteriores do subwoofer, o que possibilita a utilização de dois dispositivos para um som ainda mais impactante.
Além da Arc Ultra e do Sub 4, a Sonos anunciou melhorias na sua aplicação com vista a uma experiência otimizada. A marca afirma que as atualizações incluem a reintrodução de 90% das funcionalidades em falta, melhorando a configuração e o controlo de dispositivos Sonos.
A Sonos Arc Ultra e o Sub 4 estarão disponíveis a partir de 29 de outubro de 2024, com preços de 999 euros e 899 euros, respetivamente.
Da terapia aos thrillers psicológicos, das aventuras de espionagem às comédias do quotidiano, não faltam produções originais. Os melhores best-sellers adaptados, a descoberta de novos mundos no Espaço e na Terra – só bons argumentos para ver estas 25 séries em estreia até ao final do ano.
OUTUBRO
1. Disclaimer Apple TV+
A expectativa está muito alta para a minissérie escrita e realizada por Alfonso Cuarón (Roma, Gravidade), a partir da adaptação do livro Disclaimer, de Renée Knight, escrito em 2015. Trata-se de um thriller psicológico, com Cate Blanchett no papel da jornalista Catherine Ravenscroft que se vê confrontada com o pior de si ao receber, de forma anónima, um romance que expõe os seus segredos. A voz de Indira Varma faz a narração e ao elenco juntam-se Sacha Baron Cohen, Kevin Kline, entre outros. 7 episódios, um novo à sexta
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2. Citadel: Diana Prime Video
Esta aventura de espionagem, escrita e falada em italiano, passa-se em Milão no ano 2030, quando a Citadel, agência de espionagem mundial independente, foi destruída pelo sindicato inimigo Manticore, onde está infiltrada a agente secreta Diana Cavalieri (Matilda De Angelis). 6 episódios
3. The Confidante Max
Na primeira série original francesa para a Max recua-se no tempo até 13 de novembro de 2015, dia dos ataques terroristas em Paris, no Bataclan e junto ao Stade de France, que fizeram 130 mortos. Laure Calamy protagoniza a minissérie, escrita a partir do livro O Mitomaníaco do Bataclan (2021), de Alexandre Kauffmann, e realizada por Just Philippot. Ela é Christelle “Chris” Blandin, uma roqueira que alega ter presenciado o ataque, diz ter o seu melhor amigo entre os feridos e acaba por se juntar a um grupo de sobreviventes. Mas será verdade tudo o que conta? 4 episódios, um novo à sexta
4. Shrinking Apple TV+
Novos episódios desta série de comédia que pôs o público a pensar e a rir-se da sua saúde mental através dos dilemas pessoais dos terapeutas e dos seus pacientes. Com Harrison Ford e Jason Segel (autor do argumento) nos principais papéis, a segunda temporada começa depois de um paciente de Jimmy ter seguido, literalmente, o seu conselho e ter empurrando o seu parceiro de um penhasco. 12 episódios, um novo à quarta
5. Irreversível RTP1 e RTP Play
Um investigação criminal dá o mote à série policial protagonizada por Margarida Vila-Nova, no papel de uma psicóloga atormentada, e Rafael Morais, um inspetor confiante. Segredos e mistérios sobre o homicídio brutal de uma rapariga numa cidade costeira (filmado na Figueira da Foz) não faltarão nesta realização de Bruno Gascon, que quis abordar temas como saúde mental, adoções ilegais, bullying, homofobia e maternidade. Com Laura Dutra, Helena Caldeira, Pedro Laginha, Ana Cristina Oliveira, Soraia Chaves, entre outros. 6 episódios, um novo à segunda, 21h
6. Os Mil Dias de Allende TVCine Edition
O percurso de Salvador Allende (Alfredo Castro), Presidente chileno derrubado pelo golpe de Estado de Augusto Pinochet (Daniel Alcaíno), conta-se nesta coprodução entre Chile, Espanha e Argentina. A realização de Nicolás Acuña percorre desde a campanha presidencial de Allende até ao dia da sua morte, em 1973. Estreia 22 out, ter 22h10. 4 episódios, um por semana
7. Before Apple TV+
Billy Crystal, 76 anos, ator que produz e protagoniza este thriller psicológico, interpreta Eli, um psiquiatra infantil, cuja vida muda no dia em que fica viúvo. O pequeno Noah (Jacobi Jupe), um menino problemático que sofre de alucinações, vai ter com ele e, ao que parece, têm uma ligação que vem do passado. Estreia 25 out. 10 episódios, dois na estreia, depois um por semana
8. Somebody Somewhere Max
Vencedora do prémio Peabody, entregue pela Associação Nacional de Emissoras, a série de comédia estreia a sua terceira e última temporada. Escrita, produzida e protagonizada por Bridget Everett, comediante e cantora, no papel de Sam de volta ao Kansas, a cidade-natal onde tenta retomar a vida quotidiana, passando por uma crise de meia-idade. Sarcasmo, algum improviso, pormenores autobiográficos e mais cantorias neste final. Estreia 28 out. 6 episódios, um por semana
9. A Diplomata Netflix
Este drama político foi uma das boas surpresas em estreia no ano passado e está de volta com novos episódios. A primeira temporada terminou com Kate Wyler (Keri Russell) a perceber que o ataque a um navio de guerra britânico foi obra do primeiro-ministro… britânico. Mas agora vai ter de o provar. Estreia 31 out. 6 episódios
NOVEMBRO
10. Lioness SkyShowtime
Segunda temporada da série de guerra e espionagem criada por Taylor Sheridan (1883, Yellowstone, 1923). A luta da CIA contra o terrorismo prossegue, ao mesmo tempo que Joe (Zoe Saldaña), Kaitlyn (Nicole Kidman) e Byron (Michael Kelly) alistam Cruz (Laysla De Oliveira), uma jovem fuzileira naval, para travarem uma nova ameaça ao programa Lioness. Morgan Freeman interpreta o papel de secretário de Estado dos EUA. Estreia 1 nov. 8 episódios, dois na estreia, depois um por semana
11. Como Água Para Chocolate Max
Desta vez, é a atriz mexicana Salma Hayek a pegar no romance homónimo de Laura Esquivel, outra mexicana, e a produzir uma nova série, depois do filme em 1992. Não confundir com Chocolate (2000), de Joanne Harris, que também deu um filme. Sensorial e sensual, lutadora e corajosa, assim é a paixão entre Pedro Múzquiz (Andrés Baida) e Tita de la Garza (Azul Guaita) que, na culinária, encontra força para resistir. A eterna história de amor entre a luta de classes, onde tantas vezes ganha o preconceito. Estreia 3 nov. 6 episódios, um por semana
12. O Velho Disney+
Finalmente, a segunda temporada da série (estreou, em setembro, nos EUA) que voltou a pôr Jeff Bridges na ribalta, no papel de um agente da CIA na reforma escondido há 30 anos. Agora, Dan Chase e o ex-diretor assistente do FBI Harold Harper (John Lithgow) vão tentar resgatar Emily Chase (Alia Shawkat), sequestrada por um poderoso líder tribal afegão. Estreia 6 nov. 8 episódios
13. Bad Sisters Apple TV+
As confusões em que as cinco irmãs Garvey (as atrizes Sharon Horgan, Anne-Marie Duff, Eva Birthistle, Sarah Greene e Eve Hewson) se metem são de levar as mãos à cabeça. Se na primeira temporada – um sucesso inesperado do streaming – trataram de matar John Paul, marido de uma e cunhado das outras, vem aí um novo mistério e segredos perigosos sobre… John Paul. Passada na Irlanda, nas zonas de praia perto de Dublin, esta comédia negra distingue-se também pela diferença de ambientes e cenários. Estreia 13 nov. 8 episódios, dois na estreia, depois um por semana
14. Silo Apple TV+
Mais ficção científica num regresso muito aguardado. Esta segunda temporada de Silo, com produção da protagonista Rebecca Ferguson, aborda as histórias das últimas dez mil pessoas na Terra, num futuro distópico, com perigos crescentes no mundo subterrâneo onde vivem. Ao elenco, com Common e Tim Robbins, junta-se, nesta segunda temporada, Steve Zahn. Estreia 15 nov. 10 episódios, um por semana
15. Cross Prime Video
Alex Cross é um detetive – personagem de alguns best-sellers de James Patterson, coleção iniciada em 2010. Psicólogo forense também, Alex Cross (Aldis Hodge) não tem a vida facilitada à medida que mais pessoas desaparecem, outras são assassinadas e alguns casos têm pontos em comum. Estreia 14 nov. 8 episódios
16. Yellowstone SkyShowtime
Com um final pendente desde 2022 (devido às greves de argumentistas nos EUA), os últimos seis episódios de Yellowstone não contarão com Kevin Costner no elenco, agora dedicado aos seus filmes Horizon: An American Saga. Qual será o desfecho dos Dutton, em conflito permanente com aqueles com quem faz fronteira? Estreia 14 nov. 6 episódios, um por semana
17. Landman SkyShowtime
Taylor Sheridan, o mesmo criador de Lioness e Yellowstone, é sem dúvida uma figura desta temporada no streaming. A nova série dramática, inspirada no podcast Boomtown (2019-2020), tem como cenário os campos petrolíferos do Oeste do Texas, onde a expansão da indústria energética está em risco. Com Billy Bob Thornton, Jon Hamm e Demi Moore na disputa pela liderança geopolítica. Estreia 20 nov. 10 episódios, dois na estreia, depois um por semana
18. Dune: Profecia Max
Contagem decrescente para Dune: Profecia, série-prequela dos dois filmes realizados por Denis Villeneuve, em 2021 e 2024, com Timothée Chalamet e Zendaya. A ação recua dez mil anos, antes do nascimento de Paul Atreides, quando a ordem matriarcal secreta Bene Gesserit foi fundada pelas irmãs Harkonnen, Valya (Emily Watson) e Tula (Olivia Williams), agora no combate às forças que ameaçam a espécie humana. Mais um projeto de ficção científica, ambientado no universo criado por Frank Herbert, a partir do livro Sisterhood of Dune (2012), de Kevin J. Anderson e Brian Herbert. Estreia 18 nov. 6 episódios
19. The Helicopter Heist Netflix
Suspense na nova série sueca baseada em factos verídicos passados nos subúrbios de Estocolmo. Em 2009, um helicóptero aterrou em cima da maior reserva monetária do país e a polícia nem um tiro disparou enquanto eram desviados milhões de euros. Uma lição de vida sobre como ganhar ou perder tudo. Estreia 22 nov. 8 episódios
20. Get Millie Black Max
A Breve História de Sete Assassinatos – livro de Marlon James inspirado na real tentativa de assassínio de Bob Marley e distinguido com vários prémios, entre eles o Booker Prize, em 2015 – dá o mote a esta minissérie, um drama policial passado na Jamaica, que só será exibida no britânico Channel 4 em 2025. Estreia 26 nov. 5 episódios
21. Senna Netflix
Há 30 anos, na pista do Grande Prémio de Fórmula 1 em San Marino, Itália, morria o piloto brasileiro Ayrton Senna, na altura com 34 anos. A minissérie, que começa em 1981, com a sua mudança para Inglaterra, culmina no acidente fatal. O ator Gabriel Leone encarna o papel do automobilista cuja vida já deu vários documentários, incluindo O Brasileiro, o Herói, o Campeão (2010) também na Netflix. Estreia 29 nov. 6 episódios
DEZEMBRO
22. Star Wars: Skeleton Crew Disney+
Jude Law é o protagonista da nova (e tão adiada) série da saga Star Wars que acompanha a mesma linha do tempo da série The Mandalorian, mais concretamente depois de O Regresso de Jedi (filme de 1983). Jon Watts e Christopher Ford, ambos ligados à saga mais recente de Homem-Aranha, assinam o argumento, que segue um grupo de três crianças e uma criatura perdidas no espaço, num lugar desconhecido. É uma aventura com um tom infantil, ideal para ver em família, mas que não abdicou da imagem e pormenores sombrios. Estreia 4 dez. 8 episódios, dois na estreia, depois um por semana
23. The Day of the Jackal SkyShowtime
Jackal (Eddie Redmayne) é um assassino solitário, com múltiplos disfarces, pormenor que dificulta a perseguição de Bianca (Lashana Lynch), agente dos serviços secretos britânicos. Uma verdadeira caça ao homem por toda a Europa traz para o presente o filme de 1973 com o mesmo nome, baseado no thriller político escrito, em 1971, por Frederick Forsyth. Estreia 6 dez. 10 episódios
24. Dexter: Original SinSkyShowtime
Ninguém nasce um assassino, mas com as influências certas há quem se torne um serial killer de excelência. É o caso de Dexter Morgan, magistral papel de Michael C. Hall durante oito temporadas, aqui apenas na voz do narrador. A série-prequela mostra a aprendizagem do jovem Dexter (Patrick Gibson), em Miami, em 1991. Com as séries e documentários do género true crime em alta, este é mais um projeto em que se tenta entrar na cabeça do criminoso e perceber a origem de tanta maldade. 13 dez (em Portugal, data a anunciar). 10 episódios
25. Squid Game Netflix
Em 2021, Squid Game fez história, tendo mais de 142 milhões de espectadores em todo o mundo, uma procura mundial 80 vezes maior do que a média das séries e vários primeiros prémios, para uma produção sul-coreana sobre um jogo mortal infligido às pessoas mais endividadas da sociedade. Pelo meio, estreou a sua versão concurso e agora retoma a segunda temporada. Três anos depois de vencer o Jogo da Lula, o jogador 456 desistiu de ir para os EUA e tem um novo objetivo em mente. Estreia 26 dez. 1 episódio, continua em 2025