Visão
A Zunder é um dos mais recentes operadores de carregamento de veículos elétricos a chegar a Portugal. Este operador, que aposta em carregamento ultrarrápido, garante que quer simplificar o processo de carregamento para os utilizadores de veículos elétricos. Entrevistámos Daniel Pérez, o CEO da Zunder, que promete a instalação, no país, de mais de uma dezena de estações com vários postos carregamento ultrarrápido.
O que diferencia a Zunder de outros operadores de carregamento?
A Zunder distingue-se pelo seu compromisso com a excelência no carregamento ultrarrápido, tecnologia, inovação e satisfação do utilizador. Somos o operador de carregamento de veículos eléctricos com melhor classificação em Espanha em 2024, com mais de 860 pontos de carregamento estrategicamente localizados, o que nos coloca na vanguarda dos operadores de estações de carregamento ultrarrápido, de acordo com inquéritos independentes. A nossa rede estende-se por toda a Espanha, Portugal, França e em breve será alargada a outros países do sul da Europa, consolidando a nossa posição de referência no continente.
Na Zunder marcamos a diferença graças à nossa infraestrutura tecnológica avançada e à facilidade de utilização para os nossos clientes. Oferecemos uma experiência de carregamento rápida e eficiente, com inovações como o Plug&Charge ou o AutoCharge, que eliminam a necessidade de autenticação manual, juntamente com métodos de pagamento integrados, como POS, Apple Watch e Android Auto. Além disso, o nosso cartão eZCard, válido em toda a Europa, permite aos utilizadores carregar os seus veículos eléctricos de forma rápida, segura e fácil, bastando encostá-lo ao leitor nos pontos de carregamento, sem necessidade de aplicações móveis adicionais. O eZCard melhora a experiência ao oferecer descontos e benefícios exclusivos para os condutores que utilizam as nossas estações e permite a gestão centralizada da frota ou o controlo de custos, podendo ser utilizado em toda a rede europeia, incluindo Portugal, uma vez que a Zunder opera em Portugal como eMSP.
Outro aspeto fundamental da Zunder é o nosso serviço de apoio ao cliente 24 horas por dia, 7 dias por semana, que garante um apoio constante aos utilizadores em seis línguas. Além disso, lideramos o caminho da sustentabilidade na mobilidade eléctrica graças à utilização exclusiva de energia 100% renovável, ao desenvolvimento de coberturas fotovoltaicas nas nossas estações – que garantem a sustentabilidade e a autossuficiência das operações – e à plataforma SaaS para a gestão e monitorização de carregadores próprios e de terceiros. Estes avanços posicionam-nos como uma empresa pioneira em sustentabilidade e inovação tecnológica na Europa.
Quais as razões para entrar em Portugal?
A Zunder está a trabalhar para satisfazer a necessidade urgente de uma infraestrutura de carregamento ultrarrápido no Sul da Europa. Com a crescente adoção de veículos eléctricos, queremos continuar a posicionar-nos como o operador de eleição para a mobilidade eléctrica e satisfazer as crescentes exigências de mobilidade eléctrica sustentável no continente.
Temos em curso um plano de expansão internacional com o qual pretendemos tornar-nos um dos maiores operadores europeus de carregamento, centrando a nossa atividade em postos de alta potência, que permitam aos utilizadores parar, carregar a bateria em poucos minutos e continuar a sua viagem. Para tal, contamos com o apoio financeiro de grandes investidores internacionais e acabámos de fechar um dos maiores empréstimos verdes do continente, no valor de 225 milhões de euros, com o Banco Santander, o que nos impele a trabalhar ainda mais para sermos o primeiro operador ibérico de carregamento ultrarrápido.
Acreditamos que o mercado português tem um dos maiores potenciais da Europa. É por isso que o nosso compromisso com este mercado é muito ambicioso. Acreditamos que Portugal é um mercado chave, tanto pelo seu desenvolvimento como pela sua capacidade de crescimento.
Acreditamos que com a rede Mobi.E foi feito um esforço positivo para promover a mobilidade elétrica em Portugal e aumentar a capilaridade da cobertura, contribuindo para a democratização do veículo elétrico.
Como vê o estado da mobilidade elétrica em Portugal, nomeadamente no que diz respeito à rede de carregamento?
Portugal é um mercado com grande potencial, um mercado maduro e onde existe uma penetração significativa de veículos elétricos, sendo um modelo na Europa. Atualmente numa fase de crescimento, nós na Zunder acreditamos que ainda há espaço para melhorias na infraestrutura de carregamento ultrarrápido. Embora a rede pública de carregamento, gerida pela Mobi.E, tenha ajudado a expandir a utilização e a democratização dos veículos eléctricos, na Zunder vemos oportunidades para oferecer uma rede mais rápida e eficiente, com base na nossa experiência noutros países, como a França, onde há algumas semanas inaugurámos mais de 120 pontos de carregamento ultrarrápido.
Considerando a regulamentação portuguesa, a Zunder em Portugal vai operar como apenas perador de postos de carregamento, como comercializador de energia para a mobilidade elétrica ou ambos?
A Zunder opera em Portugal como CPO e eMSP, tal como acontece noutros países. Isto permite-nos gerir tanto a infraestrutura de carregamento como a comercialização de energia, oferecendo um serviço abrangente aos utilizadores de veículos elétricos.
Desde 2023, estamos licenciados para operar no mercado português. Atualmente, temos uma estação em funcionamento e estamos a trabalhar na construção de mais de uma dezena.
A Zunder garante uma experiência de utilização em Portugal similar à de outros países? Será possível, usando a vossa app ou cartão, carregar em diferentes países, incluindo Portugal? O tarifário é universal para os diferentes países onde operam?
Sim, a Zunder garante uma experiência de utilizador consistente em todos os países onde opera, incluindo Portugal. Isto significa que os utilizadores podem esperar o mesmo nível de serviço e facilidade de utilização, independentemente do país em que se encontrem. Na Zunder, a qualidade do nosso serviço ao cliente e a experiência do utilizador são os nossos valores fundamentais e trabalhamos arduamente para manter os nossos padrões de excelência de serviço em todo o mundo.
Todos os utilizadores da Zunder podem carregar os seus veículos eléctricos através da nossa aplicação ou do eZCard, independentemente do país europeu em que se encontrem, incluindo Portugal, claro. Desta forma, não há necessidade de descarregar novas aplicações ou cartões adicionais, apenas o eZCard dá acesso à rede de carregamento. Atualmente estamos presentes em Espanha, Portugal e França, mas servimos todos os utilizadores de veículos eléctricos na Europa graças aos nossos acordos de interoperabilidade com outras redes de carregamento, dando aos condutores acesso a uma vasta rede de postos.
As tarifas podem variar de país para país. Embora a Zunder se esforce por manter a simplicidade e a transparência nos seus preços, os custos podem variar devido a factores locais, como os preços da eletricidade ou as políticas nacionais. No entanto, a Zunder procura sempre oferecer tarifas competitivas e claras aos seus utilizadores.
Portugal tem uma rede pública de carregamento muito própria, gerida pela Mobi.E. Como vêm esta solução? Relativamente a outros países onde operam, quais as vantagens e desvantagens que vêm no sistema português?
Acreditamos que com a rede Mobi.E foi feito um esforço positivo para promover a mobilidade elétrica em Portugal e aumentar a capilaridade da cobertura, contribuindo para a democratização do veículo elétrico.
Além disso, estamos convictos de que podemos continuar a colaborar para incentivar a mobilidade elétrica e potenciar a rede de carregamento ultrarrápido da Zunder, que pode complementar a infraestrutura atual, oferecendo uma maior cobertura para prestar um melhor serviço aos condutores, tempos de carregamento mais rápidos e uma experiência de utilização com os mais elevados padrões de qualidade.
Quais são os vossos planos para Portugal (crescimento da rede, tipo de postos, geografias…)?
A Zunder está a fazer um forte compromisso com o mercado português. Estamos a expandir a nossa rede de postos ultrarrápidos, com mais de 10 locais em desenvolvimento e o nosso primeiro posto já operacional desde 2023. Os nossos postos oferecem um carregamento eficiente e rápido e são concebidos para veículos ligeiros e pesados, sempre estrategicamente localizados para facilitar a mobilidade elétrica em todo o país. Instalamos os nossos postos de carregamento ultrarrápido em estradas interurbanas movimentadas para melhorar a mobilidade elétrica em movimento.
Um exemplo do nosso empenho em estabelecer corredores para promover os veículos pesados elétricos é a recente inauguração da primeira estação de carregamento elétrico para camiões em Espanha, com carregadores de 400 kWh. Em breve abriremos mais dois, em duas outras estradas principais. São já muitos os profissionais que confiam na Zunder para as suas deslocações em Espanha e França.
A Zunder prevê estabelecer algum tipo de parcerias com vista a dar condições especiais a determinados utilizadores?
Sim, a Zunder está aberta a parcerias com o objetivo de oferecer benefícios personalizados a vários grupos de utilizadores. Atualmente, já temos acordos de interoperabilidade com outras redes de carregamento, dando aos condutores de VE acesso a uma rede mais vasta em toda a Europa. Além disso, estamos a explorar a possibilidade de colaborar com empresas de transporte e frotas, bem como com associações ligadas à mobilidade sustentável, como a associação de utilizadores, para oferecer tarifas especiais ou condições exclusivas aos seus membros. O nosso foco é sempre melhorar a experiência de carregamento e trazer mais valor aos utilizadores através destas iniciativas de colaboração.
A nossa recente participação no Encontro Nacional de Veículos Elétricos ENVE 2024, permitiu-nos entrar em contacto com utilizadores e empresas para nos darmos a conhecer, e ouvir as suas necessidades, de forma a melhorar a oferta da Zunder em Portugal. Durante os dias da feira, distribuímos mais de 1.000 eZCards gratuitamente aos utilizadores.
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As escolas terão falta de professores com habilitação profissional a praticamente todas as disciplinas dentro de seis anos, caso não sejam tomadas medidas estruturais, revela o estudo “Reservas de Professores sob a lupa: antevisão de professores necessários e disponíveis” do gabinete de estudo na área da educação da Fundação Belmiro de Azevedo.
Segundo o estudo, divulgado esta terça-feira, há cada vez mais docentes a chegar à reforma e os que estão a estudar para serem professores não serão suficientes para colmatar as saídas. Isto faz com que em 2031 as escolas possam ter de lidar com um problema muito mais grave do que o que se vive atualmente. Em 2031, a situação ganhará escala e será um problema estrutural, conclui a investigação coordenada por Isabel Flores: “Assistiremos a 8.700 professores por colocar em vagas permanentes e à falta de 15.700 professores para substituir colegas ausentes.”
Os investigadores acreditam que, se nada mudar, vão faltar professores de todas as áreas e níveis de ensino, à exceção de Educação Física.
Num momento em que tudo corre bem, a equipa não dá sinais de quebrar e as vitórias se sucedem, talvez este seja a altura certa para arriscar a mudança. Se for verdade o que dizia, há pouco mais de uma semana, o presidente Frederico Varandas – “a estrutura é diferente, o resultado será o mesmo”, afirmou, a 20 de janeiro, em entrevista à RTP – , o projeto está de tal maneira bem oleado que o Sporting se pode dar ao luxo de perder peças importantes, porque quem vier a seguir vai saber exatamente o que fazer, esta será, provavelmente, altura para proceder a alterações. O problema é que, naquela altura, se estava a falar da saída de um diretor desportivo (Hugo Viana) em julho do próximo ano e de uma potencial venda de um avançado (Gyökeres) a meio ou no final da época. Quando a conversa passa por perder um treinador como Rúben Amorim no imediato o caso muda de figura. Ou não?
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A Amazon anunciou a chegada do Rufus aos clientes Portugueses, através da app Amazon. Trata-se de um assistente de compras virtual que utiliza inteligência artificial generativa (IA) para melhorar a experiência de compra online. Disponível em versão beta para clientes selecionados através da aplicação móvel da Amazon, o Rufus permite aos utilizadores “interagir com a plataforma de forma mais intuitiva e eficiente”.
O Rufus é capaz de responder a perguntas sobre produtos, comparar diferentes opções, apresentar recomendações e ajudar os clientes a descobrir novos artigos. Através de uma interface de chat, os utilizadores podem fazer perguntas como “Quais são os melhores ténis de corrida para trilhos?”, “Que tipo de máquina de café devo comprar?” ou “Este casaco é lavável na máquina?”. O assistente analisa informações de produtos, avaliações de clientes e perguntas frequentes para fornecer respostas relevantes.

IA Generativa ao Serviço do Consumidor
A utilização da IA generativa permite ao Rufus ir além de respostas simples. O assistente compara características de diferentes produtos, fornece resumos de avaliações de clientes e responde a perguntas sobre temas relacionados com as compras. A Amazon investe em IA há mais de 25 anos e o Rufus representa a mais recente inovação da empresa nesta área.
Com o lançamento do Rufus em Portugal, a Amazon disponibiliza aos consumidores portugueses uma ferramenta que visa simplificar a pesquisa de produtos, personalizar recomendações, facilitar a comparação de produtos e ajudar na tomada de decisão. A versão beta do Rufus está acessível a clientes selecionados na aplicação Amazon.es.
A Amazon planeia continuar a investir em IA para melhorar a experiência de compra online. O Rufus é o primeiro passo nesta estratégia, que visa tornar as compras online mais intuitivas e personalizadas.
Começar a utilizar a versão beta do Rufus
Para utilizar o Rufus, os clientes beta têm apenas de clicar no ícone no canto inferior direito da aplicação móvel da Amazon e aparecerá no ecrã uma caixa de conversação do Rufus. Os clientes podem expandir a caixa de chat para ver as respostas às suas perguntas, clicar nas perguntas sugeridas e fazer perguntas de seguimento. Além disso, podem sair do Rufus e regressar aos resultados de pesquisa tradicional em qualquer altura, deslizando o dedo para baixo para fechar a caixa de conversação.
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A votação nas eleições americanas é um dos processos mais complicados, exaustivos e cansativos que existe no mundo. Temos a ideia, muito errada, de que está tudo centrado em Trump e Kamala Harris. Nada disso. É precisamente o contrário, e um eleitor comum demora entre cinco a dez minutos, ou mais, para conseguir votar em todas as opções que aparecem num boletim de voto, que varia em conteúdo de estado para estado.
Há estados onde surgem oito candidatos à presidência, enquanto noutros há muitos mais, incluindo alguns de quem os americanos, eventualmente, nunca ouviram falar. No dia 5, vota-se para presidente, vice-presidente, um terço do Senado, 435 membros da Câmara dos Representantes, em alguns governadores, membros dos Congressos estaduais, cargos locais e até juízes. Seriam necessárias cinco colunas como esta para elencar tudo o que vai a votos, sem esquecer as petições e os referendos.
Esta loucura eleitoral tem um resultado impressionante: em 2020, um boletim de voto da Califórnia tinha 12 páginas, ou seja, seis folhas frente e verso. Convém repetir: 12 páginas!!! Daí a necessidade de os eleitores «estudarem» com alguma antecedência o boletim. É um quebra-cabeças que leva muitos a não terem paciência para votar em tudo e em todos. Em alguns dos cargos há eleitos com uma meia dúzia de votos.
Para agravar tudo isto, o ciclo eleitoral nunca termina verdadeiramente nos Estados Unidos. De dois em dois anos, toda a Câmara dos Representantes vai a votos, a nível federal e estadual, mais o terço dos senadores, e o mesmo se aplica a milhares de outros cargos eletivos. Nos EUA, as eleições são um dos maiores negócios em atividade permanente, envolvendo milhares de empresas e milhões de pessoas. Todos os setores são mobilizados. Todos, mesmo.
Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.
Os 50 mais ricos do mundo produzem, em média, mais carbono através dos investimentos, jatos privados e iates, em hora e meia, do que uma pessoa “comum” produz toda a vida. A conclusão é do relatório da organização humanitária Oxfam, “A Desigualdade de Carbono Mata”.
“Os super-ricos da Europa estão a tratar o nosso planeta como o seu parque de diversão pessoal. Os seus investimentos sujos, os jatos privados e iates não são apenas símbolos de excesso, estão a alimentar a desigualdade, a fome e até a morte”, afirmou a especialista da Oxfam Internacional, Chiara Putaturo, em comunicado.
O relatório monitorizou as emissões de jatos privados, iates e investimentos poluentes, detalhando como os super-ricos alimentam a desigualdade, a fome e a morte em todo o mundo, e como as suas emissões estão a acelerar o colapso climático e a causar os mais diversos estragos.
A Oxfam explica como os indivíduos mais ricos de uma sociedade tendem a ser responsáveis por muito mais poluição do que a maioria das pessoas, “particularmente aqueles com estilos de vida extravagantes”: assim, por exemplo, levaria um cidadão médio do Reino Unido quase 11 anos para emitir tanto carbono o quanto um único jato particular emite numa viagem de ida e volta de Londres a Nova York.
A pegada de carbono de um europeu super-rico, acumulada ao longo de quase uma semana de utilização de super-iates e jatos privados, corresponde à pegada de carbono vitalícia de uma pessoa do 1% mais pobre do mundo. No mesmo sentido, quase 40% dos investimentos bilionários analisados no estudo referem-se a indústrias altamente poluentes, como petróleo, mineração, transporte marítimo e cimento.
As emissões totais de investimento de 36 dos multimilionários mais ricos da União Europeia são equivalentes às emissões anuais de mais de 4,5 milhões de europeus, conclui a organização. Chiara Putaturo defende que os super-ricos devem pagar a conta da sua pegada de carbono, significando isto mais impostos sobre estes.