O DocLisboa tem uma nova diretora. O que por si só não é uma notícia muito surpreendente, já que ao contrário de outros festivais que mantém uma estabilidade nas suas direções, o Doc, organizado pela Apordoc, tem optado por alguma rotatividade na sua direção.

O que realmente surpreende é a opção por escolher uma diretora de um país distante. A mexicana Paula Astorga sucede a Miguel Ribeiro, que dirigia o Doc desde 2020 e agora passa para a coordenação do Lugar Comum, em Lisboa.

A escolha de uma diretora estrangeira, que não reside em Portugal e que tinha apenas uma relação esporádica com o festival, acompanha a tendência de alguns outros festivais internacionais. Pense-se, por exemplo, que Cíntia Gil, elemento da direção da Apordoc que dirigiu o DocLisboa por alguns anos, teve a experiência da direção artística do prestigiado festival de Sheffield, em Inglaterra.

De resto, diga-se que o currículo de Paula Astorga fala por si: fundou dois festivais no México, foi diretora da Cinemateca Mexicana, entre outras atividades. Encontra-se no seu discurso um pensamento sobre cinema e tem como especialidade a mediação de audiências. Pelo que se há algo que se pode esperar da nova direção, que ainda não sabemos se terá continuidade no próximo ano, é uma maior aproximação do público.

Paula Astorga só iniciou as suas funções em fevereiro, pelo que não terá tido a oportunidade de deixar de pôr o festival a seu gosto. Naturalmente, o que se encontra no festival deste ano é sobretudo uma continuidade, mantendo-se as principais secções, assim como uma filosofia geral: o Doc é um festival que observa o mundo, com uma forte componente política e social, que traz para reflexão grandes temas da contemporaneidade.

Além disso, desde o seu início, o festival tem uma amplitude abrangente, incluindo, além dos documentários clássicos, objetos híbridos e as chamadas ficções do real. Não é expectável ver no DocLisboa um thriller ou uma comédia romântica, mas a  verdade é que há uma amplitude de critérios suficiente para que isso possa excecionalmente acontecer. Não é assim de estranhar que o filme de encerramento O Dia que te conheci, de André Novais Oliveira, seja uma ficção com uma respiração documental.

O Dia que te conheci, de André Novais Oliveira

Uma das opções de Paula Astroga  foi reduzir ligeiramente a programação, com o objetivo de haver mais filmes com duas sessões. É um sinal de maturidade de um festival consolidado, que já não ambiciona crescer sem limites, mas manter uma dimensão suficiente para ser abrangido por um público cinéfilo. A diferença de número de filmes programados não é significativa, mas não deixa de ser reveladora de uma tendência e de um conceito.

Paul Leduc e o 25 de Abril de Lucia Fina

A marca mais visível da presença da nova diretora é a escolha do realizador homenageado. A Cinemateca vai fazer uma retrospetiva quase integral do mexicano, que faleceu em 2022. Paul Leduc é uma das grandes figuras do cinema latino-americano, sendo que a sua obra preenche os habituais parâmetros sócio-políticos e estéticos dos realizadores em destaque do DocLisboa.

Paul Leduc é um nome maior do cinema da América Latina que vai ser homenageado pelo DocLisboa com uma retrospetiva quase integral

Há todas essa abrangência de géneros, bem como um testemunho e questionamento da contemporaneidade em espelho com o passado. O seu filme mais conhecido é Frida, Still Life, uma ficção em que retrata de forma impressionista a grande pintora mexicana. Mas dentro do seu trabalho encontramos um pouco de tudo, incluindo Reed, México Insurgente, que faz uma ponte para o 25 de Abril.

Inclui também, entre outros, O Cobrador, a única longa realizada no século XXI, que parte de contos de Rubem Fonseca, ou Histórias Proibidas do Purgatório, sobre a guerra civil em El Salvador, a partir do poeta assassinado Roque Dalton.

O Doc começa da melhor forma com Sempre, de Lucia Fina. A artista visual e realizadora italiana, residente em Portugal há mais de 30 anos, fez um trabalho notável através dos arquivos da Cinemateca, num cruzamento de espaços temporais, entre imagem e som, que não só ilustram o 25 de Abril de 1974, como convidam a uma reflexão sobre o país contemporâneo e as novas formas de luta. O filme chega ao Doc depois de ter passado pelo festival de Veneza.

Competições

A Competição Nacional é, naturalmente, um dos epicentros do festival. Mostra-se uma diversidade de propostas e até de… nacionalidades, sinal de uma certa hibridez dos tempos que correm, em que por vezes se torna difícil, e se calhar não muito relevante, olhar para os filmes através da sua nacionalidade. Aliás, uma boa fatia dos filmes em competição é feita de coproduções.

Entre curtas e longas, muito se pode destravar na competição portuguesa. André Gil Mata faz um retrato íntimo, poético e familiar em Sob a Chama da Candeia. Filipa César retoma a temática da luta anticolonial em Espiral em Ressonância, filme correalizador com Marinho e Pina.

Marta Mateus apresenta Fogo de Vento, uma longa em formato híbrido. Rui Pires propõe-nos uma viagem ao interior da assembleia da república, revelando alguns dos seus meandros, em O Palácio dos Cidadãos. Zsofia Paczolay e Dorian Rivière, em Estou Aqui, mostram o pavilhão desportivo do Casal Vistoso, em Lisboa, convertido em centro de abrigo, durante a pandemia. Ou Trafaria, em que Pedro Florêncio faz um mapeamento dsaquela vila ao Sul do Tejo.

Alguns dos filmes apresentados também concorrem na competição internacional que, como é habitual, reflete uma variedade temática e geográfica. São 12 filmes, que incluem cinco estreias mundiais. Entre outros,  Les Loups, de Isabelle Prim, sobre um palácio do séc. XVII transformado em asilo psiquiátrico.

Houbla, do argelino Lamine Ammar-Khodja, sobre uma pintora em perseguição de uma sombra. L’Ancre, de Jean Debauche, em que Charlotte Rampling é uma psicoterapeuta que escuta os depoimentos dos seus pacientes. Ou Well Oredered Nature, da alemã Eva C. Heldmann, a partir dos textos da artista e cientista amadora do séc. XVIII, Catharina Helena Dõrrien.

De Lula da Silva à guerra da Ucrânia

Da Terra à Lua é definido, pela própria organização, como “de um cinema que observa, questiona, procura articular temporalidades e narrativas aparentemente deslaçadas, permitindo-nos encontrarmo-nos com a nossa amplitude humana”. A verdade é que, entre a amplitude de escolhas, naquela que é uma das secções mais extensas, encontram-se filmes de alguns dos mais mediáticos nomes.

É até mesmo o caso de Oliver Stone que, juntamente com Robert Wilson, filma uma conversa com Lula da Silva, atual Presidente do Brasil. Por seu lado, em Henry Fonda for President, Alexander Horwath faz um retrato da América através da vida do ator que se tornou o rosto de filmes de John Ford, entre outros. Sergei Loznitsa, provavelmente o mais relevante realizador ucraniano da atualidade, documenta a luta do País, em Invasion.

De resto, um tema muito próximo do que faz Abel Ferrara, em Turn In the Wound, com a música e poesia de Patti Smith que está na secção Heart Beat.

Em Exergue – on documenta 14, o realizador grego Dimitris Athiridis, num filme de 14 horas, acompanha o trabalho do diretor artístico Adam Szymczyk e a sua equipa de curadores.

A secção também tem dois filmes portugueses que merecem o maior destaque. A começar por Koira, de Cláudia Varejão, que se estreou em Veneza, um filme que traça o perfil de mulheres refugiadas a viver em Portugal. E também Por ti, Portugal, eu juro!, de Sofia da Palma Rodrigues e Diogo Cardoso, sobre os africanos que combateram do lado português durante a guerra colonial.

Da secção fazem ainda parte um ciclo dedicado ao 40.º aniversário da Constituição Espanhola, com curadoria da Cinemateca de Madrid, feito de obras caseiras restauradas. E passam diversos filmes antigos, como são os casos de Here and Elsewhere, de Jean-Luc Godard e Anne-Marie Miéville; ou The Palestinians, de Johan van der Keuken.

De Augusto M. Seabra à Palestina

A edição deste ano do DocLisboa é dedicada a Augusto M. Seabra. Uma homenagem natural que reconhece uma das figuras centrais do festival, que inspirou gerações de programadores e cinéfilos. M. Seabra foi responsável pela criação da secção Riscos, que continuou para além dele, mas sempre mantendo o mesmo espírito, procurando filmes desafiantes, muitas vezes também na sua forma. Assim é nesta secção que se inclui a sessão especial de homenagem, exibindo um dos primeiros filmes programados por si para o DocLisboa, Compilation, 12  instants d’amour non partagé.

Uma das obras mais impressionantes é Some Strings, uma obra poética quase infinita  mas de alcance pragmático. O poeta e professor Refaat Alareer e sete membros da família foram atingidos por ataques israelitas. No seu último poema, Se tenho de morrer, publicado cinco semanas antes de ser assassinado, Alareer apela aos que deveriam viver para criar um papagaio de papel – um objecto de resistência de longa data – com pedaços de fio. Lançado em março de 2024, Some Strings juntou, até ao momento, mais de 100 artistas e seis horas de curtas-metragens.

Nesta secção deparamo-nos com filmes muito surpreendentes, como é o caso de Eight Postcards From Utopia, em que Radu Jude e Christian Ferencz-Flatz fazem um retrato ou quase uma história recente da Roménia, apenas através da publicidade – uma publicidade em que se reconhece todo o humor dos romenos.

O desconcertante Harmony Korine apresenta Aggro Dr1ft, uma espécie de thriller, inteiramente rodado em lente térmica. Em TWST – Things We Said Today, Andrei Ujică faz um retrato da América a partir da beatlemania. Em Small Hours of the Night, Daniel Hui olha para a Singapura recém-independente dos anos 60. Demmin Cantos, o primeiro filme de Hans-Jürgen Syberberg em quase 30 anos, revela um olhar sobre uma aldeia próxima da cidade onde cresceu.

O Riscos divide-se em subseções e tem como realizador em destaque Pierre Creton, realizador francês que tem como peculiaridade o facto de também se dedicar à agricultura.

De Ruy Cinatti a Bruce Springsteen

Uma da secções mais populares do DocLisboa é o HeartBeat, em que se faz a ligação entre o cinema e a música, mas também com outras artes. É nesse contexto que surge, por exemplo O Voo do Crocodilo – O Timor de Ruy Cinatti, o magnífico retrato do poeta e antropólogo por  Fernando Vendrell.

Entre os portugueses, destaque-se também o filme de Diogo Varela e Silva, O Diabo do Entrudo, sobre as tradições populares de terras de Lazarim; e já agora também Ressaca Bailada, do seu filho, Sebastião Varela, sobre a sua própria banda, Expresso Transalântico. Há ainda o retrato de Paulo Catrica do fotógrafo Guido Guido.

No campo da música, há filmes sobre Peaches, Blur, Pavement, Devo, Bruce Springsteen e Luiz Melodia. Para não falar de Before It’s Too Late, o filme do realizador e ator Mathieu Amalric sobre o Quarteto Emerson.

Nas outras artes, destaca-se High & Low, o retrato do estilista John Galliano por Kevin Macdonald. Ou dento do próprio cinema, François Truffaut, My Life, a Screenplay, de David Teboul; Jacques Demy, the Pink and the Black, de Florence Platarets; Looking for Robert [Kramer], de Richard Copans; ou Miyazaki, Spirit of Nature, de Léo Favier.

Jean-Pierre Rehm é o responsável pela retrospetiva Back to the Future, com o intuito de ligar alguns filmes do século XX de índole modernista e transformadora.

Passam filmes desde O Homem da Câmara de Filmar, de Vertov, a A Thousand Suns, de Mati Diop, passando por The Negative Hands, de Marguerite Duras; Vampir-Cuadecuc, de Pere Portabella; Ludwig. Requiem for a Virgin King, de Hans-Jürgen Syberberg; ou O Meu Caso, de Manoel de Oliveira.

O festival é feito ainda de outras secções, como Verdes Anos, com obras de cineastas emergentes, ou o Doc Aliance, além de iniciativas paralelas que incluem debates e, claro está, festas.

Palavras-chave:

A nova versão do mini tablet da Apple traz o chip A17 Pro, que assegura suporte ao sistema Apple Intelligence e pode ser usado com o Apple Pencil Pro, aumentando o potencial de criatividade e interação, afirma a empresa da maçã. Vai estar disponível em quatro versões, todas com o ecrã de 8,3 polegadas Liquid Retina e o sistema operativo iPadOS 18.

O processador A17 Pro tem seis núcleos de processamento (dois de desempenho e quatro para eficiência) e, segundo a Apple, representa um aumento de 30% de performance face à versão A15 Bionic da geração anterior. Nos gráficos, há um motor de cinco núcleos, com um desempenho 25% superior ao da geração anterior, prometendo mais rapidez para a edição de fotos, aplicações de realidade aumentada, outras apps de segmentos especializados e nos jogos.

Veja o novo iPad Mini da Apple

É também graças a este processador e ao trabalho de integração no iPadOS 18 que os utilizadores vão poder tirar partido das novidades do Apple Intelligence, o sistema de Inteligência Artificial generativa desenvolvido pela Apple para criar imagens e textos, executar ações em diferentes apps e acelerar várias tarefas do dia-a-dia, explica o comunicado de imprensa. Numa primeira fase, as funcionalidades devem chegar apenas em Inglês dos Estados Unidos através da atualização iPadOS 18.1 disponibilizada para os iPad com chip A17 Pro ou M1.

Esta primeira vaga vai trazer assistência à escrita, maior integração do assistente Siri e a possibilidade de criar Memórias a partir de uma descrição de texto e com base nas fotografias do utilizador, podendo ainda remover objetos que estejam a distrair do foco. Numa fase seguinte, ao longo dos próximos meses, a Apple prevê lançar novidades para a criação de imagens, tirando partido do suporte ao Pencil Pro, criação de emojis e uma maior integração do Siri para usar contexto pessoa do utilizador para sugerir soluções mais inteligentes e execução de centenas de novas tarefas.

Na conectividade, este novo iPad traz suporte ao Wi-Fi 6E, suporte ao 5G, cartões eSIM e uma porta USB tipo-C. As câmaras deste modelo são melhores, com um módulo traseiro de 12 MP wide e Smart HDR 4 e outro frontal ultrawide também de 12 MP, ambos a usar o novo Neural Engine de 16 núcleos para identificar mais rapidamente os sujeitos, objetos e textos.

O novo iPad Mini vai chegar às lojas a 23 de outubro e, em Portugal, os preços começam nos 618 euros para a versão de 128 GB. Para as versões de 256 GB e 512 GB, os preços começam nos 749 e 999 euros, respetivamente.

“Pela sua intensa prosa poética que confronta traumas históricos e expõe a fragilidade da vida humana”, Han Kang é a vencedora do Prémio Nobel de Literatura de 2024, atribuído pela Academia Sueca no passado dia 10. É a primeira escritora da Coreia do Sul a recebê-lo e a 18.ª mulher distinguida em 117 edições.

A escritora, já editada em Portugal pela D. Quixote, estava a jantar com o filho quando recebeu a boa-nova. “Fiquei muito surpreendida ao receber a notícia do prémio”, relatou, em comunicado, mais tarde. “Quando a chamada terminou, recuperei lentamente o meu sentido de realidade e comecei a sentir-me emocionada. Muito obrigada por me terem escolhido como vencedora. As enormes ondas de calorosas felicitações que me chegaram ao longo do dia também foram surpreendentes. Do fundo do coração, obrigada”.

Não foi sem surpresa que o anúncio da vencedora deste ano foi recebido. Nascida em 1970, em Gwangju, cidade no sudoeste da Coreia do Sul, Han Kang é uma das mais jovens galardoadas (fará 54 em novembro) e autora de uma obra composta por duas dezenas de títulos, entre o romance, o conto, a poesia e o ensaio.

Estreou-se literariamente em 1995, com o romance Amor em Yeosu, e ganhou projeção com A Vegetariana, de 2007. Foi também esse o romance que a levou a ser traduzida em vários idiomas, sobretudo a partir da versão inglesa, de 2016. Ganharia, aliás, nesse mesmo ano, o influente International Booker Prize, abrindo-lhe ainda mais portas à publicação em outros países.

Na altura, o júri do prémio, que distingue os melhores livros traduzidos no Reino Unido, destacava a sua escrita delicada, perturbadora e bela. Na altura, a editora portuguesa de Han Kang na D. Quixote, Maria do Rosário Pedreira, apresentava o livro como “uma leitura imparável e completamente irresistível”.

Singular e inesperado, estranho e sedutor, A Vegetariana centra-se numa mulher que, de um dia para o outro, muda completamente a sua vida. Depois de um sonho, torna-se vegetariana, opção que terá consequências inesperadas e inusitadas.

É o retrato do que nos faz humanos, pintado com as cores da recusa e da anulação pessoal. Como em muitos outros romances, é também uma busca pelo sentido da vida, denominador comum que Han Kang encontra em todos os escritores. “Desde criança que, para mim, os escritores são um coletivo.

Procuram o sentido para a vida. Às vezes, estão perdidos, noutras estão mais determinados. Todos os seus esforços e todas as suas forças são uma inspiração para mim”, afirmou a escritora à Academia Sueca, numa primeira reação à atribuição do prémio.

Depois de A Vegetariana, a D. Quixote publicou Atos Humanos, nono romance de Han Kang, obra reveladora da atenção que a escritora sul-coreana tem dado à guerra e aos seus horrores. É também uma homenagem à cidade onde nasceu e às pessoas que, em 1980, se manifestaram contra a ditadura militar.

Fiquei muito surpreendida ao receber a notícia do prémio. Quando a chamada terminou, recuperei lentamente o meu sentido de realidade e comecei a sentir-me emocionada. Muito obrigada por me terem escolhido

Han Kang – Prémio Nobel de Literatura

A contestação foi severamente esmagada pelas estruturas militares do regime e ocultada da população pela mão da censura. O romance mergulha nesse trauma coletivo. “Tendo Han Kang nascido e sido criada em Gwangju, a sua ligação pessoal ao tema implicava que a escrita deste romance seria sempre um processo problemático e doloroso. Ela é uma escritora que sente muito profundamente as coisas, e mostrou-se bastante interessada, quase ansiosa, em que a tradução mantivesse a ambivalência moral do original e fossem evitados excessos quanto à dor e à vergonha sofridas pela sua cidade natal”, lembra Deborah Smith, tradutora inglesa da escritora sul-coreana. “O seu romance é uma chamada de atenção para os atos humanos de que todos nós somos capazes, atos brutais e atos generosos, atos básicos e atos sublimes.”

Em Portugal, foi ainda publicado O Livro Branco, no qual a sua prosa poética, uma das marcas da sua escrita, ainda mais se destaca. É um dos seus livros mais pessoais, feito de breves anotações que evocam objetos brancos, numa inversão das cores do luto.

Em pano de fundo, como assombração e fantasma, surge a morte da irmã mais velha da narradora que, como a de Han Kang, morreu horas depois de ter nascido. O quarto título disponível nas livrarias portuguesa é Lições de Grego, uma improvável história de amor entre uma mulher que perdeu a fala e um homem que está a perder a visão.

“Um livro sobre a linguagem e como as palavras podem ajudar-nos a dar forma e significado ao nosso mundo exterior e interior, mas também a rasgar e destruir o que há de mais delicado em todos nós: a nossa identidade”, segundo a descrição da Academia Sueca.

Em janeiro de 2025, será publicado, em simultâneo com a edição inglesa, Despedidas Impossíveis, o seu mais recente romance, com o qual ganhou, em ex-aequo com Lídia Jorge, o Prémio Médicis, um dos mais importantes da língua inglesa. “A obra da Han Kang é muito interessante e de uma grande atualidade”, diz-nos a escritora portuguesa, que teve a oportunidade de conviver com Kang durante a entrega do galardão francês.

“Formada em escrita criativa na Universidade do Iowa, é capaz de associar a agilidade de escrita dos anglo-saxónicos e a cultura coreana.” Lídia Jorge sublinha ainda a atenção aos temas que marcam o nosso tempo. Entre a narrativa, o universo mágico e a aproximação poética, os livros de Han Kang indagam a nossa humanidade.

Palavras-chave:

A Google chegou a acordo com a californiana Kairos Power para a aquisição de seis a sete mini reatores nucleares para alimentar as necessidades energéticas dos seus sistemas de Inteligência Artificial. A tecnológica defende que a energia nuclear fornece uma solução “limpa e 24 horas por dia” necessária para manter as operações sem emissões de gases poluentes. A aquisição só deve ficar completa em 2035, mas o primeiro reator deve entrar em ação já em 2030.

Especialistas têm vindo a chamar a atenção para as necessidades energéticas para treinar modelos como o Gemini ou o ChatGPT que podem chegar ao mesmo que é necessário para “300 voos de ida e volta entre Nova Iorque e São Francisco ou cinco vezes as emissões totais de um carro médio”, avança o website Mashable.

A Google não é a primeira tecnológica a optar pelo nuclear neste campo específico da IA, com a Amazon a ter o seu próprio acordo semelhante e a Microsoft a ter anunciado a intenção de reavivar a fábrica Three Mile Island, local na Pensilvânia onde aconteceu o pior desastre nuclear em território americano e que está classificado como seguro agora.

Os detalhes do acordo entre a Google e a Kairos Power, como a duração do contrato ou as contrapartidas financeiras, ainda não foram tornados públicos, mas sabe-se que a gigante tecnológica já se comprometeu a comprar 500 megawatts de energia para já.

A missão espacial Euclid já começa a dar frutos, com a publicação da ‘primeira página’ do atlas cósmico criado com recurso às imagens captadas pelo telescópio. O gigantesco painel, um mosaico de 208 gigapixéis, foi apresentado no Congresso Astronáutico Internacional, em Milão, e contém o resultado de 260 observações realizadas entre 25 de março e 8 de abril deste ano. Nestas duas semanas, o telescópio cobriu uma área equivalente a 500 vezes o tamanho da Lua.

Imagem: ESA/Euclid/Euclid Consortium/NASA, CEA Paris-Saclay, image processing by J.-C. Cuillandre, E. Bertin, G. Anselmi; ESA/Gaia/DPAC; ESA/Planck Collaboration

A ESA estima que estas observações representem apenas 1% do que o Euclid vai ser capaz de captar nos próximos seis anos. “Esta imagem estonteante é o primeiro pedaço de um mapa que em seis anos irá revelar mais de um terço do céu. Isto é apenas 1% do mapa e já está repleto de uma variedade de fontes que ajudarão os cientistas a descobrir novas formas de descrever o universo”, afirma Valeria Pettorino, cientista do projeto, citada em comunicado.

O telescópio vai ser capaz de observar formas, distâncias e o movimento de milhares de milhões de galáxias situadas até uma distância de 10 mil milhões de anos-luz e assim criar o maior mapa cósmico tridimensional até à data.

Este trabalho vai permitir aos cientistas investigar os mistérios em torno da matéria negra e energia negra, conhecidas coletivamente como o universo negro. A câmara deste telescópio com 600 megapixéis é capaz de gravar luz visível e luz infravermelho através de um espectrómetro, o que permite medir as mudanças nos comprimentos de onda de luz que nos chega de galáxias distantes.

As observações possibilitam a medição também do efeito da energia negra, a força que conduz a aceleração do universo. Nas imagens reveladas, é possível detetar-se nuvens ténues entre as estrelas da nossa galáxia, com uma luz azulada e que foram capturadas na imagem graças à câmara super sensível do Euclid e porque refletem a luz ótica da Via Láctea.

A missão Euclid foi lançada em julho de 2023, começou as observações a 14 de fevereiro deste ano e é o resultado do trabalho de mais de dois mil cientistas, de 300 institutos em 15 países europeus, EUA, Canadá e Japão.

Ruy Duarte de Carvalho, 64 anos, prof. universitário, antropólogo, cineasta, ficcionista, poeta, uma das mais importantes vozes de Angola e da ‘lusofonia’, autor dos livros Chão de Oferta, com que se estreou, em 1972, Vou lá visitar pastores, Os papéis do Inglês e As paisagens Propícias. Lavra, agora editado, reúne a sua poesia

Se a habilidade autobiográfica que me é pedida visa situar aquilo que tenho escrito no espaço ultramarino português de ontem e lusófono de hoje, então o que me está a ser sugerido, de facto, é que entre no jogo e aceite essa colocação como eixo do que possa vir a ter para dizer. Assim : Em meados dos anos 50 do século passado desembarquei em Lisboa com uma bicicleta e uma caixa de tintas a óleo na bagagem. Eram preciosas prendas de que tinha conseguido não me separar, uma de aniversário e outra por ter feito o 2º ano do liceu, quando por decisão familiar fui remetido de Moçâmedes para fazer em Portugal, Santarém, num prazo de cinco anos, o curso de regente agrícola. Mas nem da bicicleta nem das tintas a óleo nunca mais voltei a fazer uso. Passei esses cinco anos na condição de aluno interno, a residir no próprio estabelecimento escolar, e tanto as tintas a óleo, que eram o reconhecimento dos meus mais evidentes talentos congénitos, como a bicicleta, que era uma adjectivação de gloriosas adolescências coloniais, foram sacrificadas à disciplina e ao programa da minha estadia em Portugal.
Não estou, porém, é claro, a contar a estória pelo princípio. Quando de facto fui embarcado em Moçâmedes, eu estava também a ser remetido ao exacto local do meu nascimento biológico e de onde, mais cedo portanto, tinha vindo com a família, que entretanto emigrava, parar a Moçâmedes. O que me calhou assim na vida, de qualquer maneira, foi estar de volta a Angola com um curso médio já feito quando a maioria dos sujeitos angolanos da minha classe etária com recursos para estudar estava a ser, por sua vez, expedida para faculdades em Portugal e a ver-se colocada nos terrenos de uma placa giratória, dados os tempos que então corriam, capaz de os envolver em oportunas dinâmicas de esclarecimento ideológico, aprendizagem política, encaminhamento militante e eufóricas, redentoras e patrióticas opções juvenis de rumo para a vida.
Pelo menos duas consequências maiores para o meu percurso biográfico terão resultado desta configuração das coisas: a primeira é que o lugar onde vim ao mundo sempre constituiu para mim, desde que me lembro a ruminar nas coisas, uma referência de exílio; a segunda é que tudo quanto pela vida fora se me foi revelando e determinando lugar no mundo, sempre acabou por ocorrer de maneira imediata, vivida, empírica, in vivo, a exigir, às vezes, e sem ser pela mão fosse do que ou de quem quer que fosse, opções e acções de vida ou de morte no pleno desenrolar dos acontecimentos. Elaborações e ruminações, teoria ajudando, foi quase sempre só depois.
Não me lembro de ter vindo ao mundo, evidentemente, mas em compensação lembro-me muito bem de ter mudado inteiramente, tanto de alma como de pele, uma meia dúzia de vezes ao longo da vida. De que havia uma matriz geográfica e de enquadramento existencial que essa é que era a minha, dei conta aí pelos 12 anos a comer pão e com um ataque de soluços no meio do deserto de Moçâmedes, por alturas do Pico do Azevedo. Isso continua a vir-me sempre à ideia de cada vez que ainda por lá passo e se calhar é para isso mesmo que ando sempre a ver se passo por lá. E de que havia uma razão de Angola que colidia com a razão colonial portuguesa, disso dei definitivamente conta em condições muito brutais, com 19 anos e já a trabalhar como técnico responsável nas matas do Uíge, quando, em Março de 1961, eclodiu ali a sublevação nacionalista do norte.
Sobrevivi à justa e a tempo de me refazer de tanta perplexidade e do quadro de horror geral em que me tinha visto envolvido, fruto quer da feroz insurgência quer da perversa e ainda mais feroz repressão à insurgência, quando a seguir, numa noite em Luanda, a atravessar as ruas da Baixa, houve quem me desse a saber, pela via de uns versos, de uma alma de Angola que vinha pronta sob medida para eu ajustar à razão de Angola que o pesadelo do Norte tinha acabado de me dar a entender. E a partir daí passei a invocar esse novo nascimento para ver se conseguia forjar algum sentido para a condição de órfão do império a que a vida, apercebi-me logo, me iria destinar.
O máximo que então consegui, para actuar do lado em que passei desde então e até hoje a situar-me, foi que alguns mais-velhos da luta clandestina, durante uns tempos em que habitei Luanda, me atribuíssem mínimas tarefas menores, como dactilografar, para distribuição nos muceques, poemas de revolta de autoria anónima e de esclarecedora má qualidade, também. Mas depois foi uma data de gente presa e quando o instituto do café me colocou, a seguir, primeiro na Gabela e mais tarde em Calulo, perdi e nunca mais consegui restabelecer ligações políticas efectivas com a insurgência nacionalista. O máximo, outra vez, que consegui então, foi ser dado como persona non grata pela administração do Libolo e afastado dali junto com um padre basco e um médico português. Pouco para currículo político.

Arranjei então outro emprego e mudei para a Catumbela, para dirigir a pecuária de uma grande empresa açucareira. E foi nessa condição que levei tal volta passados três anos de mim para mim e afundado a criar ovelhas no interior do imenso platô de Benguela, levei então tamanha volta que andei os três anos seguintes a derivar pelo mundo. Estive em Hamburgo, em Copenhaga e em Bruxelas sempre a ver se encontrava traços da insurgência nacionalista, mas quando finalmente consegui chegar a Argel para colocar-me à disposição da luta, ninguém ali me levou a sério, ou então desconfiaram, ou então voluntaristas como eu já lá tinham que chegasse e até nem sabiam o que é que lhes haviam de fazer. Foi depois de ver-me assim perante a evidência de que por ali também não ia dar, e de ter levado as coisas até onde podia, que acabei por encontrar-me um dia, no turbilhão da voragem de tanta viagem, a exercer funções de chefe de fabricação de cerveja em Lourenço Marques Maputo, e estive a seguir em Londres, com um dinheiro que pedi emprestado, a fazer um curso de realização de cinema e de televisão. Na sequência dessa volta toda é que acabei por passar a noite de 10 para 11 de Novembro de 1975 no município do Prenda, às zero horas, que foi uma hora zero, a filmar a bandeira portuguesa a ser arreada e a de Angola a subir ao mesmo tempo.
Já nessa altura, quando foi da independência, tinha o primeiro livro de poesia publicado. Depois, de 75 até 81, fiz filmes para a televisão angolana e para o Instituto Angolano de Cinema, e andei durante uns tempos muito entretido a filmar por Angola toda e a pensar que seria bem acolhida essa minha peregrina intenção de dar Angola a conhecer aos próprios angolanos, meus compatriotas. Quando vi que afinal não dava mesmo para continuar a querer fazer cinema, nem aquele que eu queria nem aliás qualquer outro, escrevi um texto académico para juntar a um dos filmes que tinha feito no Sul e obtive com isso o diploma da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, de Paris, que me deu imediato acesso à condição de doutorando. Foi então o tempo da Samba e dos Axiluanda, de um fora de Luanda dentro de Luanda, e das teses. A partir de 87 passei a dar umas discretas e mal pagas aulas de Antropologia Social em Luanda e fui aproveitando sabáticas para aceitar convites e ir dar aulas também e consumir bibliotecas em Paris, Bordéus, São Paulo e Coimbra. E a partir de 92 arranjei maneira de ir estar, todos os anos, cinco meses com os pastores do Namibe. Decidi então passar a disponibilizar essa informação sem ter de escrever naquele tom da escrita académica ou de relatório, porque disso já tinha tido a minha dose. E foi assim que adoptei a maneira do Vou lá visitar pastores que depois me pôs na pista de uma meia-ficção em que venho insistindo nos últimos anos. E fui também deixando cada vez mais de escrever poemas tal e qual.
Hoje continuo a não conseguir andar muito tempo por fora sem devolver-me ao murmúrio de Luanda à noite que sobe das traseiras da minha casa na Maianga, e sem continuar a dar de vez em quando um salto ao Sul, para visitar pastores. E julgo, chegado a esta altura da vida, não poder deixar de ter que entender que o mundo, por toda a parte e não só aqui, se urde e se produz recorrendo sempre, ou quase sempre, ao uso e ao abuso da boa-fé dos outros. Temo não conseguir nunca chegar, mesmo velhinho, a conformar-me com isso e a tornar-me no sujeito bem acabado, dissimulado, pirata, adaptável e finalmente adaptado que nunca, durante toda a vida, consegui ser. Mas acho que também aprendi, entretanto, a rir-me de mim mesmo, das minhas incompetências congénitas e do mau-feitio que neste mundo sou evidentemente o único a ter. E tem uns intervalos em que tudo parece ficar virginalmente vivável, bom e bonito, conforme pensa a onça quando, segundo Guimarães Rosa, não teme nada e vai, guiada só pela alma que tem.

Palavras-chave:

No centenário da nascimento de António Ramos Rosa, ensaios de António Carlos Cortez e Maria Irene Ramalho. Textos de Eduardo Lourenço, Maria Graciette Besse e Maria Teresa Horta

Helena Roseta e a luta pelo direito à Habitação

DocLisboa, uma Troca de olhares sobre o mundo
Os Papéis do Inglês, Ruy Duarte Carvalho adaptado ao cinema
O Bando, Teatro nas asas da fantasia
Teolinda Gersão, Martha Freud em nova ficção

A renovada E.S. Camões, por João Jaime Pires

Palavras-chave:

No centenário da nascimento de António Ramos Rosa, ensaios de António Carlos Cortez e Maria Irene Ramalho. Textos de Eduardo Lourenço, Maria Graciette Besse e Maria Teresa Horta

Helena Roseta e a luta pelo direito à Habitação

DocLisboa, uma Troca de olhares sobre o mundo
Os Papéis do Inglês, Ruy Duarte Carvalho adaptado ao cinema
O Bando, Teatro nas asas da fantasia
Teolinda Gersão, Martha Freud em nova ficção

A renovada E.S. Camões, por João Jaime Pires

Palavras-chave:

O ROG NUC 970 é um dos desktops de gaming mais compactos do mercado, com apenas 2,5 litros de volume. Pequeno o suficiente para ser transportado debaixo do braço, pesa 2,6 kg, sendo mais leve que os desktops tradicionais e até que alguns portáteis. O computador pode ser posicionado na horizontal ou na vertical, ocupando ainda menos espaço na secretária.

Embora a estrutura exterior seja fabricada em plástico, o que requer algum cuidado no manuseamento, a qualidade é aceitável, com o botão de energia situado na parte frontal. A traseira possui um trinco que permite abrir o computador em segundos – precisamos apenas de deslizar o tampo – facilitando o acesso aos componentes internos. E esta é uma caraterística importante para os utilizadores que querem manter o computador atualizado.

Apesar do design discreto, o nome ROG deixa já a entender que este é um computador direcionado para jogos – e tem boas características para isso. Tendo em conta as dimensões, poderíamos pensar que o desempenho iria ser afetado, mas não se deixe enganar. Equipado com uma placa gráfica Nvidia GeForce RTX 4070 e um processador Intel Core Ultra 9, o desempenho é convicente. Por exemplo, conseguimos jogar SpiderMan 2 acima dos 60 fps, um valor bastante aceitável. A Asus conseguiu reduzir o tamanho do desktop sem sacrificar o desempenho, o que é um ‘feito’.

Veja o Asus ROG NUC 970 com mais detalhe

Muitas opções de conectividade

A Asus prestou especial atenção à conectividade do ROG NUC 970. Nas ligações sem fios, o computador suporta Wi-Fi 6E e Bluetooth 5.3. Na parte frontal, há duas portas USB 3.2, uma ranhura para cartão SD e uma entrada para auscultadores (3,5 mm). Na traseira, encontramos uma porta HDMI 2.1, duas DisplayPort 1.4a, uma porta USB-C thunderbolt 4 (embora outra porta USB-C fizesse falta), quatro portas USB-A de diferentes caraterísticas e uma porta Ethernet de 2,5 Gigabits.

E este é um aspeto importante, pois permite a ligação de diversos dispositivos em simultâneo, assim como escolher qual a forma de conexão que mais apreciamos. A marca optou ainda por uma fonte de alimentação externa (330W) de modo a economizar espaço no interior, mas temos de sublinhar que é demasiado grande e pesada, um aspeto a rever para o futuro.

Tudo ‘fresco’

O sistema de dissipação é um dos elementos que costuma penalizar, por exemplo, os computadores portáteis ou os modelos mais compactos, afetando o seu desempenho e emitindo níveis elevados de ruído nas situações mais exigentes.

Mas, no caso do ROG NUC 970, este sistema é uma vantagem que, durante a nossa experiência, este computador mostrou ter a seu favor. Devido a ter mais espaço no interior, o sistema de arrefecimento consegue ser mais silencioso e, sobretudo, mais eficaz.

Durante os testes de benchmark que realizámos não sentimos níveis incomodativos de ruído nem aquecimento fora do normal. Este é um aspeto que apreciamos nos computadores de gaming, pois, por diversas vezes, este tipo de modelos oferece boas condições de jogabilidade mas com um ruído de arrefecimento incomodativo.

O ROG NUC 970 é um computador ‘especial’ que se destaca entre os modelos mais compactos, um segmento onde as opções de alto desempenho são limitadas. É precisamente por essa razão que sobressai: é compacto, mas potente, sem esquecer um design elegante e uma conectividade diversificada.

Embora o preço seja superior ao de outros NUCs – e existindo opções portáteis com características semelhantes a um custo inferior – o ROG NUC 970 justifica o seu valor pela portabilidade, facilidade de atualização de componentes e pela experiência de utilização que oferece.

Tome Nota
Asus ROG NUC 970 – €2100
rog.asus.com

Benchmarks PCMark 10 Extended 10150 • Essenciais 10258 • Produtividade 8924 • Criação Conteúdo Digital 10370  • Jogos 23432 • Time Spy 12799 • Fire Strike Ultra 7628 • Time Spy Extreme 6056 • Wild Life Extreme 24927 • Night Raid 62588 • Port Royal 7782 • Solar Bay 60782 • CineBench R23 CPU 1816 (Single) / 19211 (Multi) • GeekBench 6 CPU 2374 (Single) / 13157 (Multi) • GPU 120267 • Final Fantasy XV (4K, High) 4839

Construção Bom
Produtividade Muito Bom
Jogos Muito Bom
Conectividade Excelente

Características CPU: Intel Core Ultra 9 Processor ○ GPU: Nvidia GeForce RTX 4070 ○ 32GB RAM ○ 1 TB SSD ○ 1xUSB-C (Thunderbolt 4), 4x USB-A (3.2), 2x USB-A (2.0) , 1 x HDMI 2.1 , 2 x Display, 1 x LAN, 1 x SD, áudio 3,5 mm ○ Wifi 6e ○ Windows 11 ○ Dimensões: 27 x 18 x 6 cm ○ Peso: 2,6 kg

Desempenho: 4,5
Características: 4
Qualidade/preço: 3,5

Global: 4