A MEO Empresas pretende desafiar empresas, startups e programadores a criar protótipos ou redesenhar aplicações utilizando APIs standard da rede MEO através do 5G API Sprint. O programa de inovação tem como objetivo promover e apoiar o talento tecnológico, enquanto “explora as capacidades sem precedentes da rede móvel 5G, assim como a transformação digital das empresas e da sociedade, tirando partido de um mundo cada vez mais conectado”.

As API (de Application Programming Interface) atuam como aceleradores na criação de serviços em áreas-chave, como na segurança, robótica ou saúde, ajudando a integrar as potencialidades das redes móveis, dando flexibilidade de resposta às crescentes necessidades de soluções adaptáveis e escaláveis a nível global e ajudando no desenvolvimento de ecossistemas digitais ao fomentar a interação entre tecnologia e setores.

Os participantes terão a oportunidade de aceder em primeira mão às APIs standard de rede CAMARA que expõem as diversas funcionalidades da rede móvel da MEO. A operadora assinou o Memorando de Entendimento com a GSMA Open Gateway, que se dedica à criação de um ecossistema de APIs de rede seguras e interoperáveis compatíveis com as operadoras internacionais que integram este programa.

O comunicado de imprensa explica que os interessados no programa 5G API Sprint vão ter disponíveis as seguintes APIs:

• Device Identifier: para a autenticação segura de dispositivos móveis

• SIM Swap: permite verificar a data de ativação do cartão SIM e consultar a última troca.

• Device Location Retrieval: fornece a área de localização geográfica do cartão SIM.

• Device Location Verification: confirma se um cartão SIM está dentro de uma área específica.

• Quality on Demand (QoD e QOS Profiles): ajusta a qualidade de serviço conforme a necessidade da aplicação ou utilizador.

O período de candidaturas decorre de 14 de novembro a 11 de dezembro através do site criado para o efeito e está restrito às primeiras 30 candidaturas.

A ionosfera é uma camada da atmosfera localizada entre os 60 e os 1000 quilómetros da superfície da Terra por onde circulam livremente eletrões e que, quando há elevadas concentrações, afeta o funcionamento da cobertura global de GPS. Para entender melhor esta situação, uma equipa da Google utilizou as medições de GPS de milhões de dispositivos móveis Android, produzindo um mapa detalhado da ionosfera. Uma vez que o sinal de um aparelho individual possa estar com muito ruído para produzir informação viável, haver mais dispositivos nas redondezas para comparação permite fazer as correções e obter medições fiáveis.

Ao nível do solo, há uma rede composta por estações de monitorização que já produz dados bastante precisos, mas a construção e manutenção destas implica um custo elevado. Assim, há regiões do planeta onde essa cobertura é menos completa, nomeadamente em áreas em desenvolvimento. A solução da Google passa por usar os aparelhos móveis Android que existem em muito maior quantidade e produzem dados utilizáveis.

mapa ionosfera google

Brian Williams, um dos autores, explica à Popular Science que “em vez de pensar na ionosfera como afetando o posicionamento GPS, virámos o ‘bico ao prego’ e usámos os dados dos recetores de GPS como instrumento para medir a ionosfera. Ao combinar as medições de sensores de milhões de telefones, criámos uma vista detalhada da ionosfera que, de outra forma, não seria possível”.

Os recetores de GPS dos aparelhos recebem sinais de satélites que se localizam na órbita média da Terra e calculam a distância até esses satélites para determinar a localização com uma precisão relativamente exata. Os sinais conseguem viajar livremente no espaço até atingirem a ionosfera e chegam a ser corrigidos por um modelo presente na maior parte dos aparelhos que é capaz de eliminar a margem de erro. Apesar de as estações no solo poderem gerar dados e mapeamentos muito mais precisos e complexos e os telefones terem uma margem de erro que varia de aparelho para aparelho, essas desvantagens são cobertas pelo grande volume de aparelhos Android disponíveis.

A Google recorreu aos dados “agregados” e “anonimizados” provenientes de milhões de aparelhos e utilizaram a informação de localização difusa (até dez quilómetros) disponibilizada pelos telefones, tirando partido do elevado número para fazer as correções necessárias. Os investigadores detalham que “uma vasta rede de sinais agregados pode agir como um instrumento científico bastante sensível”.

A expetativa é de que este mapa da ionosfera possa agora ser utilizado para melhorar a rede de GPS, permitindo uma localização mais precisa e durante períodos maiores, enquanto permite perceber melhor as anomalias e fenómenos como bolhas de plasma que ocorrem na ionosfera.

Na economia global de hoje, os fatores Ambientais, Sociais e de Governação Corporativa (ESG – Environmental, Social, and Governance) tornaram-se cada vez mais significativos na influência das decisões de investimento. Com a crescente consciência sobre a mudança climática, a desigualdade social e a governação corporativa, o investimento sustentável deixou de ser um nicho para se tornar uma necessidade premente. Os investidores, sobretudo institucionais, estão a reconhecer que as empresas com práticas robustas em ESG estão melhor posicionadas para o sucesso a longo prazo, tornando o investimento sustentável não apenas uma escolha ética, mas também estratégica. Esta mudança sublinha a importância de alinhar as estratégias de investimento com os objetivos de desenvolvimento sustentável, tanto para retornos financeiros como para o impacto social.

Nos últimos anos, a pressão sobre as empresas tem aumentado, não apenas por parte dos investidores, mas também por parte dos consumidores e da sociedade em geral. Os clientes estão a exigir maior transparência e responsabilidade por parte das empresas, e isso tem levado a uma transformação significativa na forma como os negócios operam. À medida que mais consumidores se tornam conscientes do impacto ambiental das suas escolhas, as empresas são forçadas a adaptar-se para permanecerem competitivas. Como resultado, estamos a assistir a um aumento na adoção de práticas sustentáveis em várias indústrias, desde a moda até à tecnologia.

Atualmente, quase todos os gestores de ativos reconhecem a importância do investimento sustentável e, como resultado, oferecem várias soluções de investimento destinadas a cumprir os princípios ESG. Algumas gestoras, reconhecendo que está a ocorrer uma enorme mudança estrutural na sociedade e na economia para um modelo de crescimento mais sustentável, possuem já uma longa e reconhecida história em investimentos temáticos e uma forte reputação em integrar considerações ESG nas suas decisões de investimento, não só nesses investimentos temáticos como nos seus fundos mais genéricos e de uma forma transversal.

Esta transformação está a criar oportunidades interessantes para as empresas que fornecem soluções para esta transição. Por exemplo, empresas inovadoras que se dedicam à produção de energias renováveis, tecnologias de eficiência energética, e soluções de mobilidade sustentável estão a emergir como líderes de mercado. Estas empresas não apenas contribuem para a proteção do meio ambiente, mas também desempenham um papel crucial na economia global, ajudando a impulsionar o crescimento e a criação de emprego. Procuram também empresas que tendem a beneficiar das mudanças estruturais na economia global, particularmente relacionadas com a escassez de recursos e a transição para um futuro sustentável. Este processo é realizado com a consideração da importância do conceito ESG que avalia criteriosamente cada investimento em termos de impacto social e ambiental, assim como de viabilidade econômica. Este foco em investimentos a longo prazo garante que o portfólio não apenas tenha um desempenho financeiro sólido, mas também faça uma diferença real no mundo.

Por norma, o universo de investimentos destas estratégias está direcionado para empresas com uma pequena pegada ambiental que operam em grandes segmentos ambientais como Energias Renováveis, Eficiência Energética, Economia Desmaterializada, Controlo da Poluição, Agricultura e Silvicultura Sustentáveis, Abastecimento de Água e Tecnologias, e Gestão e Reciclagem de Resíduos. Cada um desses segmentos oferece oportunidades únicas que são alinhadas com as necessidades emergentes do mercado e as expectativas da sociedade. É ainda importante destacar que, conforme as regulamentações sobre a disclosure de sustentabilidade se tornam mais rigorosas, as empresas que se adaptam rapidamente e adotam práticas sustentáveis tendem a ser recompensadas pelos investidores com maior confiança o que acaba por ser um círculo virtuoso entre melhor performance das empresas e maior procura pelos investidores.

Depois de alguns anos a produzir soluções de Inteligência Artificial a um ritmo impressionante, os maiores players deste segmento parecem estar com dificuldades para manter a velocidade e trazer novidades verdadeiramente inovadoras. Como avança a Bloomberg, a OpenAI, Google e Anthropic estão a deparar-se com vários obstáculos, entre os quais o retorno do investimento ou a disponibilidade de conjuntos de dados.

A OpenAI, por exemplo, finalizou o treino inicial de um novo modelo que se esperava que fosse significativamente melhor do que as alternativas existentes. O Orion, como é conhecido internamente, não atingiu, no entanto, o desempenho desejado e, agora, não é visto como uma evolução tão grande como o GPT-4 foi em relação ao GPT-3.5. Na Alphabet, a casa-mãe da Google, uma nova versão do Gemini não está a corresponder às expetativas, revelam três fontes próximas. A Anthropic, por sua vez, já admite que o lançamento do modelo avançado Claude Opus 3.5 vai demorar mais a chegar do que o inicialmente previsto.

Entre as dificuldades elencadas, além do desempenho não ser uma melhoria significativa, há a questão de obter dados de elevada qualidade para treino e produzidos por humanos, que possam ser combinados e construir os sistemas de IA. No Orion, por exemplo, o modelo teve dificuldades em criar código para o qual não tinha sido treinado em parte devido à falta de dados disponíveis para o ensinar. As melhorias modestas trazidas não são suficientes para convencer as empresas a continuar o investimento para construir e operar estes novos modelos, mesmo que a promessa de potencial esteja lá.

Margaret Mitchell, cientista chefe da startup de IA Hugging Face, considera que “ a bolha da Inteligência Artificial Generativa está a esvaziar um pouco”, explicando que há uma necessidade para “diferentes abordagens de treino” o que fará com que estes modelos ainda demorem alguns anos a chegar.

Um porta-voz da Google DeepMind afirmou apenas que a empresa está “satisfeita com o progresso que estamos a ver no Gemini” e que “iremos partilhar mais quando estivermos prontos”, com a OpenAI e a Gemini a recusarem comentar o tema.

O presidente da Rede Elétrica Nacional, Rodrigo Costa, é um dos integrantes da lista anual TIME100 Climate, em que a revista americana distingue “os 100 líderes mais influentes que impulsionam empresas para ações climáticas reais”.

Segundo a Time, “o CEO e presidente do conselho de administração da maior empresa de infraestrutura de energia de Portugal, a Redes Energéticas Nacionais (REN)” merece a distinção por ter supervisionado “uma transição histórica para recursos renováveis.”

“Costa trouxe consigo décadas de experiência como executivo — incluindo 15 anos na Microsoft — antes de assumir o comando da REN em 2015 e ajudar o país a tornar-se um líder europeu em energia limpa”, escreve a revista, que sublinha o facto de “Portugal ter diminuído constantemente sua dependência de carbono na última década, uma tendência pontuada por marcos significativos nos últimos dois anos.”

“Com Costa no comando, a REN eliminou a produção de carvão quase uma década antes do previsto em 2021, ao fechar sua última central elétrica a carvão. Durante um período recorde de seis dias no outono de 2023, a produção de energia renovável de Portugal excedeu a procura de eletricidade do país — permitindo que Portugal exportasse o excesso de energia limpa para a Espanha”, lê-se na revista que destaca ainda outros marcos da transição energética do país:  “Em janeiro deste ano, a produção de energia eólica atingiu um recorde histórico em Portugal, e em menos de nove meses em 2024 a energia solar excedeu sua produção total registada em 2023. Em abril deste ano, o país gerou 95% de sua eletricidade a partir de recursos renováveis, com energia hidrelétrica, eólica e solar, cada uma assumindo uma parcela maior do fornecimento de energia. E até setembro, a REN relatou que 73% da eletricidade do país em 2024 foi produzida por fontes renováveis.”

A lista climática da TIME100 de 2024 inclui o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga (a que a revista dedica a capa na sua edição americana), o príncipe Harry, Bill Gates , a secretária de Energia dos EUA, Jennifer Granholm, o CEO e presidente da Lego, Niels Christiansen, o primeiro-ministro de Granada, Dickon Mitchell e a diretora administrativa do World Resources Institute, Wanjira Mathai, entre muitos outros.

A Google está a reforçar a segurança do ecossistema Android e vai disponibilizar uma nova funcionalidade ao Play Protect que é capaz de analisar o comportamento das aplicações e denunciar caso seja detetada, em tempo real, qualquer ameaça.

A novidade foi anunciada na Google I/O há alguns meses e sabe-se agora que já está disponível nos modelos Pixel 6 e mais recentes. Além disso, a Google já a disponibilizou para outros fabricantes, pelo que é expectável que chegue nos próximos meses aos smartphones da Xiaomi, OnePlus, Nothing, Oppo e outras marcas, noticia o The Verge.

A vantagem desta abordagem é que passa pela análise do comportamento da aplicação em tempo real e não apenas numa análise prévia ao código antes de ser descarregado. A funcionalidade vai estar em constante monitorização por comportamentos suspeitos, direcionando-se assim para aquelas apps que têm código malicioso ‘adormecido’ e que só entra em execução depois de instalado. A ferramenta tira partido da infraestrutura de privacidade do Android chamada Private Compute Core que foi desenhada para manter os dados do utilizador seguros.

Além desta adição à segurança, a Google vai introduzir um mecanismo para detetar chamadas de spam ou de burlões. Um sistema de Inteligência Artificial vai analisar os padrões da conversa e alertar o utilizador caso detete algo suspeito, recomendando que desligue a chamada. Para já, esta última está apenas disponível para os membros do programa beta Phone by Google com Pixel 6 ou superior.

A Reunião da Comissão Federativa deliberou a marcação de eleições diretas intercalares para a liderança da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL) do PS, que acontecerão no dia 10 de janeiro. A decisão foi tomada por unanimidade. Menos claro é ainda quem vai a votos: Miguel Prata Roque e Pedro Pinto continuam a ser os candidatos na corrida. Filipe Santos Costa disse apenas estar a “ponderar” uma candidatura, mas continua à procura de apoios para avançar.

A hesitação de Filipe Santos Costa no anúncio de uma candidatura à FAUL que, horas antes da reunião era dada como certa, é explicada por um militante que esteve presente com a forma como a sala ficou “fria” durante a sua intervenção. Ainda sem certeza de ter os apoios para avançar, Santos Costa optou por ser contido nas declarações e admitir apenas estar a “ponderar” uma candidatura, segundo relatos de quem esteve na Comissão Federativa.

Os apoios a Pedro Pinto

Sem Miguel Prata Roque presente, houve várias intervenções a pedir a Pedro Pinto de Jesus, o vice-presidente de Ricardo Leão, para avançar declaradamente para a corrida, numa altura em que todos o dão como candidato. “Praticamente todos os militantes que falaram pediram ao Pinto que se candidatasse”, relata um socialista. Os apoios vieram de Loures, mas também de Mafra, de Odivelas e de Oeiras.

Ainda assim, há no PS quem tema uma luta que divida os socialistas no distrito de Lisboa a poucos meses das autárquicas e preferisse, por isso, um candidato de consenso ou, pelo menos, com hipótese de ter os outros a renunciar a dada altura em seu favor.

Depois da reunião desta quarta-feira, houve quem tivesse ficado convencido de que Filipe Santos Costa não conseguiria fazê-lo, até por ter pressão do setor de José Luís Carneiro para não avançar. E isso faz com que o nome de Carla Tavares, que é eurodeputada, volte a estar em cima da mesa, embora seja improvável que assuma a liderança da FAUL estando em Bruxelas.

A reunião serviu também para fazer o exorcismo do caso Ricardo Leão, com vários militantes a intervir para atacar a forma como o líder demissionário da FAUL foi condenado na praça pública por outros socialistas.

Leão diz que PS não pode “enfiar a cabeça na areia quando se trata de temas mais sensíveis de gerir”

O próprio Ricardo Leão escreve esta quinta-feira um artigo de opinião no Público a fazer a sua defesa, já depois de ter falado nos órgãos do partido, como disse sempre querer fazer.

“Reconheço que as afirmações que proferi foram um momento menos feliz. Não refletem o que quis dizer e muito menos o que penso. Deveria ter sido mais claro na minha comunicação. Aceito e reconheço isso”, começa por escrever Leão, que insiste na ideia de que o PS tem de apresentar soluções para os problemas que a extrema-direita põe na agenda.

“Humanismo, solidariedade e inclusão são valores que muito prezo e que têm pautado a minha conduta pessoal, profissional e política. São valores que fazem de mim um homem de esquerda. Mas ser de esquerda não pode significar enfiar a cabeça na areia quando se trata de temas mais sensíveis de gerir”, defende o presidente da Câmara de Loures.

“Quem, como eu, conhece bem as áreas metropolitanas sabe que acumulámos nos nossos territórios reservatórios de descontentamento onde começam, agora, a despontar sinais de revolta. Este não é um debate só nosso: atravessa toda a Europa”, diz o autarca, notando o trabalho que tem feito na habitação social e na entrega de refeições escolares às crianças mais desfavorecidas, tentando assim contrariar as críticas que lhe têm sido feitas nestas matérias.


“Na área da habitação, estamos a reabilitar mais de 1200 fogos (quase 50% do total do parque habitacional), vamos construir perto de 300 novas casas e implementámos várias medidas de apoio à habitação jovem. Temos, hoje, centenas de histórias bem-sucedidas de pessoas e famílias devidamente integradas na comunidade. O jogo do empurra de responsabilidades, em que cidadãos não pagavam a renda acusando a câmara de não arranjar as casas ou em que a autarquia assumia não proceder a obras de melhoria devido ao não pagamento de rendas, é passado. Essa realidade, em Loures, acabo”, declara.

Duarte Cordeiro defende aposta em Ricardo Leão

Essa imagem de autarca competente é, aliás, grande parte da defesa que muitos socialistas fazem de Ricardo Leão, no rescaldo da polémica.

Um deles é Duarte Cordeiro, que recusa a ideia de que o seu apoio a Leão se restrinja a lógicas de poder interno, elogiando o percurso que o autarca fez em Loures e notando que, enquanto liderou a FAUL, deu destaque não só ao atual presidente da Câmara de Loures, mas também a outras figuras, numa lógica de renovação.

“Quando fui Presidente da FAUL apostei no Ricardo Leão e no Fernando Paulo, de uma nova geração do PS, para serem deputados, e no caso do Ricardo, para ser coordenador dos deputados do PS. Ele desempenhou essa responsabilidade, a par de ter sido Presidente da Assembleia Municipal de Loures. Ambas lhe deram responsabilidade e visibilidade para mais tarde ganhar a Câmara de Loures. O Fernando Paulo, que representou uma outra aposta da FAUL, também ganhou a Câmara de Vila Franca de Xira”, afirma Duarte Cordeiro à VISÃO.

Duarte Cordeiro, que continua a ser descrito no PS como “homem que tem as tropas em Lisboa”, entende, contudo, que essa é uma forma muito limitadora de descrever o seu papel no partido e rejeita por completo que a sua proximidade a Ricardo Leão seja lida numa lógica aparelhística.

“Houve uma estratégia que apostou numa nova geração para assumir maiores responsabilidades. O Ricardo Leão já tinha inclusivamente experiência autárquica, porque já tinha sido vereador com a responsabilidade das finanças na Câmara de Loures. Ainda na linha das apostas da FAUL tivemos a valorização da Carla Tavares como eurodeputada. Isto só para dar exemplos mais evidentes. Podia também falar de um vasto percurso em que sempre valorizei pessoas com perfis muito diferentes, como o caso do Pedro Delgado Alves”, elenca Cordeiro, que se refere ao Presidente da Câmara de Loures como “um grande autarca”.

Duarte Cordeiro, que está no Secretariado Nacional do PS e que, por isso, deixou a liderança da FAUL, continua a ser reiteradamente apontado como um dos mais fortes candidatos a Lisboa. Ricardo Leão chegou mesmo a dizer que seria “o único com capacidade para abanar” Moedas na corrida autárquica.

Apesar disso, Duarte Cordeiro tem repetido não estar disponível para cargos públicos enquanto não ficarem encerrados os casos da Operação Tutti Frutti e da Operação Influencer, que o agastaram pessoalmente e o fizeram querer sair da ribalta política, mesmo que continue a ser um dos conselheiros mais próximos de Pedro Nuno Santos no PS.