Em dezembro de 2022, uma equipa de Universidade de East Anguila, no Reino Unido, desenvolveu o “Marlin”, um veículo subaquático autónomo, lançado no mar de Ross, no oceano Antártico, de forma a recolher mais dados sobre as suas águas geladas. Programado com uma série de sensores destinados a fazer medições sobre processos oceânicos, o Marlin devia ter seguido para norte, em direção a águas abertas. No entanto, as correntes fortes do mar de Ross acabaram por arrastar o robô para sul e este ficou preso numa cavidade da plataforma de gelo de Ross, onde permaneceu durante quatro dias, até voltar a emergir. Apesar de encalhado, o Marlin continuou a fazer o trabalho para que estava programado, tendo realizado 79 “mergulhos” e medições das águas do interior da cavidade – a uma profundidade de 200 metros.

Os dados que recolheu, publicados na última sexta-feira na revista Science Advances, revelam aos cientistas novas perspetivas sobre a subida de temperatura da água do oceano Antártico e o subsequente degelo de uma grande plataforma de gelo. A equipa de especialistas registou uma “intrusão” de cerca de 50 metros de espessura de água relativamente quente que entrou na cavidade em que o robô se encontrava a partir de águas abertas próximas. Para além disso, foi possível verificar uma variação na temperatura da água situada entre os -1,9 graus celsius e -1,7 graus debaixo do gelo. “Embora o aumento da temperatura – quatro milésimos de grau por ano – possa não parecer muito, pode levar a uma perda adicional de gelo de cerca de 20 a 80 cm por ano durante os 45 anos que analisámos”, explicou Peter Sheehan, um dos autores do estudo, num comunicado da universidade.

Análises posteriores determinaram que ocorreu um aumento dos níveis de calor – ou seja, de água relativamente quente – que é transportada para dentro da cavidade nos últimos 45 anos, o que, segundo os cientistas, se pode ficar a dever às alterações climáticas. “Descobrimos que as águas da intrusão eram suficientemente quentes para derreter a parte de baixo da plataforma de gelo, ao contrário das águas do ponto de congelação que provavelmente deslocaram”, explicou Sheehan. “O que é novo aqui é que podemos seguir o rasto da água quente desde as águas abertas do Mar de Ross, na frente do gelo, até à cavidade. Nunca tínhamos visto uma intrusão destas a acontecer diretamente”, concluiu.

Os efeitos do aquecimento global na Antártida tem sido registados por diversos estudos nos últimos anos. Esta investigação foi a primeira a debruçar-se sobre os efeitos que as alterações climáticas têm numa importante plataforma de gelo da Antártida, provocando o seu degelo. Fenómeno que a equipa acredita vir a aumentar no futuro, à medida que as alterações climáticas resultem no aquecimento contínuo dos oceanos.

A equipa de cientistas da Universidade de East Anguila defende as correntes de Ekman – correntes de superfície impulsionadas pelo vento – são uma possível explicação para a entrada de calor na cavidade. “A influência das intrusões de águas superficiais, juntamente com as tendências e a variabilidade da dinâmica de Ekman que as pode impulsionar, deve ser incorporada nos modelos climáticos, sobretudo devido à incerteza contínua na resposta do gelo terrestre antártico às alterações climáticas”, explicou Sheehan.

1. Chico Fininho

“Gingando pela rua / Ao som do Lou Reed / Sempre na sua / Sempre cheio de speed / Segue o seu caminho / Com a merda na algibeira / O Chico Fininho / O freak da cantareira.” Com estes versos imortais, Rui Veloso lança, em 1980, o primeiro single do moderno rock português, embora acompanhado pelos UHF, com Cavalos de Corrida. O álbum Ar de Rock será o primeiro de uma longa parceria com Carlos Tê. O público, que vivia na primeira década consumista portuguesa, estava sequioso. Vieram mais, como os GNR, os Xutos, os Táxi, Salada de Frutas, Já Fumega, Trabalhadores do Comércio e muitos outros, em bandas ou a solo.

2. Televisão a cores

Em março de 1980, o sistema PAL andava na boca de toda a gente. Na verdade, era a tecnologia adotada pela RTP para lançar a televisão a cores, em Portugal, aproveitando o Festival da Canção desse ano. Em boa hora, numa altura em que, embora ainda sem canais privados, a televisão portuguesa se agitava, muito por ação da primeira e marcante telenovela nacional, onde vimos, em Vila Faia, um talentoso Nicolau Breyner, que conhecíamos da comédia, a fazer um grande papel dramático, no seu par com Margarida Carpinteiro.

3. O Cartão Jovem

Os jovens dos anos 80 foram os primeiros a viver uma década inteira em democracia. A adesão europeia surgiu mais ou menos a meio do decénio e o consumismo iniciou a sua longa ditadura. O cartão jovem, uma ideia europeia importada pelos governos de Cavaco Silva, dava acesso mais fácil a mais bens e serviços. Mais do que uma forma de pagamento com desconto, o cartão operou uma mudança de mentalidade…

4. MEC e Herman

O semanário O Independente, para os amigos, o “Indy”, lançava no panorama jornalístico e político português dois grandes nomes: Paulo Portas (então muito irreverente, quando jurava que jamais seria capaz de vestir fato e gravata…) e, sobretudo, a alma mater, Miguel Esteves Cardoso. O semanário tornou-se objeto de culto, só comparável ao Humor de Perdição com que, na cinzentona RTP, Herman José sacudia o mofo e as mentalidades…

5. A sida

Já andava por aí, mas foi quando se conheceram as primeiras mortes de famosos que o pânico invadiu a cidade. Ainda agora nos tínhamos libertado de preconceitos e entrado na nossa própria – e tardia – revolução sexual e já nos impunham a abstinência… É verdade que o preservativo podia mitigar a coisa, mas usá-lo foi, para muitos, pior do que usar máscara, na pandemia que nos assolou 40 anos mais tarde…

6. Portugal na CEE

Editado em março de 1981 pela EMI – Valentim de Carvalho, o primeiro single dos GNR chama-se Portugal na CEE. No final dos anos 70, o PS de Mário Soares tinha feito da adesão europeia um slogan célebre – “A Europa Connosco”. Mas, “perdidos no trânsito” de dois resgates do FMI, só chegámos ao Mercado Comum (Comunidade Económica Europeia, CEE), o grande El Dorado dos portugueses de todas as classes e idades, com o Tratado de Adesão, assinado em 1985, entrando, de pleno direito, a 1 de janeiro de 1986. Vinha aí “um milhão de contos por minuto” de fundos europeus, para olear as obras do cavaquismo…

7. Totoloto e multibanco

Numa época em que as apostas desportivas se confinavam ao Totobola, o advento do Totoloto marca um antes e um depois, nos jogos da Santa Casa. Entrava em declínio não só o Totobola, mas também a própria Lotaria Nacional… E para levantar dinheiro, na segunda metade da década, os bancos colocaram nas ruas uma espécie de slot machine e um mágico cartão de plástico que nos libertava de filas ao balcão: era o multibanco, com o seu icónico bonequinho…

8. O golo de Carlos Manuel

Foto: Lusa

Não há nenhum adepto que já tivesse consciência futebolística a 16 de outubro de 1986 que não se lembre onde estava quando o pontapé de Carlos Manuel deu o golo da vitória a Portugal, em Estugarda, frente à poderosa RFA (Alemanha Ocidental) e o apuramento para o Mundial do México, no ano seguinte (o 2º apuramento da História, 20 anos depois do primeiro). O pior foi o que aconteceu depois, em Saltillo…

9. O Tollan

Faziam-se excursões de todos os pontos do País para ver o destroço do Tollan, o porta-contentores britânico que, a 16 de fevereiro de 1980, após ter colidido com o navio cargueiro sueco Barranduna, encalhou, frente à Ribeira das Naus, na zona ribeirinha mais nobre de Lisboa. De “pernas para o ar”, o navio gigante parecia um desolado cachalote a contemplar, melancolicamente, o Cais das Colunas, ali ao lado. O Tollan até deu o nome a restaurantes e cafés da zona e, depois de muitas tentativas para o desencalhar, lá se despediu dos lisboetas em dezembro de 1983. Deve ter havido quem tenha vertido uma lágrima…

Foto: Lusa

10. A queda do Muro

A  9 de novembro de 1989, a queda do Muro de Berlim seria a data mais marcante do final da Guerra Fria, depois de meia década de degelo trazida pela perestroika e pela glasnost de Mikhail Gorbachev. Os contemporâneos dos anos 80 assistiam, assim, ao vivo e a cores (pela TV) a um dos acontecimentos mais importantes do século XX.

Um calhamaço

Em A Década Prodigiosa. Crescer em Portugal nos Anos 80, o jornalista e diretor de canais da SIC Pedro Boucherie Mendes faz uma exaustiva investigação sobre os acontecimentos, os costumes e as pequenas e grandes histórias dos anos 80 do século XX. Partindo do ponto de observação de um adolescente que cresce ao ritmo da década, o autor não se limita às suas próprias memórias e experiências pessoais, tendo consultado extensa documentação, nomeadamente, jornais da época, e recolhido testemunhos de pessoas de vários pontos do País, o que permite uma abordagem inovadora que vai para lá da perceção geral. Da política às artes, dos hábitos às modas, da televisão ao consumismo – eis o relato de uns anos loucos que se estendem até 1992, data da abertura dos primeiros canais privados de televisão. — D. Quixote, 661 págs, €29,90

A edição de 2024 da Web Summit Lisboa também foi palco para novidades no setor automóvel. No centro das atenções estiveram a Mercedes-Benz e a Microsoft que, em parceria, ambicionam redefinir o conceito de veículo conectado e inteligente. O principal objetivo é que os automóveis se adaptem aos utilizadores em tempo real e que se transformem continuamente através de atualizações de software. Magnus Östberg, diretor de software da Mercedes-Benz, e Dominik Wee, Vice-Presidente Corporativo de Engenharia da Microsoft, destacaram as inovações impulsionadas pela Inteligência Artificial (IA) e o papel crucial que o software tem e irá continuar a ter para o futuro da indústria automóvel.

Veículos definidos por software

Magnus Östberg abriu a conversa no painel Accelerating automotive transformation with GenAI, que a Exame Informática esteve a acompanhar, apontando que a Mercedes-Benz já não olha para os automóveis como apenas simples máquinas, mas sim como verdadeiras plataformas de software. Em vez de se focar apenas no desenvolvimento de hardware, a marca alemã está a apostar agora num “sistema de gestão de estilo de vida”, projetado para transformar a experiência dos condutores e adaptar-se continuamente às necessidades dos mesmos.

O conceito de “veículo definido por software” significa que os carros da Mercedes-Benz não evoluem apenas mecanicamente, mas também virtualmente, através de atualizações automáticas de software que chegam até aos consumidores com a rapidez de um simples clique. “Agora, os nossos veículos podem receber atualizações num curto período de tempo, disponibilizando uma experiência renovada sempre que o cliente quiser”, afirma o executivo alemão. Através desta tecnologia, os utilizadores poderão descarregar funcionalidades novas em qualquer momento, independentemente de onde estejam, e a Mercedes poderá adaptar-se ao feedback dos consumidores em tempo real, criando uma relação de proximidade entre marca e cliente.

Inteligência Artifical ao volante

Já Dominik Wee destacou a importância da IA na criação de experiências personalizadas e na segurança dos condutores enquanto conduzem. Um exemplo é o uso de sistemas de linguagem natural, que permitem ao condutor interagir com o automóvel de uma forma simples e intuitiva, usando comandos de voz, sem necessitar de botões ou de um ecrã tátil para executar operações. “Queremos transformar a experiência do condutor para que este possa falar com o carro da mesma forma que falaria com uma pessoa”, explica o responsável.

Dominik Wee, Vice-Presidente Corporativo de Engenharia da Microsoft, destacou a importância da segurança dos condutores enquanto conduzem

Além disso, a Microsoft está a integrar a IA nos sistemas de assistência avançada e de condução autónoma da Mercedes. Isto significa que, no futuro, os carros poderão antecipar e reagir a situações de risco com maior precisão, como prever que uma criança possa correr para a estrada ao observar uma bola. Esta visão é possível graças aos modelos de linguagem que estão a ser desenvolvidos para compreender o ambiente em redor do automóvel com uma sensibilidade similar à humana. 

Projetar o carro do futuro não é a única ambição da Mercedes-Benz e Microsoft. Aliás, como afirmam, a sua visão para o futuro vai além da condução autónoma ou de funcionalidades inovadoras. Trata-se de uma revolução centrada na experiência do utilizador, na personalização contínua e na capacidade de adaptação, através de um sistema de atualizações constante que mantém cada veículo na melhor versão, mesmo com o passar dos anos.

Automatização: A parceria entre IA e humanos no futuro do trabalho

Com o ritmo acelerado da transformação digital, a Mercedes e a Microsoft querem também a redefinir a forma como o trabalho é realizado em ambas as empresas. Os executivos alemães destacaram a importância da automatização de processos rotineiros e repetitivos, permitindo que os colaboradores se concentrem em tarefas que exigem uma intervenção mais criativa. “A IA não veio para substituir os humanos, mas para trabalhar em parceria com eles, melhorando a produtividade e reduzindo o esforço em tarefas repetitivas”, realça Dominic Wee.

O objetivo é claro: tornar o trabalho mais produtivo, automatizando processos como a monitorização de qualidade e o desenvolvimento de software. Esta abordagem não se limita apenas aos produtos finais, mas expande-se a todas as áreas da empresa, criando um ecossistema onde a tecnologia trabalha em sintonia com os profissionais.

A maior criptomoeda do mercado está numa tendência de subida acentuada e chegou ontem a um máximo de 89.982 dólares, quase atingindo os 90 mil dólares. A eleição de Donald Trump para a presidência dos EUA e o discurso durante o período eleitoral de que iria ter uma política mais amigável para as criptodivisas parece ter ecoado no mercado e levou a uma elevada procura. Também a Tesla, do apoiante mais notável de Trump, Elon Musk, aumentou a valorização no mercado em 40% nas últimas semanas.

Alvin Tan, diretor da RBC Capital Markets, explica à Reuters que “os entusiastas da cripto pensam que está a chegar um presidente que pensa como eles. Sobre a bitcoin, ao fim do dia, não há qualquer valorização para a ancorar, pelo que é difícil ter uma noção real do seu valor. Assim, quando o sentimento é positivo, é muito mais inflacionado do que qualquer outro tipo de bens”.

Nesta fase, ainda não se sabe bem como é que o apoio de Trump às ciberdivisas se vai materializar, o que tem levado a um aumento galopante na especulação, na mineração e na troca de ações.

A empresa especializada em bitcoin MicroStrategy anunciou ter investido mais de dois mil milhões a comprar bitcoin entre 31 de outubro e 10 de novembro, o que levou as ações a aumentar 26%. Por outro lado, os especialistas em mineração Riot Platforms, MARA Holdings e CleanSpark, viram as suas posições valorizar 17 e 30% respetivamente.

Donald Trump já fez saber que vai substituir Gary Gensler na presidência da Securities and Exchange Commission, o que poderá significar menos intervenção do regulador neste setor e também anunciou em setembro um novo negócio neste setor, a World Liberty Financial.

“O que estamos a ver não é só uma marca no preço, é um sinal de que o mercado está a aquecer para a ideia de uma bitcoin mais estável e um bem politicamente mais favorável”, vaticina Justin D’Anethan, responsável por desenvolvimento de negócio na Keyrock.

Quando algo se parte dificilmente conseguimos colar todo e cada pedacinho por forma a recriar o objeto. Há quem, com muito jeito, prática e sobretudo tempo e paciência, consiga mais ou menos fazê-lo. Mas a forma inicial nunca mais voltará a ser a mesma.

Conheci alguém que pegava em todos os cacos que podia e com eles criava novas formas, telas artísticas, tampos de mesa, o que fosse dando assim uma segunda vida aos pedaços que soltos eram apenas lixo.

O que assistimos hoje um pouco pelo mundo inteiro, sem que Portugal seja exceção, é que a política e a sociedade estão irremediavelmente partidas. Nada pode recuperar a forma anterior e o que para uns é uma calamidade, para outros pode ser encarada como a possibilidade, quem sabe única, de transformar o que havia em algo totalmente novo.

A eleição do novo inquilino da Casa Branca parece ter agradado apenas aos americanos. Mas em bom rigor não são eles quem tem que decidir da sua democracia e da forma como querem que o seu país seja governado? Seria absurdo imaginarmos alguém fora de Portugal tecer considerações sobre a eleição presidencial ou o resultado das autárquicas.

Claro que a presidência norte-americana com toda a influência quer em matéria de política externa quer no que diz respeito à economia mundial muito para além dos limites físicos dos EUA.

A eleição do novo inquilino da Casa Branca parece ter agradado apenas aos americanos. Mas em bom rigor não são eles quem tem que decidir da sua democracia e da forma como querem que o seu país seja governado? Seria absurdo imaginarmos alguém fora de Portugal tecer considerações sobre a eleição presidencial ou o resultado das autárquicas

E é também evidente que a política é, hoje em dia, a tal borboleta que, ao mover as asas, provoca um tsunami do outro lado do mundo. Ou, como diria alguém bem mais prosaico, isto anda tudo ligado.

O maior e mais cínico dos paradoxos atuais é o facto de assistirmos a conflitos fomentados ou pelo menos alimentados na sua maioria por forças externas, que provocam enormes vagas de pessoas deslocadas e continuar a ser discutida a todos os níveis e em todos os quadrantes políticos mundiais o direito à migração.

O novo, mas já não principiante, inquilino da Sala Oval, ficará para sempre ligado ao famoso muro entre o México e os EUA. Não é um bom cartão de visita, tanto mais que não corresponde completamente à verdade. Quer o seu antecessor quer Biden têm responsabilidades tanto na construção quer nas políticas restritivas que levam à desumana separação de famílias, num claro e violento ataque aos Direitos Humanos.

No entanto o Sr. Trump consegue ir sempre mais longe, presenteando-nos com a sua megalomania ao nomear “czares” para as áreas consideradas chave, entre elas a imigração.

Para além do controle de fronteiras, o processo de deportação teve já inicio com operações de fiscalização em diversos locais, em busca de imigrantes em situação irregular. Pouco importa se existem filhos nascidos nos EUA e que nunca puseram pé nos países de origem de seus pais! A deportação é para levar à letra e teme-se que o exemplo se estenda a outros países, com ênfase especial aos já conhecidos na União Europeia.

Este cenário e outros que se anteveem não tranquiliza ninguém e muito menos a Europa, relativamente ao resultado da eleição da passada semana e às políticas que daí surgirão.

As movimentações ofensivas quer de Israel quer da Rússia demonstram claramente um sentimento de quase euforia e de real respaldo perante a eleição norte-americana.

O mesmo acontece em relação à economia externa, ameaçada com tarifas aduaneiras brutais, o que levou já a uma contração da indústria automóvel alemã, grande sustentáculo da economia da União.

A ameaça/promessa relativamente ao apoio à NATO pode desencadear o fim do sistema de segurança em que a UE se tem apoiado até ao momento.

Ou seja, muito embora a soberania dos EUA e a sua democracia não possa nem deva ser posta em causa, o certo é que ela é, efetivamente, a borboleta que ameaça escaqueirar todo o equilíbrio europeu.

A questão que se coloca é o que fazer com os cacos que daí resultarão.

Os mais otimistas dirão que esta é a oportunidade e o momento para uma maior autonomia europeia em áreas tão importantes como a defesa e segurança permitindo uma maior relevância na política externa.

Outros, como eu, consideram que a não existência de estadistas europeus, ou até mesmo nacionais, levará a uma profunda crise identitária europeia, que pode ter como resultado o recrudescimento dos nacionalismos baseados em políticas de supremacia do “nós” em detrimento dos “outros”.

Seja qual for a solução, tal como a faiança que cai, nada será como dantes. Não será possível reconstruir o prato, a terrina ou a figurinha.

Restam pois duas soluções: ou lhes aplicámos os velhinhos “gatos” que mais não são que grandes agrafos que desfeiam e apenas remedeiam ou criamos um outro objeto.

Uma nova União Europeia.

Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

Nem tudo o que testamos ao longo das várias edições é caro ou de luxo. E isso é positivo, pois permite-nos descobrir gadgets mais simples e a preços bem mais acessíveis. Um bom exemplo são os auscultadores Bowie H1i da Baseus.

A construção destes auscultadores é bastante simples, sendo composta maioritariamente plástico, o que transmite uma sensação de pouca resistência. As almofadas poderiam ter mais enchimento, especialmente para uso prolongado, mas isso também justifica o preço mais acessível dos Bowie H1i.

Baseus Bowie H1i
Os auscultadores Bowie H1i destacam-se pelo design simples e contam com tecnologia de cancelamento de ruído (ANC)

As hastes têm uma dobradiça que permite dobrar os auscultadores, o que é um detalhe útil para facilitar o transporte e arrumação em espaços pequenos. A combinar com a simplicidade da construção, os botões são físicos, e não há qualquer painel tátil. Há um botão de energia, que também coloca em pausa o que estamos a ouvir, outros dois que nivelam o volume e uma patilha que ativa a tecnologia de cancelamento de ruído (ANC). Já no que toca à conectividade contamos com uma entrada USB-C e um jack de 3,5 mm.

Baseus Bowie H1i
Os Bowie H1i da Baseus estão disponíveis em três cores diferentes

Bowie H1i: Som razoável e uma app bem conseguida

A aplicação que acompanha os Bowie H1i disponibiliza diversos modos de personalização de áudio

A qualidade sonora dos Bowie H1i não é impressionante, mas cumpre o essencial para utilizadores menos exigentes, contribuindo para uma experiência auditiva razoável. Com volumes equilibrados, não se nota distorção e os graves são claros. No entanto, quando aumentamos o volume, a qualidade dos graves cai drasticamente, com uma distorção evidente que afeta o som.

Nos agudos, a experiência é melhor, conseguindo-se um som mais nítido, mesmo em volumes elevados. A tecnologia de cancelamento de ruído não é espetacular, mas consegue reduzir algum ruído ambiente, embora esteja longe da qualidade dos modelos topo de gama. Contudo, sentimos que em locais onde o ruído exterior é mais elevado, a eficácia da tecnologia de ANC não cumpre os mínimos.

Uma surpresa agradável foi a aplicação Baseus, que disponibiliza várias opções de personalização de som. Existem três modos principais: o modo normal, o modo de música (o nosso preferido, por dar um som mais impactante) e o modo de cinema, que não apreciámos, pois parece que estamos a ouvir música num túnel. Além destes há mais de uma dezena de personalizações possíveis que têm impacto real na experiência auditiva.

Autonomia e carregamento

A autonomia não deverá ser um problema, já que a marca garante cerca de 100 horas, o que, pela nossa experiência de vários dias de utilização intensiva, é perfeitamente alcançável. No entanto, ao optar pela utilização com o ANC ligado, a autonomia é reduzida para cerca de 70 horas, o que continua a ser um valor aceitável e superior ao de muitos outros auscultadores no mercado. Durante uma semana de trabalho, conseguimos utilizá-los nos dias de trabalho regularmente, e este é um aspeto que valorizamos bastante. O tempo de carregamento completo é de duas horas, o que se justifica pela longa duração de utilização que garantem.

Baseus Bowie H1i
O preço é acessível e satisfaz as necessidades mais básicas de quem procura auscultadores com som q.b, sem investir muito dinheiro

Por fim, o preço é equilibrado, considerando a experiência auditiva. É importante salientar que estes auscultadores são low-cost, desenvolvidos para quem não quer gastar muito, mas procura uma qualidade de som satisfatória.

Tome Nota
Baseus Bowie H1i – €59,99
eu.baseus.com

Construção Fraco
Cancelamento de ruído Satisfatório
Autonomia Muito Bom
Som Bom

Características Frequência: 20Hz–40kHz ○ 40mm Neodymium Driver, Autonomia: 100 horas, c/ ANC: 70 horas ○ Conectividade: USB-C, Bluetooth 5.3 ○ Codecs AAC, SBC, LHDC ○ Bateria: 600 mAh ○ Tempo de carregamento: 2 horas ○ Peso: 226 g

Desempenho: 3,5
Características: 3,5
Qualidade/preço: 4

Global: 3,7

O Calendário de Marketing e Redes Sociais 2025 da E-goi — plataforma de automação de marketing omnichannel — já está disponível para download gratuito. Este ano, a ferramenta oferece mais de 270 datas estratégicas e 25 estratégias comprovadas, selecionadas para ajudar as empresas a promover as suas campanhas ao longo do ano.

O recurso, já habitualmente desenvolvido pela E-goi, visa auxiliar no planeamento de marketing. Ao longo dos anos, já foram mais de 30 mil empresas impactadas com a ferramenta, que se afirma como uma verdadeira aliada para diferentes setores.

Para 2025, a plataforma decidiu ir além, transformando a sua conhecida ferramenta em algo mais valioso. “Decidimos que era hora de inovar e trazer ainda mais valor para as empresas”, explica Marcelo Caruana, Head de Marketing da E-goi. “Além do mapeamento habitual de datas, este ano incluímos estratégias para promover os principais eventos do ano.”

Assim, o novo calendário de marketing vai além do mapeamento tradicional e destaca-se como um recurso mais estratégico para profissionais de marketing. Com mais de 270 datas — incluindo feriados, dias comemorativos e eventos relevantes para os setores de marketing e negócios — o calendário agora também inclui mais de 25 estratégias práticas para apoiar a comunicação de datas-chave, como o Dia dos Namorados, o Dia da Mãe e a Black Friday.

A nova abordagem garante que as empresas estejam cientes das datas importantes e equipadas com estratégias para tirar o máximo partido de cada oportunidade relevante do ano. “Queremos entregar valor para as empresas e ajudá-las a aproveitar todos os momentos do ano”, salienta Caruana.

Embora traga novidades, o calendário de marketing da E-goi mantém recursos que se revelaram valiosos ao longo dos anos, como o envio mensal de emails com lembretes das datas importantes e a integração facilitada com Google Calendar, Outlook e Apple. Estas funcionalidades tornam o planeamento ainda mais eficiente, permitindo que as empresas se concentrem em criar campanhas impactantes e bem-sucedidas.

O calendário já está disponível e pode ser encontrado em três idiomas. Para descarregar gratuitamente, basta aceder: Calendário de Marketing 2025.


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