As primeiras semanas do ano foram maioritariamente condicionadas por um anticiclone que fez baixar – e muito – os termómetros. No entanto, segundo novas as previsões da Meteored Portugal, o tempo frio e seco pode dar lugar à chuva já a partir do próximo fim de semana com a chegada de depressões atlânticas ao continente.

De acordo com Alfredo Graça, geógrafo e especialista da Meteored Portugal, a deslocação do anticiclone que agora se encontra em Portugal para o interior do continente europeu permitirá a aproximação de depressões e respetivas frentes, vindas do Atlântico, que podem gerar chuva.

Para o próximo dia 19, domingo, está prevista a chegada de uma primeira frente que poderá trazer precipitação para o Norte e Centro de Portugal e em alguns pontos do Sul. Para além disso, estão ainda previstas massas de ar mais amenas que podem fazer subir as temperaturas.

O especialista da Meteored prevê que a circulação atlântica se prolongue durante toda a segunda quinzena de janeiro, ou seja, que as anomalias de precipitação positivas se mantenham, em todas as regiões do continente, até ao final do mês. Já nos arquipélagos da Madeira e dos Açores também está prevista mais chuva do que a normal para a época do ano, embora a anomalia seja mais suave.

A manterem-se estas previsões, está inicialmente descartada uma nova vaga de frio, dado que as circulações atlânticas estão, por norma, associadas a ventos de sul e oeste que não costumam resultar em temperaturas muito baixas. É até provável que as temperaturas previstas para as próximas semanas sejam entre 1 e 3 º C superiores ao normal.

Palavras-chave:

Os EUA, o Japão e a Coreia do Sul emitiram um comunicado conjunto no qual revelam que piratas informáticos associados à Coreia do Norte foram responsáveis por vários roubos de criptomoedas de elevado perfil. O custo total destes atos criminosos foi de 650 milhões de dólares, o equivalente a 639 milhões de euros ao câmbio atual.

Entre os roubos efetuados por cibercriminosos associados à Coreia do Norte estão o roubo de 308 milhões de dólares ao mercado de criptomoedas japonês DMM Bitcoin e o caso dos 235 milhões de dólares roubados à plataforma indiana WazirX.

“O programa cibernético da Coreia do Norte ameaça os nossos três países e a comunidade internacional em geral e, em particular, representa uma ameaça significativa à integridade e à estabilidade do sistema financeiro internacional”, pode ler-se na declaração conjunta.

Além da revelação de quem poderá ter estado por trás destes ataques de elevado perfil a entidades de criptomoedas, a comunicação dos três países serve ainda como alerta para todos os que têm presença no segmento das criptomoedas, pois esta será uma área que os cibercriminosos associados à Coreia do Norte deverão continuar a explorar.

O dinheiro roubado nestes ataques servem, segundo os três países, para a Coreia do Norte financiar “programas ilícitos de armas de destruição maciça e mísseis balísticos”.

1. Separação 

Foto: DR

Uma das surpresas de 2022 (sim, há três anos) é também um dos regressos mais aguardados do ano, para uma segunda temporada. O funcionamento interno das Indústrias Lumon irá continuar a alimentar este thriller laboral realizado e produzido por Ben Stiller, criado, escrito e produzido por Dan Erickson. Mark Scout (Adam Scott) e os seus colegas descobrem as consequências causadas pela existência de dois eus, um no emprego e outro em casa. Ao elenco juntam-se agora John Turturro, Christopher Walken e Sarah Bock.  AppleTV+ > Estreia 17 jan > 10 episódios 

2. Prime Target 

As séries The White Lotus e One Day apresentaram Leo Woodall ao mundo e agora vamos querer vê-lo no papel de Edward Brooks, um jovem formado em Matemática com um talento especial para ver padrões em números primos e assim conseguir ter acesso a todos os computadores do mundo. Com Taylah Sanders (Quintessa Swindell), agente de segurança dos EUA, começa a juntar as peças de uma conspiração perturbadora.  AppleTV+ > Estreia 22 jan > 8 episódios 

3. O Despertar do Oeste Americano 

A América de 1857 marca o início do Oeste americano, tempo de violentas colisões entre cultos, religiões e lutas de classes pelo controlo do novo mundo. Esta minissérie, American Primeval no original, é uma dramatização fictícia realizada por Peter Berg, com argumento de Mark L. Smith (The Revenant), sobre sobrevivência em tempos sem paz. Com Taylor Kitsch, Betty Gilpin, Tokala Black Elk, Derek Hinkey, entre outros.  Netflix > Estreou 9 jan > 6 episódios 

4. Wolf Hall: O Espelho e A Luz

Com triunfos e traições, polémicas e conspirações, assim se escreve a trilogia Wolf Hall, cujos dois primeiros volumes deram a base da primeira temporada (2015). A obra de Hilary Mantel (1952-2022), dedicada ao ministro de Henrique VIII, publicada em 2009, valeu à escritora e crítica literária britânica o Costa Award e o Man Booker Prize. A série foi também galardoada com dois prémios Bafta, um Globo de Ouro e o Peabody.

Agora, os novos seis episódios incidem em Wolf Hall: O Espelho e A Luz, o último volume e os últimos quatro anos da vida de Thomas Cromwell. A interpretação de Mark Rylance é irrepreensível nos seus olhares, silêncios e subtilezas, tal como também sobressaiu o papel de Claire Foy (The Crown), de concubina a condenada. Qua 22h10 > estreou 8 jan, 6 episódios, um por semana > TVCine Edition e TVCine+

5. Dexter: Original Sin 

Ninguém nasce um assassino, mas com as influências certas há quem se torne um serial killer de excelência. É o caso de Dexter Morgan, magistral papel de Michael C. Hall durante oito temporadas, aqui apenas na voz do narrador. A série-prequela mostra a aprendizagem do jovem Dexter (Patrick Gibson), em Miami, em 1991. Em junho, estreará Dexter: Resurrection – será que Dexter (Michael C. Hall) ressuscitou ou o terá o seu filho assumido o seu lugar de homicida? SkyShowtime > Estreia 30 jan > 10 episódios 

6. The Agency

Foto: DR

Os protagonistas deste thriller político são o primeiro chamariz, de Michael Fassbender a Jeffrey Wright, de Jodie Turner-Smith a Richard Gere. E na produção executiva está George Clooney. Esta é a mais recente adaptação de Le Bureau des Légendes, série francesa com cinco temporadas, criada por Éric Rochant. Espionagem e conspiração, identidades falsas e missões secretas, tudo está muito bem engendrado. SkyShowtime > Estreia 10 fev > 10 episódios 

7. The White Lotus 

Primeiro, as férias foram passadas no Maui, depois em Itália, na Sicília em concreto. Se, na primeira temporada, nos perdemos de riso com Armond (Murray Bartlett) e Tanya McQuoid (Jennifer Coolidge), na segunda continuámos fãs de Tanya, mas também de Harper Spiller (Aubrey Plaza) e Dominic Di Grasso (Michael Imperioli). Na terceira temporada, o criador, Mike White, e a equipa tomam conta de um resort tailandês. Veremos se esta sátira irá surpreender-nos mais uma vez. Max > Estreia 17 fev > 8 episódios 

8. Ladrões de Drogas 

O maior comércio escondido de narcóticos na costa leste dos EUA é descoberto quando um grupo de amigos, em Filadélfia, se faz passar por agentes do controlo de drogas. Criada por Peter Craig (autor do argumento de Gladiador II) com base no livro homónimo de Dennis Tafoya, Dope Thief no original, conta com Ridley Scott como produtor executivo e realizador de um episódio. Brian Tyree Henry e Wagner Moura são os protagonistas. Apple TV+ > 14 mar > 8 episódios 

9. The Residence 

A partir do livro The Residence: O Mundo Privado da Casa Branca, de Kate Andersen Brower, Paul William Davies (Scandal, For the People) cria um mistério policial que acontece nas escadarias e nos corredores da Casa Branca. Os ingredientes? 157 suspeitos, um cadáver, um detetive excêntrico e um jantar de Estado desastroso. Com a chancela da produtora Shonda Rhimes. Netflix > Estreia 20 mar > 8 episódios 

10. The Studio 

A expectativa está alta quanto à nova comédia de Seth Rogen, que não só protagoniza The Studio (é Matt Remick, o recém–nomeado chefe dos estúdios Continental) como a escreveu, produziu e realizou. Lá vamos nós por um estúdio de cinema de Hollywood adentro, ver como e se ainda se consegue sobreviver nesta indústria. Uma sátira feita por nomes deste meio, com participações especiais de Bryan Cranston, Martin Scorsese e Charlize Theron.  AppleTV+ > Estreia 26 mar > 10 episódios 

11. The Last of Us 

A segunda temporada da série, a adaptação do videojogo com o mesmo nome, deverá estrear-se na primeira metade do ano. Até lá, é preciso continuar à espera para ver Pedro Pascal e Bella Ramsey nos papéis de Joel Miller e Ellie, cinco anos após o final da história anterior. Joel interrompeu a busca de uma cura, resgatando Ellie antes que ela pudesse ser dissecada para estudar a sua imunidade. Será que poupar-lhe a vida condenou inúmeras outras pessoas? Max > abril > 7 episódios 

12. Andor 

Considerada pelo público e pela crítica uma das melhores séries do universo Star Wars – e são já muitas as opções –, Andor deixou os fãs sedentos por uma segunda temporada. Os novos episódios vão contar a história de Cassian Andor (Diego Luna), e da emergente aliança rebelde, ao longo dos quatro anos que levaram à descoberta da Estrela da Morte e aos acontecimentos de Rogue One.  Disney+ > Estreia 22 abr > 12 episódios  

13. O Cavaleiro dos Sete Reinos 

Depois de A Guerra dos Tronos, outra obra de George R. R. Martin, The Hedge Knight, dá o mote para uma série também muito aguardada. Gravada em Belfast, na Irlanda, passa-se 100 anos antes dos acontecimentos em A Guerra dos Tronos, com o cavaleiro Duncan the Tall (Peter Claffey) e o seu pequeno escudeiro, Egg (Dexter Sol Ansell), em Westeros, e o Trono de Ferro ainda na casa Targaryen.  Max > Data a anunciar > 8 episódios 

14. Stranger Things 

A quinta e última temporada de Stranger Things ainda não se estreou e já estamos com saudades. Millie Bobby Brown, Finn Wolfhard, Gaten Matarazzo, Caleb McLaughlin e Noah Schnapp – os atores que Matt Duffer e Ross Duffer deram a conhecer em 2016 – cresceram, literalmente, e a série não poderia continuar a acompanhar as aventuras destes adolescentes. Verdadeiro fenómeno da cultura pop, irá findar com episódios longos, que a equipa criativa diz serem dos melhores entre os 34 anteriores.  Netflix > Data a anunciar > 8 episódios 

Sejamos claros: a posse esta quarta-feira, 15, de Daniel Chapo como novo Presidente da República de Moçambique é ilegítima sob todos os pontos de vista. A fraude desencadeada pela Frelimo, o partido no poder há 50 anos, nas eleições gerais de 9 de outubro passado (presidenciais, legislativas e para as assembleias provinciais), foi descarada. Apenas dois exemplos de manipulações eleitorais, entre as muitas detetadas por observadores independentes. Foi frequente presidentes de mesas de voto recusarem-se a assinar os editais, quando se verificava a derrota do partido Frelimo e do seu candidato presidencial, Daniel Chapo. Aqueles responsáveis fabricaram, depois, editais com assinaturas falsificadas e números inventados, em que existiam mais votos para a eleição de deputados para a Assembleia da República (AR) do que para a eleição presidencial – num país com um regime presidencialista. Segundo exemplo: em numerosas mesas de voto, os observadores, mediante os editais produzidos, verificaram ali a vitória do principal candidato presidencial da oposição, Venâncio Mondlane, por margens significativas, entre 60% e 70% dos votos. Mas os referidos editais não foram afixados. Em seu lugar surgiriam outros, diferentes dos produzidos após a contagem dos votos, e que davam, claro, a vitória ao candidato da Frelimo, Chapo.

Este artigo é exclusivo para assinantes. Clique aqui para continuar a ler.

 O aspirador está ligado, os miúdos decidem iniciar a habitual disputa pela televisão, que, entretanto, está num volume demasiado alto e o telefone toca. Chamada importante, inadiável. Preciso de ouvir com atenção e de me fazer ouvir com total clareza. À falta de teletransporte para uma ilha deserta, coloco os HUAWEI FreeBuds Pro 4 nos ouvidos e mergulho numa bolha silenciosa, onde só a voz do lado de lá ressoa, nítida. A conversa decorre na perfeição e ao meu pedido de desculpas pelo ruído de fundo, retorna um “que ruído?”. Foi música para os meus ouvidos! 

A nova geração de auriculares sem fios da Huawei chega mais apetrechada e pronta para dar não só música, mas som de máxima qualidade. Falamos dos primeiros auriculares HUAWEI SOUND da marca chinesa, que combinam tecnologia de ponta para uma reprodução de som precisa e um design moderno e sofisticado


Uma experiência mais envolvente 

Quantas vezes, ao longo do dia, tudo o que precisamos é de menos distrações e mais concentração, de foco, e os locais onde estamos não ajudam? Os novos auriculares da marca, compatíveis com Android e iOS, surgem para dar resposta a todos os contextos, pessoais ou profissionais, em que precisamos de uma experiência de áudio perfeita e on the go – e com os novos estilos de vida, esses contextos assumem variadas formas.

A situação do quotidiano acima descrita pode ser mais ou menos comum, mas o desempenho dos novos HUAWEI FreeBuds Pro 4 destaca-se noutros cenários prováveis do nosso quotidiano, como ouvir música numa viagem de autocarro, fazer uma reunião num open space ou acompanhar um podcast num café movimentado, por exemplo (na realidade, os testes destes auriculares envolveram mais de 60 cenários diferentes e 300 mil amostras de dados!). 

Som nítido em qualquer ambiente 

Esta nova geração de auriculares sem fios destacou-se pela elevada nitidez no som das chamadas, graças à tecnologia do cancelamento ativo de ruído, onde só a voz do utilizador é ouvida, mesmo em ambientes altamente ruidosos – o microfone triplo trabalha com a ajuda da Inteligência Artificial (IA) para eliminar até 100dB de ruído de fundo, como um concerto ou uma discoteca. Ganhamos nitidez, estabilidade, maior privacidade e uma experiência auditiva ainda mais envolvente


A sua música, à sua maneira 

Para os amantes de música, os HUAWEI FreeBuds Pro 4 oferecem uma experiência sonora verdadeiramente personalizada. O sistema True Sound de driver duplo, combinado com a tecnologia Digital Cross-Over, proporciona uma reprodução de áudio precisa e sem distorções. O equalizador profissional permite ajustar o som ao nosso gosto, desde o ‘clássico’ ao ‘equilibrado’, garantindo que cada nota soa exatamente como deve. 

E porque cada ouvido é único, podemos escolher entre pontas de silicone ou de espuma viscoelástica, cada uma com os seus próprios algoritmos de cancelamento de ruído. Estas estão disponíveis em quatro tamanhos, para que cada utilizador opte pela medida que lhe garanta maior conforto. Mais um exemplo de como podemos personalizar a experiência auditiva com os HUAWEI FreeBuds Pro 4 e ouvir o mundo à nossa maneira. Além disso, foram desenhados com apenas 5,8g.

Facilidade on the go 

Também para os dias com várias reuniões online, interrompidas por chamadas no smartphone, os HUAWEI FreeBuds Pro 4 nos facilitam a vida, ao permitir até 33 horas de uso com a carga completa e até 7 horas com apenas um carregamento. 

Nota muito positiva para a tecnologia inteligente incorporada no carregamento, através de IA, em que os auriculares ajustam de forma inteligente os limites de carregamento com base na utilização, permitindo prolongar a vida útil da bateria e o próprio uso entre carregamentos. 

Sofisticação e resistência 

O design dos novos auriculares da gama Pro da Huawei inspira-se na beleza dos instrumentos de cordas, através de um discreto, mas sofisticado, conjunto de linhas verticais metalizadas gravadas a laser na aste. 

A versão branca e dourada, que testámos, roubou olhares indiscretos em várias ocasiões, tanto pelos companheiros de secretária, como em casa, revelando-se um statement de elegância e charme. Além do branco, também estão disponíveis na versão em preto e verde

Os HUAWEI FreeBuds Pro 4 juntam-se, assim, à já vasta gama de áudio da marca, que inclui modelos para diferentes necessidades e preços, desde os modelos open-ear à versão pro, todos com a garantia da mais avançada tecnologia de cancelamento de ruído, bateria excecional e compatibilidade com diferentes sistemas operativos. 

FICHA TÉCNICA
8 razões para escolher os HUAWEI FreeBuds Pro 4 

  1. Sistema de som Ultra-Hearing Dual Drivers e reprodução de som precisa; 
  2. Active Noise Cancellation que usa um algoritmo de Inteligência Artificial em tempo real para filtrar a voz do utilizador e garantir chamadas nítidas;
  3. Três microfones e VPU (Voice Pick Up Unit) de condução óssea, com DNN para distinguir de forma mais precisa a voz humana dos ruídos envolventes;
  4.  Sistema True Sound de driver duplo e tecnologia Digital Cross-Over
  5.  Equalizador profissional com diversos perfis de som; 
  6.  Pontas auriculares em espuma com memória de forma ou silicone, com parâmetros e algoritmos distintos de cancelamento de ruído para uma experiência mais personalizada; 
  7.  Funcionalidades inteligentes: atender ou recusar chamadas com movimentos de cabeça, ligação simultânea a dois dispositivos, pausa e retoma a reprodução de áudio ao retirar ou colocar os auriculares; 
  8.  Resistência IP54 contra poeira e água, autonomia até 33 horas com a caixa de carregamento. 

Se ainda não encontrou a música certa para os seus ouvidos, trate disso com um destes pequenos grandes companheiros, disponíveis por 199,00€, na Huawei Store ou nos retalhistas habituais.

Aproveite o desconto especial para leitores da Exame Informática de 30€ na compra dos seus HUAWEI FreeBuds Pro 4, na Huawei Store, com o código: AINFOPRO4 (válido até 28 de fevereiro).


CONTEÚDO PATROCINADO POR HUAWEI

A cerimónia de investidura de Daniel Chapo, 48 anos, está a decorrer na Praça da Independência, no centro de Maputo, sob fortes medidas de segurança no exterior e no acesso ao recinto, face ao anúncio de manifestações e protestos, convocados pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, que não reconhece os resultados das eleições de 9 de outubro.

Chapo leu o termo de posse e prestou juramento às 11h12 locais (menos duas horas em Lisboa), perante os aplausos dos convidados. Conforme previsto no programa da cerimónia, a presidente do Constitucional, Lúcia Ribeiro, recebeu os símbolos do poder pelo Presidente cessante, Filipe Nyusi, e poucos minutos depois fez a investidura de Daniel Chapo como novo Presidente da República de Moçambique.

O programa oficial da cerimónia inclui ainda discursos oficiais, momentos culturais, 21 salvas de canhão, a revista à Guarda de Honra das Forças Armadas de Defesa de Moçambique pelo novo comandante-em-chefe e um desfile militar.

Os Presidentes da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, são os únicos chefes de Estado presentes na cerimónia de hoje, com 2.500 convidados, que incluem três vice-Presidentes, (Tanzânia, Maláui e Quénia), os primeiros-ministros de Essuatíni e do Ruanda e oito ministros, incluindo o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Rangel.

A eleição de Daniel Chapo tem sido contestada nas ruas desde outubro, com manifestantes pró-Mondlane — candidato que segundo o Conselho Constitucional obteve apenas 24% dos votos mas que reclama vitória — em protestos a exigirem a “reposição da verdade eleitoral, com barricadas, pilhagens e confrontos com a polícia, que tem vindo a realizar disparos para tentar a desmobilização.

No passado dia 8 de janeiro, Derek Thompson, do The Atlantic, escreveu um texto em que declarou que o nosso século é o século “anti-social”. O seu argumento baseia-se em dados que mostram que os cidadãos americanos fazem cada vez mais refeições sozinhos, passam menos tempo com amigos e mais tempo sozinhos em casa: “Americans are spending less time with other people than in any other period for which we have trustworthy data, going back to 1965.” Claro que isto não é apenas uma tragédia americana – como tudo aquilo que é americano, também este fenómeno é global.

A conveniência que o smartphone trouxe para o seio da vida do cidadão comum está a tornar-se, como apontou Thompson, uma maldição. É por isso que defendo, hoje mais do que nunca, que ter experiências coletivas – sejam elas de que índole forem – é uma necessidade básica do Humano. O exemplo mais elementar será, porventura, o da experiência cultural: ir ao cinema e experienciar um filme com mais pessoas que decidiram, a uma determinada hora, num determinado local, assistir ao mesmo filme. Há poesia neste acaso. Uma sala de cinema nada mais é do que um sítio onde totais desconhecidos se sentam para apreciar uma obra de arte, sabendo que correm o risco de ouvir o vizinho do lado a comer pipocas a alto e bom som – é preciso coragem para isto. Ver em casa podia ser mais cómodo? Talvez sim. Mas está a tornar-se notório que faz falta interagir com o outro, nem que seja para pedir “com licença” ou para lançar um “shiu!” passivo-agressivo àquela pessoa que não para de comentar o filme com o seu date. O mesmo se aplica, diga-se, ao ato de ir às livrarias comprar livros, em vez de se recorrer ao conforto viciante da Amazon ou qualquer outra plataforma online. O Ser Humano precisa de conviver com o seu igual, precisa de estar numa livraria e ficar irritado com o cliente que não sai da estante onde também ele quer também procurar pelo seu livro ideal. Urge ainda ir aos concertos ouvir música ao vivo e lutar por uma pequena brecha no meio da multidão numa arena esgotadíssima. A luta pelo espaço, pelo conforto no meio do caos social que é o exterior é um dos grandes desafios dos dias de hoje.

O excesso de conforto que o online possibilita está a retirar ao Humano uma das suas potencialidades mais extraórdinárias: viver em comunidades organizadas de forma civilizada, seguindo códigos morais e de comportamento. E isto implica precisamente lidar com pessoas que não seguem os mesmos comportamentos ou ideais que nós – é assim que se desenvolvem as ferramentas para lidar com os ódios inorgânicos forjados por quem pretende tirar proveito de uma reclusão voluntária da sociedade por percepções de insegurança ou ansiedade social.

Portanto, que se jante fora e se olhe para a mesa do lado para ver o que tem bom aspeto; que se beba café na rua e se diga “bom dia!” de volta ao desconhecido que confundiu a nossa pessoa com uma outra que ele conhecerá de outros walks of life.

É bom que se volte, rapidamente, a falar com quem se discorda sem saber a priori que, efetivamente, tem uma posição diferente sobre seja lá o que for. A facilidade com que é possível saber, de antemão, as crenças de uma pessoa, acabou com o efeito surpresa que só uma conversa espontânea pode despoletar. É, pois, na diferença que está o maior asset no trabalho constante que é a igualdade. A cultura e a vivência no exterior expõe o indivíduo ao conflito e à adversidade. O quentinho do lar é bom, mas é nos passeios das cidades que se conhece o mundo.

Não somos senão aquilo que vem antes de nós. Toda a interação pressupõe um passado – um conjunto de experiências e vivências – que dá força aos impulsos mais defensivos. Quem sabe, seja altura de agarrar nos impulsos e desáfia-los.

Pode parecer um salto peculiar, mas é nos pequenos passos – nas idas ao cinema, às livrarias, aos restaurantes, aos cafés, onde for – que se começa a melhorar a discussão política e a combater a polarização obscena que se verifica no paradigma político internacional e que em Portugal se vai fazendo sentir com o crescimento de movimentos descendentes da extrema-direita, criadores e disseminadores de desinformação. Só uma sociedade capaz de interagir é capaz de ter um discurso porque a comunicação implica a existência de interlocutores. Se o cidadão comum está em processo de isolamento, é normal que a política – que, por natureza, é uma arte de convencer – tenha passado para um plano que faz lembrar echo chambers: os eleitores passaram a falar sozinhos e os partidos fizeram o mesmo.

“Self-imposed solitude might just be the most important social fact of the 21st century in America”, escreveu o jornalista americano, e eu acrescentaria apenas à frase “and the world”. A cura? Comecemos pela ida ao cinema e ao café do bairro. Depois logo se vê.

Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

Até 31 de janeiro:

  • Rendas: Esta é a data-limite para os proprietários comunicarem, através do Portal das Finanças, os valores que receberam dos seus inquilinos em 2024 relativos ao pagamento de arrendamentos, subarrendamentos, cedência de uso de um prédio ou parte dele, aluguer de maquinismos e mobiliários instalados no imóvel locado.

Até 17 de fevereiro:

  • Alteração do agregado familiar: Tem até esta data para comunicar à Autoridade Tributária (AT) alterações nos dados do agregado familiar como, por exemplo, o nascimento de filhos, casamento, divórcio, morte do cônjuge, mudança de residência permanente, dependentes em guarda-conjunta, ou filhos que deixaram de ser dependentes. Caso esta comunicação não seja concretizada, a AT irá considerar válidos os dados que constam na última entrega da declaração do IRS;
  • Despesas com rendas do interior do País: este é também o prazo limite para declarar despesas com rendas resultantes da transferência de uma residência permanente para o interior do país;
  • Arrendamento de longa duração: Os proprietários de imóveis que tenham celebrado ou renovado pela primeira vez ou cessado um contrato de arrendamento de longa duração têm até 17 de fevereiro para informar a AT desse facto, para poderem usufruir de uma taxa especial de IRS mais baixa;
  • Despesas com arrendamento de estudantes deslocados: Os contribuintes que tiverem a seu cargo estudantes deslocados num território do Interior ou numa região autónoma que habitem numa casa ou num imóvel arrendado devem registar as despesas com o arrendamento até esta data.

Até 25 de fevereiro:

  • Despesas no e-fatura: Uma das datas mais importantes e que deve mesmo estar atento. Todos os contribuintes têm até esta data para consultar, registar ou confirmar as faturas de despesas no portal e-fatura. Um processo que deve ser feito por todos os membros do agregado, incluindo as crianças. Caso tenha obtido rendimentos de trabalho independente no ano passado e optado pelo regime simplificado, deverá também indicar no portal a natureza das despesas (pessoais, profissionais ou mistas).

De 16 a 31 de março

  • Despesas para dedução: A partir de 16 de março, os montantes apurados para deduções no IRS (por exemplo, despesas em saúde, educação, habitação ou lares de idosos) ficam visíveis para consulta na área pessoal do Portal das Finanças. Para além das despesas comprovadas por faturas podem ainda ser consultados outros gastos dedutíveis no IRS incluindo os juros do crédito à habitação, rendas da casa, taxas moderadoras ou propinas de estabelecimentos de ensino públicos.

Até 31 de março

  • Consignação do IRS e IVA: Este é o prazo limite para – quem assim o desejar fazer – consignar o IRS e/ou o IVA para uma entidade que deseje apoiar antes da entrega do IRS.
  • IBAN: Os contribuintes têm também até 31 de março para registar ou atualizar o seu IBAN para efeitos de reembolso, no Portal das Finanças.

De 1 de abril a 30 de junho

  • Entrega do IRS: O prazo mais importante a cumprir deste calendário, a entrega do IRS referente a 2024, ocorre entre 1 de abril a 30 de junho, no Portal das Finanças, independentemente da categoria de rendimentos. Muitos contribuintes têm já acesso ao IRS automático. Depois de entregar a declaração pode e deve consultar o seu estado no portal das Finanças, dado que podem existir erros que devem ser corrigidos Caso a declaração esteja “certa” e tenha direito a reembolso, a AT tem até 31 de agosto para devolver o IRS.

Palavras-chave:

Os parlamentares cristãos rondam os 87%, enquanto a população cristã está nos 62%, em contraste com o início dos anos60, quando nove em cada dez adultos dos EUA se identificavam como cristãos, segundo a Gallup.

De entre as religiões representadas no congresso, por 461 parlamentares, a maioria é protestante (295) todavia são menos oito do que na legislatura anterior. Em 1961 chegou a haver 398 membros ligados ao campo protestante, mas houve menos de 300 protestantes em seis das últimas nove sessões na última década e meia. Deste o maior grupo é o dos baptistas (75), seguido de metodistas (26), presbiterianos (26), episcopais (22) e luteranos (19).

O congresso conta ainda com 150 católicos e 9 mórmons, 32 judeus, 4 muçulmanos, 4 hindus, 3 budistas e 3 unitaristas universalistas. Depois ainda há os congressistas inquiridos que não identificaram a sua filiação religiosa (21) ou não puderam ser contactados.

O instituto de pesquisa CQ Roll Call, uma editora de Washington DC, que acompanha de perto o Congresso há décadas, citado pelo Pew Research Center, não inquiriu os congressistas sobre as suas crenças ou práticas, solicitando-lhes apenas a filiação religiosa e, depois, comparou os dados recolhidos com as pesquisas nacionais sobre a população americana.

Conclui-se assim que a nova composição do congresso americano é mais religiosa do que a população do país. Acresce que 28% dos americanos (quase 3 em cada 10) serão ateus ou agnósticos, portanto sem filiação religiosa, ou afirmam que a religião para eles não é relevante, quando menos de 1% dos congressistas se enquadram nessa categoria (3), 2 democratas e 1 republicano. Apesar de estes cidadãos, conhecidos como “nones”, terem vindo a aumentar rapidamente (passaram de 16% em 2007 para 28% de acordo com os últimos estudos), a sua representação no Capitólio continua a ser irrelevante.

A análise dos membros do congresso, que iniciou recentemente uma nova legislatura, se efetuada do ponto de vista religioso pode parecer uma perspetiva estranha, mas apenas para quem não conhece a sociedade americana. A acelerada secularização da Europa – fenómeno a que os EUA não fogem, mas onde é muito mais lenta – funciona como cortina de fumo que impede uma visão clara neste caso. Com efeito, enquanto o continente europeu acedeu à modernidade através do secularismo, a América fê-lo através da religião. Apesar de a separação entre estado e religião ser igualmente uma marca institucional americana, a verdade é que aquela sociedade ainda é marcada profundamente pelo fenómeno religioso, ao contrário da Europa.

O excesso de representação dos cristãos – representação indireta, é claro! – do ponto de vista religioso no congresso, resulta da antiga ideia de que os cristãos precisam de estar nos corredores do poder para o influenciar e não deixar a outras orientações religiosas esse papel.

Billy Graham foi chamado o “pastor da América” devido à sua persistente notoriedade e integridade a toda a prova, tendo desempenhado as funções de conselheiro de inúmeros presidentes na Sala Oval, décadas a fio. Um dia propuseram que se candidatasse à presidência dos Estados Unidos, coisa que ele recusou de imediato, afirmando que não estava disposto a trocar a sua função religiosa por uma posição política que, por muito prestigiante que fosse, era em seu entender muto menos útil e relevante para o seu propósito de vida.

A experiência mostra, e facilmente se conclui, que não é por estarem mais ou menos congressistas cristãos sentados no Capitólio, ou em qualquer parlamento do mundo, que o país passa a ser melhor, mais justo e harmonioso. Teoricamente até poderia ser, mas na realidade não é, porque uma vez eleitos passam a meter a ética religiosa na algibeira e a priorizar e atender interesses políticos pessoais e de grupo. O apóstolo Paulo advertia Timóteo na sua segunda carta que lhe terá dirigido (3:1-5) quando falava de homens que, tendo aparência de piedade, negavam a eficácia dela. E pedia-lhe que se afastasse dos tais.

Curiosamente, o fundador da fé cristã nunca se interessou por palácios, centros de poder civil ou religioso, preferindo desenvolver a sua ação no meio das pessoas e para elas, sem distinções. Jesus Cristo não virava costas aos ricos e poderosos como Nicodemos ou o jovem rico, mas nunca se deixou prender pelos seus interesses específicos. Veio para todos, morreu por todos e oferece salvação universal a todos, independentemente da cor da pele, extrato social, género, idade, linhagem, condição política ou cultura.  

MAIS ARTIGOS DESTE AUTOR

+ Menos abóboras e mais grãos de mostarda

+ Fazer a paz dá trabalho

Quando Deus rima com surpresa

Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

“Vamos começar a cobrar àqueles que lucram às nossas custas com o comércio, e eles começarão a pagar, FINALMENTE, a parte que lhes cabe”, anunciou o presidente eleito dos Estados Unidos, numa mensagem que publicou na sua rede social, Truth Social.

O Serviço de Receitas Externas (ERS, na sigla em inglês), como se designará, será lançado a 20 de janeiro, dia da tomada de posse do republicano como 47.º Presidente dos Estados Unidos, em que se espera que tome as primeiras decisões do seu segundo mandato na Casa Branca (2025-2029).

Donald Trump criticou também os “acordos comerciais suaves e pateticamente fracos” até agora em vigor. “A economia norte-americana proporcionou crescimento e prosperidade ao mundo, enquanto nos tributava a nós mesmos”, afiançou.

O tema das tarifas aduaneiras – “tarifa”, assumiu Trump, é “a palavra mais bonita do dicionário” – tem sido recorrente nos seus discursos nos meses. O presidente eleito anunciou que imporá uma taxa aduaneira de 25% ao México e ao Canadá sobre todos os produtos que entrem no país e tenciona aplicar outra, de 10%, a todos os produtos chineses, até que Pequim trave a entrada de fentanil em território norte-americano.