Quadros interativos, computadores portáteis, plataformas de aprendizagem online, ferramentas digitais… A realidade na sala de aula mudou e estes são agora termos comuns e transversais na educação. No entanto, há cada vez mais indícios de que os manuais escolares e outros materiais didáticos em papel continuam a ser vitais na aprendizagem.

Para compreender melhor a situação, a Epson encomendou um estudo para a sua gama de impressoras sem cartuchos EcoTank, que inclui a opinião de mais de 4000 professores e 20 mil pais em toda a Europa. A ideia foi compreender como consideram que a tecnologia na sala de aula influencia os resultados dos alunos.

Os resultados revelam uma preocupação real com o impacto da tecnologia na aprendizagem, com a maioria (57% dos professores e 52% dos pais) a defender um maior equilíbrio no seu uso. 71% dos professores e 63% dos pais desejam que haja uma maior atenção aos materiais impressos, com 86% dos inquiridos a verificar um impacto positivo na utilização de manuais escolares e fichas de trabalho em papel nas salas de aula.

“A evidência sugere que famílias professores e responsáveis académicos concordam: precisamos de mais livros e mais material impresso na educação para melhorar habilidades e a aprendizagem”, afirma José Ramón Fernández, business manager home & office printing da Epson Ibérica.

Impacto na leitura

A maioria das famílias portuguesas também acredita que os materiais impressos nas salas de aula melhoram a leitura (52%). De acordo com neurocientistas do Teachers College da Universidade de Columbia, há vantagens claras em ler um texto em papel, em detrimento de um ecrã, onde a leitura é “superficial”, revela o jornal The Guardian, citando o estudo “A groundbreaking study shows kids learn better on paper, not screens. Now what?”.

Na pesquisa encomendada pela Epson, cerca de dois terços (39%) dos inquiridos afirmam ter constatado um declínio nas competências de leitura com o crescente uso dos portáteis na sala de aula, e 27% afirmam verificar ainda uma redução na retenção de conhecimentos.

O desafio da impressão

Face a esta realidade, comprovou-se também que a falta de equipamentos de impressão nas escolas pode ser um desafio. Para 75% dos professores em Portugal, é essencial ter acesso a uma impressora, percentagem que sobe para 93% nos países do leste da Europa.

No entanto, apenas 5% dos professores inquiridos revelam ter uma impressora diretamente na sala de aula, com 21% a afirmar que usam o seu equipamento doméstico para imprimir materiais didático (e 35% em países como Itália ou Sérvia).

Ajudar a imprimir, com menos custos

“Com orçamentos apertados, as escolas têm de alocar os seus fundos para materiais de ensino que estimulem a maior atenção e tragam benefícios educacionais: a nossa pesquisa mostra que o ensino tradicional no papel é muitas vezes a melhor opção”, confirma José Ramón Fernández. E adianta: “uma impressora Epson EcoTank é uma opção ideal para imprimir em casa e nas escolas. Cada modelo inclui tinta suficiente para três anos, o que permite economizar até 90% em custos”.

Nota sobre o estudo: a pesquisa foi levada a cabo pela plataforma interna da Focaldata. No total, foram entrevistados 4.239 professores e 20.690 famílias (de crianças entre 8 e 16 anos) em 20 países europeus, entre agosto e setembro de 2024.


CONTEÚDO PATROCINADO POR EPSON

O VOLT Live é um programa/podcast semanal sobre mobilidade elétrica feito em parceria com a Associação de Utilizadores de Veículos Elétricos (UVE).

Foram sete as provas que constituíram a edição de 2024 do Campeonato de Portugal de Novas Energias – PRIO. Um campeonato disputado na modalidade de regularidade com automóveis 100% elétricos de produção em série.

Foi preciso esperar até à última prova para se encontrar os vencedores. Carlos Silva e Sancho Ramalho partiram no E-Rally Alentejo Central como principais candidatos ao título. O que confirmaram com a vitória neste rali, a terceira na época – esta dupla foi a única que acumulou mais de uma vitória num campeonato muito disputado.

Carlos Silva e Sancho Ramalho foram os convidados deste VOLT Live onde explicaram-nos como conseguiram vencer e contaram algumas histórias curiosas. Habituados a competir em outras provas com veículos com motor a combustão, Carlos Silva e Sancho Ramalho também partilharam o que pensam dos carros elétricos e de como o desporto automóvel terá de evoluir para ser cada vez mais sustentável.

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Um estudo realizado por uma equipa de investigadores da Universidade de Bath sugere que os consumidores têm mais probabilidade de comprar uma peça de fruta que esteja sozinha numa prateleira de um supermercado – por exemplo, uma bananas que estejam separadas de um cacho – se esta estiver identificada por uma etiqueta empática, que apele ao seu consumo.  

Para o estudo, publicado revista Psychology & Marketing, os investigadores colocaram um cartaz ilustrativo de uma banana com a frase “We are happy (sad) singles and want to be bought as well” (“Somos bananas sozinhas tristes avulso e também queremos ser compradas”, numa cadeia de supermercados alemã, observando a resposta de 3810 clientes ao longo de 192 horas. De acordo com os resultados, em média, as vendas de bananas individuais passaram de 2,02 para 3,19 com o cartaz, o que significa um aumento de cerca de 58%.

Fotografia: Universidade de Bath

Os mesmos resultados não se verificaram quando foram colocados outros cartazes, de índole menos empática e mais neutros. Embora esta versão – com ausência de emoção – tenha sido mais eficaz em termos de vendas verificadas quando comparadas com as concretizadas na ausência de cartaz (5,4% mais), os clientes mostraram uma melhor resposta aos apelos de “solidão” das bananas.

Apelar às emoções das pessoas com o objetivo de vender um produto foi uma forma “fácil, económica e eficaz” de reduzir o desperdício e promover a sustentabilidade alimentar, defendeu Lisa Eckmann, investigadora do Bath Retail Lab, envolvida no estudo. “Os resultados têm aplicações muito práticas para aumentar as vendas e reduzir o desperdício alimentar nos nossos supermercados”, disse. Investigações anteriores já demonstravam que as bananas avulsas são as principais responsáveis pelo desperdício alimentar nos supermercados. Já um estudo posterior, que repetiu a mesma experiência com tomates, obteve os mesmos resultados.

“O Fábio [Loureiro] não está bem, mas já esteve muito pior”, relata, à VISÃO, fonte próxima do homem que fugiu de Vale de Judeus, para acabar detido numa cadeia de alta segurança nos arredores de Rabat, capital de Marrocos. O advogado português de Fábio “Cigano”, como também é conhecido, lamenta as “histórias” que “não têm correspondência com a realidade”, contadas nos média, sobre um recluso algemado 24 horas por dia, sem direito a visitas nem a Sol. “É tudo mentira”, sublinha Lopes Guerreiro. O advogado admite, porém, à VISÃO, que “a prisão [em Marrocos] não é fácil” e que o português “deseja regressar a Portugal, o mais rápido possível”. A família responde que “não fala até esta situação [da extradição] estar resolvida”, que vai “expor e falar toda a verdade” não revelada, mas apenas quando o homem pisar outra vez território nacional.

Fábio Loureiro, 33 anos, fugiu de Vale de Judeus com mais quatro reclusos – Fernando Ribeiro Ferreira, Rodolf José Lohrmann, Mark Cameron Roscaleer e Shergili Farjiani –, no dia 7 de setembro, quando cumpria pena de 25 anos por crimes de tráfico de droga, associação criminosa, extorsão, branqueamento de capitais, injúria, furto qualificado, resistência e coação sobre funcionário e condução sem habilitação legal. Mas Fábio até pode ficar mais tempo atrás das grades, devido a quatro condenações sucessivas (que perfazem 44 anos).

Durante um mês inteiro, o homem natural do Carvoeiro (Lagoa), que entrou no radar da polícia ainda na adolescência, que gostava de andar armado e em carros de alta cilindrada, considerado violento e perigoso, chamado “o terror do Algarve”, pôde voltar a sentir o sabor da liberdade. A investigação das autoridades marroquinas, em colaboração com a polícia espanhola, e em estreita articulação com a Polícia Judiciária, localizou-o em Tânger, Marrocos, colocando-o novamente na prisão… marroquina.

Marrocos Fábio Loureiro está detido numa penitenciária em Rabat. Agora, quer regressar a Portugal “o mais rápido possível”

Detido a 6 de novembro, Fábio Loureiro foi levado, menos de 48 horas depois, para a penitenciária de El Arjate, 25 quilómetros a leste da capital, Rabat, numa operação classificada, pelas autoridades marroquinas, de “segurança máxima”. A transferência apanhou família e advogados de surpresa. Naquela cadeia de alta segurança, o quotidiano “é duro”, confirma, à VISÃO, fonte prisional.

A mesma fonte relata que “há muitas cautelas” com este recluso, que “passa muito tempo na cela, sozinho”, que “tem tempo de pátio, mas sem contacto com os outros prisioneiros”, e que, de facto, “é algemado”, mas só “quando se desloca” no interior do estabelecimento prisional. “É vigado 24 horas por dia” pelos guardas prisionais, acrescenta.  

Fonte próxima de Fábio Loureiro confessa que “quando ele chegou [à cadeia de Rabat], passou por alguns momentos complicados”. “Continua a sentir-se em baixo”, diz, mas “já esteve muito pior”. “É normal, não é? Não domina a língua, não conhece os costumes, não está próximo da família, não tem contacto com outras pessoas na sua condição… É um homem só”, resume a mesma fonte.

As autoridades recapturaram Fábio
e Fernando. Os estrangeiros Rodolf
Lohrmann, Mark Roscaleer e Shergili
Farjiani mantêm-se em parte incerta – são violentos e perigosos

Ainda assim, o advogado Lopes Guerreiro confirmou, à VISÃO, que Fábio Loureiro “já recebeu inúmeras visitas da família e dos advogados” na penitenciária situada nos arredores da capital de Marrocos.

A fonte prisional, ouvida pela VISÃO, descreve “um homem [fisicamente] muito diferente” das fotografias tornadas públicas pelas autoridades, “sem aquela barba densa, e muito mais magro”. “Está quase irreconhecível”, resume.

O contexto explica a vontade de Fábio Loureiro ser extraditado para o país natal, depois de, no primeiro interrogatório, ter manifestado o contrário. “Voltou atrás, naturalmente. O melhor será regressar a Portugal”, garante fonte próxima do recluso.

Lopes Guerreiro confirma que “o processo [de extradição] está terminado” e que “é apenas uma questão de tempo” para que surja uma decisão do Supremo Tribunal de Marrocos (órgão competente). A VISÃO apurou que, para já, ainda não houve conversas entre as autoridades de Portugal e de Marrocos para acertar como vai acontecer a transferência. Aguarda-se a decisão do tribunal, para, depois, se discutir a forma – a deslocação da PJ a Marrocos ou a viagem da polícia marroquina a Portugal.

Reserva para um, em Monsanto

“O Fábio [Loureiro] e a Rita S. são muito apaixonados, foi isso que os tramou”, diz, à VISÃO, fonte próxima do casal. Eram 22h, de 6 de outubro, quando os dois se reencontraram, no parque de estacionamento de uma loja de artigos desportivos, em Tânger. Fábio “não aguentava as saudades” da mulher, que viajara ao seu encontro de Portugal, via Espanha, sem se aperceber de que as autoridades seguiam no seu encalço.

Rita S. e um amigo português, que trabalharia para o fugitivo, seriam também detidos naquele momento, mas libertados logo no dia seguinte.

Ao juiz o recluso contou que entrou em Marrocos num barco privado e sem documentos. Admitiu que, assim que fugiu de Vale dos Judeus, “sabia que ia para Tânger”, por ser uma cidade onde “teria vários contactos”, alegadamente com pessoas ligadas ao narcotráfico. Vivia numa casa arrendada, montada numa cave, pela qual tinha pagado renda até final de outubro. As autoridades acreditam que Fábio dormiu pela região de Sevilha, Espanha, aproximadamente duas semanas, antes de rumar a sul. Quando regressar a Portugal, Fábio Loureiro terá cela reservada na cadeia de alta de segurança de Monsanto, em Lisboa. A fuga pode valer-lhe o aumento da pena até um máximo de dois anos.

Fábio Loureiro volta, assim, a ser “vizinho” de Fernando Ribeiro Ferreira, o segundo evadido de Vale de Judeus a ser apanhado. No passado dia 22 de novembro, uma operação “musculada” da PJ, com a colaboração da GNR, permitiu recapturar este homem, que, há duas semanas, vivia na aldeia de Castanheira da Chã, Montalegre (Trás-os-Montes). O recluso convivia com os vizinhos; e tinha na sua posse uma arma de fogo, com supressor de som. Ainda tentou escapar, mas estava totalmente cercado por mais de quatro dezenas de agentes. Condenado a 25 anos pelos crimes de tráfico de estupefacientes, associação criminosa, furto, roubo e rapto, Fernando Ribeiro Ferreira, natural de Tarouca (Viseu), 61 anos, tem uma “extensa carreira criminal”: foi preso, pela primeira vez, quando tinha apenas 16 anos; hoje, soma um longo cadastro com 11 condenações – já passou pelas cadeias de Lisboa, Alcoentre, Monsanto, Coimbra, Caxias, Caldas da Rainha, Pinheiro da Cruz, Faro, Aveiro, Porto, Paços de Ferreira, São João de Deus (hospital prisional) e Vale de Judeus, de onde se evadiu. 

Entretanto, a PJ continua à procura do paradeiro dos restantes três fugitivos: Rodolf José Lohrmann, Mark Cameron Roscaleer e Shergili Farjiani (todos estrangeiros). As autoridades portuguesas contam com cooperação internacional. A investigação admite que os fugitivos podem “não ter permanecido” em território nacional.