Mais de 230 centros de saúde em todo o País estão a funcionar com horário de atendimento complementar, segundo dados da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS), que explicou, em resposta à Lusa, que, a meio de dezembro, 231 unidades já funcionavam em horário complementar ao sábado, 193 ao domingo e 189 em dias de feriado, para alargar a oferta aos utentes e evitar idas às urgências de situações não emergentes.
Os dados da DE-SNS indicam ainda que 32 unidades estão abertas após as 20h00 ao fim de semana (versus as 48 qu atendem após essa hora em dias úteis). Além destas unidades, há centros de saúde com horário de atendimento pós-laboral até às 20h00 e 39 Serviços de Urgência Básica.
Estão ainda a funcionar 15 centros de saúde abertos 24 horas/dias para cuidados não emergentes ao fim de semana, passando a oito nos dias úteis.
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O Presidente da República considerou hoje os danos na embaixada portuguesa em Kiev provocados por ataques russos constituem um precedente de violação do direito internacional perante o qual Portugal se viu obrigado a reagir com firmeza.
“Portugal não tinha outra solução se não reagir, e reagir com firmeza e imediatamente, porque é um precedente que se traduz numa violação de regras de direito internacional”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas em Cascais, no distrito de Lisboa.
Segundo o chefe de Estado, as instalações da embaixada de Portugal foram “indiretamente atingidas” pelos ataques russos, “não se pode dizer que tenha sido um míssil dirigido contra a embaixada, mas teve efeito na embaixada, e noutras chancelarias de países representados que utilizam o mesmo edifício”.
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Questionado sobre a possibilidade de interpretar estes ataques como uma resposta da Rússia ao apoio que países europeus têm dado à Ucrânia, Marcelo não quis pronunciar-se.
Em comunicado, o Governo condenou “de forma veemente os ataques desta os ataques desta madrugada a Kiev, que causaram danos materiais em diversas missões diplomáticas, incluindo a chancelaria da embaixada de Portugal” e anunciou que o encarregado de negócios da Federação Russa foi chamado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros para a apresentação de um protesto formal.
Em 2012, tive oportunidade de assistir em primeira mão ao êxodo sírio que fugia da guerra e da destruição do seu país rumo à Europa via Turquia.
Na altura, pouco ainda se falava em fluxos migratórios e a crise de refugiados só começaria a ter expressão mediática em 2015. Nesses três anos, muitos foram os que perderam a vida, a esperança e a dignidade em campos no lado de fora de uma Europa que sempre preferiu pagar para não encarar os problemas, do que resolvê-los.
O avolumar do problema e o tempo perdido sem medidas levaram a que as ações por pressão da opinião pública tivessem chegado muito tarde e, sobretudo, tivessem sido ineficazes.
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Vivia-se o terror do Daesh, anteriormente denominado de Estado Islâmico, que por sua vez sucedera ao ISIS ( Islamic State of Iraque and Syria ) e teve a sua origem numa dissidência dentro da Al Qaeda. Esta genealogia é importante para que possamos ler os acontecimentos que nos são relatados de forma mais ou menos objetiva.
É indiscutível que o regime de Assad se baseou num sistema autoritário e centralizado, sustentado pelo partido Baath e pela elite alauita. Este exercício do poder sob uma população maioritariamente sunita levou a uma série de protestos à sombra da Primavera Árabe, movimento pró-democracia que eclodiu em 2011 em diversos países árabes.
Pese embora a repressão política e as desigualdades sociais, o país gozava, até então, de uma certa estabilidade económica e social. Tal como acontecia com a Líbia – de Muammar al-Gaddafi- e o Iraque – de Sadam Hussein.
Durante a pesquisa que fiz para o livro Deixar Aleppo, baseado nos factos ocorridos na fronteira entre a Grécia e a Turquia naquele fim de Verão de 2012, pude contactar com várias pessoas de múltiplas faixas etárias e diversas camadas sociais, desde operários indiferenciados até professores universitários. Fugiam não do regime de Assam, mas sim do perigo dum estado islâmico radical que negava direitos às mulheres e que ameaçava mergulhar o país num retrocesso civilizacional.
Numa coisa as opiniões coincidiam: as manifestações que a comunicação difundia, sobretudo em cidades como Deraa, eram lideradas por indivíduos identificados como externos à Síria. Condenavam o facto de outras manifestações de apoio ao regime não terem a mesma cobertura e temiam a interferência internacional baseada em agendas que nada tinham a ver com democracia ou liberdade para o povo.
Assistiu-se, em seguida, a um escalar do conflito com a militarização dos movimentos de oposição que se fragmentou entre forças moderadas como o Exército Livre da Síria e os grupos extremistas da Frente Al-Nusra e, posteriormente, do Estado Islâmico, ex-ISIS. O país mergulhou numa guerra civil que fez milhares de deslocados e outro tanto de mortos.
Mais uma vez, as coligações internacionais (Rússia e Irão por um lado, Ocidente e EUA por outro) entraram no palco da guerra.
Derrubado o regime de Al Assad, não me parece que o momento seja de grandes festejos e temo o futuro sobretudo em relação a minorias e às mulheres.
Abu Mohammed al-Jawlan, que lidera o grupo Hayet Tahrir al-Sham (HTS), foi um dos homens fortes da Al Qaeda e um dos fundadores da Frente Al-Nusra. Vemo-lo sempre rodeado de homens que nos fazem lembrar, de certa maneira, o Estado Islâmico, muito embora seja conhecido o seu diferendo com Abu Bakr al-Baghdadi, o homem forte do EI.
Evidentemente que não podemos ignorar ou branquear o ataque supostamente levado a cabo pelo regime sírio sobre os seus concidadãos. Como não podemos ignorar as cadeias de alta segurança ou as prisões ilegais norte americanas contra suspeitos extremistas. Aliás as instalações prisionais mostradas são muito semelhantes a Guantanamo ou outros “buracos” clandestinos usados pelos norte-americanos, também eles senhores de ações de tortura condenáveis.
Porque nestes cenários não existem guerras santas, nem santos e demónios! Não podemos aceitar todas as atitudes só porque nos são apresentadas em prol dum bem maior! Necessitamos de usar juízo critico, até porque, afinal, são as pessoas, as anónimas pessoas que sofrem os desvarios dos senhores da guerra.
A Síria mergulhou, temo bem, numa nova era de instabilidade e guerra, com diferentes fações e grupos em disputa. Muito à semelhança do que aconteceu após o derrube e morte dos líderes do Iraque e da Líbia. O retorno da população refugiada nos países vizinhos, segundo números locais, não é assim tão significativo. Há um “esperar para ver” que os mantém longe ainda das suas terras. E é até bem possível que venhamos a assistir a mais um movimento de fuga deixando Damasco.
Apesar de o cérebro humano ser considerado como o ‘computador’ mais poderoso do mundo e com uma eficiência assinalável, o ritmo do pensamento é surpreendentemente lento. Esta é a conclusão de um estudo da Universidade de Caltech que quis quantificar o ritmo do pensamento humano em termos de bits e no qual se estima que os humanos ‘pensam’ a 10 bits por segundo, velocidade notoriamente baixa na escala computacional.
A investigação começou por definir o que é um bit para o pensamento humano e chegou a medidas para atividades específicas: ao ler e escrever, um bit é um caracter de texto, ao ouvir é um som, e assim sucessivamente. Na escrita, um datilógrafo profissional pode chegar às 120 palavras por minuto, com uma média de cinco caracteres por palavra, o que chega aos 10 bits por segundo. No áudio, o som recomendado para se ser percebido claramente é de 160 palavras por minuto, o que equivale a 13 bits por segundo.
Já resolver o cubo de Rubik em tempos recorde equivale a 11,8 bits/segundo, desafios de memorização operam a 4,9 bits por segundo, jogarTetris como profissional vale sete bits por segundo e desafios de memorização de cartas chegam aos 17,7 bits por segundo. Com estas métricas, a equipa constata que 10 bits por segundo é a média do pensamento humano, o que fica bastante abaixo da capacidade de computação das máquinas, lembra o New Atlas.
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Mesmo dentro do próprio corpo humano, o cérebro pode ser um elemento restritivo, com os órgãos e sistema nervoso a poderem atingir velocidades muito mais rápidas: um cone fotorrecetor no olho humano transmite informação a 270 bits por segundo, o nervo ótico comprime a informação a 100 milhões de bits por segundo.
Com a proliferação de tecnologia e os robôs, computadores e Inteligência Artificial a processar informação a ritmos cada vez mais rápidos, o ritmo humano pode ser visto como limitativo. “A discussão sobre se os carros autónomos vão poder atingir desempenho de nível humano já é enviesada: estradas, pontes e cruzamentos são desenhados para criaturas que processam a 10 bits por segundo (…) Quando o último condutor humano se retirar, vamos poder atualizar a infraestrutura para máquinas com cognição na ordem dos kilobits por segundo. Nessa altura, os humanos vão ser aconselhados a ficar fora destes nichos ecológicos, da mesma forma que os caracóis não devem circular em auto-estradas”, explica a equipa em comunicado.
O estudo tem algum viés, no entanto, porque os bits de cérebro humano e de computador não são diretamente comparáveis, sendo difícil quantificar estes bits para diferentes atividades humanas.
A Lenovo pode estar prestes a anunciar um portátil diferenciado, no qual o ecrã pode ser esticado, ficando o utilizador com dois ecrãs colocados um por cima do outro, aumentando a área de trabalho. O conceito já tinha sido apresentado em 2022, mas agora Evan Blass divulga aquelas que podem ser as primeiras imagens de um computador portátil comercial com esta característica.
Nas imagens é possível ver um computador portátil ‘tradicional’, mas com um teclado ligeiramente mais alto. Noutra fotografia, percebemos que o ecrã pode ser deslizado para cima, resultando numa maior área de visualização. Nesta última, vemos uma apresentação de PowerPoint no ecrã de baixo e uma janela de uma videochamada no ecrã principal, sendo este um dos cenários de utilização, mas havendo muitas outras possibilidades. Com a CES 2025 a acontecer dentro de poucas semanas, é possível que o novo computador venha a ser apresentado oficialmente aí, lembra o Engadget.
De recordar que a Lenovo não estranha lançar novos formatos e configurações insólitas, como o Auto Twist que tinha um ecrã que rodava e se dobrava ou o Lenovo Yoga Book 9i que tinha dois ecrãs separados.
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Para já, o conceito de ecrãs dobráveis e deslizantes tem sido mais visto em smartphones e televisões, mas parece ser uma questão de tempo até chegar aos computadores portáteis.
A URSA Cine Immersive Camera já tinha sido anunciada em junho, mas só agora é que a Blackmagic começou a disponibilizá-la no mercado. A empresa revela que já é possível encomendar o dispositivo, o primeiro a ser especializado em captar conteúdo 3D para os Apple Vision Pro, a partir da página online da marca.
A câmara tem um sistema de lentes 3D estereoscópico personalizado, com sensores duplos 8K e consegue captar vídeo até 90 fotogramas por segundo num campo de visão de 180 graus e suporta áudio espacial. Segundo o MacRumors, o conteúdo captado tem uma resolução de 8160×7200 pixéis por olho e há 16 níveis de alcance dinâmico para mais detalhe e precisão de cor em cada fotograma.
Além de um ecrã LCD externo para estado da cor, o modelo tem também dois ecrãs HDR táteis de cinco polegadas integrados. No que toca a conectividade, há porta 12G-SDI, 10G Ethernet, USB-C, XLR e um conector de oito pins Lemo para energia. Com o 8TB Blackmagic Media Module, o utilizador pode armazenar até duas horas de vídeo 8K estereoscópico, sendo possível ainda usar o armazenamento na nuvem.
“Boa noite a todos. Sou o Lor Neves. Pai, marido, imigrante em Portugal e serralheiro de profissão”. A voz quase não lhe treme. Não vem pedir. Vem à Assembleia Municipal de Loures, com um texto na mão, que lê com dignidade e o arranhar nos ‘r’ característico dos santomenses. Veio de longe e a vida fê-lo desembarcar nas Marinhas do Tejo, em Santa Iria da Azóia, onde uma casa vazia e um terreno baldio se transformaram num pequeno bairro improvisado para 99 pessoas, 21 das quais crianças, a mais nova ainda recém-nascida. Lor diz a quem o ouve que os seus vizinhos estão consigo “neste barco”. E é uma tempestade a que enfrentam desde que, a poucas semanas do Natal, encontraram à porta das barracas um papel que lhes dava 48 horas para retirarem todas as suas coisas para que tudo fosse demolido.
Desde esse dia, há colchões, panelas e sofás debaixo de um viaduto. As máquinas não vieram na data marcada para a demolição. Mas ninguém duvida de que virão quando ninguém estiver a olhar. E é por isso que Lor e as suas vizinhas e vizinhos não se calam nem se escondem. É importante vermos os seus rostos. É importante olharmos de frente para aqueles sobre quem já paira até a ameaça de lhes serem retirados os filhos por não terem uma casa para lhes dar.
“Vim para este país à procura de um futuro melhor para minha família. Sempre soube que este caminho ia ser complicado”, confessa Lor Neves, num discurso feito para reclamar a sua humanidade. Porque ela não lhe é garantida à partida. Negro, pobre, imigrante, tem de repetir que vem por bem, que trabalha, que é humano. E é isso que faz.
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“Vimos por bem”, “somos um povo trabalhador, queremos dar melhores condições aos nossos filhos, queremos viver com dignidade, trabalhamos, descontamos”, “somos seres humanos”. “Nós não vivemos nesta situação porque queremos”, “vivemos aonde vivemos porque não temos outra alternativa”, “não vimos outra alternativa se não tentar criar um lar naquelas casas abandonadas”, “queremos colaborar com o processo de arranjar casa para nós, queremos pagar rendas”. Justifica-se.
No vídeo que registou a sua intervenção, Lor Neves fala de pé junto a um microfone e, no canto inferior direito do plano, há um homem que o ouve. É apenas uma cabeça de homem branco, careca, de meia-idade, com excesso de peso. Vai franzindo o sobrolho. Levanta e baixa os olhos. Ouve e interroga-se. Em cada prega do seu rosto são visíveis as perguntas que faz em silêncio àquele negro pobre e imigrante. Não se lhe vê qualquer comoção.
Olhamos para aquele homem e ele é parecido com os que tiveram de construir cidades de chapa de zinco e lama às portas de Paris. Chamavam-lhes Bidonvilles. E lá falava-se Português. Mas não sabemos nada deste homem que ouve, com alguma impaciência indisfarçada, o apelo de Lor Neves. E por isso não temos forma de perceber se algum dia teve também de justificar a sua humanidade perante outros homens.
Exigimos muito aos pobres. É pobre, mas honrado. Pomos ali a adversativa para que fique bem claro que a honra é uma coisa que se constrói a custo, ao contrário da pobreza que vem sem esforço e tantas vezes à nascença.
Os pobres têm de ser trabalhadores, têm de ser esforçados, têm de estar acima de qualquer suspeita. Os requisitos morais para um pobre que reclame um direito ou peça uma ajuda estão muito acima do que qualquer banco pede a um milionário para lhe emprestar uma fortuna ou do que qualquer Estado requer para lhe perdoar milhões em impostos. A moral é obrigatória para os pobres. Para os ricos é opcional.
Não é difícil imaginar que Lor Neves tenha de ouvir muitas vezes um “vai para a tua terra”. O que exige muito mais imaginação é pensar que um dos 50 estrangeiros a quem o Estado português deu em 2023 uma borla fiscal de 262 milhões de euros tenha alguma vez ouvido coisa semelhante. Ao todo, estes imigrantes ricos receberam do Estado benefícios fiscais que nos custaram 1,3 mil milhões de euros no ano passado. Mas isso não causa sobressalto.
O que nos incomoda são os pobres. Incomodam-nos os que nos constroem as casas e depois as limpam, os que nos servem nos restaurantes e nos trazem comida a casa, os que nos apanham a fruta e nos fazem a vindima, os que nos tratam das crianças e nos cuidam dos mais velhos, os que nos transportam e os que com os descontos do seu trabalho nos pagam as pensões.
E é por isso que Lor Neves, serralheiro de profissão, que trabalha e paga impostos, está à beira de ficar sem o teto precário que construiu com as suas mãos, mesmo nas vésperas de Natal, perante uma indiferença quase generalizada. Ele e mais 98, dos quais 21 são crianças, que se arriscam a ser separadas de pais cujo crime é serem pobres.
Há quem exija que ao lado de cada árvore pagã e iluminada se exiba um presépio, esquecendo-se de que esse abrigo precário acolhia um pai carpinteiro e pobre, obrigado a fugir da sua terra para proteger a família. Como acolheriam eles hoje esses três?
Ainda se lembra do Razr V3? Lançado em 2004, o icónico telemóvel da Motorola conquistou os corações de muitos com o seu design estiloso. 20 anos depois, muita coisa mudou. Os telemóveis ganharam mais inteligência (além de novos formatos) e o mercado adaptou-se às novas tendências. Mas a nostalgia move montanhas. Em 2020, a Motorola, que entretanto passou a fazer parte da Lenovo, decidiu lançar-se no mercado dos smartphones dobráveis, sendo, aliás, uma das primeiras grandes marcas a fazê-lo, com uma reinvenção do Razr V3 para os tempos modernos.
Desde então, a linha tem evoluído, com a mais recente geração a chegar este ano aos mercados, incluindo a Portugal, marcando o regresso da Motorola ao nosso país. Mas nem só de topos de gama vive a estratégia da marca. Modelos mais acessíveis também fazem parte dos planos. Num mercado tão competitivo como o dos smartphones, será que a nova oferta tem o que é preciso para reconquistar as atenções dos consumidores portugueses?
Motorola razr 50 Ultra: Espírito millennial
O Motorola razr 50 Ultra é versão mais ‘apetrechada’ da nova linha de dobráveis da marca. O modelo, com formato em ‘concha’, aposta num estilo jovem e colorido, com pequenos pormenores que contribuem para um aspecto mais premium. Aqui incluem-se, por exemplo, a estrutura em alumínio e a capa traseira em cabedal vegan e com um acabamento suave ao toque.
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Com um peso abaixo de 200 gramas, este é um smartphone leve e confortável de utilizar, tanto em modo aberto como fechado, embora sintamos que a construção poderia ser um pouco mais sólida. Apesar disso, detalhes como a certificação IPX8, que traz maior resistência à água, e a dobradiça melhorada marcam pontos pela positiva.
Ao abrirmos o smartphone encontramos um ecrã AMOLED dobrável, com resolução elevada, taxa de atualização até 165 Hz e brilho máximo de 3000 nits. O vinco ainda é perceptível, sendo particularmente visível sob determinados ângulos e quando o ecrã está desligado, além de o conseguirmos sentir quando deslizamos com o dedo na zona da dobra. No entanto, o seu impacto durante a utilização e visualização de conteúdo acaba por ser menor do que esperávamos.
Ao ecrã interior dobrável junta-se um display exterior versátil, que permite interagir rapidamente com várias aplicações, se bem que nem todas consigam tirar total partido do espaço disponível. Com o sistema Flex View, a maior flexibilidade possibilita não só vários modos de utilização, mas também alguns ‘truques’ úteis no que respeita à fotografia. Pode, por exemplo, pousar o smartphone e aproveitar o display exterior como ecrã de pré-visualização para selfies captadas com as câmaras traseiras. Além disso, ao colocar o smartphone num ângulo de 90 graus, pode usá-lo para gravar vídeos como uma camcorder.
O razr 50 Ultra está equipado com duas câmaras traseiras, incluindo um sensor principal de 50 MP e uma teleobjetiva de 50 MP, e com uma câmara frontal de 32 MP. Apesar do desempenho competente em boas condições de iluminação, não estamos perante uma experiência fotográfica de topo. Além de algumas dificuldades em cenários de baixa luminosidade, assim como em níveis de zoom mais elevados, o processamento é, por vezes, demasiado ‘carregado’, o que resulta em imagens com tons pouco naturais.
Veja as fotos que captámos com o razr 50 Ultra
‘Saltando’ para o interior do smartphone, o processador Snapdragon 8s Gen 3 assegura um desempenho rápido e eficaz nas tarefas do quotidiano, incluindo em modo multitarefa, e as suas capacidades vão agradar aos gamers menos exigentes. O chip está também preparado para ‘alimentar’ as funcionalidades de IA do smartphone, incluindo as opções inteligentes da Google (como o Circle to Search, funcionalidades de edição nas fotos e o assistente Gemini) e as do sistema moto AI.
moto AI: Como funciona o sistema de IA da Motorola?
Concebido para ajudar os utilizadores a realizar uma variedade de tarefas, mas sendo também capaz de antecipar necessidades, o sistema moto AI inclui com ferramentas de criação inteligente, como o Magic Canvas ou o Style Sync, que tiram partido da tecnologia de IA generativa.
Há também espaço para funcionalidades como Catch me Up (ou Ver as novidades, em português), feita para ajudar os utilizadores a recuperar informação ‘perdida’ quando estavam longe do smartphone; Remember This (ou Memorizar isto), para guardar rapidamente notas de texto, capturas de ecrã ou fotografias; Pay Attention (ou Prestar Atenção), que transcreve e resume gravações de áudio.
As funcionalidades do moto AI já podem ser testadas em smartphones compatíveis, incluindo nos dobráveis razr 50, através do programa beta aberto da Motorola.
A bateria do razr 50 Ultra, com uma capacidade de 4000 mAh, conseguiu ultrapassar a marca das 13 horas nos nossos testes de benchmark. Na altura de dar mais energia ao smartphone, o carregador incluído na caixa agiliza o processo, mas se prefere uma opção sem fios, pode aproveitar o suporte a carregamento wireless a 15 W.
Tome Nota Motorola razr 50 Ultra – €1199,01 lenovo.com/pt
Benchmarks Antutu 1075846; CPU 301776; GPU 284916; Memória 271097; UX 218057 • 3D Mark Wild Life Extreme 3034 (18,17 fps); Solar Bay 5160 • Geekbench CPU 1862 (single-core) / 4418 (multi-core) / 9070 (GPU) • PCMark Work 3.0 16191 • Autonomia 13h36 m
Construção MuitoBom Ecrã MuitoBom Câmaras Bom Autonomia Bom
Características Ecrã interno AMOLED dobrável de 6,9” (2640×1080; 165 Hz; 22:9; 3000 nits); ecrã externo AMOLED flexível de 4″ (1272×1080; 165 Hz; 2400 nits) • Processador Snapdragon 8s Gen 3; GPU Adreno 3360 • RAM: 12 GB; Armaz. interno: 512 GB • Câmaras traseiras: 50 MP (principal); 50 MP (teleobjetiva); Câmaras frontais: 32 MP + 8 MP • Bateria: 4000 mAh • Bluetooth 5.4; Wi-Fi 7; USB-C 2.0 • Android 14 • IPX8 • 73,99 x 88,09 x 15,32 mm (dobrado) / 73,99 x 171,42 x 7,09 (aberto) • 189 g
Se o Razr 50 Ultra vai apelar a quem se quer aventurar pelo mundo dos dobráveis e tem um orçamento para tal, o moto G85 é um modelo feito para quem procura um smartphone convencional com especificações mais modestas e um preço mais amigável para a carteira.
A marca aposta num design com linhas simples e a versão que experimentámos (na cor Urban Grey) conta com uma aparência particularmente sóbria. Ao contrário das outras versões (nas cores Cobalt Blue e Olive Green) que têm um painel traseiro em cabedal vegan, este modelo dispõe de um painel com textura frosted, que consegue camuflar as marcas de dedos. A construção em plástico contribui para um peso mais reduzido e, apesar de ser um modelo fino, não há uma sensação oca no painel traseiro.
Centrando as nossas atenções no ecrã, o moto G85 está equipado com um painel Endless Edge pOLED de 6,67 polegadas. As laterais curvas do ecrã ajudam a dar um toque mais imersivo à experiência de visualização e até há uma funcionalidade de iluminação das margens que tira partido desta característica, alertando o utilizador para notificações, chamadas ou alarmes. No entanto, também são mais propícias a toques acidentais, por exemplo, quando o utilizamos com apenas uma mão. Apesar disso, o ecrã oferece imagens nítidas e com tons vibrantes, com a taxa de atualização de 120Hz a trazer mais fluidez à navegação.
Na traseira do smartphone há espaço para uma configuração de câmaras liderada por um sensor de 50 MP, acompanhado por uma ultra-grande angular de 8 MP. Para as selfies, pode contar com uma câmara frontal de 32 MP. No entanto, os resultados obtidos com as câmaras são apenas satisfatórios e existem limitações que tornam o smartphone menos apetecível para quem valoriza as capacidades fotográficas. Por exemplo, o processamento das imagens volta a ser um aspeto a melhorar. Além disso, há uma falta de consistência entre as tonalidades captadas pela câmara principal e ultra-grande angular e o zoom deixa a desejar, com perda de definição das imagens em valores mais elevados.
Veja as imagens que captámos com o moto G85
O moto G85 conta com um processador Snapdragon 6s Gen 3, um chip que permite ter um nível de desempenho competente para as tarefas do dia a dia, desde que não abuse do número de aplicações abertas em simultâneo. Durante os nossos testes verificámos que as aplicações abrem sem atrasos e não registámos ‘soluços’ durante a utilização. Por outro lado, em tarefas exigentes, como jogos ‘pesados’, as limitações tornam-se mais evidentes.
Com uma bateria de 5000 mAh, este modelo promete autonomia para mais de um dia e meio, um valor que é possível alcançar com uma utilização modesta. O smartphone é compatível com carregamento rápido a 30 W, no entanto, precisa de um carregador compatível – algo que não está incluído na caixa.