Numa época em que o acesso à informação está amplamente facilitado, a partilha de conhecimento e de avanços tecnológicos deve ser privilegiada e não limitada. No que respeita ao cancro, publicações recentes têm evidenciado uma vontade global, por parte de cientistas e clínicos, de tornar o conhecimento e as boas práticas mais acessíveis e abrangentes, com o objetivo de melhorar os cuidados prestados às pessoas e populações afetadas.

Publicações recentes têm evidenciado uma vontade global, por parte de cientistas e clínicos, de tornar o conhecimento e as boas práticas mais acessíveis e abrangentes, com o objetivo de melhorar os cuidados prestados às pessoas e populações afetadas

De forma geral, quatro grandes eixos de intervenção têm sido amplamente discutidos e implementados. No domínio da investigação laboratorial, existe hoje um entendimento claro da necessidade de melhorar os modelos celulares e animais utilizados, promovendo paralelamente a utilização de amostras humanas, mesmo nas fases iniciais da investigação, bem como o uso de organoides que mimetizam os diferentes tipos de cancro. Estes organoides resultam da recolha de amostras tumorais (obtidas por cirurgia ou imagiologia) e da criação, em laboratório, de condições que permitem a formação de uma réplica tridimensional do tumor original. Nestas culturas, após a formação do organoide, é possível testar a resposta a diferentes fármacos e analisar características moleculares e metabólicas específicas daquele cancro em particular. Trata-se de uma abordagem complementar aos modelos animais, que aprofunda o conhecimento sobre os mecanismos de formação, progressão e resposta terapêutica de cada tipo de cancro. Neste eixo, torna-se essencial reforçar a partilha de conhecimento gerado — mesmo sendo a comunidade científica, por natureza, colaborativa —, para colmatar lacunas e impulsionar avanços mais significativos.

Um segundo eixo diz respeito à dificuldade persistente na obtenção de financiamento adequado para apoiar mais e melhores projetos científicos. A regularidade dos concursos de financiamento, fundamental para garantir o funcionamento da comunidade científica e a produção de conhecimento com verdadeiro impacto social, continua a ser uma meta por concretizar, tanto a nível nacional — como se verifica pela limitação dos apoios à ciência em Portugal — como a nível global.

O terceiro eixo, igualmente crucial, refere-se à formação de profissionais qualificados, à definição e implementação de carreiras atrativas e à comunicação com a sociedade. Neste âmbito, que inclui cientistas e clínicos, persistem grandes assimetrias a nível mundial, que importa ultrapassar. É urgente atrair mais jovens para a investigação, tratamento e compreensão do cancro, nas suas múltiplas vertentes, e, para isso, é fundamental melhorar a sua formação e as perspetivas de carreira futura.

Por fim, o quarto eixo foca-se na melhoria da tradução dos avanços científicos em reais progressos clínicos, com impacto na prevenção, deteção e tratamento dos diferentes tipos de cancro. Os hospitais com valências académicas, que promovem a interação próxima entre investigadores e clínicos, aliados a institutos e departamentos de investigação avançada e competitiva, desempenham aqui um papel central. Para que esta transformação aconteça, é indispensável a articulação dos quatro eixos: ciência mais competitiva, sustentada e duradoura; melhor formação de cientistas e clínicos; e uma tradução eficaz da ciência em práticas médicas inovadoras, que contribuam para melhorar a vida das pessoas.

Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

Quando se trata de investir em infraestruturas de IT, muitas empresas questionam o uso exclusivo da cloud pública como a melhor opção. Embora ofereça vantagens claras em termos de elasticidade e capacidade de suportar workloads elevados, muitos responsáveis de IT reconhecem agora que, em alguns casos, a cloud privada é a opção mais adequada.

As razões desta mudança podem ser agrupadas em três c’s: custo, complexidade e conformidade.

A complexidade é um problema porque os workloads de computação, armazenamento e rede estão localizados em silos. Gerir estes ambientes tornou-se um desafio operacional, desviando tempo e recursos da inovação e do crescimento do negócio. Como todos sabemos, com a complexidade, surge também o custo. Este é um desafio particularmente difícil para as empresas que possuem múltiplas plataformas e configurações, o que as obriga a redimensionar ou reconfigurar aplicações e a investir tempo a manter sistemas em funcionamento, o que, novamente, diminui a capacidade de inovar.

Por fim, e especialmente com o uso generalizado de Inteligência Artificial (IA) e IA paralela (shadow AI) nas empresas, surgem desafios relacionados com a conformidade. Regulamentos rigorosos de privacidade de dados e segurança significam que é mais importante do que nunca saber onde os dados estão armazenados, como são disponibilizados para uso em diferentes partes do negócio e por quem. Os ambientes armazenados em silos dificultam a tarefa de garantir que os dados das empresas são devidamente geridos e apenas acessíveis por aqueles que têm permissão para tal.

Enfrentar a complexidade

Muitas empresas ainda estão construídas sob infraestruturas antigas, à base de silos. Embora isso garanta a privacidade dos dados, facilite o desempenho elevado das aplicações e ajude na gestão de custos, também cria uma dívida técnica que impede as empresas de inovarem com a rapidez necessária. No ambiente empresarial atual, as empresas precisam de operar nas fronteiras da cloud, com infraestruturas e operações consistentes.

O que as empresas necessitam é de uma plataforma simplificada que forneça uma infraestrutura virtualizada e programaticamente consistente, bem como ferramentas de operações e automação para todos os seus ambientes. Este modelo decompõe os silos e oferece uma visão geral de todos os ambientes de cloud, o estado das máquinas virtuais e o inventário, permitindo que as equipas de IT ofereçam serviços de forma rápida e eficaz para os developers internos.

Ao fazê-lo, as empresas podem replicar os benefícios dos microsserviços da cloud pública nos seus ambientes de cloud privada, acelerando a inovação e tornando-se mais competitivas no mercado.

Reduzir custos

Um dos principais desafios das empresas é o custo, que pode aumentar rapidamente à medida que escalam as implementações na cloud pública.

Muitas empresas que adotaram a cloud pública depararam-se com custos inesperados, seja devido à necessidade de escalar o seu ambiente, transferências de dados ou serviços premium que causaram excessos no orçamento. As equipas de IT têm-se encontrado no dilema de ter de gerir os workloads e garantir que estes estão ajustados às necessidades do negócio, uma tarefa que se torna cada vez mais ingrata com o advento da IA e a crescente procura por capacidade computacional extra.

As plataformas de cloud privada oferecem uma série de soluções para estes problemas. Primeiramente, podem ajudar a simplificar a implementação, operação e gestão da infraestrutura em cloud, ajudando as equipas de IT a controlar o custo total de propriedade. A implementação automatizada e a gestão do ciclo de vida simplificam e automatizam tarefas rotineiras, reduzindo a necessidade de gestão manual e diminuindo os custos operacionais.

Para além disso, os custos de armazenamento podem ser reduzidos ao eliminar componentes não essenciais e otimizar as configurações. Características novas, como a estratificação de memória (memory tiering), podem resolver os desequilíbrios entre os núcleos de processamento e a memória, ajudando na consolidação dos workloads e das máquinas virtuais, reduzindo os gastos com memória e licenciamento, mesmo para cargas de trabalho intensivas de IA, e-commerce ou streaming de vídeo. Isto significa que organizações, como escolas que utilizam plataformas de ensino online para aprendizagem e exames, podem escalar rapidamente para acomodar um grande número de utilizadores, beneficiando da privacidade e segurança dos dados oferecidas pela cloud privada.

Com estas vantagens, as plataformas de cloud privada ajudam as empresas a garantir um ambiente eficiente e rentável, sem comprometer o seu equilíbrio financeiro ou o seu progresso.

Na linha da frente da conformidade

Há já algum tempo que os decisores políticos têm dado uma grande atenção ao espaço onde os dados são armazenados. Tal é impulsionado tanto por preocupações com a privacidade, quanto por objetivos económicos e de investimento.

A recente controvérsia em torno do DeepSeek é um exemplo perfeito de como a IA está a gerar uma atenção ainda maior à residência dos dados e à compliance. Legisladores e empresas estão profundamente preocupados com a natureza dos dados introduzidos em plataformas de IA e com o potencial de fuga de propriedade intelectual ou divulgação de informações pessoais privadas a pessoas não autorizadas.

O AI Act da União Europeia é, atualmente, o conjunto de normas mais robusto no que diz respeito ao uso da IA e à privacidade dos dados, mas, dado o ritmo da inovação na área, é esperado que outros mercados, incluindo o Reino Unido, sigam o mesmo caminho num futuro próximo.

As empresas precisam de uma plataforma de cloud que suporte os princípios de zero trust, ofereça resiliência cibernética, recuperação e conformidade. Ao adotar esta plataforma nos seus ambientes de cloud pública e privada, certificam-se que estão de acordo com as regras atuais e preparadas para o futuro, à medida que as regulamentações evoluem.

Os três c’s

Ao tirar partido da cloud privada, as empresas podem melhorar a sua estratégia em cloud e resolver os três c’s que estão a abrandar o seu progresso. Com a plataforma certa, é possível reduzir os custos, eliminar a complexidade e melhorar a conformidade com as regulamentações atuais e futuras. Ao escolher uma solução que ofereça uma abordagem virtualizada consistente para a sua infraestrutura em todos os ambientes de cloud, as empresas podem tirar partido do melhor da cloud pública e privada, melhorando a velocidade com que disponibilizam serviços e tornando-se mais seguras.

Ao fazer isso, terão mais capacidade para inovar internamente, melhorar as suas operações e aumentar a sua competitividade num mundo impulsionado pela IA.

“Em face das dúvidas suscitadas face ao impacto do decreto de luto nacional nos eventos dos próximos três dias”, o Governo emitiu esta quinta-feira um comunicado em que esclarece que o decreto que instituiu o luto nacional pela morte do Papa Francisco não impõe quaisquer restrições à celebração do 25 de Abril por entidades públicas ou privadas, limitando-se a definir a conduta dos membros do executivo.

O decreto “não impõe ou fixa, ele próprio, quaisquer medidas ou restrições específicas às atividades de entidades e pessoas públicas ou privadas”, apenas se “limita a determinar o luto e fixar as respetivas datas”, lê-se na nota oficial da Presidência do Conselho de Ministros.

“As opções de conduta definidas pelo Governo aplicam-se aos seus membros, e em nenhum momento foram dadas instruções relativamente a atividades de outras entidades (incluindo municípios e associações) ou das populações”, lê-se.

Sobre as comemorações do 51º aniversário do 25 de Abril, o Governo afirma que “participará na sessão solene realizada na Assembleia da República, bem como em cerimónias oficiais organizadas por municípios”, durante as quais deverá haver “momentos de homenagem ao Papa Francisco, incluindo a observação de um minuto de silêncio”.

O programa de eventos de natureza festiva que estavam previstos para a residência oficial do primeiro-ministro “foram adiados para o dia 1 de maio seguinte, mas não foram cancelados”, esclarece o comunicado.

“A tradicional abertura da Residência Oficial (jardins e piso térreo), com distribuição de cravos, mantém-se no dia 25 de abril”, acrescenta a nota da Presidência do Conselho de Ministros.

Fora do âmbito da Revolução dos Cravos, os membros do Governo “não participarão em outros eventos festivos que se realizem dentro do período de luto nacional, como sejam inaugurações, celebrações ou festas organizadas por entidades nacionais ou locais”.

Nos edifícios públicos, a bandeira nacional estará a meia-haste durante os três dias de luto nacional pela morte do Papa Francisco, que se iniciaram hoje e termina no sábado, dia das cerimónias fúnebres.

Nick Turley, responsável do produto do ChatGPT na OpenAI, testemunhou em tribunal no caso em que o Departamento de Justiça acusa a Google de ter uma posição monopolista. A punição mais severa que está a ser equacionada é, talvez, a obrigação de a Google vender o Chrome e não faltam potenciais compradores no mercado.

Turley confirmou que a OpenAI está entre os interessados no desmantelamento proposto e sugere que os dados de pesquisa do Bing, provenientes da parceria com a Microsoft, não estão a ser suficientes. “Acreditamos que ter múltiplos parceiros, e em particular a API da Google, permitir-nos-ia fornecer um produto melhor aos utilizadores”, lê-se num email da OpenAI à Google revelado agora em tribunal.

A Google recusou a proposta inicialmente por acreditar que a parceria poderia colocar em causa a sua liderança nas pesquisas. Turley sublinhou agora que forçar a Google a licenciar os dados das pesquisas poderá relançar a competição no mercado, noticia o ArsTechnica.

Já sobre o navegador Chrome, o Departamento de Justiça considera que o programa é uma peça central na conduta anticompetitiva da Google e que a venda é uma forma de nivelar o mercado. A OpenAI está interessada em comprar o navegador para o tornar numa experiência centralizada em Inteligência Artificial. Recorde-se que a empresa contratou há alguns meses Bem Goodger e Darin Fisher, dois ex-Google que ajudaram a trazer o Chrome para o mercado.

Com quatro mil milhões de utilizadores e 67% da quota do mercado, o navegador da Google é uma plataforma apetecível e na qual a OpenAI poderá integrar melhor o ChatGPT e conseguir assim uma maior utilização do assistente. Em sentido inverso, abre-se um grande potencial para obter dados que podem ser usados para continuar a treinar os seus modelos.

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A Comissão Europeia (CE) avançou com a aplicação de multas milionárias à Apple e à Meta por infringirem o Regulamento dos Mercados Digitais. Os casos estavam em apreço há algum tempo e chegam agora a uma conclusão, embora seja provável que ambas as tecnológicas decidam apresentar recursos.

A Apple é acusada de manter práticas anti-competitivas na App Store e de ter políticas orientadoras para impedir que os utilizadores tenham acesso a conteúdos e aplicações fornecidas por plataformas alternativas, assim como de impedir que os programadores informem diretamente os utilizadores sobre estas alternativas. O montante da multa é determinado considerando “a gravidade e a duração da violação [do Regulamento]”, com a Apple a ser também obrigada a remover essas políticas orientadoras, noticia o GSM Arena.

Já a Meta, multada em 200 milhões de euros, é acusada de ‘obrigar’ os utilizadores a ter plano pago para não verem publicidade no Facebook ou no Instagram. A Comissão considera que o grupo de Zuckerberg deve oferecer aos utilizadores que não querem ver publicidade uma alternativa menos personalizada, mas equivalente.

Ambas as empresas têm 60 dias para cumprir a sentença, sob pena de serem sujeitas a sanções agravadas. Está já confirmado que a Apple vai recorrer, sendo que a Meta também o deve fazer.

A Intel tem vindo a reduzir progressiva e significativamente a força de trabalho. Depois dos cortes iniciados em 2022, agora a tecnológica prepara-se, alegadamente, para despedir mais de 20% da força de trabalho. Com os últimos números revelados a mostrarem que a Intel tem mais de 108 mil trabalhadores, esta vaga pode atingir mais de 20 mil pessoas.

Segundo a Bloomberg, a motivação para estes despedimentos vem da necessidade de tornar a operação de gestão mais eficiente e de focar a Intel com uma cultura liderada pela engenharia.

A confirmarem-se as saídas, este é um dos primeiros grandes passos de restruturação sob a liderança do novo diretor executivo, Lip-Bu Tan, que assumiu as rédeas em março depois da saída súbita de Pat Gelsinger, lembra o Engadget.

Tendo em conta que esta quinta-feira é o dia da apresentação de resultados financeiros trimestrais e que as empresas tendem a anunciar os despedimentos por volta desta altura, é expectável que se conheçam mais detalhes sobre estes planos em breve.

O novo diretor executivo já tinha revelado que pretende vender bens que não façam parte da estratégia fundamental da Intel e dos planos para a recuperação. Pouco depois foi anunciada a intenção de vender a posição maioritária na Altera por 4,6 mil milhões de dólares, um negócio que deve ficar concluído este ano.

Na sombra das ruas, onde o silêncio ressoa histórias de abandono, os sem-abrigo vivem numa vulnerabilidade extrema. A ausência de uma habitação e de cuidados essenciais torna cada dia um desafio para preservar a saúde e a dignidade. Como cuidar daqueles que a sociedade tantas vezes esquece?

A resposta poderá estar na fusão do toque humano com a inovação tecnológica. Os profissionais de saúde e os enfermeiros, em particular, com o seu conhecimento, sensibilidade e dedicação, assumem um papel essencial. Cada simples gesto que garanta os cuidados básicos, como a higiene dos pés ou o corte das unhas até à massagem e ao alívio da dor, transcende o tratamento físico. É um ato de respeito, que promove a autoestima e a mobilidade, com vista à reintegração social.

No âmbito da formação, o ensino deve abraçar esta visão integrada. É fundamental que as escolas e universidades capacitem os futuros enfermeiros para dominar tanto a inteligência artificial (IA), como as competências humanas essenciais. Desta forma, estarão preparados para enfrentar os desafios complexos do cuidado aos sem-abrigo, unindo o rigor técnico ao compromisso com a pessoa.

No dever ético de cuidar dos mais vulneráveis, a tecnologia, em particular a IA, surge como um recurso valioso. Longe de substituir a proximidade humana, a IA pode fortalecer a resposta dos profissionais de saúde, permitindo um acompanhamento mais eficaz e acessível. A capacidade de identificar precocemente lesões e complicações representa um enorme desafio, exigindo soluções inovadoras que permitam respostas mais úteis. A análise de dados poderá ser decisiva para um mapeamento mais preciso das necessidades destas pessoas, tornando possível intervenções mais ajustadas à sua individualidade. Há um longo caminho a percorrer, para garantir que as populações mais vulneráveis recebam acompanhamento contínuo, sobretudo em contextos onde os recursos são escassos, no entanto, é possível transformar esta visão em realidade.

Esta combinação entre inovação e humanismo desafia os modelos de cuidados. Não se trata apenas de tratar sinais e sintomas, mas de assumir um compromisso com a dignidade e o direito de cada pessoa a ser cuidada. Pequenos gestos podem transformar vidas e romper ciclos de exclusão.

Será que estamos a conduzir as novas tecnologias para transformar cada gesto de cuidado num avanço concreto para a valorização da dignidade, também, dos sem-abrigo? Estamos a utilizar a evolução da IA e a intervir de forma eficaz, ou apenas a acompanhar as mudanças? E, sobretudo, estamos preparados para investir na humanização dos cuidados, de modo que cada ferramenta tecnológica se traduza num apoio concreto para os mais vulneráveis?

Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

Vivemos tempos em que a palavra sustentabilidade se tornou uma bandeira bonita usada em discursos de poder, campanhas publicitárias e cimeiras internacionais, em que os grandes líderes do mundo se sentam em mesas redondas a discutir um futuro limpo e verde, enquanto à sua volta rondam frotas de carros topo de gama e no céu ecoam os motores dos seus jatos particulares. A Europa tem sido uma das maiores vozes dessa suposta revolução verde, apresentando-se na vanguarda da transição energética e da mobilidade sustentável, mas ao olharmos para além das luzes e dos slogans reciclados percebemos que esta sustentabilidade é muitas vezes um privilégio dos ricos que desfilam em Teslas e outros elétricos de luxo
enquanto os pobres vivem ao lado das minas de lítio e dos cemitérios de baterias.

Para produzir uma única bateria de um carro elétrico, em média, é necessário extrair dezenas de toneladas de minério que vêm maioritariamente do hemisfério sul onde comunidades inteiras são deslocadas, lençóis freáticos são drenados e crianças trabalham em minas, como as do Congo, para alimentar a cadeia verde europeia que se quer limpa, moderna e eticamente superior. O lítio que alimenta os sonhos elétricos da Europa acaba por ser o pesadelo de tanta outra gente da América do Sul, o cobalto que move os motores de última geração vem de zonas esquecidas por Deus e pelas autoridades sanitárias, mas enquanto as praças europeias celebram os incentivos à mobilidade elétrica e os objetivos climáticos de 2030, a realidade é que exportamos o sofrimento ambiental e importamos a glória do marketing verde.

O cinismo atinge o seu ponto alto quando se olha para a cadeia de produção da tecnologia dita sustentável -mais de 80% das baterias dos carros elétricos vendidos na Europa são produzidas na China, a esmagadora maioria dos ímanes usados nos motores elétricos possuem terras raras extraídas e processadas também na China, a produção de painéis solares, turbinas e células de hidrogénio segue a mesma lógica de dependência tecnológica e industrial.

Somos líderes na ambição e seguidores na produção.

A Europa grita independência energética, mas alimenta-se do carvão chinês que alimenta as fábricas que produzem os nossos componentes verdes. É uma autossuficiência feita em PowerPoint e embalada em caixas com origem asiática. Se a China decidisse tornar-se menos amiga do ambiente e mais centrada no lucro ou na geopolítica, a Europa veria rapidamente a sua bolha verde rebentar: não temos a capacidade nem a infraestrutura para sustentar o nosso discurso e, no fundo, sabemos disso.

A ironia não termina aí. Enquanto o cidadão comum é empurrado para carros elétricos caros, para substituições forçadas de eletrodomésticos e para impostos sobre tudo o que consome energia não renovável, os grandes defensores da causa ambiental continuam a voar em jatos privados. Ursula Von der Leyen, por exemplo, usou jatos em quase todas as suas deslocações oficiais num só ano, nas conferências do clima, é habitual ver centenas de aviões particulares estacionados, enquanto lá dentro se apela ao fim das emissões. Na COP28 no Dubai, por exemplo, mais de 1400 jatos privados aterraram para um evento cujo objetivo era precisamente discutir como reduzir o uso de combustíveis fósseis. É uma tamanha hipocrisia monumental que, infelizmente, “nojo” é a única palavra que encontrei no dicionário para definir esta caricata situação, onde se pede ao cidadão que não use sacos de plástico ao mesmo tempo que se enche o céu de CO2 num fim de semana. Sustentabilidade é só para quem fica em terra?

E quando se fala de carros elétricos? Fala-se de um produto que está longe de ser acessível à maioria dos europeus. Em Portugal por exemplo, o preço médio de um carro elétrico ultrapassa os 35 mil euros, três vezes o rendimento médio anual de muitas famílias, os incentivos existem mas são para quem já pode, e nos países com menos poder de compra a transição é mais lenta, mais desigual e mais penosa, os transportes públicos continuam insuficientes, as infraestruturas de carregamento são escassas fora dos grandes centros urbanos e a mobilidade verde transforma-se num luxo com etiqueta ambiental. Quem pode desfila, quem não
pode adia.

Para completar o quadro, a Europa não só importa a tecnologia como também exporta o seu lixo. As baterias usadas, os resíduos eletrónicos e até veículos elétricos fora de uso são enviados para países com menos regulamentação ambiental e laboral, onde são desmontados sem segurança, reciclados em condições perigosas ou simplesmente deixados a apodrecer. Em muitos casos, os mesmos países que fornecem os minerais acabam por receber os resíduos, fechando um ciclo tóxico de dependência e exploração, uma economia circular sim, mas de desigualdade.

A verdade é que a transição energética europeia tal como está desenhada é feita em cima de contradições profundas e muitas vezes hipócritas. Queremos ser verdes mas não queremos pagar o verdadeiro custo de o ser, preferimos externalizar o impacto e internalizar o crédito, vestimos a camisola da liderança climática mas usamos sapatos fabricados por outros, há uma ilusão coletiva de progresso que só se sustenta enquanto os países fornecedores não levantarem a voz, e enquanto os cidadãos europeus não perguntarem de onde vem realmente o seu conforto verde. A inércia veio para ficar.

Estamos perante um modelo que reproduz desigualdades, que esconde os impactos sob o tapete do terceiro mundo e que serve de palco para líderes que dizem uma coisa e vivem outra. Sustentabilidade de verdade exige coerência, exige justiça climática e social, exige uma visão que não se limite a impor carros elétricos, mas que reconfigure todo o sistema de produção, consumo e transporte de forma equitativa e duradoura. Até lá, continuaremos a aplaudir os carros do futuro enquanto enterramos o lixo do presente em territórios que, como o ditado diz: “longe da vista, longe do coração”.

Os textos nesta secção refletem a opinião pessoal dos autores. Não representam a VISÃO nem espelham o seu posicionamento editorial.

1929
No primeiro dia de fevereiro, os avós Rosa e Giovanni zarpam do Porto de Génova rumo a Buenos Aires, onde chegam, duas semanas depois, com o filho Mario, já formado em Contabilidade. Tinham familiares na Argentina e foram morar para o mesmo prédio, na cidade de Paraná

1932
A recessão leva avós e (futuro) pai para o desemprego. Perdem todas as posses, até que o padre Enrico Pozzoli, também imigrante italiano, lhes empresta dinheiro para abrirem uma mercearia, com casa incluída, na capital Buenos Aires

1934
Mario conhece a futura mãe de Jorge, Regina, num oratório salesiano. Ao contrário dele, ela já havia nascido na Argentina, mas tinha raízes italianas. Casam a 12 de dezembro do ano seguinte

1936
Num pequeno apartamento do bairro de Flores, em Buenos Aires, nasce Jorge Mario Bergoglio, às 21 horas do dia 17 de dezembro. É batizado uma semana depois, no dia de Natal, na basílica onde os pais se haviam casado

1938
No dia 30 de janeiro, nasce Oscar Adrián, o primeiro dos quatro irmãos que Jorge viria a ter, dois rapazes e duas raparigas

Anos 1940
Jorge gosta de mascarar-se no Carnaval. Na sua autobiografia, recorda os anos em que se disfarça de tirolês e de noivo. “Uma loucura sã, limpa e livre”, assim classifica esses dias de “grande festa”

1946
Assiste a quase todos os jogos de futebol do Club Atlético San Lorenzo de Almagro – e, quase 80 anos depois, sabe de cor o nome dos 11 jogadores titulares

1949
Completa o sexto ano como aluno interno num colégio salesiano, o único ano escolar que faz nesse regime, na sequência da última gravidez da mãe, que passara por dificuldades e precisava de descansar

1950
Em março deste ano, inicia os estudos na Escola Técnica Especializada em Indústrias Químicas, na qual virá a formar-se, cinco anos mais tarde, em Química Alimentar

1956
Entra no seminário diocesano Imaculada Conceição de Villa Devoto, em Buenos Aires, no início do ano, o primeiro passo do seu percurso religioso. É mais fácil convencer o pai do que a mãe, que desejava vê-lo a prosseguir os estudos na universidade, no curso de Medicina

1957
Internado de urgência em agosto, após a pandemia da gripe asiática se ter espalhado no seminário, é operado em novembro. Para o salvarem, os médicos retiram-lhe uma parte do pulmão direito

1958
Aos 21 anos de Jorge, no dia 11 de março, os pais “entregam-no” no noviciado da Sagrada Família, da Companhia de Jesus, na cidade de Córdoba, após uma viagem de autocarro de mais de 500 quilómetros

1960
Dois anos mais tarde, no dia 12 de março, faz os votos de pobreza, castidade e obediência, que completa em abril de 1973, passando a pertencer, em definitivo, à Companhia de Jesus e a estar disponível para qualquer missão que o Papa lhe indique

1961
Morre o pai, Mario, a 24 de setembro, após três ataques cardíacos em 20 dias. Tinha 53 anos e é “um trauma para a família”, escreve Jorge, então com 24 anos, na autobiografia

1964
Morre o avô Giovanni, no dia 30 de outubro, aos 80 anos, vítima de um tumor nas vias biliares. Jorge ensina então Literatura e Psicologia na cidade de Santa Fé, próxima de Paraná

1969
É ordenado sacerdote, no dia 13 de dezembro, no Colégio Máximo, na cidade de San Miguel, nos arredores de Buenos Aires, onde anos antes se licenciara em Filosofia. A investidura fica a cargo de monsenhor Ramón José Cartellano, arcebispo emérito de Córdoba

1972
Torna-se reitor do Colégio Máximo, onde acaba por passar quase 20 anos da sua vida, também como aluno e professor. Em 1970, juntara a licenciatura em Teologia à de Filosofia

1973
A 31 de julho, é designado provincial dos jesuítas na Argentina, tornando-se figura proeminente da Ordem religiosa em tempos de ditadura militar

1975
Último ano em que desfruta de um período de férias fora de casa, no caso passadas entre a comunidade jesuíta. Habituado desde criança a passá-las em casa dos avós, consome esses tempos mais livres a ouvir música, a ler mais, a rezar mais e a dormir mais.

1981
Morre a mãe, Regina, a 8 de janeiro, com 69 anos, vítima de complicações cardíacas

1990
Não vê praticamente televisão desde meados deste ano, por respeito a uma promessa que fez após ter assistido a uma “cena miserável” no pequeno ecrã. Abriu exceções no atentado do 11 de Setembro de 2001, na queda de um avião em Buenos Aires, em 1999, e “pouco mais”

1992
No dia 20 de maio, o Papa João Paulo II nomeia-o bispo titular de Auca e auxiliar de Buenos Aires, por influência do arcebispo da capital, Antonio Quarracino, de quem se tornara braço-direito

1998
Com a morte de Antonio Quarracino, assume o seu lugar como arcebispo de Buenos Aires, sob indicação papal, no dia 28 de fevereiro

2001
Três anos depois, no consistório de 21 de fevereiro, João Paulo II eleva-o a cardeal

2010
Morre o irmão Alberto, depois de Oscar (1997) e Marta (2007) também terem partido. Só María Elena, a mais nova de todos, continua viva. “E uma exuberante ninhada de netos e bisnetos”, clama o Papa, em Esperança

2013
Sai fumo branco da chaminé da Capela Sistina. Habemos Papam. É dia 13 de março, e o cardeal Jorge Bergoglio é o escolhido para suceder a Bento XIV como Santo Padre. Francisco é o novo bispo de Roma, líder máximo da Igreja Católica

Palavras-chave:

A Hyundai tem sido uma das marcas mais consistentes na forma como evolui os seus modelos elétricos. Depois do sucesso com o Kauai EV e da maturidade tecnológica demonstrada pelo Ioniq 5 e 6, chega agora o Inster, um modelo compacto 100% elétrico, com vocação citadina, mas ambições que ultrapassam largamente a malha urbana. Não se trata apenas de um carro pequeno. O Inster é um laboratório de boas ideias em formato compacto: regeneração ajustável, versatilidade interior, funções de carregamento bidirecional e um sistema digital competente para o segmento.

Conheça, ao pormenor, todos os detalhes do Inster nesta fotogaleria

Durante vários dias conduzimos a versão Style Plus, equipada com a bateria de maior capacidade e um conjunto de equipamentos tecnológicos que permite avaliar o carro não apenas pela sua eficiência, mas também pelo modo como se integra no ecossistema digital atual. E a conclusão é clara: o Inster é pequeno por fora, mas ‘pensa’ em grande.

Comecemos por um dos elementos que mais diferencia um elétrico de um carro com motor de combustão: o sistema de regeneração de energia. No Inster, este aspeto está particularmente bem resolvido. As patilhas atrás do volante permitem ajustar o nível de regeneração em tempo real, e o modo i-Pedal é suficientemente progressivo e natural para permitir condução com um único pedal em quase todas as situações. Há aqui um equilíbrio difícil de encontrar neste segmento: não se sente um travão agressivo quando se levanta o pé do acelerador, mas sim uma desaceleração firme e controlada, que, com alguma habituação, permite (quase) esquecer o pedal do travão.

A aceleração é outro dos pontos onde o Inster se distingue. Ao contrário de muitos elétricos que impressionam com uma explosão inicial, aqui a resposta do acelerador é mais comedida. Não há um ‘pontapé’ ao arrancar, mas sim uma aceleração progressiva e vigorosa q.b. para permitir ultrapassagens seguras até velocidades médias. Isto torna o Inster mais previsível e menos cansativo para conduzir no dia a dia.

Entre a cidade e a serra

Apesar das dimensões compactas, o Inster surpreende em estrada aberta. A estabilidade a alta velocidade, mesmo com vento forte (algo que verificámos durante uma ida à Ericeira), é convincente. É um daqueles casos em que o peso adicional das baterias parece jogar a favor do conforto e da segurança.

No extremo oposto, em cidade, há dois lados da moeda. Por um lado, as dimensões contidas — sobretudo a largura — são uma bênção em ruas estreitas e com estacionamento apertado. Em Lisboa, foi fácil manobrar entre tuk-tuks, carros mal-estacionados e turistas de olhos no céu. Por outro, a suspensão firme e os bancos com pouca espessura fazem-se notar negativamente em pisos degradados. As jantes de 17” (exclusivas da versão Style Plus) também não ajudam, transmitindo mais vibração do que o desejável.

Em percursos com bom alcatrão, como nas curvas suaves e bem pavimentadas da Arrábida, o Inster mostra outro lado: uma direção leve mas precisa, uma carroçaria controlada e um comportamento geral bastante acima do que esperaríamos de um carro com menos de quatro metros.

Prático ou excessivo?

O interior do Inster é um caso curioso. Por um lado, impressiona pela versatilidade e espaço útil. Apesar de limitado a quatro lugares, os bancos traseiros têm bastante espaço para pernas e cabeça, e o formato ‘quadradão’ da carroçaria contribui para uma sensação de habitabilidade invulgar neste segmento. A bagageira é pequena, mas a possibilidade de deslizar os bancos traseiros permite aumentar o espaço de carga ou o conforto dos passageiros, conforme necessário.

Os bancos rebatem em várias configurações (50/50 atrás, e até os dianteiros), o que permite transformar o interior num verdadeiro espaço de descanso ou até num módulo de campismo improvisado. Juntando a isto a função V2L (Vehicle-to-Load), que permite alimentar aparelhos a 230 volts, temos um pequeno utilitário com alma de aventureiro: carregar uma trotinete, alimentar um portátil, ligar um fogão elétrico ou uma máquina de jato para lavar a prancha de surf torna-se possível usando a energia do carro.

Nesta foto, com o ponto de vista do condutor, é evidente o grande número de botões e controlos, que cria um ambiente ‘confuso’. O ecrã central está numa posição elevada, que facilita a visualização em segurança. Há suporte para Android Auto e Apple CarPlay, mas é preciso usar cabo

Contudo, a ergonomia da consola central pode dividir opiniões. Há uma abundância de botões físicos, algo que até valorizamos em tempos de ‘tudo-é-touch’, mas o resultado visual é um pouco confuso. A isto junta-se um pequeno ecrã LCD exclusivo para os comandos da climatização, que embora funcional, contribui para uma sensação visual de poluição de interfaces, que podia ser mais refinada.

As portas USB frontais estão num espaço de arrumação, o que é prático para, por exemplo, arrumar o smartphone do passageiro. Há, ainda, uma zona de arrumação central com carregador sem fios

Infoentretenimento maduro

É no painel digital e no sistema de infoentretenimento que o Inster mais se aproxima de modelos de segmentos superiores. A instrumentação é digital, com um ecrã de 10,25”, e o sistema de infoentretenimento tem também um ecrã central tátil com o mesmo tamanho. A interface é fluida, intuitiva, com bons tempos de resposta e menus bem organizados.

Tem integração com Apple CarPlay e Android Auto, embora por cabo, o que é talvez o único ponto que destoa. O sistema permite personalização de widgets, navegação fluida entre menus e uma resposta ao toque bastante precisa. Suporta atualizações remotas (OTA), algo ainda raro nesta faixa de preço.

Inclui ainda conectividade com a app Bluelink, que permite, por exemplo, verificar o estado da carga, planear rotas com carregamentos, climatizar remotamente o habitáculo ou mesmo bloquear/desbloquear o carro à distância, através de app. Estas são funcionalidades que, para quem vive em cidade e não tem garagem própria, podem fazer toda a diferença.

Autonomia e carregamento:

A versão testada vem com a bateria de maior capacidade e revelou uma autonomia real de cerca de 350 km, com variações consoante o tipo de condução: até 450 km em cidade e cerca de 270 km em autoestrada. São valores sólidos para um citadino.

O carregamento rápido também surpreende positivamente dentro do segmento. Com uma potência média real de 70 kW, o Inster carrega dos 10 aos 80% em cerca de 30 minutos, o que corresponde a uma velocidade de carregamento de 430 km/h. Valores superiores aos concorrentes como o Fiat Panda, que apesar de apresentar uma potência máxima superior (100 kW), regista valores médios mais baixos.

Devia custar um pouco menos

O Hyundai Inster é um excelente exemplo de como um carro pequeno pode ser grande em funcionalidades. A marca conseguiu condensar num citadino tudo aquilo que procuramos num elétrico moderno: regeneração bem calibrada, infoentretenimento completo, funcionalidades digitais relevantes e uma modularidade interior que rivaliza com alguns MPV.

A versão Style Plus que ensaiámos custa €29.450, o que o coloca acima de concorrentes diretos como o Citroën ë-C3 ou o Fiat Panda elétrico. A versão intermédia Style, por €27.450, parece-nos a mais equilibrada. Ainda assim, sentimos que o preço do Inster está ligeiramente acima do ideal, sobretudo tendo em conta o objetivo de ser um carro ‘para todos os dias’.

Mas se valorizar a tecnologia, a versatilidade interior e a fiabilidade da marca, o Inster é difícil de bater. Não é apenas um carro elétrico pequeno. É um módulo urbano de exploração multifuncional, que tanto serve para o trânsito de Lisboa e Porto, como para um fim de semana na natureza — com ficha para o fogão e espaço para dormir incluídos.

Tome Nota
Hyundai Inster – Desde €24.900

hyundai.pt

Autonomia Satisfatório
Infoentretenimento Bom
Comunicações Bom
Apoio à condução Muito bom

Características Potência e binário 85 kW (116 cv), 147 Nm ○ Acel. 0-100 km/h: 10,6 s ○ Vel. máx. 150 km/h ○ Bateria: 49 kWh (46 kWh usáveis) ○ Autonomia WLTP 370 km ○ Carregamento: 11 kW em AC e 85 kW em DC (10-80%: 30 min) ○ V2L 3,6 kW ○ 1,610×1,575×3,825 m (LxAxC)

Desempenho: 4,5
Características: 4,5
Qualidade/preço: 3,5

Global: 4

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